Luís Lisboa escreve, neste seu texto, que o “autocarro [onde seguia a equipa do Sporting foi] foi recebido com foguetes na zona de Coimbra”.
Vendo o vídeo, é fácil identificar o troço da A1em questão: Coimbra Sul.
O curioso disto, ou talvez não, é que Coimbra Sul fica localizada na localidade de Ribeira de Frades, uma terra de sportinguistas (está lá sediado o Núcleo do Sporting do Mondego) e a terra natal do treinador da equipa que ontem defrontámos.
Do resultado que trouxemos do Dragão. Neste clássico, correspondente à 21.ª jornada da Liga 2020/2021, dois objectivos nos serviam: a vitória ou o empate. Prevaleceu o segundo (0-0), confirmando que os portistas são incapazes de nos vencer esta época: em três confrontos, perderam um e empataram nos restantes. Ao contrário do que sucedeu na temporada anterior. Mantemos os dez pontos de vantagem em relação ao FCP, ainda segundo. Estamos a dez triunfos de nos sagrarmos campeões nacionais de futebol. Nota a reter: não empatávamos neste estádio desde 2008/2009.
De Rúben Amorim. O treinador leonino montou uma estratégia para este clássico que resultou em pleno. Concedeu iniciativa ao adversário, tapando-lhe todos os acessos à nossa baliza. A espaços, alterou o habitual dispositivo táctico da equipa, fazendo o Sporting alinhar num 5-4-1 (fazendo recuar Nuno Santos e Pedro Gonçalves como reforços para o meio-campo) e anulando espaços entre linhas para os mais criativos do FCP, como Otávio e Corona. Sérgio Conceição só pode estar satisfeito com o empate. Até porque, em termos tácticos, saiu derrotado do Dragão.
De Coates. Elejo o nosso capitão como o melhor em campo. Ele merece. A primeira acção digna de nota do onze visitante foi protagonizada por ele, com um desarme impecável a Marega, logo aos 4'. Antecipando, de algum modo, o que viria a ser este clássico. O internacional uruguaio é a imagem perfeita da serenidade. Lidera com extrema competência o nosso bloco defensivo, que em 21 jogos só sofreu dez golos e em 13 desafios, incluindo neste, não sofreu nenhum - melhor marca de sempre do futebol leonino. Voltou a revelar eficácia máxima neste confronto. Merece ser distinguido antes de qualquer outro.
De Feddal. O central marroquino, que tantas críticas injustas recebeu de alguns "verdadeiros adeptos" no início da temporada, tem-se revelado o complemento perfeito de Coates: até parece que jogam juntos há longos anos. Esta parceria voltou a funcionar na perfeição, para desespero dos portistas, incapazes de penetrar naquela muralha defensiva. O marroquino, além da exemplar disciplina posicional, tem ainda o mérito de tentar uma vez e outra o passe longo, para as costas da defesa adversária, solicitando os colegas lá mais na frente.
De Adán. Continua a ser um baluarte da nossa equipa: transmite segurança, evidencia personalidade, intimida os avançados contrários. Fundamental, neste jogo, a travar o mais perigoso ataque do FCP, desviando para canto um remate de Manafá aos 27' que levava selo de golo. Saiu muito bem dos postes aos 30' e aos 82'. E neutralizou um cabeceamento de Taremi, aos 89'. Merece destaque, para não variar.
De João Mário. Actuou como verdadeiro campeão europeu, cumprindo a missão que Amorim lhe transmitiu: arrefecer o caudal ofensivo adversário, temporizar o jogo, segurar a bola, passá-la com segurança. Missão fundamental, nem sempre compreendida pelos adeptos (os mesmos que tantas vezes assobiaram Nani no nosso estádio). O internacional formado em Alcochete revela sobriedade e maturidade, atributos fundamentais numa equipa muito jovem. Substituído aos 86' por Jovane: saiu de campo seguramente com a noção do dever cumprido. Foi um dos elementos mais em foco neste clássico.
