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És a nossa Fé!

Enfim, 19 meses depois

 

Estádios de futebol podem voltar a ter lotação de 100 por cento. Declara enfim a Direcção-Geral da Saúde: «A ocupação dos lugares sentados pode ser em conformidade com a capacidade total licenciada do recinto.» Ao mesmo tempo, reabrem as discotecas. Como se assistir a um jogo ao ar livre se equiparasse a permanecer num local fechado, sem ventilação.

Melhor tarde que nunca.

A voz do leitor

«Há poucos anos, andava aí um empresário espanhol que ninguém conhecia e que metia o bedelho em muitas transferências do Sporting e para o Sporting. Diziam outros empresários, com certeza más-línguas, que dividia as comissões com quem lhe dava os negócios. De quando em vez ainda reclama dinheiro do Sporting, se calhar também ficou sem trabalho.»

 

António Pereira, neste meu texto

Uma mentira muitas vezes repetida…

... torna-se verdade, assim dizia um certo ministro da propaganda.

 

Ontem, ouvimos em diversos órgãos de comunicação social que o FCPorto, em dia de aniversário, foi goleado.

Nada a dizer sobre o goleado, porém sobre o dia de aniversário e os seus putativos 128 anos interrogo-me sobre o papel dos jornalistas que replicam tal notícia.

 

Leia-se esta notícia, a título de exemplo, do Jornal I, de ontem

e esta do jornal O Porto (jornal oficial do FCPorto), de outros tempos.

Pódio: Matheus Nunes, Porro, Neto

Por curiosidade, aqui fica a soma das classificações atribuídas à actuação dos nossos jogadores no Borussia Dortmund-Sporting pelos três diários desportivos:

 

Matheus Nunes: 17

Porro: 16

Neto: 16

Adán: 14

Sarabia: 13

Matheus Reis: 13

Coates: 13

Feddal: 13

Paulinho: 13

Nuno Santos: 12

Tiago Tomás: 12

Palhinha: 12

Jovane: 9

Daniel Bragança: 7

Tabata: 6

Esgaio: 5

 

A Bola e o Record elegeram Matheus Nunes como melhor sportinguista em campo. O Jogo optou por Neto.

Diante do Borussia

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Para a segunda jornada desta edição da Liga dos Campeões (a "Xampions" como alguns dizem, sabe-se lá porquê...) reuniu-se o painel comentadeiro do És a Nossa Fé - reanimando o convívio orgânico, algo não só urgente como convocado pelo recente alijar dos cuidados sanitários, consagrado pela extinção do Grupo de Trabalho (a "Task Force" como diz o Estado, saberá o Demónio Inculto porquê...) para a Vacinação contra o Covid-19.

Em assim sendo, nas cercanias das instalações da RTP congregou-se o trio composto pelo camarada-coordenador Pedro Correia, o consagrado José Navarro de Andrade e o júnior jpt, ausente da fotografia pois então ao telefone. O encontro foi antecedido por um frugal repasto, o qual cruzou o hino da competição (momento sempre a respeitar...) e se alongou pelos primeiros 45 minutos da compita. Sobre um pano em tons ocres - típicos da velha simbologia "Africana" -, adquirido cerca da Ilha de Moçambique, e ali aposto em explícita homenagem aos nossos apoiantes do Sporting Clube de Moçambique, comeu-se (o que agora se diz "degustar", sabe-se lá porquê...) frango oriundo da prestigiada Casa de Frangos de Moscavide, precedido e sucedido por camarões moçambicanos adquiridos na empresa Lidl, tudo orlado com uma saudável salada rica de manufactura caseira e polvilhado por um sortido de amêndoas, amendoins e castanhas de caju, proveniente do estabelecimento Pingo Doce. Para conclusão, ou sobremesa, surgiram uns aprazíveis biscoitos da Padaria da Arrifana. Nesse entretanto foram bebidas cervejas: como sempre a nossa querida Super Bock, claro, mas também acompanhada por algumas Argus, em homenagem aos nossos Adan, Porro e Saravia.

