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És a nossa Fé!

Benfiquite

Todos sabemos que o jornal desportivo sofre de uma doença grave (não, não estou a falar dos subsídios de Natal que terão ficado em atraso) – esta já é bastante grave, mas falo de outra doença tão grave e mais visível a todos: a benfiquite.

Ao ler o título da notícia de que o hoquista leonino Chana «bicampeão do Mundo já tem memorial em Alcabideche» fiquei curioso e ‘cliquei’ para ver a notícia.

(…)

Fiquei estupefacto…

abola_chana.jpg

… alguém, de uma geração mais nova, que não conheça esta lenda do hóquei em patins mundial, ao ver a foto que ilustra a notícia fica com que ideia: Chana é o jogador que conduz a bola ou o que o observa?

 

Lamentável…

"Informação" leonina

 

30 de Janeiro, 6.16:

«Reviravolta à vista? Saída de Porro do Sporting pode "cair" a qualquer altura.»

 

30 de Janeiro, 7.20:

«Enquanto a transferência para o Tottenham não ata nem desata, Porro pede ajuda a... Amorim; técnico do Sporting pode facilitar saída. Lateral espanhol está impaciente com o rumo das negociações.»

 

30 de Janeiro, 9.40:

«Bronca das grandes: Sporting "cancela" saída de Porro para o Tottenham e espanhol estará furioso. Britânicos irritadíssimos com o clube de Alvalade.»

 

30 de Janeiro, 17.35:

«Pedro Porro em guerra com o Sporting; espanhol quer sair, mas dire[c]ção faz força para o "prender" em Alvalade.»

 

30 de Janeiro, 21.00:

«Fim da novela: Sporting vende Porro ao Tottenham e reforça percentagem do passe de Edwards. Saiba os valores do negócio. Leões vão mesmo despedir-se do ala espanhol que se torna numa das maiores vendas da história do Clube.»

O projecto Sporting

Como já aqui disse, Pedro Porro foi para mim o melhor defesa/ala direito do Sporting desde que comecei a frequentar as bancadas de Alvalade. A sua saída enfraquece o plantel e torna ainda mais complicado alcançar os objectivos desta época desportiva.

Mas esta grande venda para um também grande clube inglês é sem dúvida mais um enorme feito para o projecto desportivo do Sporting, transversal a todas as modalidades, que tem como base a formação desde idades mais baixas complementada com o recrutamento e desenvolvimento de jovens de grande potencial e com jogadores mais experientes e líderes de balneário. No caso do futebol, precisa de grandes vendas para manter a máquina a funcionar a boa velocidade.

 

Pedro Porro sai depois de Matheus Nunes, João Palhinha, Nuno Mendes e Bruno Fernandes, todos para grandes clubes ou pelo menos grandes campeonatos, mas sai depois de ter ajudado o clube a ter êxito desportivo. O mesmo irá acontecer mais tarde ou mais cedo com Inácio, Ugarte, Marsà, Fatawu, Tanlongo, talvez também com Diomandé que ainda agora vai entrar, e muitos outros.

O sucesso do projecto desportivo do Sporting, enquanto não existir um investidor que ajude a mudar as regras do jogo, está em conseguir conjugar os títulos e a Champions com as vendas, conquistando mais para vender melhor, vender melhor para conquistar mais.

Mas para haver boas vendas tem de haver boas compras, e as boas compras são proporcionadas pela qualidade da formação e pela qualidade do scouting, nas quais o treinador principal terá sempre um enorme papel, como está a assumidamente a ter Rúben Amorim.

E as boas compras não são nada fáceis. O barato sai caro, as aparências iludem, os jogadores são como os melões, as lesões surgem quando menos se espera, etc, etc, etc.. Algumas têm tudo para serem boas compras mas revelam-se desastrosas, outras parecem não fazer sentido e revelam-se um achado.

Como aconteceu com este Pedro Porro. Entrou de calções rotos depois duma época em que pouco jogou, foi imediatamente alvo da chacota de muitos, e sai "à matador".

 

Olé, Pedro Porro!!! A melhor sorte do mundo para ti! E manda cumprimentos ao Eric Dier.

