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És a nossa Fé!

A nova vaga

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(A nossa Teresa Bonvalot no domínio perfeito da sua vaga)

 

Os recentes jogos e as respectivas convocatórias das diferentes selecções nacionais vieram mais uma evidenciar o "gap" existente no futebol do Sporting entre um conjunto de jovens que já se afirmaram no escalão senior e aqueles mais novos que naturalmente precisarão de mais tempo para isso mesmo. 

Assim, enquanto nos sub19 e nos sub18 o Sporting está representado por quatro ou cinco jogadores, nos sub21 por apenas um, o Eduardo Quaresma.

Quem acompanha as equipas B e sub23 rapidamente percebe a enorme carência de jogadores de qualidade entre os 19 e os 21 anos formados em Alcochete. Os últimos títulos ganhos em juniores e juvenis há uns anos serviram para muito pouco, muitas vezes ou quase sempre os melhores em campo são jogadores com idade de juniores e juvenis. 

Por isso tem sido feito um enorme esforço de apressar a evolução aos melhores jovens da academia e de contratar jovens de alto potencial que possam criar uma nova vaga de qualidade no escalão 19-21 nos próximos anos.

 

Com o auxílio de A Bola trago aqui a lista de contratações deste ano:

1. Marco Cruz, 18, médio ofensivo, FC Porto

2. Gonçalo Esteves, 18, lateral direito, FC Porto

3. Diogo Abreu, 19, médio ofensivo, FC Porto

4. Rodrigo Abreu, 15, médio, FC Porto

5. Gonçalo Braga, 18, ala direito, SC Braga

6. Kiko Felix, 18, avançado, Felgueiras

7. Vando Felix, 18, avançado, Leixões

8. Domingos Andrade, 18, médio defensivo, Angola

9. Lamara Jallow, 20, médio centro, Gâmbia

10. José Marsà, 20, defesa central, Barcelona

11. Étiènne Catena, 18, defesa central, Roma

12. João Ferreira, 18, defesa esquerdo, Alverca

13. Fatawu Issahaku, 18, médio ofensivo, Gana

14. Francisco Canário, 18, ponta de lança, V. Guimarães

 

Muita gente, de facto. Temos aqui matéria-prima para um enorme aumento de qualidade nas equipas B e sub23 do próximo ano.

Porquê tamanho investimento? Porquê o tal gap referido? Porquê a vinda de jovens de elevado potencial do FC Porto?

 

No mesmo jornal pode ler-se uma reportagem muito bem feita sobre a formação do Seixal, onde dá para perceber muita coisa: o enorme investimento feito nos últimos anos pelo Benfica na formação, a sua enorme capacidade de recrutamento em muito novos, os pólos regionais que funcionam bem e que canalizam talento para o Seixal.

Confirma a minha ideia que em termos de academias e fábricas de talentos, o Sporting foi precursor com Roquette e com Alcochete e Aurélio Pereira dominou durante uma década, o Benfica de Vieira dobrou a parada com o auxílio de profissionais que aprenderam em Alcochete como Pedro Mil-Homens e passou a dominar, o Porto nunca se interessou pelo conceito, e vive da atracção causada pelo sucesso da equipa principal e do trabalho de ex-campeões. 

 

Se na próxima semana, no mesmo dia e à mesma hora, se jogassem cinco dérbis (iniciados, juvenis, juniores, sub23, B), poderia até acontecer que o Benfica ganhasse os cinco, porque tem muito mais quantidade de qualidade. 

Então o Sporting só tem que sprintar para recuperar o atraso. Nas infraestruturas, no recrutamento, no modelo de formação centrado no jogador também partilhado pelo Benfica, na qualidade dos treinadores.

E é isso que também no campo do recrutamento está a fazer, num investimento financeiro que será substancial mas de retorno garantido. Para criar uma nova vaga verde no que à formação diz respeito.

SL

O novo secretário de Estado do Desporto

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Chama-se João Paulo Correia e era até agora deputado do PS, tendo chegado a vice-presidente da bancada socialista em São Bento. Foi ontem empossado no cargo de secretário de Estado da Juventude e Desporto.

Trata-se de alguém «simples e acessível», diz quem o conhece. O que não é o meu caso.

Substitui João Paulo Rebelo, incompreendido génio que concebeu o abortado «cartão do adepto». A tal ponto que arrisco este prognóstico: o novo titular irá mostrar melhor trabalho que o antecessor. 

