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És a nossa Fé!

Rescaldo do jogo de hoje

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Foto: Miguel A. Lopes / Lusa

 

Gostei

 

Do regresso às vitórias. Triunfo inequívoco no nosso estádio perante um Gil Vicente que dominámos durante toda a partida. Vencemos 3-1, com golos de Morita (16'), Pedro Gonçalves (22') e Rochinha (82'). Ainda marcámos mais dois - Paulinho aos 11', Trincão aos 62' - mas não valeram, por fora-de-jogo. Pela equipa de Barcelos marcou o espanhol Navarro, no último minuto.

 

De Morita. A melhor exibição do internacional japonês vestido de verde e branco. Estreou-se a marcar pelo nosso emblema e fez uma assistência de sonho para o segundo golo, com um túnel de calcanhar. Protagonista de vários passes de ruptura, combinou muito bem com Ugarte no meio-campo leonino. A figura do jogo.

 

De Marsà. Outra estreia, desta vez como titular na nossa equipa principal. E logo para o lugar habitualmente ocupado por Coates, no eixo da defesa. O jovem catalão, apenas com 20 anos, correspondeu à confiança que nele depositou o treinador: exibiu segurança, maturidade e bom domínio técnico. É dos pés dele que tem início o segundo golo do Sporting, com uma soberba abertura de 50 metros. O golo sofrido aconteceu já com ele fora de campo: aos 72', entre aplausos do público, cedeu lugar a St. Juste.

 

De Pedro Gonçalves. Retomou o estatuto de goleador nesta sua partida n.º 100 na Liga portuguesa actuando onde mais gosta: lá na frente, sem posição fixa. Deu a melhor sequência ao magnífico passe de Morita, metendo-a lá dentro. Aos 75', foi ele a oferecer o golo com um centro muito bem medido que Edwards desperdiçou.

 

De Nuno Santos. Procurou o golo, desta vez sem o conseguir. Mas foi um dos obreiros deste triunfo leonino pela dinâmica que imprimiu ao nosso corredor esquerdo. Assistiu Morita no primeiro do Sporting, cinco minutos após ter servido Paulinho no golo anulado por deslocação do ponta-de-lança. Sempre inconformado, com energia inesgotável.

 

De Adán. Não teve muito trabalho, mas voltou a ser útil. Atento, concentrado, com reflexos rápidos, fez uma grande defesa aos 60'. Nove minutos depois, evitou um golo que parecia quase certo. Pena ter sido batido no último minuto, em lance no qual não teve culpa.

 

Da estreia de Rochinha a marcar. Entrou apenas ao 78', rendendo Paulinho. Bastaram quatro minutos em campo para facturar, na primeira vez em que tocou na bola. Golo à ponta-de-lança, dando ao ex-avançado do Braga uma lição prática de como se marca sem complicar. Junta-se à lista dos nossos artilheiros desta época.

 

Do regresso de St. Juste. Lesão muscular debelada enfim: oxalá possamos a partir de agora contar sempre com ele. Por precaução, Amorim só lhe deu ordem para entrar aos 72': até aí, a nossa linha de centrais estava totalmente preenchida por canhotos. O holandês parece estar em boa forma. A tal ponto que até arriscou progressões no terreno, como aquela em que cruzou recuado quase junto à linha final, aos 89', oferecendo um golo que Sotiris desperdiçou com um remate disparatado.

 

Do resultado ao intervalo. Vencíamos por 2-0, resultado que deixava antever uma segunda parte tranquila. Assim foi: construímos oportunidades e só pecámos na finalização. A vitória pareceu-nos sorrir bastante cedo, para compensar o que tem sucedido noutras partidas já disputadas desta Liga 2022/2023. 

 

Da homenagem à nossa equipa de futsal. Os nossos grandes campeões da modalidade exibiram a Supertaça recém-conquistada aos adeptos no estádio José Alvalade, minutos antes do início deste Sporting-Gil Vicente. Momento emotivo, com o nosso capitão João Matos em evidência ao segurar o troféu.