Sobre o jogo de futebol muito haverá a dizer. No entanto presumo que serei algo redundante se me explanar sobre a matéria. Pois um dos membros do trio foi recebendo largas dezenas de mensagens de um grupo de convívio telefónico, composto por bloguistas de tendência sportinguista, e assim decerto que a blogosfera leonina estará já repleta de textos congregando e sintetizando tamanho manancial opinativo discorrido por conhecedores ("connoisseurs", dizia-se antes e sei bem porquê...) do desporto-rei mais exímios do que eu. Ainda assim deixo alguns tópicos:

1. O que fundamental se retira deste Borussia-Sporting é o primado do mandamento "jogo a jogo". Ontem, em termos colectivos a equipa esteve bem, apesar da derrota. Jogo muito difícil, contra uma equipa fortíssima. Não sigo muito a crença no primado da experiência europeia (vejam-se os simpáticos neófitos moldavos que ontem gelaram os merengues) mas haverá um ritmo de jogo - o que não é sinónimo de intensidade de preparação física e táctica - algo diferente, que é preciso ir absorvendo. Um processo de maturação, em curso - o tal mandamento "jogo a jogo"-, e que creio será muito rápido, até pelo excelente comandante desta equipa e pela sageza ponderada que a presidência apresenta, que assim se apresta a deixar medrar tão bela matéria-prima. Este desafio mostrou que o descalabro diante do Ajax foi o de um dia aziago. E que "acontece aos melhores", como alguns dos nossos rivais poderão hoje concordar.

Por tudo isto não posso deixar de sorrir com a memória de todos aqueles "stôres" que há quinze dias foram para as reuniões de notas clamando que o aluno Amorim (aquele  miúdo, o Rúben) "não tinha estudado bem" para o teste Ajax. Que nota lhe darão hoje? Pelo menos um 10 (ou 3), espero.

2. Por falar no tal estudante Rúben Amorim: que belo exame oral ele fez, já nas declarações pós-jogo. É um orador muito atilado, o rapaz, dominando a matéria e apresentando-a com o tom certo. E isto nele é uma constante. Só por isso justifica passar de ano. E para mim julgo que deverá ser o delegado de turma.

3. "A doutrina divide-se" sobre o efeito Matheus Nunes no meio-campo leonino. Gabo-lhe a codícia e o arrojo ofensivo, a maestria no drible, a visão ("lateral" compõe-se agora) de jogo, e exulto com as suas arrancadas desequilibradoras, tão ao gosto das molduras humanas. Mas noto-lhe alguma apatia defensiva, descompensadora do necessário rigor colectivo. Estou certo que rapidamente, sob a tutela de Mestre Amorim e no contexto de tão difíceis contendas internacionais, o jogador amadurecerá essa dimensão tão necessária à "alta competição". Mas até lá abrem-se, por vezes, algumas auto-estradas ali no miolo.

4. Uma boa surpresa, vinda de jogador que até agora pouco me convencera, o outro Matheus, Reis.

5. A confirmação de que se há vida para além de Coates ela é bocado mais difícil. Também por isso o bom desempenho defensivo, sublinhado com os múltiplos foras-de-jogo provocados. Alguns a assustarem-nos, mas isso ainda mais demonstra a excelência e o rigor das manobras defensivas que os causaram. Algo indissociável da actuação do patrão.

6. Justiça seja feita a Rúben Amorim: tem dado excelentes guiões a João Palhinha, e ele muito bem os interpreta. Julgo que é já credor de um Globo de Ouro, e antevejo que em breve ganhará um troféu BAFTA.

