Três conselhos a Godinho Lopes
- Demitir Luís Duque. Independentemente de Duque até poder nem ser responsável pelo impasse (suicidário) na escolha do novo treinador, foi da sua responsabilidade a escolha (que se revelou desastrosa) do adjunto do Pedro Caixinha para treinador principal do Sporting. A equipa é boa mas não rende, o dinheiro investido é muito e os resultados são paupérrimos. O líder do futebol tem de ser responsabilizado.
- Resgatar Domingos Paciência. A demissão de Domingos foi extemporânea e muito mal explicada. Uma vez concretizado o ponto 1), estariam reunidas as condições para voltar ao posto que ocupava originalmente, com a missão de, até ao fim da época, obter a qualificação para a Liga dos Campeões e ter uma boa presença na Liga Europa e na Taça da Liga, tentando mesmo ganhá-las. Domingos ainda é funcionário do clube, e teria, concretizado o ponto 1), condições para mostrar o que vale.
- Cortar relações institucionais com a Mesa da Assembleia Geral. A direção (recuso-me a usar a designação cretina de "Conselho Diretivo" - o Sporting não é uma escola secundária) não pode demitir a AG, mas pode (e deve) declarar que esta não merece a sua confiança. Ou pelo menos o seu presidente, que tem agido de uma forma inconsequente, irrefletida, irresponsável e desestabilizadora, como um vulgar adepto. Eduardo Barroso nunca teve vocação, e presentemente já não tem condições, para ocupar o cargo que ocupa. Mas isso só ele pode concluir. Godinho Lopes só pode dar-lho a entender mas, uma vez mais, antes disso precisa de fazer alguma coisa no futebol. O ponto 1) parece-me indispensável e o 2) o mais sensato.
Adenda: escrevi este texto antes de saber os desenvolvimentos mais recentes. O ponto 1) já se concretizou (tenho pena da saída de Carlos Freitas). Restam o 2) (que, reitero, deveria ser seriamente ponderado) e o 3).