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És a nossa Fé!

O FC Porto levado ao colo

Como escrevi aqui, o árbitro Nuno Almeida e o vídeo-árbitro André Narciso funcionaram ontem como 12.º e 13.º jogadores do FC Porto. Não evitando, mesmo assim, a derrota dos portistas frente ao Paços de Ferreira.

A coisa foi tão evidente e tão escandalosa que os especialistas de arbitragem - deixando por uma vez de lado os corporativismos reinantes no sector - deixaram de reconhecer. Incluindo os mais conotados com os azuis-e-brancos.

Aqui ficam as opiniões hoje publicadas no jornal O Jogo (a azul) e no jornal A Bola (a vermelho).

 

Sobre a expulsão a que foi poupado Uribe, por agressão a Luther Singh (minuto 15):

Fortunato Azevedo - «Uribe, de forma ostensiva, atingiu com o cotovelo a cara de Bruno Costa. Falta grosseira merecedora de cartão vermelho.»

Jorge Coroado - «O movimento do braço de Uribe não foi para ajudar a elevação. Foi para afastar o adversário. Conduta violenta merecedora de cartão vermelho.»

José Leirós - «Não assinalou falta, era livre directo e cartão vermelho. Uribe atingiu deliberadamente o rosto do adversário.»

 

Sobre a invalidação de um golo ao Paços por hipotética falta de Dor Jan sobre Mbemba (minuto 37):

Fortunato Azevedo - «Dor Jan faz um corte de forma legal, só depois de tocar na bola é que se dá o contacto com Mbemba. O golo foi mal invalidado.»

José Leirós - «Surreal. Dor Jan chegou primeiro e claramente jogou a bola. O contacto é inevitável em futebol. O golo foi mal anulado. Não culpem o VAR.»

Duarte Gomes - «Dor Jan toca na bola e, de forma inevitável e natural, choca com Mbemba, lance que o VAR entenderia, muito mal, como falta, dessa forma invalidando golo legal ao Paços.»

 

Sobre um penálti favorável ao FCP por suposta mão de Eustáquio na bola (minuto 45+5):

Fortunato Azevedo - «Quando Eustáquio estava em queda e de costas, a bola bateu-lhe involuntariamente no braço. Penálti mal assinalado.»

Jorge Coroado - «Eustáquio, de costas para o lance e a fazer a recepção ao solo, viu a bola embater-lhe no braço. Não houve motivo para penálti, a lei é clara.»

José Leirós - «Eustáquio virou o corpo à bola e, quando ia em queda, a apoiar as mãos no relvado, a bola acertou-lhe no braço. Errou [o árbitro]. Não era penálti.»

Duarte Gomes - «No penálti a favor do FCP, a bola toca no braço direito de Eustáquio quando este está em apoio natural no solo. Lance legal, que devia ter merecido intervenção do VAR.»

 

Amanhã à noite em Alvalade

Ultrapassados com algumas ou muitas dificuldades Santa Clara e Gil Vicente, vai agora o Sporting receber o Tondela, terceiro desafio da tal sequência de quatro jogos acessíveis que o Sporting tem que aproveitar para integrar os lugares da frente. Para já, e ganhando, ficamos isolados na segunda posição. Mas não vai ser fácil.

O Tondela tem sido nos últimos anos uma pera dura de roer para o Sporting, os empates e derrotas têm acontecido. Nesta altura, e por aquilo que sei, é uma SAD detida por espanhóis, com treinador igualmente espanhol, mais uma daquelas situações que levantam muitas dúvidas e que só o tempo virá dizer se foi uma boa solução para o clube daquela terra, que por acaso também acaba por ser a minha, através dos meus pais. E onde sempre vou ver o Sporting jogar com a equipa da casa.

Nos últimos três jogos Rúben Amorim repetiu o onze inicial, e se no penúltimo tinha previsto que tal seria, neste último falhei e foram Salgas e David Rodrigues que acertaram. Parabéns. A grande dúvida para este jogo é se Amorim vai voltar a repetir o onze inicial.

Como de costume nestes posts, não faço ideia quem vão ser os convocados, mas lesionados - tirando o LP29 - não deve haver: o 15.º jogador, o Covid, se calhar passou-se para o Dragão (vamos ver). Castigados, os árbitros têm feito o seu melhor para que isso aconteça, mas ainda não há afastamentos por acumulação de cartões. Imagino então que sejam mais ou menos os seguintes:

Guarda-redes: Adán e Max.

Defesas Centrais: Quaresma, Coates, Neto, Feddal e Inácio.

Alas: Porro, Nuno Mendes e Antunes.