7. É evidente que Paulinho é um excelente avançado, joga e faz jogar. Encaixado numa defesa fortíssima (onde pontifica o célebre Hummels) e num jogo difícil, em que escassearam as possibilidades de ataque continuado que se tornasse disruptivo, o nosso ponta-de-lança teve ganas de criar algumas dificuldades extremas ao colosso do Ruhr. É um prazer vê-lo actuar. Em particular naquilo que tanto desagrada aos mais enfáticos das bancadas e sofás: é usual vê-lo criar, com arreganho e/ou argúcia, situações perigosas nas áreas adversárias e nos momentos decisivos preferir esperar ou passar a bola a um colega. Pois, inteligente, percebe que um remate não terá sucesso. Crispados pela emoção os sportinguistas não lhe perdoam que lhes negue o "frisson" momentâneo do disparo, destrambelhado ou "enquadrado", que não seja um populista atreito à demagogia do remate "para a bancada (ver)". Preferem, o que é normal porque é de futebol que se trata, a Emoção à Razão. Mas conviria que depois dos jogos, no remanso da ressaca, se tomasse consciência disto: Paulinho tem razão. E é, repito, um excelente avançado.

8. O jovem Jovane está num encruzilhada. Ou segue a Djaló ou continua para Gelson. É voluntarioso e é talentoso. Talvez seja tímido, talvez jogue amargurado. Ontem entrou arredio. Porquê? Espero que a "estruture" o "alavanque" para a boa carreira que lhe é tão possível.

Em suma, espero que os próximos meses, já pós-Covid, me sejam algo soalheiros, após a bruma destes meus últimos anos. Pois se assim acontecer daqui a uns meses, em Maio de 22, poderei compor uma mesa menos frugal e mais refinada. Dado que este trio comentadeiro combinou que será nestas instalações que assistiremos à final da Liga dos Campeões. Soube que há quem prefira para esse jogo ter como adversário o Paris Saint-Germain, essa colecção galáctica. Eu, por razões ideológicas, avesso que sou ao patrão reino teocrático Catar, e por razões estritamente futebolísticas, antes anseio que joguemos essa final contra uma equipa inglesa. O Manchester United, de preferência. Por razões óbvias. 

Ou então, porque não?, iremos os três ver o jogo in loco. E com quem se nos queira juntar, claro. Pois #EsteAnoTambémÉ!

 

Um exercício diferente

Por razões que não vêm ao caso, não vi o jogo de ontem, não ouvi o relato na rádio e nem sequer recebi notificação no telefone, que estava desligado, do golo dos adversários alemães de Dortmund.

Vi, já o dia era hoje, quando por volta da uma da manhã liguei o telefone que perdemos por uma bola, 1-0 e a minha primeira reacção foi de alívio, confesso, e depois de esperança.

Vínhamos de um resultado desastroso em casa (olá FCPorto!) que poderia condicionar os rapazes em campo, mas o que me dizia este resultado era que, sem qualquer outra informação que não apenas e só o resultado, as coisas pelo menos no capítulo anímico foram superadas com distinção.

Do jogo, à hora a que escrevo este post, só tenho a informação dos meus colegas Pedro Correia e Luís Lisboa que escreveram sobre ele e apesar de se confirmarem todos os nossos receios em relação a vários jogadores, uns ausentes de campo e outros ausentes em campo, sendo este um resultado negativo e que soma zero pontos e zero euros para o pecúlio do grupo e da tesouraria do clube, pode dar-nos alguma esperança e alento de que pelo menos poderemos lutar pelo terceiro lugar no grupo e usufruir da montra europeia por mais algum tempo e também amealhar uns cobres que tanta falta nos fazem.

Segundo o Luís Lisboa, Amorim não abdicou das suas ideias e eu apoio o treinador, por uma razão mais económica que desportiva até e passo a explicar: Jogando todos "fechadinhos cá atrás" (alguém largou esta pérola há alguns anos, mas confesso que agora não me vem à memória quem), poderemos eventualmente conseguir um empate contra uma grande equipa, mas nunca conseguiremos mostrar ao mundo do futebol a qualidade dos nossos melhores jogadores. E ele às vezes há coisas e numa jogada maluca o Paulinh... perdão, o Porro pode fazer um golo!

