Onde andam?
Ainda há poucos meses não faltavam adeptos, com ou sem aspas, a vaticinar nas redes sociais uma época péssima para o Sporting.
Questiono-me onde andam esses tais agora.
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Ainda há poucos meses não faltavam adeptos, com ou sem aspas, a vaticinar nas redes sociais uma época péssima para o Sporting.
Questiono-me onde andam esses tais agora.
«As almas sensíveis já tinham destituído o actual presidente, pelo menos tentaram marcar uma Assembleia Geral com esse fim, já tinham atirado pirotecnia para cima do Adán no derby, se não houvesse covid, Rúben Amorim já estava despedido para a proxima época porque é um "porco" de um lampião, como Marco Silva. Esperemos é que não invadam Alcochete novamente para bater nos "meninos mimados". É só vermos alguns blogues do Sporting para constatar que há muitas almas sensíveis no Sporting.»
Carlos Falcão, neste meu texto
21 jogos, 17 vitórias e 4 empates. Mais 19 pontos que na jornada homóloga da época passada e a liderança com 9 pontos sobre o 2º classificado. Quando faltam 13 finais, é-nos permitido sonhar?
Nos 21 destaques feitos pelo Sapo em Fevereiro para assinalar os dez blogues mais comentados nesta plataforma ao longo do mês, És a Nossa Fé recebeu 21 menções. Alcançando assim o pleno, pelo 21.º mês consecutivo.
Além disso, figurámos também 19 vezes no pódio dos mais comentados - com onze "medalhas de ouro", cinco de "prata" e três de "bronze".
Fomos primeiros, portanto, em mais de metade dos dias que estiveram sob escrutínio.
Recorde-se que os textos publicados ao fim de semana são agregados aos de sexta-feira para este efeito, o que leva o número de destaques a ser inferior ao número de dias.
Os 21 textos foram estes, por ordem cronológica:
É assim mesmo, Palhinha (44 comentários, terceiro mais comentado do fim de semana)
Prognósticos antes do jogo (102 comentários, o mais comentado do dia)
Rescaldo do jogo de ontem (94 comentários, o mais comentado do dia)
Mercado de Inverno (45 comentários, segundo mais comentado do dia)
Prognósticos antes do jogo (94 comentários, o mais comentado do dia)
Rescaldo do jogo de hoje (50 comentários, segundo mais comentado do fim de semana)
Quantos golos vai marcar Paulinho? (68 comentários, o mais comentado do dia)
Prognósticos antes do jogo (84 comentários, o mais comentado do dia)
Rescaldo do jogo de ontem (56 comentários, o mais comentado do dia)
Um recado às almas sensíveis (44 comentários, terceiro mais comentado do dia)
Alguém percebe isto? (42 comentários)
Prognósticos antes do jogo (98 comentários, o mais comentado do dia)
Rescaldo do jogo de ontem (52 comentários, segundo mais comentado do dia)
Pérolas de Joaquim Rita (44) (28 comentários)
Prognósticos antes do jogo (107 comentários, segundo mais comentado do dia)
Rescaldo do jogo de ontem (44 comentários, segundo mais comentado do fim de semana)
Pérolas de Joaquim Rita (45) (56 comentários, o mais comentado do dia)
Toma lá mais um penálti, Sérgio (72 comentários, o mais comentado do dia)
Quebra do duopólio (36 comentários, terceiro mais comentado do dia)
Chama-se Vítor Ferreira (52 comentários, o mais comentado do dia)
Que grande imbecil (96 comentários, o mais comentado do fim de semana)
Com um total de 1364 comentários nestes postais. Da CAL, do Luís Lisboa e de mim próprio.
Fica o agradecimento a quem nos dá a honra de visitar e comentar. E, naturalmente, também aos responsáveis do Sapo por esta iniciativa.
Aos 52 anos, um livre de André Cruz, não só não foi direto à baliza, como foi para as nuvens. O simpático e sobretudo talentoso brasileiro, campeão há demasiado tempo, cometeu o maior erro que um sportinguista pode cometer em 2021. Cruz acha que o Sporting não pode não ser campeão e já deu os parabéns a Viana e Varandas. O sportinguista sabe que há sempre uma Lei de Murphy particular que pode fazer da euforia, depressão, através de “erros meus” e de “má fortuna”. Eu também estou confiante, mas com cautelas, que as galinhas ainda podem fazer um caldinho. A festa, para já, é apenas interna. Mesmo que o seja em milhões de pessoas.
