Todos nós já passámos por situações onde não somos queridos.
Somos convidados mas depois ninguém fala connosco, ficamos à parte, isolados, talvez porque o nosso cabelo é diferente, talvez porque os nossos lábios não são finos, talvez porque nascemos noutro continente.
Porque há grupos, porque os meninos maiores, os meninos mais velhos, fazem velhacarias aos meninos menores.
Não tenho nenhuma informação sobre o que se passa no interior da selecção portuguesa mas vejo, oiço e leio. O que terá sentido o jogador do Chelsea que foi escorraçado de Londres para Milão ao saber que o seu (dele) clube contratou um miúdo de 17 anos para o seu (dele) lugar? Será pacífica a relação entre o jogador, suplente, de um clube do meio da tabela, em Itália e o jogador titularíssimo do Campeão português?
Às vezes temos de escolher o que é melhor para nós.
A Federação Portuguesa de Futebol, arcebispo, bispos, padres e acólitos não contam com Quenda. Foi chamado uma vez, duas vezes, três vezes, nunca prestou, nunca serviu.
Talvez seja melhor ser um Deus, Deovany para a Guiné-Bissau que um coroinha que nem serve para ajudar à missa na república portuguesa.
A nossa Pátria será onde trabalhamos ou onde nascemos?
Acredito que Geonany Quenda será bem aconselhado e fará a escolha certa (gostaria que o Sporting Clube de Portugal o apoiasse na decisão) entre ser um eterno convocado na selecção portuguesa, ontem n' A Bola, Rogério Azevedo, aconselhava Quenda a ter calma "Fonte só se estreou com mais de 30 anos" (p.31), sem nunca jogar ou optar por levar a Guiné-Bissau, pela primeira vez na História ao Mundial de 2026, a decisão é dele.
Era de esperar. A brilhante exibição de Francisco Trincão no jogo de anteontem contra a Dinamarca, pela selecção nacional, está a despertar a atenção de vários emblemas da Premier League. Manchester United, Newcastle e Arsenal já terão manifestado o seu interesse pelo jogador junto da SAD leonina.
Trincão está ligado ao Sporting por uma cláusula de 60 milhões de euros, mas metade do seu passe pertence ao Barcelona, o que pode desencorajar uma transferência já neste mercado de Verão. Mas é natural que desperte a cobiça de grandes clubes internacionais pela qualidade do seu futebol e pelos números que apresenta nesta época: nove golos e 13 passes para golo. Incluindo os dois que marcou na selecção, onde ainda só teve oportunidade de jogar 72 minutos.
Passo a citá-lo, com a devida vénia, destacando alguns trechos:
«Só neste terceiro jogo com Martínez Trincão pôde actuar como um extremo interior - nas duas vezes anteriores entrou para uma posição mais "colada" à linha. Porquê? Porque Martínez tem desenhado uma ideia que não prevê a existência de um jogador como Trincão. (...) Tem pedido aos laterais da selecção que joguem quase como complementos ao ponta-de-lança. Mendes e Dalot, à vez, têm pisado terrenos interiores - o primeiro mais em condução, o segundo mais em posicionamento entre linhas. (...) Inicialmente, essa parecia ser uma ideia para dar conforto a Rafael Leão e chegou a ter sucesso (...), mas dificulta a vida de jogadores como Trincão, cuja vida é feita de explorar zonas interiores, jogar em espaços curtos e usar o pé esquedo de fora para dentro - para remates, passes a rasgar a defesa ou cruzamentos em arco.»
«Frente à Dinamarca, já na segunda parte, Martínez mudou a tal ideia de laterais por dentro e alas bem abertos no corredor. Moveu Mendes e Semedo para posições exteriores, bem abertos, e os alas (Jota e Trincão) para posições mais condizentes com o futebol de cada um deles - ambos por dentro, com Jota mais vertical e incisivo e Trincão mais refinado a encontrar espaços por dentro. Foi nesse contexto que o jogador do Sporting encontrou caminhos para o golo e levou Portugal à meia-final da Liga das Nações.»