E pronto, eis uma crónica de um jogo não visto, não ouvido e não acompanhado, mas com a convicção de que as coisas só podem melhorar e com uma confiança absoluta na equipa técnica e nos  jogadores, ainda que alguns ainda fiquem à porta do balneário, apesar de lhes dizerem que há um jogo para disputar.

Diferenças

Para melhor

Quando contamos com Coates, capitão indiscutível do onze leonino, toda a equipa melhora. Não apenas na organização defensiva: também lá na frente. As duas verdadeiras oportunidades de golo do Sporting, ontem contra o Borussia, foram dele.

 

Para pior

Faz uma diferença enorme - para pior - a ausência de Pedro Gonçalves, que começa a tornar-se demasiado longa, por lesão nada fácil de tratar. Ele é sempre um trunfo, tanto na inteligência em campo como na qualidade que empresta ao jogo. E sobretudo nos golos que marca.

 

Igual

Dez jogos oficiais na temporada, apenas dois golos marcados: é este o balanço de Paulinho, que ficou novamente em branco, agora na Alemanha. Dele se dirá tudo menos que é um goleador. Preocupante, pois foi contratado para marcar. E não ficou nada barato. 

O dia seguinte

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E mais uma vez o Sporting volta da Alemanha com uma derrota no bolso. A verdade é que não me recordo (mas já me recordaram um empate com Paulo Bento) de quando é que isso não aconteceu. Com Jesus foram este Dortmund e o Leverkusen, com Marco Silva o Shalke 04 e o Wolfsburgo, com Carvalhal o Hertha Berlim, com Paulo Bento o Bayern, até no tempo do meu ídolo foi o Magdeburgo na véspera do 25 de Abril e sem ele, ficou por Lisboa lesionado.

Dortmund e Sporting contam com treinadores com muitas ideias em comum e isso reflectiu-se no terreno de jogo, equipas bem encaixadas, construção apoiada, procura dos corredores, reacção à perda. Foi um jogo muito interessante de ver, onde as individualidades fizeram a diferença.

Rúben Amorim foi mais uma vez coerente com as suas ideias. Recusou o terceiro médio, simplesmente ajustou o posicionamento dos interiores com Tiago Tomás em vez de Nuno Santos. Mas se isso ajudou o Sporting a defender bem, também tornou TT e Sarabia dois atacantes ineficazes, que perdiam a bola facilmente, incapazes de qualquer rasgo. Depois, com Jovane e Nuno Santos, a situação manteve-se ou até piorou, no caso do primeiro. Ainda deve andar com pesadelos do penálti falhado.

A verdade é que, custe ou não a engolir a muitos, não temos ainda equipa para ultrapassar Ajax e Dortmund na corrida à passagem à fase seguinte. Nuno Mendes está a fazer muita falta, Pedro Gonçalves mais ainda, quem entrou ainda não acrescentou. De qualquer forma fizemos um bom jogo ontem, e a jogar assim podemos, apesar de tudo, conseguir uma boa época.

Individualmente,  Coates, Palhinha e Matheus Nunes foram os baluartes da equipa. Toda a restante defesa esteve muito bem. Paulinho, no seu registo dos seus últimos tempos, trabalha, constrói mas desperdiça. Sarabia, noite para esquecer. Bragança entrou bem no jogo, se calhar podia ter entrado logo em vez do inútil Jovane.

Quanto vão valer Porro e Matheus Nunes daqui a nada? A presença na Champions é mesmo essencial para o Sporting.

Dois grandes treinadores mas também dois grandes comunicadores que estiveram muito bem nas declarações post jogo. Quando Amorim sair, espero que daqui a largos anos, pode vir o alemão.

