O lema olímpico Citius, Altius, Fortius, que em latim significa "mais rápido, mais alto, mais forte", penso que foi introduzido pelo barão Pierre de Coubertin nos Jogos Olímpicos de Verão de 1924 de Paris.
No que respeita ao futebol, obviamente que isso não é suficiente para vencer. Mas ajuda muito...
Rúben Amorim percebeu isso da pior maneira, quando a sua ideia de ataque móvel, talvez inspirado no Man.City de Guardiola e na selecção de Espanha de Sarabia, com atacantes como Pote, Trincão, Edwards, Rochinha e Arthur Gomes, fracassou na primeira metade da 3.ª época. E assim logo chegou Diomande e se promoveu Chermiti. Depois vieram Gyökeres e Hjulmand.
Mesmo assim, na época passada, foi visível a dificuldade de defrontar na Liga Europa uma equipa italiana como o Atalanta, que acabou por vencer a prova, como agora foi defrontar o Lille na Champions e na Youth League (aqui a diferença ainda era mais marcada), que contava com vantagem física evidente nos onzes apresentados.
Neste bom momento da época, em que toda a gente fala dos três vikings louros, rápidos, altos e fortes, é preciso não esquecer as "torres" da defesa, Diomande, Debast e Inácio.
Coates foi para mim, e expliquei porquê, o melhor defesa central do Sporting dos últimos 50 anos. Se ninguém chora a sua saída, é porque o substituto é mesmo fora-de-série. Diomande é exactamente isso, e quase 15 anos mais novo, com uma capacidade de crescimento impressionante. Não é um viking louro? Pois não, e qual é o problema ?
Debast tem visão de jogo e qualidade de passe incríveis, mas também altura e rapidez.
Inácio alia alta qualidade de passe a um excelente jogo de cabeça e sentido de baliza. Quando algum dos três tiver de fazer de ponta de lança como Coates, será ele o "homem" para a função.
Resumindo, e isto é válido para a A, para a B, para a C/sub23, para o misto da Youth League ou para qualquer outra, é preciso assegurar a maioria de jogadores assim no onze, de forma a estar confortável nos lances disputados nas duas áreas e criar espaço fora delas para os "baixinhos" e "levezinhos", para o Pote e os outros brilharem também.
Continuo a teimar que ainda fazia falta outro assim no meio-campo... já que Koindredi não provou e Essugo foi rodar para Espanha. Se já temos um Gyökeres-2 chamado Harder, se calhar podia ser um Hjulmand-2. Ou um Diomande-2 centro-campista, porque não?
PS: Entretanto a nossa brilhante equipa de andebol segue imparável. Esmagou ontem no João Rocha uma das duas favoritas à conquista da Champions da modalidade. Também nessa equipa as "torres" Salvador Salvador, Moga e Edy Silva foram determinantes.
Jornada 7 do campeonato: vamos jogar amanhã, a partir das 20.15, contra o Estoril na Amoreira. A expectativa dos adeptos leoninos é tão grande que os bilhetes disponíveis para apoiar a nossa equipa, enquanto visitante, esgotaram-se em apenas cinco minutos.
Venho pedir-vos prognósticos para este desafio. Lembrando que o Estoril-Sporting da época anterior, realizado em Maio, terminou com vitória tangencial: fomos lá vencer por 1-0, graças a um golo de Paulinho, já com o título conquistado. Em casa, quatro meses antes, havíamos cilindrado os canarinhos da Linha de Cascais por 5-1.
Edmundo Gonçalves: «Convém não esquecer que Ivkovic defendeu um penalti, marcado pelo talvez maior génio de futebol de todos os tempos, Diego Maradona. E todos sabemos do que é que estou a falar!»
Pedro Oliveira: «Parece-me ou parece a mim que hoje tivemos Leão. Um Leão sério e a sério. Não durou noventa minutos mas esteve lá.»
Eu: «Não gostei desteFCP, a equipa milionária do campeonato 2014/15. Sem organização de jogo, sem um colectivo eficaz, quase sem conseguir fazer sair uma bola em condições do seu meio-campo durante toda a primeira parte da partida. Apesar da atitude histriónica de Lopetegui, que não parou de esbracejar um momento durante o jogo. Ou por causa disso mesmo.»
