'Dranquilidade!
Contas feitas e cabeça fria a Espanha não ganhou indevidamente. À excepção de Ronaldo e Nani eles são melhores que nós, qualquer que seja a métrica que aplicarmos.
Mas Portugal não merecia perder neste jogo – são os paradoxos da vida. Um pau que rechaça a bola e outro que a engole e a sorte fica traçada. Sem Iniesta mas com Moutinho, sem Alonzo mas com Veloso, sem David Silva mas com Hugo Almeida, fomos a única equipa do mundo a entalar o jogo espanhol e a inocular-lhe receio, obrigando-a a maior parte do tempo a olhar tanto para trás como para a frente.
A performance portuguesa neste Euro deve ser comparada com a da Inglaterra, da França, da Holanda. Vis a vis estas equipas estatisticamente superiores fomos muito, mas muito, melhores. Logo veremos se ainda poderemos equiparar a nossa seleção com a da Itália.
E resta ainda confirmar que a Academia, além dos melhores jogadores do mundo, ainda produziu talvez o melhor treinador deste torneio, aquele que no binómio recursos/performance, melhores resultados alcançou e mais longe foi.
Não há por isso nada a lamentar, bem pelo contrário.
Depois disto será um escândalo se Miguel Veloso continuar no medíocre Génova e se Moutinho não for vendido para um clube decente (faz-nos falta o pilim dessa transferência, também é verdade). O Nelson catatua, que me pareceu nem sequer ter tocado na bola enquanto viu o jogo na primeira fila, esse que fique onde está que não faz mal a ninguém.