Francisco Mota Ferreira: «Foi treinador do Sporting e, só por isso, merecia aqui uma crónica. Mas Malcom Allison foi muito mais do que um mero treinador do nosso Clube. Foi o principal obreiro para que o Sporting, na longinqua época de 1981/82, ganhasse tudo o que havia para ganhar ao nível de troféus de Futebol: o Campeonato, a Taça e a Supertaça.»
Eu: «Portugal permanece em branco quanto a medalhas olímpicas sem se registar nenhuma comoção nacional. Foi algo a que nos habituámos durante demasiadas edições das Olimpíadas e conseguimos sobreviver a isso. Mas basta dar um pulo a Vigo, Badajoz ou Ayamonte para se perceber que entre nuestros hermanos é tudo bem diferente. O fracasso da selecção olímpica de futebol espanhola, à qual resta agora apenas a hipótese de um resultado honroso contra Marrocos antes de fazer as malas, está a causar quase tanta polémica como a contínua subida do montante da dívida e das taxas de juro. O saldo não podia ser pior, apesar de os olímpicos espanhóis contarem com estrelas como Jordi Alba, Juan Mata e Javi Martínez.»
A época ainda não começou mas vemos, ouvimos e lemos, não podemos ignorar.
Este Sporting não joga nada, a única solução seria a contratação de SãoR7, infelizmente, Santos da casa não fazem milagres.
Foi assim no dia 3 de Janeiro de 2022, Old Trafford engalanado, o melhor jogador de futebol de todos os tempos, capitaneava os diabos vermelhos e comandava o ataque diabólico, acolitado por Cavani.
Nesse dia Cavani, CR7 e todos os outros diabos ficaram em branco, o único golo desse jogo foi apontado aos 82' por João Moutinho, o rei do encontro (dizem os ingleses) de facto, encontrou forma de colocar a bola dentro da baliza, o objetivo do jogo.
Tenho um carinho especial por todos os ex-jogadores do Sporting (uns mais que outros, claro) não compreendo os assobios a João Moutinho e a Podence, foram jogadores que dentro do campo sempre deram tudo pelo emblema do leão rampante, para mim, é suficiente, para além disso, ambos conquistaram títulos nos escalões de formação e na equipa principal.
Outros com muito menos títulos conquistados nos escalões de formação (zero) e na equipa principal são aplaudidos, desejados, disputados e, provavelmente, amaldiçoados se algo correr mal.
Tracemos o seguinte cenário, como a revista "Nova Gente" escreve com letras vermelhas Cristiano Ronaldo (como Futre no passado) vai mudar-se para Lisboa.
Será para o Sporting?
O "staff" de CR7 pode estar à espera que o Benfica se classifique para a "Champions" para anunciar o contrato com o clube que já perdeu Seferovic e Darwin e precisa, desesperadamente, de uma referência atacante.
Passaria Cristiano Ronaldo a ser pior jogador de futebol, como Futre, se assinasse pelo Benfica?
Convém pensarmos nisto agora, para numa próxima visita de CR7 a Alvalade, vestido com o vermelho selecção ou com o vermelho Benfica (se acontecer) não ter de passar pelo mesmo que Podence ou João Moutinho passaram ontem.
Parece que CR7 vai mudar de vida e nós deixaremos de assobiar os nossos?
A imagem foi por mim recolhida no jogo contra a equipa AS Roma. É aquilo a que, em bom algarvio do barlavento, se chamaria um pé virado para a Fóia* e outro para a Picota**. Endereço sinceros votos de que o, agora, camisola 20 tenha tido oportunidade de não só afinar a pontaria, como de ajustar a direcção dos pezinhos.