 

#OndeVaiUmVaoTodos

SL

A voz do leitor

«Luís Filipe Vieira sai do Benfica pela porta baixa sem honra nem glória como um excomungando com sarna. Mas custa acreditar que fez tudo sozinho como um Deus omnipotente e que ninguém da direcção sabia de nada e foram simplesmente apanhados de surpresa pelas extravagâncias de um homem que há muito deixava a desejar até nas profecias.»

 

Tiago Oliveira, neste meu texto

Alemães por cá

Amanhã é dia do Sporting visitar a Vestfália para um resultado, espera-se, bem melhor do que o da estreia na Liga dos Campeões. Mesmo que se confirmem as ausências de Reus e Haaland, o Borussia Dortmund é uma equipa complicadíssima e com mais experiência europeia. Mas, deixo para os meus colegas de bancada, a antevisão. Sugiro uma viagem no tempo. Que portugueses jogaram no Dortmund? Que alemães jogaram pelo Sporting?

Começo por uma menção especial a Tinga. O médio braseiro jogou nos dois clubes, tendo mostrado por a sua classe, mas deixando muitas mais saudades na Alemanha. O internacional brasileiro passou por Alvalade vindo do Grémio e voltaria para a mesma cidade, para jogar no rival Inter, 24 jogos e 1 golo depois. O 77 andou por cá entre 2004 e 2005. Em 2006 aterrou em Dortmund para fazer 113 jogos e marcar 12 golos. Curiosamente jogou com Hummels, que hoje está de novo no plantel do BVB. No início dos amnos 2000 também andou por cá, Jovan Kirovski, hoje prestigiado diretor desportivo do LA Galaxy. Vindo do Dortmund, onde marcou passo, veio para Lisboa...marcar passo. 7 joguitos e 0 golos. 

Mas, vamos ao que interessa mesmo que a história seja curta. Em termos de portugueses, lembremos Paulo Sousa. O médio defensivo que fez a formação no Benfica, mas passou pelo Sporting antes da aventura internacional, jogou pelo Dortmund entre 1996 e 1998 vencendo uma Liga dos Campeões e uma supertaça alemã. Hoje, treina a Polónia, estrelada por Lewandowski, que despertou para a primeira divisão do futebol europeu, ao serviço do Dortmund, tendo como companheiros dois lendários polacos da história do Dortmund: Kuba Błaszczykowski (9 épocas) e Lukasz Piszczek (11). Mas já vamos na Polónia e queremos ir para França, onde nasceu Raphael Guerreiro, campeão da Europa por Portugal em 2016 e titularíssimo do Dortmund desde…2016.

Em 2003 chegou a Lisboa, Fábio Rochemback, um médio forte e com potente remate. Internacional brasileiro vindo do Barcelona, faria 66 jogos, 13 golos e 15 assistências. Regressaria para uma segunda passagem menos brilhante: 34 jogos, 1 golo e 3 assistências. Mas o que tem o rapaz nascido em Soledad a ver com a Alemanha (onde nunca jogou)? Fábio, como o sobrenome indica, é descendente de alemães e tem dupla nacionalidade. No verão de 2010 chegou, finalmente, um alemão nascido na Alemanha: Timo Hildebrand, esporádico internacional trocou o Hoffenheim pelo Sporting. Deu com Patrício e só fez 3 jogos. Regressou à Bundesliga e nunca mais nenhum alemão foi visto a jogar de listas verdes (o Greuther Furth não conta). Falta-me alguém?

Adenda: lembraram-me nos comentários que Cédric Soares e Marinho nasceram na Alemanha. Mário Teixeira da Costa, nascido na República Federal da Alemanha, juntou-se às escolas do Sporting a meio dos anos 80, tendo-se estreado pela equipa principal em 1988-1989. Faria 81 jogos. Outro lateral direito nascido na Alemanha, curiosamente em Singen, a mesma cidade que viu nascer Marinho, chegaria à equipa principal em 2010-2011. Cédric faria 94 jogos, 2 golos e 6 assistências. 