 

 

Não gostei

 

Do golo sofrido ao cair do pano. Quando tudo deixava antever que sairíamos desta vez com as nossas redes intactas, um lapso colectivo da nossa defesa, algo desconcentrada, propiciou o "tento de honra" do Gil Vicente. Não havia necessidade.

 

De Trincão. Foi o nosso jogador com exibição mais fraca. Agarra-se à bola, parece com vontade de actuar sozinho, perde-se em fintas inconsequentes e desperdiça boas oportunidades. Aconteceu duas vezes, aos 34' e aos 41', para desagrado dos colegas e do próprio treinador. Nunca fez a diferença pela positiva.

 

De Paulinho. Continua sem marcar no campeonato nacional 2022/2023.

 

Das lesões. Continuamos com vários jogadores indisponíveis. Três só na defesa: Coates, Neto e Porro. Além de Jovane e Daniel Bragança. Isto forçou Amorim a montar um onze titular com sete esquerdinos - facto invulgar. 

 

Dos amarelos por protestos. Nuno Santos e Esgaio viram cartões desnecessários por algum excesso temperamental. E Pedro Gonçalves arriscou um segundo amarelo pelo mesmo motivo. Nada justifica isto, muito menos num jogo em que vencíamos desde o minuto 16.

 

Do desperdício na segunda parte. O golo da tranquilidade só ocorreu na recta final do jogo. Podia ter acontecido mais cedo se não falhássemos tantas oportunidades - por Edwards, Nuno Santos e Trincão.

 

Da fraca assistência. Menos de 28 mil adeptos nas bancadas num jogo iniciado às 19 horas de sexta-feira. É verdade que o nosso desempenho nas competições internas tem sido decepcionante. Mas isso não é motivo para desertar do nosso estádio.

 

Da classificação. Com os três pontos agora conquistados, subimos para já ao sétimo lugar do campeonato. Oxalá o Estoril empate ou perca para não voltarmos ao oitavo.

É dia de jogo

E eu vou lá estar, doido da cabeça...

Depois dos desaires contra o Chaves e o Boavista, com muita (demasiada) gente lesionada, vai ser um jogo muito complicado mais logo em Alvalade.

Se por um lado Paulinho está de volta, e muita falta tem feito, Marsà estará provavelmente no lugar de Coates entre Inácio e Matheus Reis, deixando que Esgaio e Nuno Santos estejam nos seus lugares habituais.

Vai ser a prova de fogo para um jovem central formado no Barcelona que ultimamente tem jogado como central do lado direito na equipa B, e que tem demonstrado uma grande evolução duma época para a outra. Embora com algum deficit de envergadura física, compensa isso com uma técnica apurada de recepção, passe e sair a jogar com desenvoltura. Vamos ver um jogador de que se percebe a origem.

Mais à frente, se Pote mais uma vez jogar nas costas do trio atacante, importa como é que Paulinho se integra neste contexto. Gostava de o ver em movimentos de troca de posição com Pote, atraindo os defesas e deixando o espaço para Trincão e Edwards aproveitarem.

Enfim, um jogo difícil, um jogo que importa ganhar. Todos temos de lá estar para ajudar a equipa a conseguir isso mesmo. 

Os exigentes da treta sempre prontos para enterrar podem aproveitar o dia doutra forma.

SL

Lucidez

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Foto: Rodrigo Antunes / Lusa

 

«Não vou estar a falar em títulos. Não vale a pena estar a pensar em títulos.»

«Temos de ter noção da tabela classificativa.»

«São onze pontos [em atraso], são muitos pontos. Estamos na sétima jornada, não vale a pena estarmos a fazer contas.»

«A consistência de resultados não tem sido boa. Temos de melhorar.»

«Se no ano passado foi escasso, este ano estamos muito atrasados naquilo que queremos fazer.»

«Mais vale jogar mal e ganhar.»

«O Marsà está cá para ganhar um lugar na equipa principal.»

«Fatawau tem um potencial fantástico, mas há coisas básicas num jogo que ele ainda tem de aprender.»

«Temos de começar a ganhar jogos.»

«No fim faremos as contas. Eu serei o primeiro a assumir a minha responsabilidade.»