«Outro entrave à afirmação de Francisco Trincão aos olhos de Martínez também se chama Francisco. "Chico" Conceição tem sido um dos preferidos do seleccionador nacional. (...) Trincão dribla menos e é mais um jogador associativo do que de um contra um puro - Conceição tem valores de drible mais altos, Trincão supera em todas as métricas do passe. Através do Sofascore é possível comparar os mapas de calor de Conceição e Trincão e perceber que se movimentam de forma bem diferente - Conceição tem zonas vermelhas muito carregadas e bem coladas à linha, enquanto Trincão tem várias zonas a vermelho, evidenciando muito maior abrangência de movimentos.»
Ontem continuou o tiro ao Ronaldo entre os comentadores tugas. Um deles bradava na pantalha contra CR7 por não ter feito «nem cortes nem carrinhos», comparando-o desfavoravelmente a Gonçalo Ramos no Portugal-Dinamarca - que vencemos por 5-2.
Enfim, é o que há. Muito sofre esta gente com o facto de o maior goleador da história do futebol ser português. Custa mais ver um compatriota chegar ao topo, bem longe dos que estão condenados a permanecer na base.
CR7 vive anestesiado contra isto. Responde como sabe: com golos, sempre com mais golos. Faltam 71 para atingir os mil - marca nunca antes alcançada.
«Rui Borges recuperou o 3-4-3 porque não tem médios suficientes, em especial um para jogar atrás de Gyökeres. Ainda experimentou Bragança, sem grande sucesso, e que agora está lesionado. Esse lugar é para Pedro Gonçalves. Quando ele estiver recuperado, acredito que Rui Borges volte ao 4-4-2. Não me parece que saiam Trincão ou Quenda para se manter o 3-4-3.»
Na passada sexta-feira escrevi e publiquei neste espaço um postal sobre o jogo de Portugal na e contra a Dinamarca. Um texto recheado de ironia e sarcasmo salpicado aqui e ali com algum humor.
Hoje irei perorar sobre o jogo de ontem, mas ao qual retirarei a ironia e o sarcasmo, deixando somente um pouco de humor.
Sendo assim… ontem, no nosso estádio, Portugal mostrou que poderia e deveria ter feito mais nos dois jogos. Tem jogadores com qualidade para fazer melhores partidas. Ou como escreveu alguém numa rede social privada:
O problema reside no senhor Martínez, de quem tenho uma péssima ideia como treinador de futebol. É certo que ele não terá toda a matéria-prima, muito por culpa de alguém que se esconde, mas continua a dominar os meandros da FPF. Estou mesmo convicto que a escolha dos jogadores não será feita por Roberto Martínez, sendo apenas este o treinador de campo.
Ontem Portugal pretendeu principiar com alguma dinâmica, mas a grande penalidade falhada por Ronaldo atirou a selecção para o marasmo de quinta-feira. Valeu-nos um jogador dinamarquês ao fazer autogolo.
A segunda parte trouxe mais golos. Todavia e perante o desaire que estava a ser a selecção, RM puxou de um trunfo e colocou-o em campo aos... 81 minutos. De nome Francisco, este jogador ao fim de cinco minutos trincava já. Ao fim de onze repetiu a proeza e ainda teve tempo para estar na jogada que daria o quinto golo de Portugal.
Posto isto hoje lembrei-me da BD que tenho em casa e onde fui buscar esta imagem.
Calculo que deva ter sido isto que perguntou Martínez a si mesmo quando Trincão marcou o primeiro golo. Ou o segundo!
Mais um fim de semana e continuamos na liderança do ranking (5=1º Lugar, 3=2º Lugar, 2=3º Lugar, 1=4º Lugar ou pior, 0=Não participam) que aqui regularmente partilho:
12 Mar 2025
Sporting
Benfica
FcPorto
Sp.Braga
Futebol
5
3
2
1
Futebol Fem
3
5
0
2
Andebol
5
2
3
0
Hóquei em Patins
5
2
3
0
Futsal
5
3
0
2
Basquetebol
2
5
3
0
Voleibol
3
5
0
0
Voleibol Fem
5
3
2
1
Total
33
28
13
6
Seguimos no topo do ranking, liderando cinco das oito modalidades, o Benfica as outras três.