SL 

Obrigado, Porro

José Alvalade manifestou a ambição de que o Sporting fosse um clube tão grande como os maiores da Europa. Devemos ter tal ambição sempre presente, sem perdermos a noção de que há campeonatos, clubes, realidades mais competitivas. Há poderios financeiros com os quais não podemos. E de vez em quando surge um jogador de quem temos noção, claramente, que pertence a uma dessas realidades mais competitivas. Enquanto temos a sorte de tais jogadores estarem no Sporting, temos que aproveitar a bênção de poder contar com eles e esperar que ganhem títulos. São raros os jogadores indiscutivelmente assim, mas Pedro Porro foi sem dúvida, desde o primeiro momento, um deles. E no entanto foi sempre um verdadeiro leão, sem tiques de vedeta. Será sempre lembrado. Muito obrigado e muitas felicidades.

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Até sempre, Pedro Porro

Quinto lateral direito mais valioso de sempre

IMG-20230130-WA0008[4482].jpg

 

Pedro Porro sai do Sporting para o Tottenham por um valor superior à cláusula de rescisão, que estava fixada em 45 milhões de euros.

É a segunda maior venda de sempre de um passe de jogador leonino, só ultrapassada pela saída de Bruno Fernandes para o Manchester United, faz agora três anos.

Mais significativo ainda: Porro torna-se o quinto lateral direito mais caro, a nível mundial, na história do futebol. Acima dos preços pagos por Hakimi, Danilo, Rúben Semedo e Dani Alves, por exemplo (ver quadro).

«Se for por estes valores, a transferência de Porro é inacreditável», observava ontem Luís Vilar na CNN Portugal. E com razão.

O valor superior à cláusula cifra-se em 47,5 milhões de euros. Acrescidos disto: o acordo com o clube londrino contempla a cedência do Tottenham ao Sporting de 15% dos direitos económicos de Edwards. Ficaremos assim com 65% do passe do avançado inglês.

Se isto não é um bom negócio, francamente, não sei o que seja um bom negócio. Recordo que Porro, à época internacional sub-21 espanhol, chegou ao Sporting em Agosto de 2020, tendo-se sagrado campeão nacional nove meses depois. A SAD pagou por ele 8,5 milhões de euros ao Manchester City.

Resta-me desejar a Pedro Porro, que deixa muitas saudades em Alvalade, toda a sorte do mundo. Bem a merece.

Nós, há dez anos

 

Francisco Mota Ferreira: «A ideia de um campeonato de matraquilhos, a efectivar-se logo de seguida, foi imediata. Durante algumas horas, voltámos todos a ser crianças e a disputar, de forma aguerrida, as bolas em “campo”. Mas giro, giro foi ver os meus sobrinhos e os meus filhos em disputa acesa sobre quem é que iria jogar pelo Sporting. Porque, como todos sabem, qualquer mesa de matraquilhos que se preze (excepção talvez às que sejam vendidas no norte de Portugal) têm os eternos rivais a jogar entre si.»

José de Pina: «Este ano, o Marius Niculae de 31 anos, já marcou mais golos (11 em 18 jogos) que o bandalho de 35 anos, o que está agora no Porto, em toda a temporada passada no lento Brasileirão. Sinceramente, acho que pode ser um regresso interessante. Vamos apoiar o Marius!»

Paulo Ferreira: «Para alguns que tanto insistem em tapar o sol com a peneira, a sério, não exagerem: torna-se constrangedor, confrangedor e degradante tanto "douramento de pílula", tanta "maquilhagem" num "destroço em acelerada decomposição" e tanta alienação da realidade (compatível com a alienação de património e hipoteca do futuro promovida pelo Godinho Lopes, mas ainda assim...).»

Pedro Quartin Graça: «Vamos ver é quem sai prejudicado de todo este imbróglio. No meio disto tudo o Sporting é, ao mesmo tempo, o menos culpado e o mais prejudicado. Nomeadamente porque está de boa fé. Mas o que me faz verdadeiramente impressão é ver o bom nome do clube e a competência de quem está a tratar de todo este processo com as cautelas necessárias ser posto em causa.»

Tiago Cabral: «Em pouco mais de um ano passámos por quatro treinadores, contratações milionárias falhadas, venda de jogadores por tostão e meio ou mesmo oferecidos, demissões de vices, demissões de administradores da SAD e directores do futebol, casos de espionagem interna, depósitos em contas de equipas de arbitragem. Chegamos hoje, dia 31 de Janeiro, à vergonha de sermos gozados como o clube que contrata (ou afinal não contrata) um jogador que não pode jogar até final da época. Esta direcção não é apenas incapaz, é uma direcção incompetente e que lesa o bom nome do Sporting.»