Se esta equipa do Sporting fosse uma empresa, diríamos estar perante uma preocupante escassez de recursos humanos. Este início de época será muito desgastante: face à paragem de seis semanas em Novembro e Dezembro, devido ao Campeonato do Mundo no Catar, as competições europeias vão desenrolar-se com vários jogos em prazo curto. O que pode causar estragos suplementares no plantel. Já vamos no terceiro, ainda as competições não começaram: Daniel Bragança, Ugarte e Adán lesionaram-se em fase de preparação. Ou por mero azar ou devido à implacável intensidade dos treinos.
Foi, portanto, um conjunto já desfalcado que entrou ontem em cena no Estádio do Algarve para defrontar a equipa "mais portuguesa de Inglaterra", o Wolverhampton, com cinco compatriotas no seu onze inicial - só menos um do que a nossa. Dois deles, Moutinho e Podence, foram assobiadíssimos do princípio ao fim. O problema da "cultura do assobio" agora instalada nos adeptos leoninos é que em vários casos acaba por constituir um incentivo suplementar para os visados. Aconteceu com Podence, o mais vaiado e também o melhor em campo.
Seria mais importante, creio, aplaudirmos os nossos do que xingarmos os outros. Porque o assobio também pode soar a prémio.
Mas aplaudirmos quem, entre os sportinguistas?
Não seguramente Matheus Nunes, que voltou a fazer um jogo muito abaixo das suas possibilidades. Nem Gonçalo Inácio, que logo aos 13' cometeu um penálti óbvio sobre Pedro Neto em nova demonstração de que devia ser central à esquerda e não improvisado à direita, como acontece devido à prolongada lesão do reforço St. Juste, ainda por estrear. Nem o inoperante Paulinho, com mais tendência para cair na área do que para rematar à baliza.
Ontem o ex-Braga não fez um só remate, mas caiu duas vezes: à segunda justificava-se mesmo a marcação de grande penalidade, convertida aos 44' por Pedro Gonçalves. A quem só por isto elejo o melhor dos nossos. Tenho pena que não tivesse actuado como na meia-hora final frente ao Sevilha, recuado uns metros, como médio ofensivo - posição que parece potenciar-lhe as qualidades.
Morita também voltou a justificar nota positiva, mas trabalha muito desacompanhado e não vai chegar para as encomendas sem ajustes urgentes no corredor central. O japonês está a integrar-se mais depressa na equipa do que Trincão, que continua a parecer carta fora do baralho como ala direito, sempre com um toque a mais na bola.
Dos restantes reforços, destaque óbvio para Franco Israel, agora titular da baliza leonina devido à inesperada lesão de Adán: será ele, tudo o indica, a integrar o nosso onze contra Braga (fora), Rio Ave (casa) e FC Porto (fora) nas primeiras três jornadas da Liga 2022/2023, prestes a iniciar-se. Ter o compatriota Coates à sua frente deve transmitir-lhe segurança: o jovem guardião merece nota positiva. No penálti convertido por Rúben Neves, nada a fazer.
O ganês Fatawu, de apenas 18 anos, voltou a parecer um prometedor reforço nos escassos minutos que esteve em campo neste último desafio da pré-temporada. Dando mais nas vistas do que Rochinha, outro recém-contratado.
Esta foi a pré-época dos empates - exceptuando a tangencial vitória contra a Roma, de José Mourinho, por 3-2. Reforçando a pertinência dos reiterados alertas aqui feitos sobre a necessidade de termos outro avançado, de preferência mais vocacionado para o golo do que Paulinho.
Por outro lado, é evidente que nem Palhinha nem Sarabia têm por enquanto sucessores do mesmo nível. O facto de Rúben Amorim não ter ontem utilizado Tabata parece confirmar que o brasileiro - criativo, desequilibrador e com golo - poderá mesmo estar de abalada. O que acentua a preocupação para o futuro próximo num início de temporada muito exigente não apenas no plano táctico mas também no plano físico.
Disputar a Liga dos Campeões é excelente por proporcionar grande receita financeira, mas tem este ónus suplementar: há que saber gerir com pinças o grupo de trabalho em várias frentes.
