Luís Freitas Bobo
Bobagem, dizem os nossos irmãos, do outro lado do Atlântico, que falam um português adocicado, a que alguns, erradamente, chamam brasileiro.
Bobagens, muitas bobagens, escreveu Luís Freitas Lobo na pág. 39 d' A Bola de hoje.
Poderia elaborar acerca de muitas "pérolas" (como diria Pedro Correia) recuperarei apenas duas, a primeira começa assim:
"A atitude é uma qualidade espiritual antes que futebolística. É possível um treinador ganhar sem o apoio dos seus directores. Mas não é possível um treinador ganhar sem o apoio dos jogadores."
Ora aí está, a metafísica futebolística no seu melhor, "a atitude como qualidade espiritual" está, para mim, ao mesmo nível, dos desígnios insondáveis da "bola que não quer entrar".
Passemos para a segunda, para a mais importante, cito (mais uma vez):
"Sá Pinto ganhou (...) o primeiro abraço após o final. O único sincero."
Esta frase é uma bofetada para Paulinho, para Sá Pinto, para Duque, para a equipa técnica, para os jogadores, para a direcção, para todos os sportinguistas, é uma sonora bofetada para todos nós; para o Luís Freitas somos todos hipócritas, excepto Paulinho.
Enfim, até para ser bobo é necessário talento, Triboulet ou Rigoletto tinham-no, Luís não o tem.