A partida desta noite não se previa nada fácil. Acima de tudo porque nos dois últimos jogos contra o FC Porto o Sporting perdeu ambos. Ora todos sabemos como estas coisas por vezes correm... E assim calculo que a tremideira no Estádio fosse evidente.
Como foi no meu telemóvel com a troca de mensagens no costumado grupo de uotessape. Mais de sessenta mensagens partilhadas. Algumas com graça. Desta vez arrisco a colocar mais algumas do que em postais anteriores, até porque clássico também dá nisto.
Louvo a persistência da Direcção do Sporting em querer fazer do estádio de Alvalade uma infraestrutura desportiva moderna e funcional. Desta vez vão ser inaugurados um novo sistema de iluminação e o preenchimento com cadeiras dos espaços onde estavam aqueles dois "trambolhos".
Mas o importante mesmo é a vitória no clássico. A Liga não podia ter começado melhor para a equipa do Sporting: com excepção de St. Juste todos estão disponíveis, então agora é confirmar o bom momento e assegurar a liderança da Liga.
A vitória na Supertaça moralizou o adversário, as expulsões e os penáltis de que foram beneficiando também, mas o onze que poderão apresentar será com certeza bastante inferior àquele que foi derrotado por 2-0 há uns meses em Alvalade. Mas conjuntamente com o treinador, tem muitos anos de casa, percebem bem o que tem de fazer em termos de futebol e de jogo sujo no qual o dirigente da APAF em serviço de apito tenderá a colaborar.
A receita para ganhar é concentração máxima, encolher os cotovelos para não irem lá bater com a cabeça, controlo pausado do jogo com variações constantes de flanco e transformação rápida nos ganhos de bola em lançamentos de Gyökeres. O jogo aéreo também não é o forte dos centrais deles, pelo que iremos criar perigo nos cantos e cruzamentos. E marcar primeiro que o adversário.
A receita para perder é falhar passes em zonas recuadas e ter de ir à queima para safar os lances. Espero que não aconteçam.
Com o regresso de Hjulmand, a grande dúvida será nas alas. Quenda e Catamo, Catamo e Nuno Santos ou Catamo e Matheus Reis? Tudo dependerá de como se encontra Nuno Santos, mas estava muito bem quando se lesionou. Aposto nele, num onze assim:
Kovacevic; Quaresma, Diomande e Inácio; Catamo, Hjulmand, Morita e Nuno Santos; Trincão, Gyökeres e Pedro Gonçalves.
Lá estaremos num Alvalade de lotação esgotada para apoiar a equipa do Sporting liderada por um grande treinador, Rúben Amorim, num jogo extremamente importante para o que será a temporada.
Todos nos recordamos do derrame do cargueiro "Prestige" e do desastre ecológico que provocou na costa da Galiza. Todos sabemos a ligação histórica entre Costa (FC Porto) e Galiza.
Esta bandeira e o movimento galego "nunca máis" surgiu em 2003 no contexto que referi.
Vamos deixar de seguida algumas imagens que após o escândalo de ontem em Moreira de Cónegos não gostaríamos de ver repetidas no futebol português.
Nunca mais.
Nunca mais
Nunca mais
Nunca mais.
Aquilo que mais queria era, amanhã, poder escrever sobre o excelente jogo e a maravilhosa arbitragem em Alvalade.
Pedro Oliveira: «Gosto muito de futebol, embora deteste a violência inerente, a dos adeptos e, principalmente, a que é incentivada pelos treinadores, "passa a bola ou passa o jogador mas nunca os dois na mesma jogada" era uma máxima que se aplicava ao futebol italiano e que temo seja posta em prática hoje, pelos donos do campo de futebol, que se costuma esboroar quando o Sporting os visita.»
Eu: «Nani (7). Muito aplaudido neste regresso a Alvalade, correspondeu com o seu talento. Foi o jogador mais marcado: raras vezes obteve a bola sem enfrentar de imediato dois competidores. Faltou-lhe concretizar o penálti, que o guarda-redes do Arouca defendeu, para sair em ombros. Bem substituído - por já ter um cartão amarelo e revelar fadiga.»
«Há agora quem afirme que a Liga perdeu qualidade, que os adversários são mais fracos. Tendo a discordar. A grande diferença que vejo é o melhor Sporting de que me lembro.»
