És o maior, chavalo!
"qué'que foi, ó boizolas?"
Desde Luís Miguel que não tivemos um defesa-direito como João Pereira.
Descontando a feliz invenção de Boloni que colocou Beto naquele lugar e assim foi campeão, foi um rosário de jogadores de sorte diversa que povoaram esse posto. Dois merecem menção: Abel e Miguel Aalkmar Garcia, mas os restantes tanto se lhes dá como se lhes deu: Saber, que nunca soube centrar uma bola em condições, Gil Baiano, o efémero, César Prates, um velocista sem norte.
Confesso ter uma predileção especialíssima por João Pereira. Ele é o último espécimen de uma raça em vias de extinção: o autêntico lisboeta. Refilão como um fadista, destemido com os grandes – o seu melhor momento na história do Sporting foi ter feito peitaça ao Balotelli, uma cabeça mais alto do que ele –, de faca na liga perante a adversidade, foi João Pereira que assumiu o papel de truculento que tanta falta fazia ao Sporting quando os rivais se armavam em espertos connosco.
João Pereira é todo o contrário de quem pensa que o futebol é desporto de pantufas e copos de leite. Uma equipa sem “bad boys” é um coro de igreja – não é, prof. Queiroz?
Santiago Árias vai ter umas botas muito grandes para calçar; veremos se confirma o que tem vindo a mostrar.