É uma equipa do arco-da-velha esta que nos faz felizes, orgulhosos, que nos põe a sonhar. Capaz de coisas incríveis, invulgares, mirabolantes.
Não exagero nada! São esses os adjectivos que descrevem o arco que aqui trago, essa expressão antiga, sábia, e tão apropriada à definição deste plantel, deste grupo técnico, desta Direcção. Afinal, pergunto, alguém que não fosse bruxo, mas daqueles de acha de fogueira inquisitorial, alguém adivinharia que a 13 jornadas do fim seríamos líderes do campeonato com mais 9 (N-O-V-E) pontos que o segundo?
A nossa ida e passagem pelas Antas, mais que à cidade onde as ditas ficam, confirmou-nos a nós como invictos. Nova e robusta prova da fabulosa equipa que temos, porque é mesmo disto que se trata: de uma equipa.
A nossa camisola vestem-na jogadores que fazem um todo maior que a soma das partes, todos puxando para o mesmo lado, sem vedetas ou estrelas, todos ao serviço do emblema que lhes dá reputação e os porá na história.
De verde, no campo do Porto, só a bela cor que os nossos jogadores vestiam. A maturidade deles é notável. Vêmo-los jogar e pensamos que a idade não tem mesmo idade.
Quantas vezes assistimos a isto? Quantas vezes não sofremos desaires quando à equipa bastava pontuar no reduto rival e de lá saíamos vergados e amargamente derrotados? Quantas vezes soubemos gerir a vantagem de sermos líderes reforçando esse estatuto no fim dum jogo que não ganhámos?
Não queria o empate. Queria a vitória contra o Porto. E as perguntas acima lanço-as sendo eu da opinião que o Sporting não jogou para o empate no sábado passado. Aliás, Amorim mexeu primeiro na equipa e fez trocas ofensivas, deu para o onze o sinal de que queria ganhar o embate.
Foi inteligente na forma como planeou e orientou o jogo. A nós servindo-nos dois resultados, Rúben Amorim não se atravessou cegamente pela vitória, mas também não abandonou o esquema e sistema de jogo habituais. Os tais que são fáceis de desmontar, como todos dizem mas não fazem. A única mudança neste desafio foi a entrada de jogadores para posições que jogo-a-jogo vão sendo ocupadas por outros, o que conferiu novas dinâmicas e imprevisibilidade à equipa.
Uns com 18 anos, outros com 19, juniores, uns, primeiro ano de sénior outros, muitos saídos da cantera leonina há não muito tempo e todos os outros, nenhum deles tremeu. Nenhum deles acusou negativamente a importância do jogo. Pelo contrário afirmaram-se líderes, pondo no relvado um jogo cínico, dando com veneno o protagonismo ao adversário que nos foi provando que sabia estar obrigado a ter cuidado e que não podia arriscar muito.
Acontece que arriscar era tudo o que o Porto tinha de fazer se quisesse ser campeão. O Porto jogou o que deixámos que jogasse. O jogo foi do princípio ao fim controlado pelo Sporting, pelos maduros da verde e branca que crescem de jornada para jornada num percuro consistente e consequente e que nós temos a alegria, o orgulho e a paixão leonina de acompanharmos JOGO-A-JOGO.
Obrigado, equipa!
Fevereiro de 2017:
Jorge Jesus perde no Dragão e arrasa Palhinha (21 anos):
«Ele não levou o guião certo e isso foi fatal para nós.»
Fevereiro de 2021:
Rúben Amorim empata no Dragão e elogia Palhinha (25 anos):
«É muito bom com e sem bola. Meto na cabeça dele que é muito bom e especial.»
(Foto da equipa sub23, com o capitão Hevertton Santos em destaque)
Ouvi ontem o Vieira na sua "conversa em família" justificar ter mudado a agulha, trocar Bruno Lage por Jorge Jesus, e a aposta no Seixal pelos grandes craques, pela pressão dos sócios (diz ele que não é nem quer ser o dono do clube, ahahahaha) que queriam ganhar e que berravam que "a formação não ganha campeonatos". E o Benfica de Jorge Jesus, na pior época dos últimos anos, já entrou em campo sem um único formado no Seixal.