Eu: «Atacam em bando, como as hienas. E preferem bater a debater. Os energúmenos que hoje agrediram o vice-presidente e outros membros da Mesa da Assembleia Geral devem ter sido os mesmos que há quase um ano, no aeroporto da Portela, insultaram Domingos Paciência e a equipa de futebol, então regressados de um jogo no Funchal. Poucas horas depois deste lamentável facto, o Conselho Directivo despedia o treinador, dando início a um pesadelo de doze meses. O pior período de sempre da história do Sporting.»

A voz do leitor

«Gostaria de ver o Abel Ferreira a treinar o Sporting depois da era Amorim. Em entrevistas dadas pelo Abel a canais de comunicação brasileiros nunca li ou ouvi a desmerecer o Sporting. Aliás é até usual referir o SCP como o clube onde "tudo começou". É um técnico capaz e competente que defende os dele até ao limite. É isso que se pretende.»

 

Romão, neste meu postal

Ainda a final: as substituições de Amorim

 

Analisemos, uma por uma, as substituições desta final da Taça da Liga ingloriamente perdida para o FC Porto. 

Para avaliarmos até que ponto há (ou não) qualidade no nosso banco.

 

Nuno Santos por Fatawu (55') - É verdade que o Nuno esteve longe das suas melhores exibições, muito apagado nesta final. Mas o miúdo ganês, quase sem rodagem na equipa principal e de quem ainda há pouco se dizia que seria emprestado a outro clube, limitou-se a um fogacho ou outro, como seria de esperar. 

 

Edwards por Trincão (80') - Alguém viu o ex-Braga em campo? Eu não. Excepto num rematezinho de cabeça aos 90'+4. Bem longe do alvo, sem surpresa para ninguém. Falta de intensidade parece ser uma das características principais deste jogador.

 

Coates por St. Juste (80') - O holandês foi o maior responsável pela nossa passividade defensiva no golo de Marcano, que arrumou a final aos 86': o espanhol movimentou-se à vontade e atirou como quis para o lado que lhe deu mais jeito.

 

Morita por Tanlongo (84'): Incomparáveis. Começa mal, o recém-chegado argentino, no capítulo disciplinar. Esteve para Otávio como Wendell para Pedro Gonçalves: mereceu ir tomar duche mais cedo com vermelho directo. Teve sorte porque nem o árbitro nem o vídeo-árbitro repararam neste lance também.

 

Ugarte por Arthur (84'): O brasileiro que veio do Estoril vai-se revelando decepcionante jogo após jogo. Ao ponto de já não faltar quem se questione se é mesmo reforço.

Nós, há dez anos

 

Leonardo Ralha: «Ao final da tarde voltei àquela magnífica temporada de 2001-2002, quando todos os sonhos pareciam possíveis e o futuro era brilhante. Tardes e noites brilhantes na Bancada Nova do Estádio de Alvalade, com a curva belíssima a cantar sem parar, antes de a SAD incentivar a divisão da Juve Leo. Lá em baixo estavam Nelson; César Prates, André Cruz, Beto e Rui Jorge; Paulo Bento, Pedro Barbosa e Hugo Viana; João Pinto, Mário Jardel e Marius Niculae. E ainda Ricardo Quaresma e outros grandes valores. Gosto de voltar a ter um campeão nacional do Sporting no Sporting, como gostaria de ver Hugo Viana e Ricardo Quaresma de volta a Alvalade.»

 

Pedro Quartin Graça: «A verdade é que a AG(E) pode mesmo vir a não ter lugar, a ser dada luz verde à(s) providência(s) cautelares que, a esta hora, já devem ter seguramente dado entrada nos tribunais. E, a existir uma decisão em tempo útil destes, no sentido desejado pelos seus requerentes, a manhã de sábado dia 9 não será mais do que um início de fim de semana como qualquer outro...»

 

Tiago Loureiro: «Quando pensava que o meu dia estava ganho com a marcação da Assembleia Geral para dia 9 de Fevereiro, eis que surge a notícia do regresso iminente de um dos jogadores que mais apreciei ver jogar de leão ao peito. Há dias felizes!»