De Palhinha. Amorim fez muito bem em exigir à SAD a manutenção deste jogador, que já conhecia bem de Braga: o nosso médio defensivo titular voltou a ser fundamental num confronto com os portistas. Impecável sentido posicional, em complemento perfeito com João Mário. Fundamental nas recuperações, mesmo tendo errado alguns passes. E praticamente sem necessidade de recorrer a faltas: cometeu apenas duas neste jogo.
Da entrada de Matheus Nunes. De todos os jovens que vêm actuando neste Sporting 2020/2021 o que mais tem evoluído é o luso-brasileiro que em boa hora fomos buscar ao Estoril. Ontem entrou aos 64', para render Nuno Santos, e logo se fez notar com diversos movimentos de ruptura. Aos 73' protagonizou a melhor oportunidade de golo de todo o encontro, ao conduzir a bola durante cerca de 40 metros na ala direita deixando vários opositores para trás: faltou-lhe apenas pontaria certeira no momento do remate. Voltou a causar desequilíbrios aos 78' e aos 79', revelando enorme capacidade de progressão com bola e confirmando que nunca se esconde nos grandes jogos. Merece ser titular.
Do árbitro. Antes do jogo, lancei aqui um alerta contra João Pinheiro - responsável por anteriores arbitragens ardilosas em prejuízo do Sporting. Tenho de reconhecer, no entanto, que o árbitro se mostrou à altura da importância deste jogo: não cometeu nenhum erro digno de nota, não inclinou o campo, não teve influência no resultado.
Deste obstáculo felizmente superado. O FCP-Sporting de ontem era um dos três jogos à partida mais difíceis que tínhamos nesta segunda metade do campeonato. Talvez fosse até o mais complicado. Faltam o Braga-Sporting e o Benfica-Sporting. O caminho rumo ao título tornou-se menos árduo. E continuamos sem perder com os três principais rivais, o que é uma excelente notícia.
Que o Sporting continue invicto. Nenhuma derrota até ao momento no campeonato. Temos agora 55 pontos amealhados, o que nos garante desde já um "lugar europeu".
Do caminho percorrido. Desde a já longínqua época 1981/1982 (em que fomos campeões nacionais, com o fabuloso tridente ofensivo Jordão-Manuel Fernandes-Oliveira) não estávamos há 21 jogos sem perder no campeonato. Parabéns aos jogadores, parabéns ao treinador.
Não gostei
Da ausência de Paulinho. Lesionado num treino antes do jogo anterior a este, o reforço recentemente contratado ao Braga continua fora das opções de Amorim. Viajamos ao Dragão sem nenhum ponta-de-lança de raiz: Tiago Tomás foi o elemento mais adiantado no terreno, mas não tem características de avançado posicional. O que mais valoriza este nosso resultado.
De Pedro Gonçalves. Sinal menos para o nosso médio criativo, que passou praticamente ao lado do jogo. Anulado pelas marcações cerradas, perdeu muitos passes, atrapalhou-se com a bola, acusou algum excesso de individualismo. Aos 14', em zona frontal, decidiu muito mal, rematando para muito longe da baliza. Redimiu-se em algumas acções defensivas, mas não o suficiente para merecer nota positiva. Esperávamos muito mais dele.
Da primeira parte. Jogo mastigado e monótono, que não evoluía do meio-campo, sempre com a baliza muito longe. Felizmente houve um pouco mais de emoção nos 45' finais.
Da ausência de golos. Futebol sem eles sabe sempre a pouco. Em 21 desafios da Liga 2020/2021, este foi o primeiro em que ficámos em branco.
De ausência de público. É confrangedor olhar para as bancadas dos nossos estádios e continuar a vê-las vazias. Há quase um ano que é assim. Até quando?
Os números, nomeadamente as estatísticas, só têm valor se os soubermos interpretar e se soubermos interpretá-los depois e não antes de bem afinados, de modo a darem uma visão o mais próxima possível da realidade e não a visão que se gostaria ter dela.