Breve análise dos jogadores:
Israel- Oriundo dos juniores da Juventus, sem jogos de equipa principal no currículo. Sofreu penálti (15'), saiu bem (19') e saiu mal (84') da baliza. O titular agora é ele.
Gonçalo Inácio- Pressionado por Pedro Neto, o esquerdino que actua no lado direito da defesa cometeu penálti (13'). Ficou algo marcado por este lance.
Coates - Pêndulo habitual da nossa defesa, que tem sofrido mais golos do que estávamos habituados - em todos os jogos da pré-temporada.
Matheus Reis- Outra adaptação: o lateral esquerdo continua a jogar como central. Momento alto: impediu um golo certo, na linha de baliza (84'). Evitando a derrota.
Porro - Parece andar com os nervos à flor da pele. Não foi fácil enfrentar Podence. Grande remate aos 56', para defesa difícil de José Sá. Substituído aos 78'.
Morita- Tornou-se titular muito depressa devido à ausência de Ugarte por lesão. Bom a transportar e a colocar a bola. Parece com elevado índice de confiança.
Matheus Nunes- Combinou pouco e mal com o japonês no meio-campo. Perdeu a bola (6' e 29') e falhou alguns passes. Incapaz de mostrar o seu melhor até agora.
Nuno Santos- Tem vontade de ser titular absoluto na ala esquerda. Oscilou nos cruzamentos, mas é dele o centro que gera o nosso penálti. Tentou remate, sem êxito.
Trincão- Melhor momento: um remate ao ângulo que saiu a rasar do poste direito da equipa inglesa (73'). Quase sempre desinspirado. Saiu aos 83'.
Pedro Gonçalves - Mais apagado do que no jogo anterior. Mas marcou o penálti - sexto golo dele na pré-época. Excelente passe para Trincão (73'). Saiu aos 83'.
Paulinho - Teatralizou um lance, caindo na grande área, aos 33'. Voltou a cair aos 43': desta vez foi penálti. Saiu com amarelo mas sem remates, aos 68'.
Edwards- Substituiu Paulinho, mas sem fazer a diferença, numa fase em que a equipa já parecia resignada ao empate. Falhou passe aos 77'.
Esgaio - Rendeu Porro aos 78' talvez para poupar o espanhol a algum desgaste físico e emocional. Cumpriu no essencial, sem rasgo nem erros.
Rochinha- Substituiu Pedro Gonçalves aos 83'. Está ainda em fase de adaptação à equipa, o que salta à vista.
Fatawu- Entrou aos 83' para o lugar de Trincão, voltando a agitar o jogo. Não no remate, pois continua com falta de pontaria, mas na pressão alta e na disputa da bola.
Finda a pré-época, resta desejar boa sorte à equipa: boa sorte! Vamos com tudo, leões!
ADENDA 13:54 de 31/07
Falta-me o ar só de me lembrar (ainda estávamos longe e já se tinha avançado qualquer coisa)
Aquecimento dos suplentes
Aquecimento da equipa inicial
A garotada que irrompeu campo adentro já tinha saído e Matheus Reis foi oferecer a sua camisola.
O autocarro mais bonito da galáxia.
P.S. Estimo que o Senhor árbitro não se cruze connosco muitas vezes. Se num amigável nos trata assim, mal posso esperar por vê-lo num jogo a sério *inserir vernáculo a contento*.
Depois do Vilarreal, Roma e Sevilha, foi a vez do Wolverhampton, a equipa mais portuguesa da Premier League, servir de adversário exigente e bem adequado para nos preparar uma entrada na época oficial da melhor forma. Tendo o resultado um valor secundário nestes encontros, o Sporting acabou a ganhar um e a empatar três jogos.