 

Eu: «Ao serviço do V. Guimarães, Baldé já marcou cinco golos em 13 jogos neste campeonato, apesar de ter sido titular só a partir da décima jornada (dados recolhidos na edição de hoje do Record). Uma prestação que ajuda a explicar o facto de a equipa vimaranense se encontrar na sexta posição, três lugares acima do Sporting. Vale a pena reflectir nisto: este avançado, formado por nós, podia estar hoje de verde e branco. Se não foi erro de avaliação, parece. As coisas são o que são.»

A voz do leitor

«Com esta equipa não acredito que o Sporting chegue mais longe que o quarto lugar que já ocupa. Liga Europa nem em sonhos. Primeiro porque continua a vender os melhores sem se reforçar, depois porque os adversários continuam a contratar e a reforçar os seus plantéis. Ouvindo com algum cuidado o que disse Rúben Amorim na conferência de imprensa depois do jogo de ontem [anteontem], fico com a sensação nítida que o treinador sabe que a época acabou e que ao Sporting resta terminar o campeonato e voltar ao seu próprio ano 1 em que surpreendeu e ganhou a correr por fora, sem exigências nem comprometimentos. Quase parece que é o que o Sporting procura. O problema é que os contos de fadas não se repetem assim.»

 

João Gil, neste texto do Luís Lisboa

Pódio: Edwards, Porro, Ugarte

Por curiosidade, aqui fica a soma das classificações atribuídas à actuação dos nossos jogadores no Sporting-FC Porto, da final da Taça da Liga, pelos três diários desportivos:

 

Edwards: 16

Porro: 15

Ugarte: 14

Gonçalo Inácio: 14

Matheus Reis: 13

Fatawu: 13

Pedro Gonçalves: 12

Trincão: 11

Nuno Santos: 11

Morita: 11

Coates: 11

Paulinho: 10

Adán: 10

St. Juste: 9

Tanlongo: 6

Arthur: 1

 

A Bola elegeu Edwards como melhor Leão em campo. O Jogo optou por Matheus Reis. O Record escolheu Porro.

O dia seguinte

Foi um jogo do qual consegui ver a 1.ª parte em directo e a 2.ª já pela noite dentro, também só agora tenho disponibilidade para escrever estas linhas, depois da leitura do meu jornal de sempre e dos posts dos meus colegas de blogue e respectivos comentários. Vou-me ficar então pelo essencial:

1. O Sporting perdeu a final da Taça da Liga. E com isso um dos objectivos da época. Isso é um facto. Se a época não estava a correr bem, pior ficou. Ficam apenas o acesso à Champions e a chegada a fases avançadas da Liga Europa para alcançar.

2. O proclamado melhor árbitro português João Pinheiro fez mais uma vez uma arbitragem tendenciosa e vergonhosa (nota 3 segundo o ressabiado Duarte Gomes) que prejudicou inegavelmente o Sporting, de olhos completamente tapados às simulações, agarrões e agressões dos jogadores do Porto, completamente abertos aos desarmes e aos contactos dos cotovelos com as cabeças baixas dos adversários dos jogadores do Sporting. Se calhar eram contas para saldar com Pinto da Costa pelo Porto-Benfica no Dragão, mas se era isso que saldasse as contas com fruta e chocolate. Mas não era só isso, o que esse senhor tem feito de mal ao Sporting como árbitro e como VAR dava para um bom livro.

2. O rufia Otávio, além de ter conseguido cavar faltas e amarelos, quase rebentou com o joelho de Porro naquele jeito dos jogadores do Porto de se atirarem para cima do adversário mais próximo e se rebolarem no chão. Como é que um rufia daqueles chegou a internacional por Portugal? Como é que o Macaco foi líder da claque de Portugal? Como é que um Sérgio Conceição consegue inventar um misto de futebol com wrestling que dá resultados? Como é que o secretário de estado aparece colado a Pinto da Costa? 

3. Rúben Amorim, depois da expulsão de Paulinho, fechou a loja. E fez bem, o jogo tinha ali terminado. Logo saíram Coates, Ugarte, Morita e Edwards a pensar no jogo de quarta-feira. A alternativa era mesmo sair toda a equipa e o Porto que jogasse sozinho, que metesse os suplentes e os árbitros do outro lado, que não faltasse nada ao Pinto da Costa e ao ajudante de campo.

4. Frederico Varandas depois do jogo veio falar mas falhou no essencial, pôr nomes aos bois. Claro que o Pinto da Costa vai cair da cadeira um dia destes, o Soares Dias e o João Pinheiro chegarão ao limite de idade para roubar, mas depois deles outros virão e alguns deles, como o 4.º árbitro Cláudio Pereira, não são exactamente melhores. Não, a arbitragem não está nada muito melhor, nem o Sporting está a ser mais respeitado, como ele afirmou. Apenas estão mais vigiados, mas isso só aguça o engenho dos vigaristas de sempre, com Pinto da Costa à cabeça.