O dia anterior

Entre Amsterdão e Dortmund são quase 250km, que terei de percorrer no dia seguinte ao jogo. Entre o valor dos plantéis do Ajax e do Borussia são quase 250M€ também, favoráveis à segunda maior equipa alemã.

Digerida a derrota em casa com o Ajax sem danos adicionais na Liga caseira, têm então Amorim e a sua equipa um enorme desafio para ultrapassar amanhã em Dortmund.

O jogo de Alvalade tornou evidente que a ideia de controlo do jogo a partir do trio defensivo que tão bons resultados tem dado a nível nacional implode na Champions pela diferença de andamento e superior constituição física dos adversários. Dos três centrais para a frente, apenas Porro, Palhinha, Matheus Nunes e Paulinho lutaram por cada bola, ganharam divididas, demonstraram nível Champions. Nada que Amorim não tivesse registado, e saberá com que guerreiros pode contar para esta batalha. Para nós fica a discussão sempre interessante de nomes e tácticas.

Em Dortmund contará Amorim com muitos Sportinguistas vindos um pouco de todo lado, alguns de claques, outros não,  muitos a pedir dispensa das fábricas alemãs como foi o caso há 5(?) anos dum grupo que encontrei em Leverkusen com carrinha e farnel. O estádio vai mesmo estar repleto de abelhas e leões, um ambiente escaldante que quero desfrutar activamente, puxando de princípio ao fim pelo meu Sporting. O mundo sabe que...

A única coisa de que não gostei do jogo do Ajax - além do resultado, obviamente - foi o assobio de alguns pelo hino da Champions.

O lugar dum Sporting pujante e ganhador tem de ser na Champions, e só estando presentes regularmente na competição podemos ter êxito desportivo com estabilidade financeira. O hino da Champions só pode ser para aplaudir, nunca para assobiar, os tempos da guerra contra o mundo são passado que deu no que deu.

Sporting na Champions sempre !!!

E vamos lá caçar estas abelhas !

 

#OndeVaiUmVaoTodos

SL

De 19 de Maio a 26 de Setembro

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Benfica venceu o Vitória Sport Clube por 1-3 mas sem direito a festa.

Passados quatro meses, apesar do mesmo resultado parece que o Benfica ao vencer no Minho é campeão.

Vejamos, então, o que aconteceu aos quatro primeiros do campeonato passado, desde esse dia 19 de Maio, até ontem.

1° classificado - Sporting Clube de Portugal.

Disputou nove partidas oficiais.

Seis vitórias, uma delas a conquista da Super Taça.

Dois empates.

Uma derrota.

Em 27 pontos possíveis fez 20, 0.74% e conquistou um título.

2° classificado - Futebol Clube do Porto.

Disputou oito partidas oficiais.

Cinco vitórias.

Três empates.

Em 24 pontos possíveis fez 18, 0.75% .

3° classificado - Sport Lisboa e Benfica.

Disputou treze partidas oficiais.

Dez vitórias.

Dois empates.

Uma derrota, a final da Taça de Portugal.

Em 39 pontos possíveis fez 32, 0.82% e perdeu um título.

4° classificado - Sporting Clube de Braga.

Disputou dez partidas oficiais.

Quatro vitórias, uma delas a conquista da Taça de Portugal.

Três empates.

Três derrotas, numa delas perdeu a Super Taça.

Em 30 pontos possíveis fez 16, 0.53%, conquistou um título, frente ao Benfica e perdeu outro, com o Sporting.

Resumindo dos quatro o Sporting foi o único a conquistar sem perder nenhum título.

A eficácia dos três primeiros classificados da temporada passada é semelhante, entre os 0.74% e os 0.82%.

O Benfica foi o único dos quatro clubes em análise a ter perdido um título e a não conquistar nenhum.

Quem deve defrontar o Borussia?