Resultados do fim de semana:
Futebol - Pausa Selecções
Futebol Fem - Eliminados pelo Benfica na Taça de Portugal por 2-3
Andebol - Ultrapassámos o Benfica na Taça de Portugal
Hóquei em Patins - Ganhámos ao Sp. Tomar e seguimos na liderança da Liga
Futsal - Ganhámos ao Sp. Braga e seguimos na liderança da Liga
Basquetebol - Ultrapassámos a Oliveirense para perder na final da Taça de Portugal com o Porto
Voleibol - Ultrapassámos o V. Guimarães no play-off de apuramento de campeão
Voleibol Fem. - Ultrapassámos o Fiães no play-off de apuramento de campeão
Destaques pela positiva foram a remontada épica no futsal com três golos de rajada, e a continuação da campanha vitoriosa duma equipa quase toda construída este ano, a do voleibol feminino, liderada pela magnífica distribuidora turca. Do andebol já nada é de admirar, a "green machine" continua oleada enquanto o Kiko não regressa.
Pela negativa a nossa equipa de basquetebol, uma manta de retalhos decorrente dum rodízio de americanos que parecem descomprometidos com o clube e que vai requerer toda a paciência do prof. Luís Magalhães para pôr a funcionar. Porque saiu um jogador como o Omlid para o Porto?
Com o plano A, B, C, D ou outro qualquer, estamos na luta.
De um tipo que ganha quatro milhões de euros por ano, não se pensa que aposte no Eurmilhões. Eu falo por mim...
Roberto Martinez, o tipo em causa, que consegue o feito invejável de colocar um grupo de jogadores notável a jogar um caracol (e a passo de), vendo que o vento não lhe estava a correr de feição, teve que arriscar desobedecer aos cânones que a si próprio impôs (ou lhe foram impostos) e ao invés de mais uma vez apostar em ser Félix, apostou em quem lhe poderia salvar o ordenadito quando a coisa estava a ficar negra como bréu. Meteu cinco números, um deu-lhe duas estrelas.
Sem nada a dizer quanto aos da defesa, Ruben ofereceu um golo ao adversário, mas Ruben tem o crédito que o Inácio, que fez uma exibição de luxo não tem. Fosse o nosso "minino" a dar aquela casa e hoje já a nação da bola e um ror de sportinguistas não se calavam a oferecer cruzes para enfeitar as costas do rapaz. Só se for(em) em carvalho, avisou ele enquanto fazia mais um corte a uma bola que passou a metro e meio de altura por cima de Vitinha. Tem a mesma terminação diminutiva, mas se calhar para aqueles cavalões dinamarqueses talvez fosse mais avisado meter ali o Palhinha, afinal se a selecção serve para recuperar jogadores tem que valer para todos, ou é só para o Félix, para o Bernardo (não havia um amigável para lhe oferecerem a placa dos cem jogos?), para o Leão (paga o que deves, caloteiro!) e para o minorca do Xico Ceição?
E estava Martinez a pensar com os seus três pêlos da careca e os dois botões do casaco que lá se ia o bem bom dos quatro milhões, que isto agora com o querido pia mais fino (ontem até pareceu que queria jogar também, tal o entusiasmo antes do jogo), não queremos cá misérias, quando teve o arrojo de soltar amarras e tirou quem realmente nunca deveria ter entrado, o Xico e o Rafael. E não é que um dos rapazes que entrou deu cabo da equipa adversária? Jackpot!