 

Rúben Amorim, ontem, em conferência de imprensa

Nós, há dez anos

 

Alexandre Poço: «Antes, a moda era dar 45 minutos à equipa adversária. E assim se justificavam derrotas e maioritariamente, empates com as equipas pequenas. Este ano, a moda é dar 75 minutos à outra equipa e então aí vemos a equipa a jogar para ganhar. Com o Gil, a sorte protegeu-nos. Ontem, naqueles últimos lances lá à frente, virou-nos as costas. E por mais que custe, o empate foi merecido. Precisamos de mudar de moda, esta não serve para este Outono/Inverno 2012.»

 

Paulo Ferreira: «Acreditam os meus caros amigos que Sá Pinto é um treinador "feito"? Não, é tanto ou menos que o Paulo Bento quando pegou na equipa. Vai ter de aprender muito!»

 

Eu: «Andamos a contentar-nos com o mal menor: empatar com o Estoril, após uma exibição sofrível, já nos faz respirar de alívio. Isto não pode continuar assim.»

A voz do leitor

«Na defesa temos oito jogadores para cinco posições, o que é manifestamente pouco. Um plantel deve ter dois jogadores para cada posição no mínimo dos mínimos. Outro grande problema que vamos ter em breve é no meio-campo: Ugarte e Morita já estão, salvo erro, com quatro amarelos cada um no campeonato.»

 

Vítor Hugo Vieira, neste meu texto

Nós, há dez anos

 

José de Pina: «Alguém imagina uma pessoa tirar a carta de condução e passado menos de um ano estar a conduzir um F1? Nos últimos anos as direcções do Sporting pensam que sim, que é possível. A vitória dramática contra o Gil Vicente e o empate a ferros contra o Estoril deveu-se única e exclusivamente à qualidade, vontade e capacidade de improvisação dos nossos valorosos jogadores. Sozinhos, em autogestão, lá se conseguiram organizar em campo e acabaram por salvar um pouco as coisas. Um grande abraço a todos os jogadores.»

 

José Manuel Barroso: «Em Alvalade, sempre!, apoiando a equipa. Mas triste regresso a casa. Futebol rendeiro, feminino, sem a virilidade de um chuto. Coisa pouca. Enredo sem a vontade do orgasmo.»

 

José Navarro de Andrade: «Hoje vai ser, deve ser, com classe, mostrando desde o primeiro minuto que o campo é nosso, que somos superiores e mais talentosos. Vai ser de pé para pé a mandar no jogo sem contemplações. Hoje com três ou quatro golpes vamos debaratar a defesa deles, mas sem precipitação nem esforço - apenas porque somos melhores.»

 

Rui Rocha: «Obrigado, Sá Pinto, e até sempre.»

 

Tiago Cabral: «Acabado de chegar do estádio. Hora e meia de desilusão. Cada um por si, sem táctica, sem qualquer noção de jogo de equipa. Onze jogadores em campo sem comando.»

A voz do leitor

«Estas lesões impedem o Sporting de ter o seu melhor onze e já o impedem desde a 1.ª jornada da liga. A classificação demonstra-o. É preciso lançar mão das alternativas. Não pode é ser sempre o Esgaio. Se há outros que têm fenómenos do tipo Entroncamento, antes perfeitos desconhecidos, e que já preencheram a candidatura a central da selecção A, o Sporting também deve poder meter jovens de 18 e 19 anos a jogar, em vez de lançar o Esgaio para tudo quanto é buraco que não lhe serve, por medo de lançar outras alternativas.»

 

João Gil, neste meu texto

Os jornais e o futebol da selecção

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Uma volta pelas capas dos desportivos e de alguns generalistas mostra-nos quem para os editores daquelas publicações foi o culpado pelo não apuramento da selecção nacional de futebol para as meias da Liga das Nações.

A foto é a mesma em quase todos e estampa Cristiano Ronaldo.

Quanto ao incompetente que escolhe a equipa e os treina, nem uma imagem.

Aliás, o senhor até diz que está descansado quanto à sua situação como seleccionador. "Tenho contrato até 2024", terá dito.

Por mim pode continuar e só lhe peço encarecidamente que continue a não convocar jogadores do Sporting. Não gosto de ver os nossos associados a incompetentes.