Se calhar pelas cargas físicas da semana, a verdade é que muitos jogadores entraram muito "presos" em campo, lentos a pensar, a executar e a intervir, e assim os passes perdem-se, os desarmes são faltosos, os remates saem sem convicção, e o 3-4-3 "plano A" deixou muito a desejar. Ainda assim, quase todos os do onze inicial ficaram até ao fim do jogo para ganhar endurance para o que aí vem.
O melhor do jogo foi mesmo o desempenho de Morita à frente da defesa: combativo enquanto "teve pilhas" e com excelente passe a curta e longa distância. E também a desenvoltura de Israel a mostrar competência em tudo o que teve de fazer, incluindo uma excelente saída aos pés de um adversário isolado que evitou o golo iminente.
Além disso, é claro que Trincão vale dez vezes mais do que hoje mostrou, que Matheus Reis e Edwards são os jogadores que estão a um ritmo superior aos outros, e que com mais uma semana de trabalho teremos equipa para Braga, que é o mais importante.
É verdade, o Paulinho - também ele muito abaixo do que pode e sabe - assistiu para Trincão falhar, e sacou um penálti.
Da ameaça à robustez e à união do balneário, passando pela potencial desautorização de Rúben Amorim e à destruição da sua mais que provada capacidade de liderança, já perdi a conta aos "ses" justicados por um eventual regresso de Cristiano Ronaldo ao Sporting.
Deixem-se de tretas.
Se o Cristiano voltar a jogar com a camisola do Sporting será o simples porque arrebatador corolário de uma das maiores escolas de formação de talentos de futebol do mundo e da qual ele é o exemplo maior. O regresso a casa do filho mais prodigioso entre tantos outros prodígios nela nascidos, formados e crescidos teria certamente lugar nos livros de história, seria um dos seus capítulos mais comoventes e inspiradores. Emblema e talento por ele criado reencontrados, lado-a-lado, ambos puxando para o mesmo lado, o da glória, a do Sporting, com os dois unidos mais próxima ainda de alcançar.
Se Cristiano Ronaldo voltar a jogar pelo Sporting teremos o melhor ataque da Liga e um fortíssimo ataque para atacar olhos nos olhos os adversários que viermos a ter pela frente na Liga dos Campeões. Prova na qual CR7 é rei e senhor, o campeão entre campeões.
Se CR7 voltar (desconfio que a venda de Tabata é já para libertar o número para o craque) se CR7 voltar a jogar com a verde e branca será bom para Rúben Amorim, sim, claro que sim. Seria difícil aceitar o contrário, aliás. Como fã, admirador e muito grato que sou de Rúben Amorim ficaria altamente decepcionado se o nosso notável treinador fizesse a vontade às picaretas falantes e não soubesse tirar proveito do potencial inigualável do CR7 em prol da equipa já construída e que mais bem construída ficaria.
E a projecção do clube internacionalmente? E as vendas de camisolas? Bilhetes de época? De jogo? Se Cristiano cá regressar, o Sporting com ele passará para outra dimensão.
Se o Cristiano voltar ao Sporting, meus caros, aquelas centenas de golos que não cantámos quando eram cantados, esses golos vamos cantá-los muitas e muitas vezes. Cantaremos esses e os outros que só o Cristiano sabe que existem porque é ele quem os cria e inventa, ainda nós sequer percebemos o que o melhor do mundo vai fazer, quanto mais estarmos já preparados para cantar golo. Isso vem depois como brinde, prémio, tesouro inesperados e por isso os mais saborosos. Golo, golo, goloooooo! E o speaker: É do SPORTING!!!! CRISTIANO... e nós 40.000/50.000 em júbilo completando RONALDO!
Eu: «Os adeptos das restantes modalidades que me perdoem, mas os desportos olímpicos para mim são essencialmente dois: atletismo e natação. As anteriores Olimpíadas demonstraram isso mesmo revelando ou confirmando ao mundo dois nomes de excepção, dignos dos heróis da Grécia antiga. Refiro-me ao norte-americano Michael Phelps e ao jamaicano Usain Bolt: em conjunto, trouxeram de Pequim 11 medalhas, recordes mundiais e recordes olímpicos.»