Médios Centro: Palhinha, Bragança, Matheus Nunes e Pedro Gonçalves.

Interiores: Tiago Tomás, Jovane e Nuno Santos.

Ponta de lança: Sporar.

 

O último jogo tornou óbvia a falta de Sporar no onze. Por outro lado, Neto esteve abaixo do exigível, Matheus Nunes não pode jogar sempre a alta rotação, alguma rotatividade deverá existir, e João Mário também precisa de minutos para recuperar o tempo perdido.

Por isso a minha aposta seria:

Adán; Quaresma, Coates e Feddal; Porro, Palhinha, João Mário e Nuno Mendes; Pedro Gonçalves, Sporar e Nuno Santos.

 

Concluindo,

Amanhã o Sporting entra em campo em Alvalade para tentar alcançar a quinta vitória na Liga.

Considerando o sistema táctico de Rúben Amorim, qual seria o vosso onze?

SL

Mais que incompetência

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Já poucas coisas me surpreendem. Mesmo assim, confesso: abri a boca de espanto ao ver ontem o Paços de Ferreira-FC Porto, jogo dominado do princípio ao fim pela turma da casa. Não havia público, visto não se tratar de uma competição de fórmula 1, mas a equipa de arbitragem funcionou como "12.º jogador" dos portistas, puxando de forma inequívoca pelo onze visitante. Que mesmo assim saiu derrotado.

Valha a verdade: o desaire dos azuis-e-brancos - que já perderam oito pontos à sexta jornada - não aconteceu por culpa do árbitro. Nem do vídeo-árbitro. Ambos fizeram o que podiam para que o FCP saísse vitorioso da Capital do Móvel. O primeiro, assinalando um penálti contra o Paços que nunca existiu. O segundo, mandando o primeiro invalidar um golo limpo quando os da casa já venciam por 1-0. 

Mesmo assim, com um penálti sofrido sem qualquer base legal e tendo visto anulado um golo marcado de forma irrepreensível, o Paços de Ferreira conquistou os três pontos. Merece parabéns redobrados.

 

Em qualquer outro país supostamente civilizado, estes dois senhores não voltariam a apitar jogo algum.

Refiro-me ao nosso velho conhecido árbitro Nuno Almeida, mais conhecido por Ferrari Vermelho (e que a partir de agora pode ficar a ser conhecido também por Porsche Azul), e ao vídeo-árbitro André Narciso, um alegado "jovem promissor" do apito que há três dias, em Alvalade, amarelou Palhinha aos 36 segundos e exibiu cartões a Feddal sem que o defesa leonino tivesse sequer tocado no adversário e a Sporar por hipotética "simulação" que nunca existiu.

Mas de uma coisa podemos estar certos: estes dois continuarão a andar por aí. Cometendo atentados à verdade desportiva.

 

Nestas ocasiões, em tempos mais recuados, sentia a tentação de atribuir tudo isto à pura incompetência. Mas quando verifico que o FCP, em seis jornadas, foi escandalosamente favorecido em quatro (contra Sporting, Braga, Marítimo e Paços) e que metade desses seis desafios terminou com treinadores adversários expulsos (Rúben Amorim, Lito Vidigal e agora Pepa), tenho de concluir que se trata de algo mais. Não pode ser só incompetência.

Ontem à noite, não sei porquê, lembrei-me daquelas palavras de Frederico Varandas: «Um bandido será sempre um bandido.»

O Sporting incomoda: ainda bem

Texto de JMA

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1. Ou muito me engano ou o Porto, que vendeu por tuta e meia (segundo especialistas) os seus melhores jogadores, e agora - como vemos - tem dificuldades, e os resultados não têm sido bons, esta época vai bater o record de reclamações, já usuais, sempre que não ganhar um jogo.

2. Gostava de ouvir as comunicações entre árbitro e VAR: devia ser obrigatório tornar pública a conversa entre os dois.. Hoje no café a conversa que ouvi em debate, na esplanada coberta, entre cinco adeptos de futebol foi a seguinte: se fosse só marcado penálti e mostrado amarelo a Zaidu, o penálti [favorável ao Sporting] seria efectivamente homologado? Se o Zaidu não tivesse de ir para a rua, o penálti seria efectivamente homologado? Se Sporting não estivesse a ganhar, o penálti seria efectivamente homologado? Nunca seria marcado penálti contra o Porto e ainda por cima mostrado vermelho a Zaidu deixando o Porto a jogar a segunda parte com dez?

Eles chegaram a uma conclusão por unanimidade. Eu não fazia parte da conversa, mas também cheguei a uma. Qual é a vossa?