É provável que os números da actuação de ontem de Nuno Mendes mostrem um resultado abaixo da média, se não mesmo sofrível, sobretudo nas acções ofensivas. Maus passes - aquele a meio da segunda parte oferecendo a bola a um meio-campista adversário isolado... - decisões infrutíferas e erradas, como aquela cavalgada inconsequente e obstinada até à linha final, muito poderá haver que possa apoucar o que Nuno Mendes fez em campo.
E, no entanto, arrisco dizer que ele foi o herói do jogo. Um chavalo que há um ano jogava à bola de fraldas nos juniores, apanhou ontem de frente com Corona, que dizem ser o craque do fêcêpê e é um malandro de primeira a cavar faltas e a pontapear tornozelos, com Manafá, elogiado pela velocidade e drible, com Francisco Conceição, um notável mergulhador e gabado como a coisa mais extraordinária que apareceu no mundo sublunar depois de Messi. E ainda viu Uribe, o manhoso, descair para o lado dele e ainda teve tempo para ajudar Feddal a lidar com Marega. Tudo isto depois de ser intimidado com um cartão amarelo logo de início.
Fleumático, tudo Nuno Mendes conteve e superou sem um queixume ou um desfalecimento até à exaustão. Ele é a imagem da resiliência, da disciplina, da concentração, do tino e da maturidade precoce deste Sporting de Rúben Amorim. No futuro, quando ele jogar ao mais alto nível a que está prometido, se for preciso definir um momento em que Nuno Mendes se crismou como futebolista de craveira, bem se poderia apontar para o desafio de ontem.
Não foi um grande jogo. As equipas encaixaram-se e procuraram antes do mais anular os pontos fortes do adversário. O pontapé de saída foi do Porto, a bola lançada na direcção da área do Sporting, mas logo chegava às mãos do guarda-redes do mesmo Porto. E o jogo foi muito assim: o Porto a tentar atacar sem destapar a retaguarda, preferindo explorar erros na construção para apanhar a nossa defesa em contra-pé, o Sporting a defender bem mas sem conseguir espaços para atacar com perigo.
Feito o balanço, em todos os 90 minutos o FCP teve apenas uma oportunidade flagrante por Taremi, como o Sporting também teve por Matheus Nunes. O resto foram remates desenquadrados. Se fosse do Porto estava muito chateado com o Conceição por não ter posto a carne toda no assador logo de início, alinhando com Luis Díaz e Corona nas alas, partindo um jogo que tinha que ganhar, mas como sou do Sporting só tenho de estar satisfeito, a cabecinha pensadora do Conceição connosco não falha, temos ali mesmo um bom "freguês".
Jogar no Dragão não é nada fácil. O Porto, cujo banco pressionou e protestou como de costume, carregou muito jogo pelo seu lado direito, com Marega e Manafá. Nuno Mendes cedo viu o amarelo e o Pepe, que a sabe toda, conseguiu amarelar Feddal. Depois lá veio o Francisco Conceição cavar faltas por aquele lado, berrando muito enquanto olhava pelo canto do olho para o árbitro. Foi mesmo aquilo que lhe ensinaram em Alcochete, ou teve direito a explicador privativo em casa?
A entrada de Matheus Reis foi muito importante para serenar aquele lado, porque Nuno Mendes estava cada vez mais desgastado e a cometer erros que poderiam ter saído caros.
O melhor em campo do Sporting foi claramente Palhinha, que com João Mário e depois Matheus Nunes foi fundamental na guerra do meio-campo. Mas Inácio fez um jogo tremendo, ao nível dos dois pilares da defesa, Coates e Feddal.
Quanto à arbitragem, cada vez estou mais convencido que o trabalho de coaching de David Elleray veio alterar muita coisa, principalmente para os árbitros com ambições ao nível internacional. Agora têm alguém influente a tirar-lhes o retrato, deixaram de ter carta branca para inclinarem o campo ao seu bel-prazer. E assim nada a dizer da arbitragem de ontem: critério uniforme, o jogo foi aquilo que as equipas produziram e não o que o árbitro inventou.