«Varandas é uma lufada de ar fresco não só no Sporting, mas também no futebol português. Para muitos o senhor João Rocha é o melhor presidente da nossa centenária história. (...) Ganhou 7 títulos: 3 Ligas, 3 Taças de Portugal, e 1 Supertaça, isto nos 13 anos do seu rico legado. Quantos títulos conquistou Varandas em apenas 6 anos do seu consulado? 2 Ligas, 1 Taça de Portugal, 3 Taças da Liga e 1 Supertaça. (...) Se vencermos o bicampeonato, como todos acreditamos, Varandas passará a ser o melhor presidente da nossa história, ou alguém ainda tem dúvidas?»
Houve festa em Alvalade, domingo passado, quando vencemos uma coisa "chamada" AVS. Por cá, não faltaram prognósticos. Novamente com três vencedores: Edmundo Gonçalves, Leão de Lordemão e Pedro Batista. Os dois primeiros vaticinaram Gyökeres e Harder como autores de dois golos, o segundo apostou no bis do craque sueco.
Qualquer deles esteve muito perto de fazer o pleno.
Sete outros leitores acertaram no resultado (triunfo leonino por 3-0), mas omitiram Conrad - que se estreou a titular no onze leonino - e apenas previram um golo de Viktor. Não sobem ao pódio, mas ingressam no quadro de honra da jornada. Eis os seus nomes ou pseudónimos: AHR, António Goes de Andrade, Leão de Queluz, Manuel Parreira, Maria Sporting, Nelson Gonçalves e Verde Protector.
Quando reclama que o sucesso do Sporting é da responsabilidade exclusiva de Rúben Amorim, mesmo que ele tenha sido uma aposta do presidente Frederico Varandas, e o próprio treinador não se canse de elogiar o departamento de scouting leonino e Hugo Viana (o sucesso da estrutura).
A Liga Europa é a FNAT do futebol actual, alegria no trabalho.
O Futebol Clube do Porto lá vai, cheio de alegria, mãos postas, Fátima, Futebol e Fado, sabe que, estatisticamente, está obrigado a vencer a Liga Europa, tem o melhor guarda-redes do mundo e um presidente, ex-treinador, que já a venceu.
O futebol passa muito por organização, foi, precisamente, nessa tarefa de organizar, de etiquetar que me deparei com estes dois recortes do Expresso e d' A Bola, os dois do ano passado.
Tudo muda, "não saio!", saiu, do campo, do FC Porto e do futebol, o outro que pensava que vinha para Portugal criar cavalos e lidar com burros, foi despedido, Artur Jorge, despediu-se do "trolha" e tem tudo para ser campeão brasileiro. Rúben foi e pode voltar a ser campeão, joga com os campeões e hoje à tarde vai assistir, tal como eu, ao jogo da FNAT, no sofá, com cerveja fresca e algo para trincar.
Exigência máxima quando é a sério, relaxar, alegria e riso quando podemos.
Eu: «É tempo de lembrar aqui o minuto 10 do jogo Gil Vicente-Sporting. Foi nesse momento que Adrien Silva, a passe de Slimani, disparou de fora da grande área um fortíssimo pontapé que abriu a goleada leonina nessa partida mas foi muito mais importante que isso: pôs fim ao desencontro entre remates e golos que vinha afectando a nossa equipa. Sustentei aqui, durante a semana, que este era o problema principal a resolver enquanto vários leitores insistiam nascaixas de comentáriosna urgência de alterar e reforçar a linha defensiva. Aquele golo de Adrien que abriu caminho à nossa mais expressiva vitória até à data neste campeonato demonstrou o contrário: atravessávamos uma crise de golos que foi enfim ultrapassada. Este era o problema essencial. Daí a importância do que sucedeu naquele minuto 10, que funcionou como um saca-rolhas. Havemos de nos lembrar dele com frequência lá mais para diante. Por ter sido um momento-chave para o Sporting neste campeonato.»
