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És a nossa Fé!

Os nossos ídolos (12): Krasimir Balakov

Época 1990-91: pela mão de Sousa Cintra chega ao Sporting Clube de Portugal, proveniente do FC Etar Veliko Tarnovo, um jogador de futebol pouco conhecido, com a “etiqueta” de extremo.  Krasimir Genchev Balakov.

Lançado a 12 de Janeiro de 1991, por Marinho Peres, diante do Penafiel, não mais parou de crescer este esquerdino que se tornou num dos melhores estrangeiros de sempre a jogar no campeonato português.

Foram cinco épocas a admirar este colossal jogador búlgaro de verde e branco vestido.

 

De extremo promissor, mas desconhecido, rapidamente chegou a patrão da equipa de futebol do Sporting, numa fase em que sobravam grandes jogadores no plantel do nosso clube, apenas faltavam títulos. E sorte. E mais alguma coisa.

168 jogos, 59 golos, alguns deles inesquecíveis, muitos decisivos. Uma ilustre carreira pela selecção búlgara, com um 4º lugar no Mundial dos EUA.

Podia falar das oito épocas que depois jogou, em grande nível, no Estugarda, como um dos grandes centro-campistas da Bundesliga, numa melhores fases de sempre desse clube alemão, mas não vou. 

 

A despedida de Balakov, com o único título que conquistou ao serviço do SCP, no Jamor, na final da Taça de 1994, contra o Marítimo, nunca me “passou” bem pelo “gorgomilo”.

Tal como a saída de Robson e a entrada de Carlos Queirós, tal como a gestão de balneário e de renovações de contrato que levaram (também) às saídas de Figo e Peixe, também a saída “demasiado cedo” de Balakov marca “esses tempos”.

Tempos em que sobravam enormes jogadores, tanto quanto sobravam o desperdício e o disparate, o azar e os campos inclinados…

 

Prefiro relembrar que Krassimir Balakov era dotado de técnica extraordinária, com soberba visão de jogo, assumindo, de forma tão natural, a liderança da equipa, sempre a desequilibrar os pratos da balança, sendo frequentemente decisivo. Que saudades!

Prefiro recordar o golo ao Vitória de Setúbal em que finta cinco jogadores desde o meio campo, o golo aos 20 segundos do dérbi com o clube de Carnide, o chapéu “brutal” a Michel Preud’Homme. Divino. Inesquecível. Arrepiante.

 

O melhor que posso deixar neste (muito modesto) texto é dizer que amar o Sporting é algo que sinto desde que tenho recordação de “ser gente”. Amor, simples e complexo, sem tréguas e sem fazer prisioneiros, amor incondicional, total.

A Paixão pelo futebol, pela arte, pelo espectáculo, foi Krassimir Balakov que me mostrou o caminho, a mim, um pobre pecador que “cirandava” pelo Andebol, pelo Hóquei em Patins e pelo Rugby... Obrigado, Bala!

 

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