5. No que respeita ao plantel, por um lado o jogo evidenciou as suas carências amplificadas pelas condições em que Ugarte e Morita regressaram do Catar, por outro mais uma vez falharam e clamorosamente alguns dos mais experientes, Adán, Paulinho e Nuno Santos. Assim não há hipótese para o resto da temporada.

6. No que respeita às duas maiores claques do clube, o seu comportamento no estádio e no pavilhão é cada vez mais um atentado aos interesses do clube, e ou se alcança um acordo bom para todos que altere comportamentos ou então se pune exemplarmente, ao nível do clube, quem pratica tais actos. Quantas expulsões de sócios existiram depois das de Bruno de Carvalho? Zero? Como é que querem o estádio e o pavilhão cheios neste ambiente de programada javardice? Ontem pelos vistos cairam tochas na bancada onde estavam muitos sócios do clube.

E agora? Agora há que vencer o Braga na quarta-feira, e eu vou lá estar.

SL

Vitória imerecida

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É o próprio treinador do FC Porto que o reconhece.

Aquilo que disse: "Foi uma vitória difícil, imerecida, contra um bom Sporting"

(o vídeo está no Mais Futebol e não oferece dúvidas).

Apesar do próprio treinador adversário reconhecer que o Sporting merecia ter vencido, há sportinguistas que preferem dizer que João Pinheiro fez uma excelente arbitragem, o VAR foi fantástico, Pepe não fez teatro quando recebeu um remate de Pedro Gonçalves na perna e esteve cerca de dois ou três minutos no chão a contorcer-se com, supostas, dores, Otávio é  um "gentlemen", dirige-se sempre ao árbitro em termos correctos, para além de ser um exemplo de fair-play com os adversários, dialogando sempre de forma respeitosa.

Para esses sportinguistas, dizia, a culpa foi do Adán, do João Paulo (quantos lances iguais já vimos passarem sem cartão, o murro de Pepe a Coates não foi mais grave?), da equipa que não joga nada, do Amorim, do Hugo Viana e do Varandas, todos os outros intervenientes estiveram bem, a cáfila de árbitros esteve óptima, fantástica e até é pena árbitros tão bons não terem estado no Mundial, a equipa do FC Porto, então, esteve maravilhosa, concentrada, a jogar o jogo pelo jogo, sem cometer faltas, sem perdas de tempo, sempre a colaborar com o árbitro, num diálogo respeitoso, já para não falar na forma elevada e cheia de desportivismo que utilizou durante todo o jogo na relação com os jogadores do Sporting.

Resumindo, Sérgio Conceição afirma que o Sporting mereceu a vitória, os "sportinguistas", pensam que não.

Houve circo em Leiria

1) Na linguagem dos bolólogos o fêquêpê é exímio em "dois momentos do jogo": o de de dar paulada à bruta, seja descaradamente seja à sorrelfa; e o de mergulhar ao mais ligeiro toque. "Definem" muito bem em ambas as "transições". Em face disto, com eles nunca há futebol, apenas um circo grotesco. Porque jogam assim? Simples: porque podem. Que bestas como Otávio ou Pepe tenham envergado a camisola da selecção diz muito do estado geral do futebol português, dos seus dirigentes e dos seus árbitros.

2) Definitivamente o problema do Sporting é Paulinho. Seria interessante saber qual é o xG dele nestes dois anos. Se comparado com a quantidade de golos marcados, talvez se verifiquem os números mais espantosos da Europa.

3) Para juntar insulto ao agravo, das claques leoninas foram atirados foguetes contra o banco do Sporting. Nenhum outro clube tem uma quinta coluna de provocadores a soldo dos inimigos como o Sporting. Tão habituais são estes vergonhosos incidentes que começa a ser legítimo levantar a suspeita de que esses bandidos actuam pelo menos com a complacência, se não mesmo com a conivência, das autoridades.

4) Aproveito para chamar à atenção da direcção do Sporting que tem menos de uma semana para vender ainda Ugarte, Morita e Edwards, os jogadores com mercado. O equilíbrio financeiro do clube atingirá a perfeição quando chegar a zero.