3. Ainda sou do tempo em que defender o presidente do Sporting perante ataques externos, mesmo não se gostando dele, era mais que normal: era quase obrigatório para os verdadeiros sportinguistas. Tive algumas discussões a defender Dias da Cunha, Bettencourt, Soares Franco e Bruno de Carvalho. Outros tempos, em que o mais importante era o Sporting.

4. Os ataques do presidente de um clube rival, mas essencialmente regional, demonstram que o Sporting incomoda. Ainda bem. Temos treinador e temos equipa.



P. S. - Os que se regozijaram com os ataques do presidente dos andrades são os mesmos, provavelmente, que chamam ao Sporting "campo grande". Uns palermas!

 

Texto do leitor JMA, publicado originalmente aqui.

Entre os mais comentados

Nos  22 destaques  feitos pelo Sapo em Outubro para assinalar os dez blogues mais comentados nesta plataforma ao longo do mês, És a Nossa Fé recebeu 22 menções. Alcançando assim o pleno, pelo 17.º mês consecutivo.

Além disso, figurámos também  22 vezes no pódio  dos mais comentados - com dezoito "medalhas de ouro", três de "prata" e uma de "bronze".

Fomos primeiros, portanto, em 81,8% dos dias que estiveram sob escrutínio.

Recorde-se que os textos publicados ao fim de semana são agregados aos de sexta-feira para este efeito, o que leva o número de destaques a ser inferior ao número de dias.

 

Os 22 textos foram estes, por ordem cronológica:

 

Pérolas de Joaquim Rita (42) (58 comentários, o mais comentado do dia)

Ensaio Sobre a Cegueira (107 comentários, o mais comentado do dia) 

Francisco Geraldes e Gelson Dala (188 comentários, segundo mais comentado do fim de semana) 

Rescaldo do jogo de ontem (74 comentários, o mais comentado do dia)

Os imbecis (88 comentários, o mais comentado do dia)

Bem-vindo, João Mário (108 comentários, o mais comentado do dia) 

Nem um passo atrás (38 comentários, terceiro mais comentado do dia)  

Jogar feio, jogar bonito (76 comentários, o mais comentado do fim de semana)

Dois Sportings dentro do Sporting (82 comentários, o mais comentado do dia) 

Quem foi o presidente que trouxe Yazalde? (58 comentários, o mais comentado do dia) 

Ele joga bem e gosta de marcar (38 comentários, segundo mais comentado do dia)  

Prognósticos antes do jogo (112 comentários, o mais comentado do dia)  

O que podemos nós fazer pelo Sporting? (72 comentários, o mais comentado do fim de semana) 

O meu aplauso a Rúben Amorim (108 comentários, o mais comentado do dia) 

Nas provas reais e nas provas virtuais (46 comentários, o mais comentado do dia) 

 O nosso Bruno (70 comentários, o mais comentado do dia) 

As queixas do Porto e a luta do Sporting (50 comentários, segundo mais comentado do dia) 

Esteve bem o presidente Frederico Varandas (120 comentários, o mais comentado do fim de semana) 

Vergonhoso (46 comentários, o mais comentado do dia) 

A diferença entre o real e o virtual (54 comentários, o mais comentado do dia) 

Prognósticos antes do jogo (112 comentários, o mais comentado do dia)

Rescaldo do jogo de ontem (82 comentários, o mais comentado do dia)

 

Com um total de 1787 comentários nestes postais. Do Edmundo Gonçalves, do António de Almeida, do leitor Rui Miguel e de mim próprio.

Fica o agradecimento a quem nos dá a honra de visitar e comentar. E, naturalmente, também aos responsáveis do Sapo por esta iniciativa.

A voz do leitor

«As pessoas esquecem que o SCP vive um dos piores momentos da sua história, com uma situação financeira preocupante. Critico apenas esta direcção nas compras e nas vendas que antes efectuaram. Penso que esta época as aquisições foram bem pensadas, embora existam adeptos que querem aquilo que não é possível comprar, pois o dinheiro em Alvalade é escasso. Não quero que o meu clube ostente a mania da grandeza e depois sejamos ridicularizados.»

 

Fernando Albuquerque, neste meu texto

A culpa é do Varandas, o macaco

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(fotos, alegadamente, retiradas da "net")

 

Esta será, porventura, uma das questões mais pertinentes desta época pelo reflexo que pode vir a ter em toda a nova geração de sportinguistas.