Mais um ponto na caminhada difícil para a Champions ou "algo mais". Ainda faltam muitos para lá chegarmos. Temos de continuar jogo a jogo, focados, competentes, sem bazófias.
Foi bonito ver os adeptos unidos no apoio à equipa. O presidente liderou a comitiva e lá esteve discretamente, no sítio onde devia estar. O resultado foi aquele que nos convinha, o palco foi do treinador e dos jogadores e Rúben Amorim mais uma vez esteve exemplar na conferência de imprensa.
Quando não temos nada importante para dizermos o melhor é ficarmos calados, mudos.
Escolhi este título para elogiar, Palhinha não só como jogador de futebol mas como cidadão e, também, pela excelente capa do JN, cuja imagem está mesmo a pedir:
À hora em que escrevo, o autocarro com Frederico Varandas, Hugo Viana, Rúben Amorim e equipa já passou Estarreja rumo a Alvalade, mas desconfio que o rumo desta brilhante equipa nesta época seja outro. Uma equipa no rumo certo, para grande prazer da senhora Dolores Aveiro.
#OndeVaiUmVãoTodos
PS: 00:45h - Autocarro recebido com foguetes na zona de Coimbra. A equipa merece mesmo estas manifestações de apoio. Mas hoje. Porque amanhã é dia de trabalho, o primeiro dia do que ainda falta fazer, e vem aí a equipa mais difícil de todas, a próxima.
Candidata-se desde já a frase mais idiota do ano. Proferida por um gajo que está dez pontos abaixo de nós no campeonato e foi eliminado por nós na meia-final da Taça da Liga.
Um tal de Oliveira, que leva um ror de golos à conta de penaltis manhosos, foi hoje o porta-voz da equipa do Porto. Se calhar porque não lhe calhou o tal penalti da ordem (às vezes dois), o chavalo estava chateado na flasheinterviu. Que ganhámos a champions e o carago, dizia ele com sotáque du nuorte, mas esquecendo-se que a única oportunidade de golo foi nossa, do Sporting. E a seguir veio o Ceição, que pelo seu desejo, à hora a que escrevo isto, ainda o jogo durava... "Que fomos melhores, que merecemos ganhar, que o Soares Dias deveria estar no campo e não em Oeiras, que o jogo deveria ter mais meia hora pelo menos"... Tenham tino cuaralho, vocêses, sem o penaltezinho da orde, num valem a ponta dum corno!
Como eu disse em postal anterior, cara a cara num são hómes pra nós, cralhes!
Aos 37' João Mário tenta controlar a bola e Uribe aproxima-se por detrás, João Mário abre os braços, toca com a mão no peito do colombiano e acto contínuo este atira-se a espernear no chão agarrado à cara como se lhe tivessem vazado um olho. Aos 72' Matheus Nunes isola-se e corre para a área contrária, no silêncio do estádio ouve-se um grito (de Sérgio Conceição?): "Em cima dele!" O jogo do FCP é isto. E quando não é isto são cotoveladas na cara, golpes de karaté no pescoço, entradas brutais aos tornozelos. Contra uma equipa assim o futebol é uma utopia, o que há é um torneio de gladiadores em que a bola não passa de um pretexto para o combate corpo-a-corpo e os nossos rapazes saíram das Antas como quem sai vivo de um circo romano. Um desafio deste foi como um ritual iniciático, os jogadores do Sporting cresceram e amadureceram mais hoje do que numa vida, não se deixaram intimidar, não se descontrolaram, não arredaram pé. Estão prontos para tudo, até para serem campeões.
«Mesmo que o futebol se expresse com os pés, que é o lugar mais afastado do centro de decisão, quase tudo passa pela cabeça. O carácter, a inteligência, a astúcia, a ambição, a coragem... São atributos de grande jogador, escondidos na caixa negra do cérebro.»