Isto leva-nos a questionar o posicionamento de Martinez: Sabe ele quem deve colocar no onze e por teimosia coloca outros com menos qualidade? Sabe ele quem deve colocar no onze e por "sugestão" de alguém vai colocando quem lhe sopram? Ou é cuco ou mocho, não me restam quaisquer dúvidas. Um tipo que deixa Quenda no banco e mete o Leão, que foi uma nulidade e que olha mais para as botas que para a bola, que é um displicente convicto e irritante, só pode ser masoquista, ou vendido. Um tipo que deixa o Vitinha do primeiro para o segundo jogo, só pode ser incompetente, ou vendido. Um tipo que mete o Xico, que não ganhou um duelo e foi recordista das bolas para trás, só pode ser cego. Ou vendido. Eu diria que é ambas as duas e ainda incompetente. Como disse lá atrás, é muito difícil colocar este conjunto de jogadores a jogarem... Bola. Valeu-lhe Trincão, pode respirar de alívio, pelo menos até Junho.
Uma nota final para Ronaldo. Aí as carpideiras invejosas, que adoravam ter um jacto e um iate e hotéis e o diabo a sete, mas nunca mexeram o cu para comprar uma trotinete, deliraram e até lhes caiu uma pinguinha quando o capitão falhou o penalti, muito mal marcado, diga-se. Para se redimir marcou logo a seguir, mas não valeu: A valer, marcou na segunda parte, pleno de oportunidade, pelo buraco da agulha, coisa só ao alcance de alguns, poucos. Saiu estoirado, é normal, mas com o sentimento de ter contribuído para a vitória. Para a rapaziada mal-dizente, apontem-me assim um, unzinho, que lá na frente seja melhor que Ronaldo, dos portugueses disponíveis. Mesmo quando os adversários já estão rotos e abertos, salvo seja, e se pode cavalgar por ali acima. Não conheço um único cromo em quem carimbar o número da bola, senão o dele.
E o Martinez lá continua a desfrutar, diz ele, do grande salário que recebe e da grande amizade do Jorge Mendes.
Desta vez com uma defesa em condições, mas com um maestro minorca a tentar tocar bombo e um Ronaldo desesperado para dar uns toques na bola, conseguiu ter um penálti digno do Taremi, oferta que o Ronaldo logo devolveu tentando imitar o Bruno Fernandes (para fazer aquilo estava lá o original, não era preciso a imitação), conseguiu ter um autogolo daqueles cabeceamentos que o mesmo Ronaldo não faria melhor, chegar ao intervalo em vantagem para se repetir na segunda parte o banho de bola de Copenhaga.
O nosso ataque era inofensivo com dois inúteis "italianos" em processo de revitalização a perderem a bola e dar origem a contra-ataques. Os dinamarqueses faziam o que queriam do meio-campo, o Vitinha via-os passar e os outros dois baixinhos pouco ajudavam. O nosso Hjulmand passeava-se no campo e só à conta dele foram três os remates perigosos. Para ajudar à festa, o Rúben Dias demora mais um pouco no passe e daí sai o golo da Dinamarca.
A 10 minutos do fim, com a eliminatória em risco, à beira de ser despedido, o Martínez não mete o Feliz e Contente, e vai â sua vida de vez. Mete o nosso Trincão, que lhe resolve o problema em dois lances magníficos. Também não deixa o Ronaldo a perder bolas no meio-campo e mete enfim um ponta de lança. Com Jota, que tinha entrado antes, finalmente tínhamos uma linha avançada que corria e jogava futebol. E chegámos a um inimaginável 5-2.
E lá vamos para a Final Four apesar do Martínez.
Francisco Conceição vinha duma lesão na Juventus, não convence, fala-se que vai ser devolvido ao Porto. Solução para revitalizar o rapaz: titular na selecção.
João Felix é achincalhado em Itália, fala-se que vai ser devolvido ao Chelsea. Solução para revitalizar o rapaz: convocado na selecção.
Rafael Leão anda castigado ao banco no Milão pelo Conceição pai. Solução para revitalizar o rapaz: titular na selecção.
Bernardo Silva está a atravessar uma péssima fase na pior época do Man.City com Guardiola. Solução para revitalizar o rapaz: Titular na selecção.
Trincão e Quenda estão a fazer uma bela época no Sporting e não precisam de revitalização nenhuma. Trincão salvou a selecção ontem. Quenda, diz o Martínez, está "a crescer". E o Feliz já cresceu tudo???
Enfim, isto não é um seleccionador, é um coleccionador de cromos da caderneta do Mendes.