Quente & frio

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Marcano acaba de marcar o segundo, aos 86', selando o resultado: Sporting perdeu final

Foto: Paulo Novais / Lusa

 

Gostei muito da exibição global do Sporting na primeira parte desta final da Taça da Liga disputada em Leiria com o FC Porto. Superioridade no terreno, aliás traduzida em número de remates: oito, contra apenas um da equipa adversária. Neste período tivemos duas bolas aos ferros (Porro mandou um petardo à trave, a mais de 30 metros de distãncia, Pedro Gonçalves viu uma bola desviar-se para o poste e um passe soberbo a isolar Edwards aos 13' dar golo, infelizmente anulado por deslocação de 41 cm). Partida disputada taco a taco até à expulsão de Paulinho, aos 71'. Mesmo com um a menos na meia hora final, o jogo terminou com superioridade leonina em remates: 11-4. Infelizmente, superioridade que não se traduziu no resultado: 0-2. Final perdida, após três vencidas - uma com Marcel Keizer, duas com Rúben Amorim. Pior: até agora, nesta época, fomos incapazes de marcar ao FCP. Balanço destes confrontos: dois jogos, duas derrotas, cinco golos sofridos. Nem um golito conseguimos marcar-lhes nesta que está a ser a nossa segunda mais negativa temporada de sempre.

 

Gostei das exibições de Pedro Gonçalves, já salientado, e de Edwards. Fizeram pressão alta, ganharam diversos lances individuais e revelaram boa reacção à perda de bola. Mas o nosso melhor, sem sombra de dúvida, foi Pedro Porro. Precisamente no dia em que se despediu dos adeptos, como ficou bem evidente na sua reacção emotiva junto da bancada no fim desta partida. Jogou e fez jogar, sempre em rendimento máximo. No primeiro tempo imperou no seu corredor, neutralizando Wendell. Grandes passes longos, infelizmente desaproveitados, para Nuno Santos (28') e Morita (31'). O petardo à barra foi dele (36'). Tentou novamente o golo num remate rasteiro que Cláudio Ramos só à segunda defendeu (47'). O melhor em campo. Infelizmente, na despedida.

 

Gostei pouco do desempenho de alguns dos nossos jogadores, que revelaram défice de inteligência emocional. Com destaque para Adán, um dos protagonistas - pela negativa - desta final perdida. Monumental frango logo aos 10', vendo a bola rematada à distância por Eustáquio escapar-lhe entre as luvas - a fazer lembrar aquela tarde negra em Marselha para a Liga dos Campeões. Também para Paulinho: após falhar o golo da praxe, aos 42', viu dois amarelos em oito minutos (63' por falta táctica e 71' por conduta antidesportiva ao acertar com um cotovelo na cara de Otávio quando conduzia a bola), levando-nos a ficar reduzidos a dez e pondo o campo inclinado em definitivo para o FCP. E ainda para Matheus Reis, que chegu a encostar o nariz à cara do árbitro aos 90'+6, totalmente descontrolado: viu só amarelo quando podia ter visto vermelho directo. Fala-se muito dos jovens, mas foram alguns dos jogadores mais experientes a enterrar a equipa nesta final. 

 

Não gostei da arbitragem de João Pinheiro, confirmando a sua inaptidão para esta tarefa e demonstrando por que motivo não houve apitadores portugueses no recente Mundial do Catar. Disparidade clara no critério disciplinar: poupou cartões a Pepê por tentativa grosseira de simulação de penálti e a João Mário por travar ataque prometedor a Fatawu, que lhe fez um túnel (65'). Poupou Wendell à expulsão (67') após o portista esmurrar Pedro Gonçalves no peito - sendo aqui a falha imputável sobretudo ao vídeo-árbitro, Tiago Martins. É certo que podia ter feito o mesmo ao  imprudente Tanlongo, que teve o mesmo gesto contra Otávio à beira do fim, mas aí o jogo já estava definitivamente estragado por acção e omissão do árbitro.

