Assembleia Geral do Sporting
O seguinte texto surgiu na forma de comentário no blogue «A Norte de Alvalade» por um leitor identificado por «JPS» :
« A AG de Sábado começou com o habitual pedido da Mesa da dispensa da acta da anterior AG, documento de 26 páginas e de pouco interesse prático, atendendo que é do conhecimento de todos o desfecho da referida AG. Um largo conjunto de sócios opôs-se a esta dispensa, (vá-se lá saber porquê, sendo contudo um direito que lhes assiste), obrigando a uma votação. Feita a votação, perdidos 45 minutos neste experiente dilatório, uma maioria de cerca de 60% aprovou a dispensa da votação. Na primeira intervenção, Bruno de Carvalho sobe ao palco e proclama a ausência de democracia no Clube em virtude da dispensa da leitura da acta, fazendo tábua da votação e mostrando a todos qual é o seu conceito de democracia.
Imediatamente a seguir, apresenta uma lista de 8 questões ao presidente do Sporting. A última das quais era «qual é a data a partir da qual o Sporting entrará em ruptura de tesouraria e deixará de cumprir os seus compromissos». Godinho Lopes, estoicamente, no meio de insultos e gritaria por parte dos apoiantes de Bruno de Carvalho, responde a todas elas. As respostas não são do agrado do último, que regressando ao palco diz que as perguntas não são dele mas de todos os sportinguistas e lamenta não lhe ter sido respondida uma única questão, pese embora todos termos acabado de as ouvir.
A AG prossegue para a aprovação do orçamento. Os apoiantes de Bruno de Carvalho sobem ao palco e falam de tudo menos do orçamento. Acusam o presidente de ser mentiroso. Bruno de Carvalho sobe ao palco pela 3.ª vez e é o único que fala sobre o orçamento. Quando alguém chama a atenção para o facto de o número de associados ter aumentado na última época, os apoiantes de Bruno de Carvalho gritam violentemente MENTIRA, MENTIRA, MENTIRA, apesar dos números serem bem claros no orçamento. Teme-se o tumulto.
Segue-se o complexo de Odivelas. Pese embora todas as virtudes da operação para as modalidades, os apoiantes de Bruno de Carvalho não desarmam. Não são contra a operação mas são contra o protocolo. Invocam riscos jurídicos, mesmo depois de um sócio que é vereador da CM de Odivelas os ter desmontado.
Durante esta discussão, um sócio sobe ao palco criticando violentamente o presidente por não falar nas AGs aos sócios, mesmo depois do presidente ter respondido a todas as questões. Na mesma frase, este sócio acusa a Mesa da AG dizendo que é uma vergonha que o presidente disponha de 30 minutos para falar, quando o tinha acabado de acusar de não querer falar.
No fim, Bruno de Carvalho sobe ao palco pela 5.ª vez, invocando a defesa da honra. A Mesa da AG faz-lhe vontade. Em palco, Bruno de Carvalho, falando pela 5.ª vez aos sócios, acusa a Direcção e a Mesa da AG de não deixarem que ele se exprima em Assembleia Geral e volta a proclamar a falta de democracia no Sporting.
É este o Sporting que temos ».
Observação: Mais uma vez os interesses do Sporting invocados para justificar acções e discursos, reduzindo a nada o uso da razão, em prejuízo da Instituição que clamam defender. Triste e lamentável !