De volta ao Sporting

Ontem a selecção de Fernando Santos teve um triste fim, mas foi adequado ao cada vez mais irresponsável seleccionador. Que não se esqueça do Pepe e do Otávio para o Catar, é disso mesmo que a selecção precisa, nessa altura o William e o Moutinho estarão de certeza no topo da carreira, o Cristiano terá terminado a pré-época, aquilo vai ser mesmo para ganhar, o melhor está para vir.

Já no Sporting o problema está claramente na exiguidade e desequilíbrio do plantel, fustigado por uma sucessão de lesões, quase todas traumáticas, que têm ocorrido neste início da temporada, o que impede a continuidade dum onze e mina a organização da equipa.

Neste momento temos Porro, St. Juste, Neto, Coates, Jovane e Bragança na enfermaria, já por lá passaram Adán, Ugarte e Paulinho, é mesmo gente a mais para um plantel reduzido ao mínimo. Se calhar é mais fácil dizer quem é ainda que não passou por lá.

 

Se Amorim tinha preparados um plano A com Paulinho e um plano B em ataque móvel, podendo escolher o mais indicado aos diferentes jogos ou momentos dos mesmos, sem Paulinho teve de apostar as fichas todas no plano B, e se as coisas correram optimamente na Champions, correram muito mal na Liga, vamos já com três derrotas, duas delas perante equipas "pequenas".

E correram mal porquê?

Basicamente porque ter um ataque móvel de três "levezinhos" que não defendem obriga a ter depois um resto da equipa possante e comprometida no processo defensivo, e isso o Sporting claramente não tem. Para defender mesmo estão lá Ugarte e os três centrais. Isso claramente não chega.

Então ou o Sporting marca primeiro, recua linhas e ganha espaço para matar o jogo (na Champions é assim que joga o Sporting), ou sofre primeiro, é forçado a avançar e põe-se a jeito para sofrer uma derrota mais ou menos pesada. Foi assim contra o Porto, o Chaves e o Boavista. 

Obviamente que este problema não se resolve substituindo uns levezinhos por outros. Resolve-se introduzindo envergadura física no onze. Jogadores como Sotiris, Essugo e Fatawu podem ser muito úteis nesse "robustecer" da equipa, mas Paulinho é essencial.

Não é por acaso que sairam por muitos milhões Nuno Mendes, Palhinha e Matheus Nunes (alguns reclamavam que era o Bragança que devia jogar no lugar dele... nem vale a pena dizer mais nada). 

Não é por acaso que o jogador mais valioso neste momento do plantel dá pelo nome de Manuel Ugarte. 

SL

Os sete pecados de Fernando Santos

Liga das Nações: Portugal, 0 - Espanha, 1

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Bastava-nos um empate para chegar lá. Às meias-finais da Liga das Nações, que já conquistámos em 2019. Recebíamos a Espanha em Braga, entre o nosso público. Os espanhóis vinham muito afectados por uma derrota em casa frente à Suíça e precisavam de vencer para seguir em frente.

"Bastar um empate" funciona como maldição para nós. E como pretexto para Fernando Santos montar a sua tão apreciada táctica do ferrolho - com jogadores sem vocação para tal - à espera do sempre ansiado deslize alheio para cumprir os mínimos.

Podia ter acontecido por três vezes ainda na primeira parte, que terminou empatada a zero. A segunda, com o mesmo onze intocável até ao minuto 72' (Diogo Costa; Cancelo, Danilo, Dias, Nuno Mendes; William, Rúben Neves, Bruno Fernandes; CR7, Bernardo, Diogo Jota), foi péssima: concedemos dois terços de terreno e toda a iniciativa aos espanhóis, que marcaram aos 88', por Morata. Sentenciando a partida e a eliminatória.

Estarão nas meias-finais da prova, em Junho de 2023, com Croácia, Holanda e Itália. Nós tivemos o pássaro na mão e deixámo-lo voar. Por falta de ousadia, de rasgo, de atitude.

 

Seguem-se os sete pecados de Fernando Santos.

 

Primeiro. Ir recuando no terreno, concedendo iniciativa de jogo à Espanha - uma das selecções do país vizinho menos fortes dos últimos anos, alvo de contestação dos seus adeptos, e que vinha de uma derrota em casa frente à Suíça.