«As poucas viúvas e órfãos que ainda restam podem estar calados, mas precisam de ler as verdades que são as seguintes: 1 - O Sporting SAD teve um resultado líquido positivo de 12,1 milhões de euros; 2 - É o 3.º [ano] consecutivo [em] que isso acontece; 3 - Os capitais próprios positivos são agora de 21 milhões de euros; 4 – O volume de negócio foi de 246,7 milhões de euros; 5 – O activo da SAD valorizou 56,5 1 milhões de euros e passou para o total de 374,4 milhões de euros; 6 – As receitas de merchandising do Clube bateram o recorde de 15,2 milhões de euros (...). Se a tudo isto acrescentarmos a remodelação geral do estádio José Alvalade e Academia Cristiano Ronaldo, e os títulos conquistados no futebol, futsal, andebol, hóquei em patins, etc, estamos provavelmente perante uma das melhores direcções da história do Sporting Clube de Portugal, se não a melhor.»
Conrad Harder festeja golo marcado na estreia a titular em Alvalade: temos um novo herói
Foto: Miguel A. Lopes / Lusa
Há estreias assim: ficam inesquecíveis. Não só para o estreante, mas para todos quantos testemunham esse momento privilegiado. Aconteceu anteontem, em Alvalade, com Conrad Harder, o nosso novo reforço vindo da Dinamarca. Era a primeira vez que integrava o onze inicial do Sporting, com mais de 43 mil pessoas no estádio. Mas nem assim o jovem de 19 anos se atemorizou: bastou um quarto de hora para metê-la lá dentro, destroçando a táctica da turma visitante, que vinha preparada para estacionar o autocarro frente à baliza enquanto vários dos seus jogadores se atiravam para o relvado simulando lesões.
Lá tiveram de virar a agulha ao encaixarem o tiro de Harder, disparado com intenção deliberada de a afundar nas redes, sem hipótese de defesa para o mexicano Ochoa, veterano de cinco mundiais de futebol. O estádio vitoriou o avançado que colmatou a fracassada contratação do grego Ioannidis: parece que nada perdemos com a troca.
Nascia um novo herói verde e branco, saudado pelos adeptos e muito fotografado. Sem falsas modéstias, Harder festejou à moda de Cristiano Ronaldo, imitando-lhe o gesto habitual quando marca um golo.
Iconografia perfeita: este Sporting com aroma nórdico parece cada vez mais robusto. Com três louros e nada toscos. Cada qual, à sua maneira, com vocação para estrela.
Conrad esteve muito bem, mas não eclipsou o craque maior.
Viktor Gyökeres voltou a bisar, destacando-se de novo como melhor em campo. Foram dele mais dois golos: aos 45'+4, com assistência de Morten, e aos 70', dando o melhor rumo a uma oferta de Trincão.
Esta equipa comandada por Rúben Amorim habituou-nos a resultados tão desequilibrados que um 3-0, a muitos de nós, já sabe a pouco. A exibição foi categórica, o domínio em campo foi evidente, a dinâmica colectiva foi notória. Por isso este desfecho só pecou por escasso.
Nem parecia que vínhamos dum jogo de Champions: dias antes havíamos recebido o Lille (vitória por 2-0). Também não parecia que tínhamos quatro titulares habituais lesionados: Vladan, Eduardo Quaresma, Gonçalo Inácio e Pedro Gonçalves não puderam dar o seu contributo. Mas neste Sporting 2024/2025 o conjunto continua a funcionar, mesmo quando as peças vão mudando. Voltou a acontecer.
Israel - três jogos seguidos sem sofrer golos - deu boa conta do recado entre os postes. O inédito trio de centrais composto por Debast, Diomande e Matheus Reis exibiu inabalável segurança, a tal ponto que o AVS foi incapaz de criar oportunidades de golo. O meio-campo esteve irrepreensível, com Morten a recuperar e Daniel Bragança a desenhar lances ofensivos. Quenda, muito mais maduro do que os seus 17 anos indiciam, assegurou o vaivém na ala direita enquanto Nuno Santos tomava conta do corredor esquerdo, com Matheus pronto para lhe acorrer às dobras.
Mas o melhor está lá na frente. Naquele trio dinâmico, sempre móvel, sempre a abrir linhas de passe, sempre a deixar a cabeça em água aos defensores adversários. Trincão à direita, Harder digno substituto de Pedro Gonçalves à esquerda, Viktor no meio. Abrem espaço para os colegas, arrastam marcações, alternam movimentos interiores com disparos de meia-distância, mostram-se confortáveis com bola e sem ela.