Na época passada, fomos perder 0-2 ao Dragão. Já havia a pandemia, já os estádios estavam interditados ao público, corria o mês de Julho. Um balde de água fria.
Mas são águas passadas. Façam o favor de aqui deixarem os vossos prognósticos para o FC Porto-Sporting de logo à noite, com início previsto para as 20.30.
«Penso que o Pedro Marques se sente bem e quer mostrar trabalho e o encontro com Rúben Amorim veio na hora certa: se realmente tiver de acontecer, será mais uma bela surpresa. Não esquecer o trajecto de Liedson: dispensado por ser franzino, foi empacotador de supermercado e teve o seu primeiro contrato com o Poções da Bahia, já aos 23 anos. Quando veio para a Europa e para o Sporting Liedson já tinha 26 anos, depois foi o que todos sabemos.»
Sigo esporadicamente o andebol do Sporting, mas não perco um clássico.
Não acompanho as contratações e movimentos de jogadores no Sporting e noutros clubes.
"Em verdade vos digo" que nem sequer conheço todos os jogadores de andebol do Sporting e se calhar até me fica mal dizê-lo aqui, em público, mas no início da década passada, dava-me cá uns nervos, de cada vez que defrontávamos o Porto... Os gajos apresentaram um redes alto e esguio que fazia defesas impossíveis e aqueles remates que a gente gritava "golooooo", o gajo ia lá buscar a bola como que por artes mágicas. E se perdemos jogos só pelas defesas daquele mulato, caramba!
E eu durante uma hora chamava-lhe tudo, mas cá com uma inveja de ele não ser dos nossos...
O que é certo é que passados uns anos passou a ser mesmo dos nossos, de Portugal, e passeou classe por esses pavilhões onde a nossa selecção convenceu, mesmo às vezes não vencendo.
Eu odiava aquele gajo durante o tempo de jogo em que nos defrontava. Mas o gajo era mesmo bom. Consta que como pessoa era também um rapaz bom, ou não fosse cubano (desculpem-me, mas tenho muitos amigos cubanos e a bondade e a simpatia são uma qualidade associada).
E assim, sem mais nem menos, partiu. De forma estúpida, sem sentido, quando tinha a vida pela frente. Tem(tinha) a idade do meu filho mais novo.
Morreu numa idade em que deveria ser proibido morrer.
Que descanse em paz, com toda a minha admiração e a revolta da enorme injustiça que é privar-nos da sua magia em campo.
A minha enorme vénia e pesar, Alfredo Eduardo Quintana Bravo.
15h00 - CANAL 11 Futebol / Sub-23 - Vitória SC vs. SPORTING CP 11.ª jornada da 2.ª fase / Apuramento para a Taça Revelação
19h45 - SPORTING TV Andebol / Seniores - SPORTING CP vs. CS Dinamo București 7.ª jornada do Grupo B da Liga Europeia
SÁBADO, 27 DE FEVEREIRO
15h00 - A BOLA TV / FPB TV Basquetebol / Seniores - Vitória SC vs. SPORTING CP 19.ª jornada da Liga Placard
15h00 - PORTO CANAL / FPP TV Hóquei em Patins / Seniores - FC Porto vs. SPORTING CP 21.ª jornada do Campeonato Nacional da 1.ª Divisão
16h00 - SPORT TV 3 Futsal / Seniores - Viseu 2001 ADSC vs. SPORTING CP 24.ª jornada da Liga Placard
17h00 - SPORTING TV Voleibol / Seniores - SPORTING CP vs. VC Viana 14.ª jornada da 2.ª fase / Série dos primeiros do Campeonato Nacional da 1.ª Divisão
20h30 - SPORT TV 1 Futebol / Seniores - FC Porto vs. SPORTING CP 21.ª jornada da Liga NOS
DOMINGO, 28 DE FEVEREIRO
11h00 - MYCUJOO TV Futebol / Equipa B - GD Fabril vs. SPORTING CP B 18.ª jornada da Série G do Campeonato de Portugal
15h00 - SPORTING TV Futebol / Seniores Femininos - SPORTING CP vs. Clube Condeixa 5.ª jornada do Apuramento de Campeão da Liga BPI