Confio neste Sporting como nunca confiei em nenhum e, se não vier mais nenhum avançado, será uma pequena desilusão, mas continuarei a acreditar na nossa capacidade goleadora, rezando por Viktor a Nossa Senhora dos Joelhos. Ioannidis parece ser opção descartada e o tal Harder estará...harder to get, com a intromissão do Brighton. Acredito que estará em marcha o plano D e E e que até segunda-feira possa haver uma boa nova.
Caso não aconteça e acreditando que Amorim não quererá "um qualquer", lembro que há ainda a possibilidade de se contar com um desempregado. Bem sei que esta malta pede obesos prémios de assinatura e que não costuma ganhar mal, mas não enjeitaria a oportunidade de ver por cá Martial (móvel e necessitado de se relançar); Ben Yedder (goleador consistente que estando em fim de carreira pode aceitar melhor ser suplente); Choupo-Motig (suplente-goleador de carreira) ou até Delort, com menos nome mas com muitos golos na liga francesa ao longo dos anos.
O mercado está quase a fechar... e o plantel ainda está por completar.
Enquanto os muitos reforços chegam aos rivais, no Sporting a novidade é que... não há novidades sobre o ponta de lança. Menos ainda sobre o médio centro alto e forte que continua a faltar no plantel.
As novidades que existem é daqueles que vão saindo por empréstimo ou definitivamente.
Essugo é mais uma. Empréstimo sem opção de compra ao Las Palmas.
Entradas (38M€):
1.Vladan Kovacevic(26) - Raków - 5M€
2. Maxi Araújo (24) - Toluca - 15M€ - Internacional A Uruguai
3. Debast (20) - Anderlecht - 18M€ - Internacional A Bélgica
4. Bento Estrela (18) - New York Red Bulls
5. Paulo Iago (17) - Real Madrid (Ag. Jorge Mendes) - A confirmar
21. Pedro Bondo (19) - Petro Luanda (emprestimo terminado)
22. João Pereira (19)
Empréstimos:
1. Rúben Vinagre (25) - Légia Varsóvia
2. Sotiris Alexandropoulos (22) - Standard Liège (3M€ de cláusula)
3. Rafael Pontelo (21) - Pafos FC / Chipre
4. Lucas Dias (20) - Cavalry / Canadá ?
5. João Muniz (20) - Rio Ave ?
6. Dário Essugo (19) - Las Palmas ?
Situações pendentes de resolução:
1. Jovane Cabral (26)
2. Koba Koindredi (22)
3. Mateo Tanlongo (20)
4. Afonso Moreira (19)
Entretanto Inácio, Pedro Gonçalves, Trincão e Quenda integram a convocatória para a A, Quaresma e Essugo para os sub21. Para os sub19 de Espanha, o Lucas Taibo titular da nossa equipa B. E vários outros para as suas selecções.
O jogo em casa com o FC Porto quase coincide com o fecho do mercado de transferências, admito que este postal possa ser recebido de forma acintosa, mas ele só tem actualidade e razão de ser publicado hoje. O resultado do jogo de amanhã não será certamente influenciado por aquilo que a seguir irão ler, se vos apetecer, que os jogadores já têm o modo "on" ligado e o seu foco passa por uma vitória conclusiva.
Ora vamos lá: O tridente que dirige o futebol, tendo-se dado bem com uma jogada de risco há ano e meio, com a contratação surpreendente e que se veio a revelar profícua, de Gyokeres, hoje o nosso jogador mais valioso, sem dúvida, apostou neste defeso numa jogada semelhante ao apostar como alvo num grego que enche as medidas do treinador Ruben Amorim. Confesso que, não acompanhando o futebol grego, nunca tinha ouvido falar do jogador, mas o tal tridente tem um capital de confiança justamente acumulado que nos permite a nós, sócios e adeptos, estar descansados. E por isso demos de barato a saída de Paulinho, jogador de créditos firmados, excelente jogador de equipa e um razoável, para bom, marcador.
Ao que parece o clube grego detentor do passe do jogador pretendido não está pelos ajustes e não aceitou as várias propostas do Sporting, o que, convenhamos, é seu direito.
O tridente que tantas alegrias nos tem dado no passado recente parece ter acreditado que, com maior ou menor pressão, o Panathinaikos acabaria por ceder e abriria mão de Ioannidis, que parece estar desejoso de vir comer uns pastéis de Belém.