O que seria desta selecção com alguém honesto e exigente à sua frente? Acho que nunca vamos saber.
A selecção de Portugal qualificou-se esta noite, no Estádio José Alvalade, para a final-a-quatro da Liga das Nações. Iremos disputar o próximo encontro a 4 de Junho contra a Alemanha, selecção anfitriã.
Qualificámo-nos com goleada à Dinamarca, que derrotámos por 5-2 após prolongamento, superando o resultado desfavorável (0-1) que trouxemos de Copenhaga.
As outras selecções que marcarão presença em Estugarda ou Munique são as da Espanha (que ontem só ultrapassou a da Holanda nos penáltis) e as da França (após superar a da Croácia, igualmente ontem, na lotaria das grandes penalidades).
Como adepto da selecção que sempre fui, só posso aplaudir.
E divirto-me com a azia que vou observando à minha volta. Começando nos comentadores televisivos, que esta noite gastaram dois terços do tempo a denegrir a equipa nacional. Quem ignorasse o resultado julgaria que tínhamos perdido e ficado excluídos da fase culminante da prova em vez de termos eliminado os dinamarqueses.
Vários destes comentadores desancaram Cristiano Ronaldo - passatempo favorito deles há mais de uma década. Indiferentes ao facto de o craque madeirense ter apontado contra a selecção visitante, em Alvalade, mais um golo: o nosso segundo da noite, aos 72', em oportuníssima recarga na sequência de um petardo de Bruno Fernandes ao ferro. Assim se redimindo de ter permitido defesa de Schmeichel ao bater mal um penálti aos 6'.
Foi o golo n.º 136 de CR7 pela equipa das quinas. E o seu golo n.º 929 em competições oficiais, número que o credita como maior goleador da história do futebol.
Quem o detesta - e são muitos, nesta terra de gente invejosa - redobrou a azia. Porque Portugal passou, porque Ronaldo marcou.
É chato, como diria o outro.
Mas há ainda mais aziados. Infelizmente, tenho de assinalar, também entre os sportinguistas. Todos aqueles que andam desde o início da temporada a rogar pragas a Francisco Trincão, zurzindo-o nomeadamente nas caixas de comentários deste blogue, tiveram de engolir duas ameixas com caroço. Precisamente os golaços que ele marcou no relvado de Alvalade. Foi mesmo decisivo para que a nossa selecção conseguisse o apuramento neste jogo dos quartos-de-final da Liga das Nações.
Roberto Martínez não apostou nele como titular. Mas aos 81', quando saltou do banco substituindo Dalot, o canhoto do Minho fez logo a diferença. Aos 86' meteu-a lá dentro, correspondendo da melhor maneira a centro de Nuno Mendes, outro herói da partida. E aos 91' - primeiro minuto do prolongamento, após 3-2 no fim do tempo regulamentar - voltou a facturar com talento e classe, numa bola rasteira em arco, após defesa incompleta de Schmeichel a remate de Gonçalo Ramos.
Trincão teria ainda intervenção directa no quinto golo, com passe muito bem medido para Diogo Jota, que a deixou para Ramos: este limitou-se a empurrá-la para o sítio certo.
Azia máxima para os detractores de Trincão. Começando pelos internos, aqueles sem os quais o Sporting nunca precisa de inimigos pois encarregam-se eles mesmos de tentar denegrir alguns dos nossos melhores.
«Muitos jogadores passaram por Alvalade e teriam merecido ser campeões, como Balakov e Liedson. Apetece perguntar de que valeram todos os golos marcados por Liedson. Um autêntico desperdício. Vitórias em jogos não chegam, se elas não se traduzem em títulos. Com Gyökeres, ao menos, já há benefício desportivo para o Sporting, com a conquista da Liga na época passada. Se este ano é repetido o feito ou não, não sei, mas, aconteça o que acontecer, o que o Sporting já ganhou com ele representa um grande avanço em relação ao passado. Se juntarmos o proveito desportivo já conseguido ao financeiro, que irá acontecer, então Gyökeres será talvez a contratação com maior rendimento de sempre do Sporting.»
