2022 em balanço (7)
DERROTA DO ANO: 1-4 CONTRA O MARSELHA EM FRANÇA
Esta foi uma derrota em duas etapas - e, por isso, ainda custou mais. Na Liga dos Campeões, fizemos o mais difícil: após uma vitória brilhante e categórica (0-3) contra o Eintracht em Franfkurt e um triunfo sem discussão (2-0) frente ao Tottenham em Alvalade, tropeçámos perante o adversário que parecia mais fácil. Não uma vez, mas duas. Primeiro lá, depois cá. O Marselha foi a nossa bête noire: a 4 de Outubro, fomos torpeados pela turma francesa (4-1) numa tarde catastrófica, com Adán a naufragar em toda a linha; a 12 de Outubro, caímos em nossa casa, batidos 0-2 pela mesma equipa.
Antes desta ronda, liderávamos o nosso grupo. Depois, caímos para o terceiro lugar. Estivemos a um passo de abandonar a prova milionária: acabámos por aguentar in extremis, após um honroso empate (1-1) em Londres, e voltámos a claudicar no nosso estádio, desta vez contra o Eintracht (1-2) Lá nos safámos, em repescagem para o play off da Champions, mercê de um golo inglês marcado no último dos sete minutos extra do Marselha-Tottenham.
A estrelinha de Rúben Amorim funcionou nesse instante decisivo. Mas não apagou a nossa humilhante derrota em Marselha, personificada em Adán. Foi dele a "assistência" directa para o golo de Alexis Sánchez (13'), uma entrega de bola em zona proibida de que resultou o segundo do Marselha (16') e uma absurda saída dos postes tocando a bola com a mão fora da grande área que lhe valeu o vermelho (23'). Enterrou a equipa nestes dez minutos fatais, forçando a saída de Edwards - que estava a ter bom desempenho num desafio que até começámos a ganhar - e a súbita estreia de Israel, no pior contexto possível.
Na ronda seguinte, no nosso estádio, continuámos a naufragar. Com nova derrota frente ao mesmo adversário e uma exibição desastrosa do onze leonino perante um Marselha que há nove anos não marcava fora na Liga dos Campeões. Foi jogo de sentido único, com o Sporting remetido aos primeiros 30 metros, sem passar dali. Esgaio e Pedro Gonçalves expulsos, Coates a lesionar-se.
Com estas duas derrotas consecutivas na Liga dos Campeões desperdiçámos o acesso a cerca de 5,6 milhões de euros. E sofremos danos reputacionais inaceitáveis. Para esquecer. Ou para lembrar.
Derrota do ano em 2012: final da Taça de Portugal (20 de Maio)
Derrota do ano em 2013: 0-1 em casa contra o Paços de Ferreira (5 de Janeiro)
Derrota do ano em 2014: 3-4 contra o Schalke 04 em Gelsenkirchen (21 de Outubro)
Derrota do ano em 2015: 1-3 contra o CSKA em Moscovo (26 de Agosto)
Derrota do ano em 2016: 0-1 contra o Benfica em casa (5 de Março)
Derrota do ano em 2017: 1-3 contra o Belenenses em casa (7 de Maio)
Derrota do ano em 2018: final da Taça de Portugal (20 de Maio)
Derrota do ano em 2019: Supertaça (4 de Agosto)
Derrota do ano em 2020: 1-4 contra o Lask Linz em casa (1 de Outubro)
Derrota do ano em 2021: 1-5 contra o Ajax em casa (15 de Setembro)