Só que, como dizia a minha querida avó Matilde, "cagou-lhe o cão no carreiro", ou em linguagem entendível, "shit happens" e a primeira e ao que parece única opção, a um dia do fecho do mercado, estará gorada.
Vira-se agora o tridente para uma segunda opção, um jovem imberbe de 19 anos, que tem como valor de mercado 5M€, mas cujo leilão ontem ao final do dia já ia em 20M€.
Concluindo: "Deixámos" sair sem causar muitas ondas o Paulinho, um jogador feito e com provas dadas, com a promessa (e verificada necessidade) de o (ter que) substituir, de preferência por alguém com uma qualidade superior, que ao que parece o grego tem e que o jovem Conrad Harder (que está harder ou mesmo impossible) definitivamente não tem (até parece que já há acordo com o Brighton, leio nos jornais desportivos). Não vindo estes, já toda a gente entendeu que o Sporting está desesperado por um avançado e até mesmo no mercado interno qualquer aspirante a jogador do Sporting estará por ora muito inflaccionado. O capital de confiança, enorme, que Frederico Varandas, Hugo Viana e principalmente Rúben Amorim detêm, permitindo-lhes apostar numa jogada de risco, não lhes retira a responsabilidade do fracasso (se ele vier a acontecer, repito) de termos que ficar até Janeiro apenas com um avançado, com cinco jogos da LC até lá (dois serão já em Janeiro) para agravar a coisa.
«Todos os jogadores do Sporting são reforços. Os que não são jogadores do Sporting não são reforços. Os que saírem, deixam de ser reforços e os que entrarem passam a ser reforços. Acho o conceito meio caído em desuso, mas percebe-se a simplificação.»
Se eu soubesse o que sei hoje não teria sido operado na passada terça e teria adiado para a semana que vem, não obstante a cirurgia ter sido feita em ambulatório.
Ontem o médico telefonou-me a perguntar como estava e perante a minha total ausência de queixas percebi que ficou contente. Ora como não gosto de “gatos escondidos com rabo de fora” perguntei-lhe se no sábado poderia ir a Alvalade ver o clássico.
A resposta veio célere e não gostei dela:
- Preferia que não fosse!
- Mas eu não ando aos saltos… já passei há muito essa fase!
- Ainda assim seria melhor para si que não fosse! Há demasiado barulho...
Soprei uma silenciosa resposta azeda e despedimo-nos.
Amanhã voltaremos a falar telefonicamente e pode ser que, entretanto, ele mude de ideias… Mas pela forma peremptória como me respondeu, diria que não é adepto do Sporting. Pois se o fosse provavelmente dar-me-ia uma outra resposta.
No ano passado perdi poucos jogos em Alvalade e vi as saborosas vitórias contra o Porto e contra o Benfica. Começa assim mal este meu caminhar para o bicampeonato que tanto gostaria de assistir
O que conta mesmo é que Rúben Amorim no sábado não invente e faça os jogadores ganhar o jogo!
Calhou-nos o Man.City, o Arsenal, o Bolonha e o Lille em casa, o Leipzig, o Brugges, o PSV e o Sturm Graz fora. 50% dos 32 clubes irão ao play-off para passagem aos oitavos, é por aí que deveremos estar. Se estivermos nós oito primeiros, melhor ainda.
Bom, mesmo bom, é termos estado lá, foram muitos anos em que não estivemos . Mais uma razão para assobiar os idiotas do "anti futebol moderno" que assobiam o hino da Champions em Alvalade.
Segundo o TM estamos em quarto lugar em termos de valor de plantel em oito clubes.
O mercado de Verão ainda não terminou. Vamos ver como estaremos depois do fecho.
Com mais ou menos ressabiados em luto profundo, com mais ou menos claques em guerra, estamos a desfrutar o melhor Sporting de há muito.
Nada como uma mão aberta, nada a esconder, sinal de acolhimento, símbolo de paz.