Em Maio de 2019, questionei aqui, a propósito de Rebelo: «Está no Governo a fazer o quê?» A resposta surgiu agora, ao ser afastado do Executivo: não estava a fazer nada.

Rui Costa

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(Postal para o magnífico Francisco N., ao qual desconheço qualquer simpatia clubística, e para a magnífica Cristina N., benfiquista pois não há bela sem senão.)

Estou ciente de que o facto de blogar desde 2003 - então no ma-schamba - foi paulatinamente influenciando aqueles que me conhecem pessoalmente, fazendo-os atribuir-me algum mau feitio devido aos dislates que ali fui deixando. Um dia, logo após ter feito 50 anos, fiz-me torna-viagem, regressando a esta Pátria Amada ao fim de quase duas décadas de imigração - e sobre esta nova rota vim a escolher uma colecção de postais a que chamei mesmo "Torna-Viagem", pois continuei a blogar, primeiro no blog colectivo Courelas e depois no individual O Flávio. Mais tarde concentrei-me neste sistema SAPO, seguindo nos colectivos Delito de Opinião e neste És a Nossa Fé!, para os quais havia sido contratado pelo coordenador Pedro Correia, e no meu Nenhures.

Nestes últimos anos as leituras dos meus amigos algo se alteraram. Pois à constatação do tal mau feitio se veio juntar uma - até preocupada - noção de que o conteúdo dos meus postais exsuda um azedume devido a desconfortos, e até inêxitos, da vida-própria. Ora se junto deste núcleo de amigos reais me é relativamente fácil invalidar a ideia de ter eu uma personalidade arisca, consabido que é o meu carácter de bom pós-rapaz, capaz da entreajuda possível, bons modos à mesa - ainda que de metabolismo já timorato face à intensidade das adegas alheias - e dado ao convívio, já a imagem de um acabrunhamento actual expresso textualmente me é mais difícil de contestar, e principalmente junto daqueles que estão longe. Mas ainda assim é-me possível. Ainda a semana passada um queridíssimo amigo - e que muito respeito - me escrevia lamentando o meu estado de espírito que me leva a preocupar-me com os assuntos circundantes, convocando-me a desfrutar da vida de modo algo menos condoído. E veio isso a propósito da minha ira com muitas reacções russófilas, até de gente que eu conheço - a qual libertei em particular neste texto mas também em vários outros.

Respondi-lhe - e espero que assim sossegando-o - enviando-lhe a fotografia que encima o postal. Explicando-lhe que na sequência de botar esse tipo de ditirambos logo enfrentava este lauto e saborosíssimo repasto num aprazível restaurante, o "D. Pedro V", sito no largo homónimo orlado com um estátua do infausto monarca, ali saudado em pedestal num ´delicioso português de época como "moço saudosíssimo", na belíssima Castelo de Vide, à qual não assomava eu há já duas décadas. E tudo isto, imagine-se, partilhado com uma dulcíssima e apaixonante companhia. Enfim, nisto apelava eu à consideração de que se há agruras na vida elas não obrigam à amargura. E que o meu tom, nesta atenção ao circundante, por irrelevante que este possa ser, não é azedo. É veemente. O que é algo bem diferente.

Vem este longo preâmbulo de índole pessoal - até descabido no registo deste blog (e já imagino o comentariado desagradado/desagradável que convocará) - para enquadrar este meu postal discordante. Não quero que seja considerado um acto fraccionista - eivado dessoutro mau feitio ou de algum rancor ideológico - mas reclamo um "direito à tendência" no interior deste És a Nossa Fé!. De facto venho contrapor o postal do  Pedro Oliveira, no qual acusa Rui Costa de ser responsável pela eliminação da selecção portuguesa do mundial de 1998.

Enfim, como ressalva inicial, Rui Costa é presidente do Benfica, agremiação à qual voto um constante desejo de derrotas. Foi durante imenso tempo membro proeminente das anteriores direcções daquela colectividade, sobre as quais impendem várias investigações judiciais. E - para mim o pior de tudo - Costa era já elevado responsável naquele clube aquando do pior episódio do futebol português nas últimas décadas, o celerado "campeonato dos túneis". Com efeito, que um antigo jogador - e com o seu calibre - tenha sido cúmplice, mesmo que apenas por omissão, da estratégia benfiquista de patrocinar a emboscada aos jogadores portistas, tendo conseguido impedir os internacionais Hulk e Saponaru de trabalharam durante vários meses, é uma mácula indelével na personalidade de Rui Costa. E já nem associo o caso dessa mesma época, do capitão do Braga, Vandinho, também suspenso durante meses por actividades ocorridas no mesmo túnel do estádio da Luz.