Segundo. Assistir impávido às perdas de bola dos nossos frente à baliza espanhola sem tomar a iniciativa de introduzir mudanças na dinâmica ofensiva para redobrar as oportunidades. Rúben Neves (23'), Diogo Jota (23') e Bruno Fernandes (38') tiveram os golos nos pés, mas foram incapazes de a meter lá dentro.

Terceiro. Mandar a selecção recuar na segunda parte, remetendo-a ao meio-campo defensivo, para "segurar o resultado". Manobra táctica de equipa pequena, frente à turma espanhola, que só fez o primeiro remate enquadrado aos 70'.

Quarto. Manter Palhinha no banco. Se a prioridade máxima era bloquear os caminhos para a nossa baliza, tornou-se incompreensível manter um William a meio-gás e deixar o nosso médio defensivo a ver o desafio sentado entre os suplentes.

Quinto. Esperar até aos 73' para mexer na equipa. Bernardo Silva, novamente sem préstimo na selecção, andou a fazer inúteis reviengas no relvado até finalmente receber ordem de saída. Demasiado tarde.

Sexto. Tocar na tecla da pausa em vez de accionar o acelerador. Incompreensível, a entrada de João Mário por troca com Bernardo quando ainda havia 20 minutos para disputar e precisávamos de um criativo para o contra-ataque, aliviando a pressão espanhola, e não de quem a segurasse no meio-campo.

Sétimo. Cristiano Ronaldo não pode cumprir a pré-época que deixou por fazer no United - onde até agora só marcou uma vez, de penálti - como titular da selecção. Sem dinâmica, sem golo, devia ter saído. Como saiu Sarabia, ontem muito apagado, logo aos 60', na selecção espanhola. Permitir a existência de intocáveis é um dos pecados do seleccionador. Terá de cumprir penitência por isto.

Nós, há dez anos

 

José da Xã: «Ser do Sporting não é ser do melhor clube do mundo, é acima de tudo uma filosofia que perdura para o resto da nossa vida. E saber sofrer é também uma virtude. Porque na hora de ganhar é a glória perfeita.»

 

José Manuel Barroso: «Muitos sportinguistas se admiraram e não entenderam o porquê da alusão ao Sporting, no discurso de Almada do LFV. Eles estão receosos. Não que a situação do nosso clube seja particularmente melhor que a do clube do outro lado da 2.ª Circular. Todos sabemos que não. Mas do que eles têm receio é de que os esforços feitos por Godinho Lopes e a sua equipa para encontrar capitais para a SAD sejam bem sucedidos. Porque isso alteraria radicalmente a situação presente, face ao astronómico passivo da Sad vermelha.»

 

JPT: «Leio, estupefacto, que a Grande Assembleia das Nações Índias foi interrompida com o lançamento de petardos, obra dos guerreiros presentes. E que o Grande Chefe teve que ser retirado, sob protecção dos "casacas-azuis", depois de lhe terem vetado o relato dos acontecimentos passados nas últimas luas. Anseio por ver as parangonas dos jornais desportivos, como estarão incendiadas as primeiras páginas, alertando todo o faroeste sobre os explosivos eventos de ontem...»

 

Tiago Cabral: «Lá estarei com o meu filho a vibrar! Venham mais jogos a esta hora.»

 

Eu: «Ah, o que eu gosto de revisitar as capas estivais da nossa imprensa futebolística. Sobretudo d' A Bola, a campeã das transferências no defeso. Pena que grande parte delas nunca cheguem a concretizar-se. Por exemplo, alguém sabe dizer-me o que aconteceu ao Cristian Ansaldi, que o matutino da Travessa da Queimada anunciou com parangonas como "desejado para a esquerda", sendo "paixão antiga na Luz"

A voz do leitor

«Hoje é fácil apontar baterias ao treinador e criticar todas as suas escolhas: sejam elas referentes a jogadores ou opções estratégicas. Enfim, é verdade que não podemos mudar o vento, mas podemos ajustar as velas para chegarmos a bom porto. Indubitavelmente há que apostar nas jovens promessas sem medo de dedos apontados em riste.»