«Muitos erros se cometem no nosso clube, e nunca sabemos quem são os culpados, mas comparar estes dirigentes com a anterior bandalheira é falta de uma coisa que não digo. Devemos ser construtivos e os comentários que por vezes leio (poucos) não acredito que sejam de alguém que gosta do SCP.»
1. Diogo Costa a fazer um passe, a iniciar o golo da Dinamarca.
2. Cinco segundos depois, Diogo Costa nem aparece na imagem, estará a afagar os ovos, a coçar os tomates, a apertar os atacadores? Gonçalo Inácio faz de guarda-redes, de dois centrais, de lateral esquerdo e direito. Ele, contra o Reino da Dinamarca.
3. Diogo Costa está ajoelhado no chão, grita com Gonçalo Inácio, "a culpa foi tua, lagarto do cara**o". A realização, incrédula, filma Gonçalo. O nosso capitão (um dos nossos capitães) não reage.
Olho para as imagens (depois de as ter visto muitas vezes na televisão).
Não sei como é que Gonçalo Inácio conseguiu manter a calma, não sei como conseguiu ler o que, sobre ele, escreveram a seguir.
O quase ex-seleccionador mete onze matrecos em campo, a matrecada sofre uma frangalhada e a culpa é dele?
«O miúdo [Felicíssimo] é muito bom. Obviamente, até fisicamente se vê que não é um jogador acabado. Enquanto o Sporting se abastecer na formação, com dificuldades é certo, está no seu caminho para o sucesso. Aqueles que pedem reforços para todos os postos e a qualquer preço ou não sabem do que falam ou são adeptos dos nossos adversários.»
Uma das coisas que mais divide os portugueses é a selecção nacional de futebol. Nada de PSD e Chegas, PS e BE… O que conta mesmo é o futebol.
Seja por uma razão qualquer ou pela inversa a verdade é que anda meio mundo zangado com a outra metade por causa dos homens da bola.
Ontem ao fim da tarde princípio de noite obriguei-me a ver o jogo entre a Dinamarca e Portugal. O resultado cifrou-se numa bela derrota para as cores lusas pela margem mínima e que me pareceu extremamente injusta para a selecção portuguesa.
Porém fiquei convicto que aquela equipa que jogou de branco tem capacidade para jogar pior. Muuuuuuuuuuuuito pior que jogou ontem.
Para tal basta que se mantenha no cargo o actual seleccionador nacional, Jorge Mendes, e o treinador de campo Rodolfo Martinez. Todos sob o comando fantástico do novo presidente da FPF, Pedro Proença.
Digam o que disserem só com esta equipa de técnicos e dirigentes coesa e incapaz conseguiremos descer de divisão na tal Liga das Nações (que sinceramente não sei para que serve!!!).
Ontem a equipa perdeu por um a zero, mas deveria perder por muitos mais. Assim certamente não iremos lá!
Enquanto esperamos que o Roberto e os outros seleccionadores não nos cansem os jogadores nem que volte ninguém lesionado, lembrei-me de fazer um passatempo de fim-de-semana, com hífen, para eleger os nossos 5 melhores jogadores, até agora.
Assim, peço que comentem quais é que acham que são os nossos 5 melhores, por ordem de importância.
O 1º terá 5 pontos, o 2º terá 4 pontos, e assim por diante até ao 5º, com 1 ponto.
Será feito um somatório e será mais tarde divulgada a votação final.
Agora que temos um querido a novo presidente da federação da bola, esperava-se que, não colocando em causa a independância, a autonomia e a liberdade de escolha do seleccionador/treinador, alguém dissesse ao espanhol que como um dos seleccionadores com o ordenado mais alto do mundo da bola, deveria escolher os melhores sem olhar a gostos pessoais (sou simpático ou não?) e fazer um pouco mais de esforço para os fazer jogar algo que se veja. Terefa impossível, já que como se viu com a selecção da Bélgica, onde com a melhor geração de futebolistas de sempre, desperdiçou talento e ganhou... Bola.