Ou seja, com esta memória do conúbio de Rui Costa com o que de mais execrável tem acontecido no futebol português nestes últimos anos nada me apela a qualquer simpatia para com o antigo jogador. Mas daí a acusá-lo de ter provocado a eliminação da selecção nacional no Mundial de 98 é uma "reescrita da história", a produção de uma "amnésia social". E, nada paradoxalmente, é tão descabido que enfraquece outras críticas que possam (e devam) ser feitas ao actual presidente da popular agremiação da freguesia benfiquista.

Recordemos o que então aconteceu: a extraordinária selecção portuguesa daqueles anos jogava o desafio decisivo do apuramento para a fase final, ganhava 1-0 na Alemanha, resultado que a qualificaria e provocaria uma inédita desqualificação daquela selecção (não participou nas edições de 1930 e de 1950 apenas por  motivos administrativos). Rui Costa foi indicado para substituição, e dirigiu-se para a linha lateral num passo normal em situações similares. O árbitro francês, o celerado Marc Batta - anteriormente investigado por suspeitas de más práticas na arbitragem de jogos internacionais -, decidiu expulsá-lo por delongas, numa acção verdadeiramente inédita. Na sequência disso a Alemanha veio a empatar, assim apurando-se em detrimento de Portugal. E nisso salvou-se a organização do Mundial em França do enorme rombo financeiro que a ausência germânica provocaria. O seu responsável máximo, o ex-jogador Michel Platini, logo veio a ascender a presidente da UEFA, da qual viria a ser suspenso por fortíssimas suspeições de más práticas. Mas entretanto contratara aquele ex-árbitro seu compatriota, Batta, para importantes cargos na estrutura da organização.

Foi esse um momento traumático do futebol português. E bem denotativo do estado putrefacto da elite do futebol mundial. Tal como de tantas outras. Deixo abaixo o resumo do que aconteceu. Para quem não tiver coragem de ver tudo (eu, apesar dos 25 anos decorridos, continuo a não o conseguir fazer) siga até aos 5'24'' e verá as imagens da inaceitável expulsão. E depois de ver isto será de todo curial não mais repetir tal acusação ao ex-jogador Rui Costa.

E, insisto, não me venham dizer que me apresento aqui com mau feitio. Ou que sigo com azedume. Vou veemente, atentando no irrelevante. Só isso.

 

A voz do leitor

«[O FC Porto] é o clube que mais vezes joga em vantagem numérica, o clube que mais pressiona os árbitros (o Otávio em Inglaterra não acabava um jogo), onde a táctica de entrar na área e se atirar para o chão é bem delineada nos treinos, com toda a certeza. Isto, obviamente, não explica a diferença de golos [entre FCP e Sporting]. Mas mostra bem o que é permitido a uns, erradamente, mas nunca a outros.»

 

Filipe Santos, neste meu texto

Rodrigo, o último e o primeiro

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Quem visita a igreja mais antiga de Viseu (São Miguel do Fetal) encontra um túmulo austero, de frio granito, onde repousa, eternamente, Rodrigo, o último rei dos godos.

O nosso Rodrigo, Rodrigo Ribeiro, tornou-se ontem, em Viseu, o primeiro futebolista mundial a marcar um hat-trick verdadeiro, em 18 minutos, por uma selecção, apesar de ter começado o jogo no banco.

O nosso Rodrigo, alia a goleada à recente estreia na Liga dos Campeões, com apenas 16 anos.

O Record que ontem celebrou o aniversário do jogador que nos impediu de ir a França, em 1998, hoje dedica 10 páginas (em 32) à "maravilhosa" vitória, por 2-0, sobre a Macedónia e apenas umas linhas ao épico triunfo dos nossos sub-17 sobre a Finlândia.

É o que temos.

Parabéns, Bruno

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Venho dar-te os meus calorosos parabéns, meu caro Bruno. Felicitando-te pelo teu jogo de ontem. Foste a figura do decisivo desafio que acaba de nos colocar na rota do Campeonato do Mundo - e bem mereces esta distinção. Vencemos por 2-0 a briosa Macedónia do Norte que havia derrotado a Alemanha e eliminado a Italia, campeã da Europa.