O resultado está à vista: comandamos isolados à sexta jornada. Somos a única equipa invicta. Temos 22 golos marcados - e apenas dois sofridos, igualando o ímpeto rematador do saudoso Sporting 1972/1973, onde Yazalde era ponta-de-lança de luxo.
Quanto tempo vai durar? Mais 28 jornadas, esperamos (quase) todos. Até o bicampeonato que nos foge há sete décadas deixar de ser mero sonho para se tornar realidade.
Breve análise dos jogadores:
Israel - Seguro, atento. Transmite tranquilidade à equipa. Outra partida sem sofrer golos.
Debast - Tem um talento especial para colocar bolas lá na frente. Foi assim que iniciou a construção do primeiro golo.
Diomande - Domina o jogo aéreo: ninguém o superou. Quase marcou de cabeça, aos 80': só Ochoa o impediu com espectacular defesa.
Matheus Reis - Substituiu Gonçalo Inácio como central à esquerda. Missão cumprida.
Quenda- Já é um dos principais marcadores de livres e cantos. Integra-se bem nas missões defensivas.
Morten - Assistiu Harder no primeiro golo e é dele a recuperação que origina o segundo. Honra a braçadeira de capitão.
Daniel Bragança - Um dos cérebros da equipa, fundamental na organização de jogo. Esteve perto de marcar aos 25'.
Nuno Santos - Tentou muito, esforçou-se o mais possível, mas poucos cruzamentos lhe saíram bem.
Trincão - Ochoa impediu-o duas vezes de marcar, aos 12' e aos 31'. Assistiu Gyökeres no terceiro.
Harder - Titular em estreia de Leão ao peito, superou todas as expectativas. Golo aos 15' e assistência aos 45'+4.
Gyökeres- Voltou a bisar. Com dez golos apontados em seis jornadas, superou a marca de Mário Jardel em 2002. Melhor em campo.
Maxi Araújo - Entrou aos 59', substituindo Harder. Anda com ganas de marcar: atirou ao poste (59').
Morita - Entrou aos 70', substituindo Daniel Bragança. Manteve o equilíbrio no meio-campo.
Geny - Substituiu Quenda aos 70': o essencial da tarefa estava cumprido.
Fresneda - Rendeu Matheus Reis aos 76', mas jogando como central à direita. Ainda procura o seu lugar na equipa.
Esgaio - Estreia na época: ouviu muitos aplausos quando entrou, aos 76', substituindo Trincão. Dois bons centros.
Adelino Cunha: «Percebi bem? Ilídio Vale é o novo seleccionador nacional, devidamente treinado a partir da bancada por Fernando Santos? Boa sorte.»
José da Xã: «Nada me move contra o Engenheiro Fernando Santos. E gostei do tempo que ele passou no Sporting. Só que não me parece ser a pessoa certa para aquele lugar. Com a entrada do ex-seleccionador da Grécia vai ser mais do mesmo, isto é, não vamos observar enormes modificações no que respeita a jogadores selecionáveis. Torna-se deveras difícil a alguém alterar o actual “status quo” da FPF. Como já referi em anteriores textos, este organismo vive demasiado refém de gente a quem não interessa o futebol como desporto apenas como (bom) negócio.»
Eu: «Estas duas edições surgiram nas bancas com um intervalo de 24 horas. São de um jornal que muitos agora dizem "conotado com o Sporting". Não é verdade, como aqui se comprova. Se há coisa que nós, sportinguistas, não precisamos é desta imprensa "amiga". Bastar-nos-ia uma imprensa com critério editorial uniforme. Como nos bastaria uma arbitragem com critério técnico e disciplinar uniforme, que não beneficiasse nem prejudicasse ninguém. São talvez aspirações utópicas. Por mim, não me cansarei de continuar a lutar por elas.»
«O que está a acontecer com o nosso clube é um sonho que poucas vezes pensei ser possível ver em vida. Como tudo nesta vida é efémero, quero viver cada segundo do presente. Obrigado a todos que têm contribuído para este desiderato.»
Ainda estou para perceber legalmente se o AVS tem direito a estar na primeira liga. Aquilo não é um clube, é uma SAD do tipo cerveja sem álcool. Mas é o que temos e assim a nossa equipa, ontem, mostrou que na savana leonina quem manda é o Sporting.