Ontem mais uma vez apresentou um futebol paupérrimo, sem chama, sem garra, cheio de equívocos, com uma toada baixa, lenta, premonitória de um fim angustiante em morte cerebral.
Manteve-nos na eliminatória Diogo Costa, que foi adiando o golo dos dinamarqueses com belas defesas. Mais valia ter deixado entrar aquela bola logo no início que parece ter sido premonitória do que seria o jogo. Talvez eles acordassem todos, treinador incluído e pudessem mostrar que sabem o que fazer dentro de campo. Mas não foi assim e foi demasiado mau o que todos os restantes fizeram, em contraste com a basófia que vão tendo de que são uma das melhores selecções do Mundo e com o melhor médio da Europa (careca dixit). Não basta marcar com os olhos, é preciso dar em cima, querer mais que os outros, mas com esta alminha a treinar, até já inventámos uma nova modalidade, correr a passo, que é assim uma coisa mais lenta que a marcha, no atletismo e onde eles não se desengonçam tanto, que há que manter a pose e o cabelo no lugar.
Domingo há mais em Alvalade e eu temo que com Hjulmand e Harder a jogar em casa, se o espanhol não mudar radicalmente as coisas, lá vai mais um prego para o caixão.
O que de bom se pode retirar disto? Trincão, Quenda e Harder, apesar de não treinarem com a equipa, não calçaram, podendo pelo menos descansar. O Inácio bem que poderia ter invocado um desarranjo intestinal, sempre teria evitado contribuir para aquele enorme fluxo no colector de saneamento.
A colecção de cromos da caderneta Mendes, que incluem pré-reformados, post-lesionados e eternamente flopados, amigos do Ronaldo mais uns que outros, deu em Copenhaga mais uma demonstração de desorientação táctica e incapacidade competitiva.
Não chega ter os jogadores que tem Guardiola para jogar "à campeão" como joga Guardiola, é preciso ter a competência e a exigência de Guardiola. Quem diz Guardiola diz o Luis Enrique. Ou até o Flick.
Ouvi dizer ontem ao Malheiro (?) na TV que pior que o Martínez só o Scolari. Devia estar a brincar, porque o Scolari não aceitava recados, mal chegou correu logo com a prima-dona Baía, e sabia pôr "os mininos" na ordem, a bem ou a mal. O Martínez andou a fazer favores desde que chegou ao Mendes e ao Pinto da Costa, a utilizar naturalizados a martelo como o Otávio e o Galeno (este foi "treinar" com o Brasil e recusou) para possibilitar grandes transferências, a chamar os amigos do Ronaldo para tomar conta da "capoeira" cheia de "galos", tentar recuperar flops e lesionados, no fundo a tratar de rentabilizar os "cromos" da "caderneta".
Como é que o Renato Veiga, pouco tempo depois de ser emprestado pelo Chelsea à Juventus onde pouco joga, é titular na Dinamarca em vez daqueles que estão a jogar como tal no Sporting e Benfica, Gonçalo Inácio e António Silva? Para agradar ao Mendes? Além do penálti que provocou, levantando o braço sem qualquer necessidade, a saída de bola foi sempre deficiente.
Ir a Copenhaga defrontar uma Dinamarca que mete o pé e joga a correr sem trinco nem ponta de lança, com uma linha média de baixinhos vagabundos, um Pedro Neto que sabe rematar e pouco mais, é mesmo de quem não sabe e nem quer saber.
Ou melhor, quer é saber quanto é que vai receber de indemnização quando o penteado do Proença começar a perder a laca.
Dizem que temos a melhor selecção de sempre em termos de jogadores, mas o que temos é um grupo de jogadores muito iguais na técnica, no físico e na atitude, que fazem uns estágios fenomenais mas se anulam uns aos outros em campo.
Os jogadores diferentes como o Paulinho ou a atravessar um grande momento, como o Pedro Gonçalves meses atrás, pura e simplesmente não têm lugar.
Ontem sobraram quatro magníficos, que não brincam em serviço e mereciam outra coisa: Diogo Costa, Rúben Dias, Bruno Fernandes e Nuno Mendes.