Dar com uma mão e tirar com a outra
Ainda no rescaldo do «derby»... Não me seduzem, minimamente, alguns dos escritos mais recentes em que o Sporting é elogiado pela sua excelente prestação e consequente vitória no embate com o Benfica. Isto porque muitos deles surgem por autoria de crónicos impiedosos críticos e, ainda, porque tudo aquilo que «dão com uma mão tiram com a outra». A exemplo breve, Rui Santos, João Querido Manha e José António Saraiva, todos com um pensamento comum: sublinhar que o Sporting derrotou o Benfica com todo o mérito, que Ricardo Sá Pinto bateu Jorge Jesus quanto à estratégia para o jogo, mas... e logo vem esse notório MAS:
Rui Santos: «Um penálti não assinalado nos primeiros sessenta segundos de qualquer jogo de futebol pode ser determinante. Não apenas pelo resultado mas também do ponto de vista da «caracterização» do próprio encontro».
João Querido Manha: «A arbitragem foi um descalabro. Ficaram três penáltis por marcar (dois contra o Sporting e um contra o Benfica) - foi demais».
José António Saraiva: «Ajudas de árbitro à parte (penálti não marcado sobre Gaitan e o insólito penálti marcado a Luisão num lance igual a dezenas de outros, em todas as zonas do campo)».
A essência jornalística do mensageiro não pode ser ignorada, à conveniência da ocasião.