Curioso é que em cada jogo vejo mais cabelos louros a evoluir no relvado. Há aqueles que são mesmo loirinhos da “silva" e há aqueles que pintam os seus naquele tom icterícia.
Desta vez a conversa de ontem foi pequena, apenas 45 mensagens entre a malta uotessapiana e das quais recolhi as frases que seguem.
SPORTING 3 – AVS 0
Marcadores: Harder e Gyökeres (2)
Hoje até vai haver um golo da D. Elvira
Estava harder
Golo viking
7 lesionados e não perdemos qualidade
Penalty roubado
Está a ficar complicado, estamos quase no 3-0
Que como se sabe é um resultado difícil.
Isto corre tão bem que até o Esgaio entra
O SportingCP, sem Gyökeres, ainda teria o melhor ataque da liga (ex-aequo com o Porto).
Edmundo Gonçalves: «Eu percebo que, tal como eu, Manuel Fernandes precise de ganhar o seu sustento; já que o ganha porque foi e é um ídolo do Sporting, ficava-lhe bem, não como agradecimento, mas como sportinguista, que não se deixasse manipular pelos colegas e pela produção do programa (de forma propositada ou ingénua, ainda estou para saber) e fizesse por defender os superiores interesses do Clube, que até conhece muito bem, por dentro. Mas o que faz, sistematicamente? Apouca a direcção, a equipa e o Clube.»
Eu: «Para alguns sportinguistas, melhor treinador é sempre quem não está e melhor jogador é sempre quem já foi. Tenho pensado nisto a propósto de alguns nostálgicos de Dier e Rojo andarem por estes dias a suspirar por eles, reivindicando-os para o eixo da nossa defesa.»
(dois miúdos negros, farda de colégio caro, entre os treze e os quinze anos)
Fui investigar, é verdade, dos nove jogadores expulsos nestas primeiras seis jornadas, apenas, dois são brancos. O FC Porto nos últimos oito jogos oficiais, na república portuguesa, beneficiou de quatro expulsões, todas elas de jogadores negros.
Facto curioso, Ricardo Baixinho foi um dos dois árbitros (o outro foi Gustavo Correia) a expulsar um jogador ariano, Larrazabal, Casa Pia. Qual terá sido, então, a razão para não expulsar o francês?
Nota 1 é mau mas inadequada, zero seria a mais indicada.
Aí estão os outros resultados (falta o Benfica do "regressado" vs. Boavista).*
A tendência foi triunfos por 3-0, empates e mais uma derrota para o, ainda, treinador do Farense, continua com zero (18 pontos negativos).
Não se se muitos notaram, mas Amorim disse coisas interessantes e de certo modo preocupantes no final do jogo.
No meio dos elogios aos nórdicos que os jornalistas queriam ouvir da boca do treinador, este mostrou-se preocupado com uma certa falta de intensidade no final e uma certa displicência (a palavra é minha), dizendo que se os jogos da Liga portuguesa são assim - com o SCP a atacar 95% do tempo - os jogos da Champions não são.
Nesses jogos é preciso ir lá à frente e vir a correr cá para trás.
Este ano, o Sporting tem demonstrado uma superioridade tal face às (chamadas) equipas pequenas, que quase parece que viajámos a um tempo pré-sistema (... eu ainda me lembro....) em que as condições de treino, preparação e plantéis das equipas pequenas eram muitíssimo inferiores às dos três grandes. Os jogos têm parecido espetáculos de Las Vegas.
Excepto com o Porto e com o Lille.
Com o Porto, tivemos de esperar que o central cometesse aquele penalti de principiante e com o Lille tivemos a fortuna de jogar contra dez durante uma hora. Em nenhum dos casos brilhámos, fomos imensamente superiores e avassaladores. Merecemos ganhar, mas não foi Las Vegas. Lembro que nos dois casos o segundo golo chegou tarde e caído do céu, de fora da área. Geny primeiro e Debast depois.
É bom que os jogadores se mentalizem que nada (mas mesmo nada) está ganho. Como por exemplo a Supertaça...
Felizmente, e como tem acontecido, Amorim está dois passos à frente.