 

Tiago Oliveira, neste meu texto

Santos e os pecadores

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A selecção de futebol da república portuguesa voltou a perder um jogo decisivo.

"Não teve a ver com a organização teve a ver com o posicionamento (...) criámos problemas a nós próprios".

Foi assim que Fernando Santos viu o golo sofrido, a culpa não foi dele (a organização) a culpa foi dos jogadores (o posicionamento).

Treinador santo, jogadores pecadores.

Um lamentável desperdício.

Fernando Santos, que sempre teve um conjunto excepcional de futebolistas, que jogam nas melhores equipas da Europa, ganhou um campeonato europeu com um bambúrrio de sorte. A jogar tão mal, o treinador convenceu-se que a vitória tinha sido milagre. O problema é que desde então confia mais numa intervenção divina do que num vasto leque de jogadores geniais, que fariam a felicidade de qualquer treinador a sério. Alguém que lhe explique que Nossa Senhora não se intromete em disputas de bola. 

Clube vs Sócia = ? - Round 2

Há dias partilhei a experiência vivida com as dificuldades encontradas no acesso a área reservada de sócia, no site sporting.pt e loja verde online. De caminho, contextualizei a situação em si, a urgência em receber uma compra que seguiria além fronteiras. Dei nota, desde o primeiro momento, da especificidade da situação, procurei sensibilizar para que acontecesse uma gestão de encomenda mais atenta e fui informada, no próprio dia, de que a encomenda encontrava-se já em preparação. Findos os 3 dias úteis previstos para entrega sem receber qualquer informação, pedi um ponto de situação quanto ao estado da mesma. No próprio dia fui informada de que iria ser averiguado devendo aguardar por resposta. Quatro dias depois, dois deles úteis (ontem), voltei ao contacto.  

Fui hoje informada de que existe uma ruptura de stock de um dos tamanho pretendidos, já pagos - incluindo personalização - e foi-me dada a opção de escolher entre aguardar pela sua reposição ou receber o reembolso de toda a encomenda (quase 200€, alguns cêntimos a excederem 187€).

Entre a ausência de informação de ruptura de stock do tamanho (compreendo que não possa ser garantido no imediato, por completo, em contexto de compra online - claramente, não se faz separação de stocks -) à demora em assumir que a havia - note-se que fui informada de que a encomenda encontrava-se em preparação no próprio dia em que a realizei e paguei -, ao prazo para entrega há muito ultrapassado (pelos motivos óbvios) pergunto:

- teria feito sentido a Loja Verde Online ter proposto a troca de tamanho para o tamanho 'S' da camisola principal (praticamente equivalente ao tamanho JXL, que se encontrará em ruptura de stock), assumindo eu o diferencial de preços, que se cifra em 18€ (62,99€ vs 80,99€)?

- teria feito sentido a Loja Verde Online ter proposto a compra do tamanho 'S' da camisola principal (praticamente equivalente ao tamanho JXL, que se encontrará em ruptura de stock), assumindo a própria Loja Verde Online o diferencial de preços, que se cifra em 18€ (62,99€ vs 80,99€)?

- sócios do Clube, eventuais accionistas, faz-vos mais sentido assumir 18€ de prejuízo palpável nesta venda ou perder a oportunidade de vender um pouco mais de 187€?

- sócios e eventuais accionistas do Clube, têm consciência dos preços de venda destes mesmos tamanhos durante os saldos e as disponibilidades de stock por essa ocasião?

Objectivamente : é altamente provável que o Clube venha a vender o tamanho JXL dentro de alguns meses a um preço em que receberá menos do que o valor que agora pratica, se calhar por uma diferença muito próxima de 18€.  Os lapsos, documentados por escrito, são imputáveis aos responsáveis pela Loja Verde Online (sabia-se da minha urgência e a encomenda entrou em modo 'preparação' no próprio dia em que foi paga), ou seja, a Loja Verde Online deveria ter contactado dando nota da ruptura de stock, prazos previstos para reposição do mesmo e alternativas. Ao cabo de uma semana, devolve-se o dinheiro ao sócio - e pura e simplesmente não se vende - em alternativa o sócio que a) espere pela reposição que não se esclareceu quando irá acontecer ou b) que pague mais 18€ para ter um artigo idêntico?