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Amanhã teremos um segundo teste - este mais decisivo ainda do que o anterior - na Liga dos Campeões. Iremos aproveitá-lo para ultrapassar o desaire do jogo inicial, contra o Ajax, em Alvalade? Muitos de nós acreditamos que sim. E vamos torcer por isso. E é com essa crença que a partir das 20 horas de terça-feira estaremos no estádio (poucos, mas bons) ou assistindo à transmissão televisiva deste Borussia Dortmund-Sporting. Partida da qual o astro da equipa adversária, Haaland, poderá estar ausente.

Venho questionar-vos sobre qual deve ser o nosso onze titular. E se entendem que Rúben Amorim deve fazer alterações ao seu sistema táctico favorito. 

Fica o repto aos caros leitores que entendam deixar as suas ideias a propósito desta partida, crucial para a reputação leonina na Europa do futebol. 

Já andam todos a imitar Amorim

Texto de Francisco Gonçalves

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Aos seus detractores, aos nostálgicos de outros momentos vividos no Templo do “foi quase”, aos apologistas de “um presidente acima do clube”, ou aos eternos insatisfeitos, Rúben Amorim causa comichão. Claro que sim. Para esses, é quase ultrajante que um indivíduo jovem, inexperiente nas funções e, ainda por cima, adepto confesso do clube rival, possa ficar na História do Sporting Clube de Portugal ao fim de quase nada. Sim, quase nada, em espaço temporal, mas quase tudo, em conquistas. Mas já lá está e lá há de ficar. Aos mais inconformados, uma só palavra: habituem-se.

Para os sportinguistas, é fácil encontrar uma diferença abismal entre Rúben Amorim e a maior parte dos treinadores leoninos, nos últimos cinquenta anos: foi campeão nacional.

 

Mas, além disso, Rúben Amorim tem sido uma pedrada no charco, no panorama do futebol nacional. As suas conferências de imprensa começaram por ser escutadas pelos seus colegas de profissão. Hoje, são imitadas. Nunca, antes de Amorim, ouvi Sérgio Conceição dizer “jogo a jogo”. Essa quebra de arrogância e petulância no treinador do FC Porto revela a influência que a forma de estar de Rúben Amorim teve nos outros treinadores e essa evidência é boa para o ambiente do futebol em Portugal.

O sistema táctico 3-4-3 vai fazendo o seu caminho e já há outros treinadores portugueses convencidos disso.

 

Rúben Amorim incutiu um cunho de credibilidade ao seu discurso.

Se for necessário reconhecer que o seu guarda-redes foi o melhor em campo, mesmo que isso signifique reconhecer alguma sorte no resultado obtido, fá-lo sem hesitações.

Se for necessário atribuir os méritos de um jogo ao adversário, não tem pruridos em fazê-lo. Assim como não hesita em atribuir aos seus jogadores o mérito maior nas conquistas e a si próprio a maior responsabilidade nas derrotas.

 

A descontracção que Rúben Amorim coloca nas suas intervenções públicas desconcerta e irrita o cinzentismo do futebol nacional, incluindo-se, aqui, um certo tipo de sportinguistas. À descontracção adiciona bom humor e quanto mais bom humor coloca nas suas palavras, mais irritação provoca nos seus detractores.

Rúben Amorim foi o primeiro treinador que vi verter uma lágrima de emoção, quando nada ainda estava ganho a não ser o seu grupo de trabalho, do qual ele se orgulhava e que o fazia suspeitar, sem ainda ter admtido em público, que aqueles leões seriam campeões nacionais e não havia de demorar muito tempo.

 

Texto do leitor Francisco Gonçalves, publicado originalmente aqui.

A voz do leitor

«Skoglund vai ser um grande avançado-centro. Tem contrato até 2023. Curto. Se fosse à SAD do Sporting amarrava este jogador, mas era já. Há jogadores que, se não lhes dão um horizonte e um projecto sério de evolução, vão viver para outro lado. Não esquecer que é norueguês e está habituado a outro tipo de contexto, mais evoluído e mais virado para outro tipo de valores.»

 

João Gil, neste texto do Luís Lisboa

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