3. Me obriguem a vir para a rua jogar
Nada como uma mão aberta, nada a esconder, sinal de acolhimento, símbolo de paz.
Foi com uma mão, uma mão cheia de golos que mostrámos a José Mota que há o futebol positivo, o futebol do Sporting, que procura o golo limpo e justo e depois há o futebol negativo, o futebol do queimar tempo, o futebol dói-dói, quando os jogadores fingem tão completamente que chegam a fingir que é dor a dor que, deveras, não se sente (Aves vs. Sporting, final da taça de Portugal, houve jogadores do Aves que passaram mais tempo moribundos no relvado que de pé a disputarem o jogo). Há, ainda, o futebol/andebol que marca golos com a mão, a mão de Ronny. Para terminar temos o futebol rugby que se posiciona de pés e mãos abertos na área como se fosse fazer uma placagem e depois chora porque a volumetria exagerada provovou um penalty evitável.
Zé Mota 0 Sporting 5.
Na imagem falta o resultado do Braga 3, Moreirense 1.
Quatro clubes que venceram, em casa, marcando um mísero golos dois empatado compõem o ramalhete, faltam dois resultados.
Dois; dois, zero com duas expulsões anedóticas.
A expulsão de Patrick, jogador do Rio Ave, devia ser explicada, um jogador pode pontapear a bola quando estiver um jogador do FC Porto por perto? Ou corre o risco de ser expulso?
A expulsão de Larrazabal do Casa Pia é caricata, há um toque que não provoca a queda, um teatro e uma expulsão.
Enfim é o futebol que temos, como cantava Zeca:
"Se tem má pinta, dá-lhe um apito e põe-no a andar, que é já tempo de embalar a trouxa e zarpar".
Como cantava Zeca e como canto eu:
"Ó senhora do Almortão
Com teu vermelho cartão
Basta jogarem c' o Porto
Já lá vem a expulsão"