Os dois golos da partida foram marcados por ti.

Espero que tenham servido para calar de vez os teus detractores. Aqueles que insistem em dizer que não deves ser titular da selecção nacional. Que não rendes, que não corres, que não brilhas, que não marcas.

São os do costume: aqueles que estão sempre prontos a denegrir os compatriotas que se destacam da mediania, alvejando-os com estas balas letais que são as palavras. Dando assim razão a uma escritora francesa contemporânea que nos alerta: «A liberdade de odiar jamais esteve tão descontrolada nas redes sociais, mas a liberdade de falar e de pensar nunca esteve tão vigiada na vida real.» 

 

Por vezes até parece que precisamos de pedir licença para elogiar os nossos. Para enaltecer aqueles que demonstram estar à altura dos melhores futebolistas do globo.

Não por acaso, a tua saída do Sporting para o Manchester United constituiu a maior receita de sempre em Alvalade.

Não por acaso, tens brilhado na Premier League. Confirmando esta triste realidade: é sempre mais fácil um português suscitar aplauso entre os estrangeiros do que entre os próprios compatriotas.

Pergunta ao Cristiano Ronaldo, que ontem esteve a ser alvejado durante largos minutos por vários comentadores na TV. Coitado, ele cometeu o pecado de não ter assinado qualquer golo contra a Macedónia. Apenas te ofereceu de bandeja o primeiro, que tão bem marcaste.

 

Se alguém merece estar no Mundial és tu, meu caro Bruno Fernandes.

Confesso-te que vibrei ainda mais com esta qualificação de Portugal - a sexta consecutiva, não falhámos uma presença numa fase final do certame máximo do futebol neste século XXI - por teres sido tu a figura do jogo. E ver-te ovacionado por 48 mil espectadores no Dragão, incluindo por gente que ali certamente te assobiou noutros tempos, quando lá jogaste vestido de verde e branco.

Aquele teu segundo golo, que aos 65' confirmou a nossa presença no Catar fazendo levantar o estádio, é um excelente emblema desta modalidade que continua a apaixonar o mundo. Previste a manobra do Jota, que te serviu a partir da esquerda com um magnífico passe longo, correste para o local exacto onde a bola ia cair e nem a deixaste pousar: trataste logo de disparar a bomba com o teu pé-canhão.

 

Um dos primeiros a felicitar-te, aposto, foi o teu amigo Stefan Ristovski. Ontem, por uma vez, eram adversários. Mas ele até colaborou naquela perda de bola aos 32' que permitiu um rapidíssimo contra-ataque português - e o teu primeiro golo, em parceria com o Ronaldo. Confirmando que o valor supremo do futebol é demonstrar à sociedade que o todo consegue ser maior do que a soma das partes.

Desporto colectivo, como antes se dizia, quando os comentadores usavam uma linguagem simples e clara.

Se alguém percebe disso, és tu.

 

Deixa os imbecis ganir.

Deixa os invejosos destilar fel anónimo nas redes ditas sociais.

Não dês importância àqueles que se dizem sportinguistas mas ainda te insultam quando já comprovaste ser mais Leão do que qualquer deles. 

Tu vais ao Mundial - supremo patamar na carreira de um futebolista. Enquanto eles ficam, cada vez mais afundados no sofá.

Nós, há dez anos

Francisco Almeida Leite: «Parece que os dois últimos jogos amigáveis e de treino da selecção nacional de futebol antes do Europeu de 2012 vão disputar-se na Luz e em... Leiria. Acho que começa a ser um caso estranho, este da equipa liderada por Paulo Bento não jogar no Estádio de Alvalade. Passa-se alguma coisa que nós não conseguimos atingir? Será Bento? Será a FPF?»

 

Zélia Parreira: «Vamos então, por momentos, reduzir isto a uma brincadeira. O mesmo direito que assiste à professora de apelar ao benfica, assiste aos pais e aos próprios alunos de apelarem a outros clubes. Quem é o intolerante aqui? O pai que discorda da lavagem cerebral que fazem à filha ou a professora que não admite que os alunos tenham uma opinião diferente da sua, respondendo ao protesto com um "quem está mal muda de escola"?»

