A ética dos dirigentes
O que têm em comum Mantorras, Fábio Coentrão e Hugo Vieira, este recentemente contratado pelo Benfica? Todos eles queriam jogar no Sporting, mas acabaram a jogar do outro lado da Segunda Circular. Todos falaram antes de tempo, todos tinham aquele desejo de representar um clube diferente do qual acabaram por assinar. Só podemos dizer: temos pena. É a vida.
No caso do avançado ex-Gil Vicente a coisa é curiosa. Livre para assinar pelo Sporting, terá pedido um prémio chorudo que o clube só estaria disposto a pagar no final deste ano. O Benfica cedeu aos caprichos do jogador e ele lá foi parar à Luz. O mais curioso é que a política de desviar jogadores que estão a caminho de Alvalade é uma estratégia antiga e que dá frutos desde Eusébio. O Porto fez o mesmo ao longo dos anos, com os resultados que se conhecem. Esta situação merece uma resposta à altura e não é compatível com a passividade com que outras direcções lidaram com o caso. É caso para um maior distanciamento e para o fim dos vasos comunicantes com aqueles dois clubes. Não faz sentido o Sporting ter canais abertos e ter uma atitude ética quando outros clubes funcionam assim connosco. Ponto final.