16h00 - FPV LIVE STREAMING Voleibol / Seniores Femininos - SL Benfica vs. SPORTING CP 26.ª jornada da 1.ª fase do Campeonato Nacional da 1.ª Divisão
17h30 - SPORTING TV Hóquei em Patins / Seniores Femininos - SPORTING CP vs. A. Académica Coimbra 1.ª jornada da 2.ª fase / G1 do Campeonato Nacional
(Match point é uma situação no tenis em que ganhar o próximo ponto implica ganhar o jogo. Woody Allen transportou brilhantemente essa situação para um caso da vida real no filme com o mesmo nome de 2005)
Chegados à 21.ª jornada na liderança da Liga, com uma vantagem de 10 pontos sobre o mais próximo perseguidor, o adversário de amanhã, só temos mesmo de chegar, vencer e sentenciar o campeonato. Continuamos sem derrotas nesta prova, temos sido a melhor equipa em todas as dimensões da análise, técnica, táctica e mental, e tudo isto com um plantel onde os miúdos de Alcochete, alguns com idade de juniores, têm desempenhado um papel fundamental.
Rúben Amorim, Hugo Viana e Frederico Varandas têm feito um trabalho notável. Percebe-se que existe um clima de união e espírito de equipa tremendo, alargado a toda a estrutura, que ajuda a explicar muito do sucesso desta época. Casos mais sensíveis, como Palhinha, Plata, Camacho e Jovane, foram tratados com calma e discrição. Recordo também os casos "Bandido", Unilabs, Madeira/Temporal e Palhinha, que demonstraram que o Sporting de hoje deixou de ser o cão vadio que ladrava a tudo e todos apenas para fazer crer que metia medo a alguém.
Mas tudo isto não chega para assegurar a vitória. Vamos defrontar uma grande equipa dentro do campo, com alguns jogadores que fazem mesmo mossa quando estão em dia sim, e um clube que fora do campo não olha a meios para atingir os fins. Vamos ter um árbitro e um VAR comprometidos com histórias anteriores, um Sérgio Conceição a saltar do banco constantemente para pressionar, e com certeza não vamos ter um ex-jogador nosso como o seu filho, Francisco Conceição, a oferecer-nos de mão beijada um penálti nos últimos momentos do jogo. Como se sentiria ele se tal acontecesse?
Enfim, temos de nos preparar para o pior, mas fazer mesmo tudo para sermos felizes. Seja o que for que aconteça no Dragão, nem apagará o que de bom conseguimos até aqui nem constituirá um factor decisivo no que poderemos conseguir daqui em diante.
Uma boa notícia é que, com a excepção de Paulinho, não existem castigados, lesionados ou infectados. Todo o restante plantel está disponível.
Imagino então que Amorim convoque os seguintes elementos:
Guarda-redes: Adán e Max.
Defesas Centrais: Quaresma, Neto, Coates, Feddal, Inácio e Matheus Reis.
Alas: Porro, Nuno Mendes e João Pereira.
Médios Centro: Palhinha, João Mário, Bragança e Matheus Nunes.
Interiores: Pedro Gonçalves, Nuno Santos e Tabata.
Ponta de lança: Tiago Tomás, Jovane
A grande dúvida será então quem alinhará a ponta de lança, mas acredito que Rúben Amorim repita a fórmula que deu certo contra o Benfica, ou seja, que Tiago Tomás seja o escolhido.
Então o meu prognóstico é o seguinte:
Adán; Inácio, Coates e Feddal; Porro, Palhinha, João Mário e Nuno Mendes; Pedro Gonçalves, Tiago Tomás e Nuno Santos.
Concluindo,
Amanhã o Sporting entra em campo no Dragão para ultrapassar o Porto e manter a vantagem pontual na liderança da Liga.
Considerando o sistema táctico de Rúben Amorim, qual seria o vosso onze?