A voz do leitor

«Mais do que nos queixarmos das arbitragens tendenciosas a favor do Porto em momentos-chave do campeonato nesta segunda volta (ex: Estoril) temos de olhar para dentro e perceber que nesta época ficaram à vista as carências do plantel versus a época passada pois na época passada apenas jogávamos para o campeonato e o cansaço mental e físico não se notou. Houve ou mau planeamento ou planeamento realista de quem não tem dinheiro para gastar mas uma coisa saltou à vista: este plantel nunca seria suficiente para tanta competição.»

 

Leão do Algarve, neste meu texto

Que gente esta

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Enquanto escrevo estas linhas, oiço dois comentadores televisivos desancar Cristiano Ronaldo minutos após a vitória sobre a Macedónia (2-0) que carimbou a ida da selecção portuguesa ao Campeonato do Mundo. A nossa oitava participação de sempre numa fase final de um Mundial, a nossa sexta consecutiva.

Vitória para a qual Ronaldo contribuiu claramente com uma primorosa assistência para o golo inicial, de Bruno Fernandes, aos 32'.

Mesmo assim lá se dedicam eles à sua modalidade favorita: o tiro ao Ronaldo. Deve dar-lhes um prazer enorme, este de se atirarem ao melhor futebolista português de todos os tempos - com 115 golos marcados em 143 desafios pela selecção, recorde absoluto na história da modalidade - e prestes a marcar presença no seu quinto Mundial, algo que até hoje só sucedeu a dois outros jogadores de campo: o alemão Lothar Matthäus e o mexicano Rafa Márquez.

Que gente esta. Questiono-me se na televisão da Argentina também haverá comentadores deste calibre, sempre prontos a pôr em causa o mérito, a qualidade e o talento de Lionel Messi.

O mais importante

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29 de Março de 2022.

Um dia muito importante para o futebol português.

Para A Bola e para o Record é o dia do aniversário do jogador que se fez expulsar em Berlim, no dia 6 de Setembro de 1997.

Impediu Sérgio Conceição de entrar em campo (entraria mais tarde para substituir o Will Smith, português, João Vieira Pinto) impediu Portugal de ir ao Mundial de França.

É esse jogador que A Bola e o Record celebram hoje, o jornal espanhol Marca optou por dar protagonismo a outro.

 

(postal inspirado num comentário do leitor Vítor Hugo Vieira)

Que onze para logo?

Tenho esperança de que desta vez haja alguém a acertar nos titulares que entrarão em campo mais logo, no decisivo confronto com a Macedónia do Norte - selecção que há um ano venceu a Alemanha e acaba de eliminar a Itália, apesar de figurar em 67.º lugar na tabela classificativa da FIFA.

Há cinco dias, houve aqui muita gente a tentar mas ninguém conseguiu melhor do que antecipar nove dos onze. Espero que isto agora corra melhor.

 

ADENDA, às 23.40: Ninguém acertou no onze titular, como há cinco dias. Mas agora houve cinco leitores a prever dez: Daniel Borges, Francisco Gonçalves, Leão de Queluz, Luís Ferreira e PV.

Nós, há dez anos

David Dinis: «Vi o jogo, sofri outra vez a bom sofrer com aquela primeira parte difícil. Vibrei com a segunda, com cada golo e sobretudo com a capacidade desta equipa de se regenerar em campo. Comecei a gostar do Xandão, ganhei redobrado apreço pelo Polga, até gostei do Carriço. Amei o Isma, como o Capel e o Matias. E mais: estou doido com a evolução do Rui Patrício (há tantos anos que não me sentia tão seguro com um guarda-redes). Depois disto, ninguém me tira da cabeça que vamos às meias. Quero lá saber do penálti aos 90'!»

Francisco Almeida Leite: «"Venha o Metalist (raio de nome), venham os Metallica... e nós cá estaremos!" Grande frase de um adepto de primeira. Hoje espero outro grande jogo do Matías, a puxar por uma equipa que consegue fazer do melhor que já se viu. Força, Sporting!»

Francisco Mota Ferreira: «Os árbitros admitem parar na 26.ª jornada dos campeonatos profissionais de futebol caso não exista contenção verbal por parte de dirigentes, jogadores e treinadores.»