«Nani foi um dos nossos melhores dos últimos 20 anos. Só um estúpido se lembraria de assobiar o Nani, um jogador com uma carreira de fazer inveja à maioria. A questão é mais a de saber se teria lugar nesta equipa do Sporting. Se voltasse tenho a certeza que seria aplaudido pelos adeptos do Sporting. Por mim seria de certeza que sempre gostei muito de o ver jogar na nossa equipa, mesmo quando diziam que dava cabo do jogo do Sporting. Viu-se no campeonato da Europa como foi.»
Durante o dia de ontem foram circulando com insistência notícias que dão nota da provável saída de Bruno Tabata do Sporting por meros 5 milhões de euros. Recordo que este jogador de 25 anos destacou-se como internacional júnior do Brasil, beneficia de uma cláusula de rescisão fixada em 60 milhões de euros, cumpre diversas missões na equipa com desempenho digno de realce, tem golo (lembremos o que marcou à Roma há poucos dias) e vem justificando calorosas palavras de elogio por parte do treinador.
Não quero acreditar que tais notícias sejam verdadeiras. Ver Tabata abandonar Alvalade por um quantia ridícula, equivalente à dolosa cláusula de rescisão que acaba de ser batida pelo Ajax para levar Francisco Conceição do FC Porto, é algo que nem me passa pela cabeça. Estou confiante, portanto, que tal disparate não passa de desinformação estival. E que Tabata vai mesmo integrar o plantel leonino com o n.º 7, conforme foi apresentado perante os adeptos no passado domingo.
Leonardo Ralha: «Adrien Silva ainda fez o passe que desmarcou Wolfswinkel no lance do 2-0, antes e depois de passes falhados e más iniciativas. Já Wilson Eduardo foi sobretudo irrelevante.»
Eu: «Isabel II, a primeira estrela dos Jogos de Londres. Com Daniel Craig - Bond, James Bond - como actor secundário desta curta-metragem, intitulada Happy and Glorious e dirigida pelo consagrado cineasta Danny Boyle. Havia quem dissesse que a cerimónia de inauguração dos Jogos Olímpicos de Pequim, com o seu monumental fulgor pirotécnico, não conseguiria ser ultrapassada. Mas os britânicos, com superior engenho e arte, acabam de demonstrar ao mundo como é possível fazer mais com menos. Este arranque das XXX Olimpíadas foi provavelmente o espectáculo mais visto de sempre na História da televisão, com uma audiência superior a mil milhões de espectadores que acompanharam em simultâneo as imagens um pouco por todo o globo. Medalha olímpica garantida.»
«Reparem nos grandes centrais nacionais dos últimos 10/15 anos, com a idade do Gonçalo Inácio, 20 anos: Rúben Dias estava ainda no Benfica B, Ricardo Carvalho estava emprestado ao Vitória de Setúbal, Pepe jogava no Marítimo e José Fonte estava no Sporting B. Ou seja, estavam todos a adquirir experiência, nem sequer jogavam no seu clube nacional, quanto mais ir para um grande clube estrangeiro.»
Há sempre uma justiça poética nestas coisas. O mesmo treinador que ao chegar ao Benfica pela segunda vez prometeu «arrasar» e pôr a equipa a «jogar o triplo» mas acabou por sair ano e meio depois, de queixo no chão e sem título algum (52 vitórias, 17 empates e 14 derrotas; 182 golos marcados e 80 sofridos), acaba de conduzir o actual clube, o Fenerbahçe, a um primeiro desaire: afastado na segunda pré-eliminatória da Champions, pelo Dínamo de Kiev.