 

Não gostei nada de comprovar que as substituições feitas por Rúben Amorim não acrescentaram qualidade à equipa: é um problema estrutural, existente desde o primeiro dia desta triste temporada 2022/2023. Nem do clamoroso falhanço colectivo da nossa defesa que levou Marcano, central portista, a sentenciar a partida aos 86' isolado perante Adán. Gostei ainda menos de ver uma larga franja de membros da Juventude Leonina, uma vez mais, transformar o incentivo à equipa em berraria rasca contra a turma adversária gritando «O Porto é merda!» Comportamento indigno de um clube com as tradições e os pergaminhos do Sporting que acaba por dar moral à equipa que enfrentamos. Muito pior foi o arremesso de tochas, a partir dos 55', vindas do sector do estádio onde se concentravam esses elementos - em direcção ao nosso banco de suplentes, ainda por cima. Esta gente está a mais no futebol. Esta gente afugenta o cidadão comum dos estádios. Esta gente, que no final também queimou cadeiras, devia experimentar, na pele, as novas medidas punitivas para quem usa material pirotécnico em recintos desportivos: prisão até cinco anos ou multa até 600 dias

Nós, há dez anos

 

Adelino Cunha: «Julgava eu estar a dormitar quando senti uma pata enorme e pesada cair com estrondo perto do meu frágil corpo de insecto. Eu disse estrondo? Não: um valente trovão. Olhei para cima, mas tudo o que vi foi uma sombra disforme. Enchia toda a pocilga: um verdadeiro eclipse em pleno meio-dia. Tremi como nunca se viu um mosquito tremer. Se os mosquitos tivessem coração, eu teria tido não um, mas três ou quatro ataques cardíacos. Quem sabe mais até. Estava eu naquela tremideira quando toda aquela calamidade de massa anunciou o fim do Sporting e se preparou para dar um salto, mas desta vez para cair sobre as duas patas. Eu sabia: com as duas patas, era o fim. Só a deslocação do ar seria suficiente para eu sufocar (isto, se tivesse pulmões, claro, mas eu achava que sim, que tinha). Foi por isso que tentei dar uma pirueta dali para fora, mas só então percebi que estava a dormir. Sim, a dormir um sono de mosquito.»

 

Eu: «Acho graça àqueles que se mostram muito escandalizados com o clima de "especulações" a propósito da entrada e saída de jogadores enquanto revelam toda a compreensão do mundo perante uma direcção que nada esclarece aos associados e adeptos sobre esta mesma matéria - ao ponto de termos sabido da transferência do Insúa pelo site oficial do Atlético de Madrid, como o Eduardo Hilário já aqui assinalou. Vários dias depois, toda a informação disponível continua a existir só , pois aqui reina ainda o silêncio enquanto a especulação sobre os contornos da transferência se adensa.»

É dia de jogo

Chegámos assim à final da Taça da Liga e vamos defrontar aquela equipa que teve os adversários mais fáceis para aqui chegar, e pode até fazer descansar metade do onze na meia-final. Aquele cumprimento frio do dois treinadores que jogaram juntos no Porto entende-se, não é normal que um ex-Porto não facilite perante o seu clube do coração, os exemplos são tantos que nem merece a pena elencar. 

Vamos ter mais uma vez aquele árbitro que expulsou Coates no ano passado no Dragão e assim viciou o resultado do jogo, o árbitro dos três penaltis do Taremi em Alvalade, um árbitro que no Porto-Benfica nem parecia o mesmo. Uma verdadeira encomenda. Mas o que não tem solução está solucionado. Vamos a jogo.

Os dois treinadores conhecem-se bem, as duas equipas também, vamos ter um jogo muito controlado de ambas as partes à espera que aconteça um golo que obrigue a equipa que o sofreu a correr atrás do prejuízo. E depois será outro jogo.

As debilidades de cada equipa também são conhecidas, no Porto a defesa quando confrontada por adversários em contra-ataque rápido, no Sporting o meio-campo em inferioridade numérica, pelo que imagino que o Porto vai tentar cansar e amarelar os dois médios e o Sporting recuar os interiores para auxiliar os médios e arrancar em contra-ataque. Quando Ugarte e Morita encostarem às boxes vamos ter ali um problema.

Porro e muito bem vai jogar, não se repetiu a asneira do Matheus Nunes, Trincão está de volta e ajuda mais a linha média que Edwards.

O onze inicial deverá então ser o seguinte:

Adán; Inácio, Coates e Matheus Reis; Porro, Ugarte, Morita e Nuno Santos; Trincão, Paulinho e Pedro Gonçalves.

No banco deverão estar Israel, St.Juste, Marsà, Esgaio, Arthur Gomes, Tanlongo, Rochinha e Jovane.

Esta conquista é importante!

Confiança total nesta equipa, confiança total em Rúben Amorim!

SL

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