Estou curiosa em relação às perspectivas dos caros Sportinguistas sobre o exposto.

 

adenda: Já no passado me vira perante uma situação semelhante: efectuei uma compra durante os saldos, prazo de troca a decorrer, não havia o tamanho para troca pretendido na linha de criança, mas na de adulto, contudo, já estando fora do período de saldos, deveria pagar o diferencial para a totalidade do preço do artigo, excluído que estava o desconto do período de saldos; querendo apresentar reclamação, somos informados de que será reencaminhada internamente - sem que exista cópia a ser encaminhada ao consumidor - e, aparentemente, não sai do universo empresa-que-nos-gere-as-lojas, ou seja, estrutura do clube propriamente dita, não se encontra disponível para receber exposição do consumidor. A empresa -que-nos-gere-as-lojas é, aparentemente, juiz em causa própria.

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Palhaço, javardo, imbecil

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Francisco Seixas da Costa, reconhecido adepto do Sporting, acaba de ser condenado por ter escrito em 2019, numa rede social, um vocábulo visando o treinador do FC Porto. Sérgio Conceição sentiu-se difamado, tendo accionado um processo contra o embaixador para efeitos de reparação na justiça civil. 

A condenação foi tornada pública no Tribunal do Portoque deu como provado o delito de difamação agravada, condenando agora o antigo secretário de Estado dos Assuntos Europeus a uma reparação ao técnico portista em forma de multa. 

 

Tomo conhecimento da notícia com preocupação. Por concluir que configura um recuo da liberdade de expressão em Portugal.

À luz da lógica perfilhada pela juíza do Porto, vários textos já publicados neste blogue estariam eventualmente sujeitos a condenação: o técnico que se sentiu difamado por Seixas da Costa já terá sido aqui contemplado com expressões tão ou mais duras.

E o que dizer do presidente da Câmara Municipal da Cidade Invicta, Rui Moreira, que sendo em simultâneo membro do Conselho Superior do FC Porto, brindou há poucos dias um jornalista da Sport TV com a elegantíssima expressão «perfeito imbecil»?

Será mais benigna do que «javardo»?

 

A sentença que condena Seixas da Costa não transitou em julgado: seguirá para apreciação em recurso. Onde - estou convicto - vai imperar a jurisprudência que vigora, em larga medida, nos nossos tribunais.

Recordo que em Maio de 2013 um notório adepto portista, Miguel Sousa Tavares, chamou «palhaço» a Cavaco Silva, à época Presidente da República. Fê-lo em afirmação reproduzida em letras garrafais, na manchete dum jornal diário. Dias depois deixou claro que não tencionava pedir desculpa por tal frase.

O processo nem chegou a prosseguir: foi arquivado à nascença pelo Ministério Público.

 

Há também jurisprudência estabelecida neste domínio no Tribunal Europeu dos Direitos do Homem. Que tem sancionado o Estado português por sentenças judiciais que vêm comprimindo a liberdade de expressão entre nós. Foi o que se verificou aquiaqui, aqui e aqui - só a título de exemplo.

Tudo isto, que ultrapassa em larga medida a questão clubística ou o universo do futebol, justifica atenção. Pela minha parte, assim o farei. Fica prometido.

Nós, há dez anos

 

João Villalobos: «Há, em cada sportinguista, algo de santo e de louco ao mesmo tempo. A santidade advém-nos da paciência, essa qualidade cultivada ao longo de gerações e transmitida de pai para filho com a ternura de quem pendura ao pescoço do outro o cachecol verde e branco.»

A voz do leitor

«Parece que ninguém reparou: Matheus Nunes queria o Liverpool, aparentemente o clube onde encaixaria. No mesmo dia em que o Liverpool diz não estar interessado, Matheus Nunes aceita o Wolves, que anteriormente recusara. Amorim foi apanhado na onda, sem poder fazer nada. Onde está a incoerência? Quem foi incoerente?»

 

Leão de Queluz, neste texto do José Navarro de Andrade

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