Foi o mesmo que ao vencer a Taça Libertadores pelo Flamengo se apressou a declarar, com a soberba que o caracteriza: «Daqui a 50 anos vão lembrar-se que foi um português que conquistou a Libertadores.» Como se fosse proeza que só ele pudesse conseguir. Azar: logo nos dois anos seguintes, o compatriota Abel Ferreira conseguiu o mesmo, ao leme do Palmeiras, clube com menos recursos financeiros e desportivos.
Só podia ser Jorge Jesus. O tal que um antecessor de Frederico Varandas, num desesperado e fracassado all in, trouxe do Benfica para o Sporting para «ganhar tudo» acabando por não vencer quase nada.
Uma coisa é certa: no campeonato da prosápia, ninguém bate este técnico que alguns tansos ainda parecem idolatrar em Alvalade. Já terá aprendido a dizer «teriam que nascer dez vezes» e «Palhinha não levou o guião certo» em turco?
Há mesmo uma justiça poética nestas coisas. Por motivos que me dispenso de sublinhar, alegra-me muito ver o Dínamo de Kiev na Champions, nestes dias tão dramáticos para o clube e os seus adeptos.
Felizmente a UCI, a União Ciclista Internacional, fez aquilo que as autoridades desportivas nacionais não tiveram coragem de fazer: impedir a equipa que veste com as cores do FCPorto de participar na Volta a Portugal, devido a caso de doping organizado.
Se esta prova, infelizmente, não tem qualquer prestígio internacional, com a eventual presença da participação desta seria um exemplo de «verdade e fair-play desportivo» (*) que dignificaria de sobremaneira o desporto português.
(*) - Palavras retiradas do último comunicado desta equipa.
«Se outros clubes têm cláusulas nos contratos de jogadores que podem fazer com que, mesmo que remotamente, seja mais interessante a um clube perder um jogo do que ganhá-lo, então essa cláusula está a mais nesse contrato. Digo isto seja para que clubes forem. Até para o meu. Nunca alinhei na ideia de que andam todos a gamar e, portanto, o gamanço está automaticamente justificado.»
Não sei o que pensam disto, mas considero que Paulinho anda a "taremizar-se" em excesso. Tal como Edwards.
Detesto ver jogadores nossos fazerem as mesmas fitas que nós criticamos em futebolistas que representam outros emblemas.
Eu não tenho critério duplo. Uso sempre o mesmo, sejam os nossos ou sejam os outros que agem de modo incorrecto, lesando elementares normas do fair play desportivo, nomeadamente quando tentam ludibriar os árbitros.
Mais: nisto sou ainda mais exigente para os nossos do que para os outros.
Será algo fora de moda neste tempo de trincheiras em que qualquer coisa logo se transforma em trombeta de guerra ao menor pretexto, admito. Mas continuarei assim.
João Severino: «Sporting confirma saída de Matías Fernández.»
João Távora: «Convoquei a miudagem para que logo à noite larguem as suas rotinas e o Canal Disney para assistirmos todos juntos à transmissão da abertura dos Jogos Olímpicos de Londres. Sabemos bem que em matéria de pompa e circunstância os ingleses são insuperáveis. Descontando uns quantos fanáticos que estarão no estádio da luz, tudo aponta para que logo à noite o mundo inteiro se reúna a assistir em directo a um acontecimento histórico.»
«O problema é mesmo a relação com a baliza. Muitas vezes nem rematamos, falhamos passes para golo. Enfim, acho que nos falta jogar com uma referência ofensiva, mas esse não é o plano de Rúben Amorim. Embora estranhe, há que esperar e ver. Até agora tem funcionado relativamente bem.»
Não admito que no plantel leonino em 2022/2023 haja menos jogadores da nossa formação do que o equivalente a isso nos plantéis dos dois principais rivais.
É tema sobre o qual escrevo aqui há mais de dez anos, sempre em defesa de quem passa pela Academia de Alcochete.
Tenham paciência, mas não irei mudar de posição. Este é um princípio de que não abdico. Seja quem for o presidente, seja quem for o treinador.