Leonardo Ralha: «Pois parece que o Benfica ainda tenta recorrer do castigo aplicado a Pablo Aimar, vítima de um arreliador cartão vermelho ao tentar fazer uma cirurgia de mudança de sexo a um adversário na sequência daquilo a que os prezados televotantes chamam "movimento natural da perna". Caso as démarches não surtam efeito, arrisco deixar um conselho a Pablito: ele que abra a pestana e aproveite o próximo concurso para integrar os quadros da embaixada da Argentina em Lisboa.»

Zélia Parreira: «O Sporting formou-o como jogador e como Homem, e fez um bom trabalho. Natural de Moura, foi cedo para a Academia e de lá, para o mundo. É ao seu ombro, no sítio certo e no momento certo que devemos a presença na final da Taça UEFA, num golo marcado no último instante do jogo contra o AZ Alkmaar. Ao contrário de muitos, não esquece as casas que o acolheram. Boa sorte, Miguel!»

Eu: «Quem tivesse acabado de sintonizar o canal naquele preciso instante julgaria de imediato, ao escutar o veterano analista do esférico tão incapaz sequer de esboçar um elogiozinho à equipa da casa, que o Sporting acabara de ser derrotado, talvez até por larga margem, neste confronto dos quartos-de-final da Liga Europa. Nada disso. É apenas Joaquim Rita no seu melhor. Para ele, o Sporting perde sempre. Mesmo quando ganha.»

A voz do leitor

«A realidade é simples quando não temos nada a esconder a nós próprios: O Sporting tem uma missão praticamente impossível de ser campeão esta época (não dependemos de nós), mas não deixa de ser uma vitória importantíssima e meritória o segundo lugar no campeonato e ganhar uns valentes milhões pelo apuramento para a Champions que nos vão ajudar a ter um plantel mais forte, pois é preciso começar a pensar em novas soluções e reforços que nos façam aspirar a ganhar os próximos campeonatos e cimentar definitivamente o nosso clube como um dos maiores da Europa.»

 

Tiago Oliveira, neste meu texto

A «posse de bola»

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De há uns anos para cá, os teóricos do esférico desenvolveram o conceito de «posse de bola», que passou a figurar em todas as análises. Facilitando a vida àqueles comentadores que nada mais fazem senão debitar estatísticas - no Maravilhoso Reino da Internet, basta clicar e elas aparecem, preenchendo tempo de antena e espaço na coluna do jornal. Não é preciso ter opinião própria para quase nada.

Várias vezes tenho concluído, por vezes com um sorriso, que isto serve para coisa nenhuma. Por exemplo, quando o Sporting foi ao estádio da Luz vencer o Benfica por 3-1, a maior «posse de bola» foi dos encarnados (66%). Não chega a ser prémio de consolação, mas parece deixar alguns adeptos satisfeitos: devem preferir que os seus jogadores retenham a bola em vez de a fazerem circular.

 

No recentíssimo Itália-Macedónia do Norte, que afastou os italianos da fase final do Campeonato do Mundo, a selecção visitante venceu apenas com quatro remates (um dos quais resultou em golo), contra 32 da squadra azzurra, e só 36% de «posse de bola».

Confirmando, uma vez mais, que o conceito que tanto deslumbra os tais teóricos com pós-graduações em Futebologia vale o que vale. Pouco, quase nada.

Interessa é metê-la lá dentro. Tal como já acontecia nos tempos antigos, quando a Internet ainda nem tinha sido inventada.

E a gente fica-se?

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Amanhã é, provavelmente, o dia mais importante de sempre da História de Portugal, da história da selecção portuguesa.

Amanhã poder-se-á iniciar uma nova epopeia nacional, já não a descoberta do caminho marítimo para as terras de Preste João mas sim a conquista de um bilhete aéreo para os domínios de Tamin al-Thamin.

Falta um jogo.

A Sérvia com um milhão resolveu o problema.

A Macedónia oferece 500 000.

Parece que Portugal se prepara para deixar os briosos lutadores pela pátria, mais o grande timoneiro de mãos (quase) a abanar.

500 000? Um milhão? Qual deveria ser o valor desta qualificação?

A voz do leitor

«Se cada vez que um nosso jogador recebe a bola e automaticamente a passa para trás ou para o lado a tentasse dar para um colega à sua frente, possivelmente chegaríamos mais à baliza contrária, teríamos mais jogadas de perigo e mais possibilidades de marcar. (...) Amorim vai ter que mudar, em parte, o sistema de jogo.»

 

JMA, neste meu texto

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