Rescaldo do jogo de ontem
Gostei
Da hora do jogo. O campeonato teria imenso a ganhar com mais jogos disputados à tarde, no fim de semana, como hoje sucedeu com o Sporting-Estoril, iniciado às 18.15. A festa do futebol também passa por isto.
Do público. Compareceu em grande número - 36 mil adeptos - e nunca deixou de apoiar a equipa.
De Izmailov. A prova viva de que um jogador por vezes faz a diferença. Foi o suplemento de qualidade no Sporting enquanto teve força física para se movimentar em campo.
De André Martins. Numa equipa que tarda em encontrar um exímio marcador de livres, coube-lhe o melhor lance de bola parada - que só não deu golo devido a uma grande defesa do guardião do Estoril. Saiu também dos pés dele a excelente assistência para o golo do empate, marcado por Wolfswinkel. Cada vez mais me convenço que devia ser titular da equipa.
De Viola. A subir de rendimento. Uma promessa que começa a tornar-se realidade.
Do Estoril. Porque mereceu o empate. E em largos períodos do jogo mereceu até a vitória.
Não gostei
Do jogo. A vitória, embora tangencial, contra o Gil Vicente na segunda-feira deveria ter servido de tónico ao Sporting. Mas isso não sucedeu. A equipa entrou em campo tão ansiosa e tão atabalhoada como na partida anterior.
Da falta de consistência da equipa. Jogo empastelado a meio-campo, falta de eficácia nas alas, defesa desconcentrada, múltiplos passes falhados e contínua falta de pontaria no momento do remate.
Da falta de exigência. Andamos a contentar-nos com o mal menor: empatar com o Estoril, após uma exibição sofrível, já nos faz respirar de alívio. Isto não pode continuar assim.
Das declarações de Sá Pinto. "Não fomos Sporting durante 60 minutos", declarou o treinador no fim do encontro. Jogavam em casa, apoiados pelo seu público, contra uma equipa recém-promovida ao escalão principal. Se nem assim conseguem "ser Sporting", é preciso explicar porquê.
De sofrer tanto. Começa a ser sina dos sportinguistas neste campeonato.
Dos pontos perdidos. E vão nove.