Foi com uma mão, uma mão cheia de golos que mostrámos a José Mota que há o futebol positivo, o futebol do Sporting, que procura o golo limpo e justo e depois há o futebol negativo, o futebol do queimar tempo, o futebol dói-dói, quando os jogadores fingem tão completamente que chegam a fingir que é dor a dor que, deveras, não se sente (Aves vs. Sporting, final da taça de Portugal, houve jogadores do Aves que passaram mais tempo moribundos no relvado que de pé a disputarem o jogo). Há, ainda, o futebol/andebol que marca golos com a mão, a mão de Ronny. Para terminar temos o futebol rugby que se posiciona de pés e mãos abertos na área como se fosse fazer uma placagem e depois chora porque a volumetria exagerada provovou um penalty evitável.
Zé Mota 0 Sporting 5.
Na imagem falta o resultado do Braga 3, Moreirense 1.
Quatro clubes que venceram, em casa, marcando um mísero golos dois empatado compõem o ramalhete, faltam dois resultados.
Dois; dois, zero com duas expulsões anedóticas.
A expulsão de Patrick, jogador do Rio Ave, devia ser explicada, um jogador pode pontapear a bola quando estiver um jogador do FC Porto por perto? Ou corre o risco de ser expulso?
A expulsão de Larrazabal do Casa Pia é caricata, há um toque que não provoca a queda, um teatro e uma expulsão.
Enfim é o futebol que temos, como cantava Zeca:
"Se tem má pinta, dá-lhe um apito e põe-no a andar, que é já tempo de embalar a trouxa e zarpar".
Eu: «O Sporting é o clube mais representado nalista dos jogadoreschamados ao próximo desafio da selecção nacional, contra a Albânia, a7 de Setembro, no início da campanha para o apuramento do Europeu de 2016. Com a convocação deRui Patrício,William Carvalho,AdrieneNani. No caso de Adrien, Paulo Bento quererá pôr termo a uma clamorosainjustiça. Parece um bom começo.»
«Não faltam Sportinguistas alarmados a indicar posições a necessitar de serem reforçadas e a ignorar completamente jogadores da nossa formação. No caso do Rodrigo Ribeiro, se o Sporting hoje contrasse um jovem de 19 anos por 20 milhões já contava? Quantos jovens avançados há melhores que o Rodrigo Ribeiro e quanto custariam? Mas não é nada de novo, em tempos o Edu Quaresma não contava para quase ninguém e hoje já conta. Não tarda, vão contar o Quenda, o Muniz, o Travassos e outros. A qualidade está lá, apenas o tempo e o trabalho nos darão razão.»
Maxi, ala esquerdo, é o novo reforço do Sporting e o mais recente uruguaio a vestir a camisola listada verde e branca. Quem foram os outros?
O primeiro uruguaio no Sporting foi Enrique Fernández, que jogou e treinou no Barcelona e chegou a Lisboa já como técnico, em 1957. No ano seguinte, por sua indicação, chegou José Caraballo, avançado “charrua”. Teve pouco sucesso, fazendo apenas 3 golos em 13 jogos. Passou depois por Braga, Salgueiros e Montijo. O seu neto, Peter, passou pelas camadas jovens do Sporting. Em 1988, chegou o treinador Pedro Rocha e o guarda-redes Rodolfo Rodriguez, anunciado como uma das “unhas” do leão. Fez 20 jogos e sofreu 18 golos, não estando à altura das expetativas.
Quase 20 anos depois, chegou mais uma desilusão. Carlos Bueno só se destacou num jogo, marcando 4 vezes ao Nacional. Ainda assim, saiu com uma Taça de Portugal. Em 2011, chegou Luis Aguiar. Médio de qualidade, com passado no Braga, acabou por nunca se estrear, jogando até hoje no Uruguai. Em janeiro de 2012, mais uma má jogada. Seba Ribas, avançado, veio emprestado pelo Génova e com zero golos em 7 jogos, deixou Lisboa e andou a falhar por vários países antes do regresso a casa.
Em janeiro de 2016, mudou a sorte. Chegou Coates, saído este ano como grande capitão e histórico defesa. Fez 369 jogos, marcou 37 vezes e ajudou na conquista de dois campeonatos e mais 6 títulos nacionais. Dispensa apresentações. Coates recebeu depois o médio Manu Ugarte, herdeiro de Palhinha no meio-campo. Em duas épocas, ganhou uma Taça da Liga e saiu por 60 milhões. Franco Israel chegou em 2022 para ser suplente de Adán. A lesão do espanhol fez com que fosse titular na segunda metade da época passada, ajudando o clube a ser campeão.
É agora a vez de Maxi ser como os seus últimos compatriotas.