Aqui no Sporting passámos pelo mesmo. Da melhor equipa B de sempre, do tempo de Godinho Lopes (das únicas coisas boas que deixou no meio de toda a desgraça que foi a sua presidência, efectivamente), com João Mário, Esgaio, Bruma, Arias, Dier e muitos outros, passámos para autocarros anuais de contratações, quase uma centena delas em cinco anos, de Mathieus a Castaignos - as últimas foram Bruno Gaspar, que finalmente lá conseguimos despachar para o Canadá (ainda me recordo da assistência perfeita para golo do Porto, felizmente falhado, na final do Jamor, foi mesmo à frente do meu local da bancada), um Viviano gordo e coxo, e um Jatobá que deve estar algures por lá. Em Jatobá. E uma equipa B condenada à extinção.
Quando se criticava este estado de coisas (Domingos Duarte e Demiral sem oportunidades; Douglão e André Pinto a serem contratados; Palhinha sem jogar e Petrovic a vir; Esgaio sem oportunidades e Schelotto, Piccini, e Ristovski a chegarem, etc, etc) muita gente se insurgia, queria títulos a todo o custo, e lá vinha com "é preciso pôr a jogar os melhores" e "a formação não ganha campeonatos".
Quem conhecesse minimamente a história do Sporting facilmente chegaria à conclusão que a formação tinha desempenhado um papel relevante nas melhores épocas, naquelas em que fomos campeões, particularmente com Malcolm Allison e Boloni, ou nas outras em que não o fomos mas estivemos perto e ganhámos taças, como com Paulo Bento.
Não sabemos como esta época vai acabar. Ainda há muitos jogos por disputar. Mas, do que vimos até agora, parece que esta época é a prova de que a formação é essencial para isso mesmo... ganhar os títulos, ganhar os campeonatos.
O Sporting lidera o campeonato e tem o mais próximo do trio perseguidor a 9 pontos de distância. Fez isso com um plantel em que cerca de 50% foram formados ou acabados de formar em Alcochete, e as equipas apresentadas reflectem isso. Contra o Porto jogaram Gonçalo Inácio, Nuno Mendes, Matheus Nunes, Palhinha, João Mário, Jovane e Tiago Tomás. E no banco estavam o Luís Maximiano e o Daniel Bragança.
A formação não ganha campeonatos. Quanto muito ganha o campeonato dos sub-23. Mas quando à formação se junta um grande treinador, um lider com uma competência muito grande de lidar com jovens (como é Rúben Amorim, como foram Malcolm Allison, Boloni e Paulo Bento), um punhado de "velhos guerreiros", profissionais sólidos, curtidos por múltiplas batalhas e que garantem um bom balneário, e alguns craques na idade certa para explodir, estão as condições reunidas para... os campeonatos se ganharem.
E temos de volta a equipa B, na luta - também ela - pelo título da sua série do Campeonato de Portugal, brilhantemente capitaneada pelo Bruno Paz, que conta agora com Quaresma e Plata e Luiz Phelyppe para a ajudar a atingir os seus objectivos.
O Sporting está no rumo certo. Reencontrou o seu projecto, o único que faz sentido desportiva e financeiramente: a aposta na formação, a rentabilização daquela escola de jogadores lançada por Aurélio Pereira e que encontrou em Alcochete as melhores condições de trabalho. Escola essa por onde passaram alguns dos melhores jogadores do mundo: Cristiano Ronaldo, Figo e Paulo Futre.
#OndeVaiUmVãoTodos
Quando ainda faltam 13 jornadas para terminar a Liga 2020/2021, temos já tantos pontos (55) como os que somámos no fim do campeonato 2007/2008 (treinador: Paulo Bento).
E não só.
Também já levamos mais sete pontos do que no fim do campeonato 2009/2010 (treinadores: Paulo Bento e Carlos Carvalhal). E do campeonato 2010/2011 (treinadores: Paulo Sérgio e José Couceiro). E mais 13 do que no tristíssimo campeonato 2012/2013 (treinadores: Sá Pinto, Oceano, Franky Vercauteren e Jesualdo Ferreira).
É obra.
«Matheus Nunes há muito que merece a titularidade. Foi ele que deu um abanão no jogo do Sporting, e não foi só pelo arranque que fez, que deixou o Otávio para trás. O Sporting precisa de centro-campistas destes, pró-activos, sem medo de arriscar, que arranquem por ali fora, com olhos postos na baliza, em vez de só pensarem na forma mais rápida de se desfazer da bola, em passes curtos, muitas vezes à queima, de produtividade nula, ou quase.»
AHR, neste texto do José Navarro de Andrade
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