Na imagem temos um modelo com cinco meses que está a vestir um fato de macaco para bebé ("babygrow" em estrangeiro) que, supostamente, daria dos seis aos nove meses, o problema é que o dito fato de macaco nem um mês de utilizações teve e está apertado,  o material é bom, o modelo adora o equipamento mas lá está, com um fato apertado ninguém pode ter um bom desempenho.

Resumindo, dinheiro aventado à rua, como comentava há pouco com o Luís Lisboa (noutro contexto) sinto-me como se tivesse comprado o Alan Ruiz dos fatos de macaco para bebé.

Claro que já foi substituído por outro (dos 12 aos 18 meses) mas convenhamos que o modelo da imagem fica a jogar vários escalões acima, recordo que tem cinco meses.

Para quem tenciona fazer compras na Loja Verde, na época natalícia que se aproxima, recomendo que vejam bem os tamanhos antes de tirarem as etiquetas, tenham sempre presente uma possível troca (é como os jogadores, afinal).

Para terminar, o presidente do Sporting foi pai há poucos meses, supostamente, deveria ser um "expert" em "babygrows" se consegue falhar nisto, como conseguirá acertar no resto?

Fica à consideração do Dr. Varandas se depois disto se sente com condições para continuar no cargo.

Os melhores prognósticos

Três golos marcados contra o Gil Vicente, três prognósticos correctos aqui no blogue. Os leitores Albertina Correia de Carvalho, Carlos Correia e acertaram no desfecho do nosso desafio de quarta-feira, em Alvalade, contra a equipa de Barcelos. Como de costume, muita gente deixou palpites, mas só este trio acertou no alvo. Imitando o que Sporar, Tiago Tomás e Pedro Gonçalves fizeram em campo.

Vem aí outro jogo, já no domingo.

Temos onze e temos banco

Texto de António 1969

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Gostava de realçar o bom jogo efectuado pelo Gil Vicente, sobretudo na primeira parte em que estavam mais frescos. Deram tudo, em todo o campo havia jogadores do Gil. Não foi surpresa, tinham feito parecido no FCP.

O Sporting fez uma boa primeira parte. Não conseguiu impor-se como queria, mas fez o adversário correr muito, sem bola, e os frutos foram colhidos no final do jogo.

O período em que jogámos menos foi no início da segunda parte. O golo de bola parada incutiu ânimo ao adversário, dando-lhe uma energia extra que se prolongou até cerca da meia hora da segunda parte.

Quando começou a haver mais espaço, a equipa do SCP aproveitou muito bem, incluindo a boa prestação dos jogadores que entraram na segunda parte.

Mas Sporar e Tiago Tomás, entrando de início neste jogo, não teriam o espaço que tiveram no final do jogo. Esse espaço foi conquistado muito à custa do trabalho desenvolvido desde o início do jogo.

Ainda assim, o lugar de Jovane está tremido. Ele tem sido esforçado, mas sem estar ao nível dos colegas do ataque.

 

É bom ver que temos onze, mas também que temos banco.

Daniel Bragança tem aproveitado as oportunidades. Temos de contar com ele.

Este plantel, com mais um bom avançado, e se possível com mais um bom central, ficava au point.

 

Venha então o Tondela. Agora apetece ver jogos do Sporting e a evolução destes miúdos.

Quanto ao treinador, já expressei várias vezes o que penso do trabalho que está a desenvolver. Ele que assim continue.

 

Texto do leitor António 1969, publicado originalmente aqui.

A voz do leitor

«Se hoje temos soluções no banco, assim o devemos a Amorim. Porque quem imaginaria há um par de meses que Tiago Tomás seria um desbloqueador de jogos complicados para se lançar a partir do banco? Mérito de quem tem vindo a trabalhar um jogador com idade de júnior e que já leva três golos na presente temporada.»

 

Salgas, neste meu texto

A táctica do martelo

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Na conferência de imprensa de antevisão do jogo de ontem, quando lhe pediram para comentar a escolha de Jovane em detrimento de Sporar para o jogo inicial, Rúben Amorim disse o seguinte: «São jogadores de características diferentes. Estamos a apostar de início no Jovane que com a sua indisciplina tática cria espaço e depois temos dois jogadores, como o Pedro Gonçalves e o Nuno Santos, que estão a saber ler bem as movimentações do Jovane. Quando é o Sporar é porque escolhemos ter uma pessoa mais fixa no centro e que apareça mais vezes na área do que o Jovane. Depende muito do que o jogo está a pedir. Aliás, tem-se visto que nos últimos jogos tenho substituído sempre o Jovane pelo Sporar. Não porque um está a jogar mal, mas porque é o que o jogo está a pedir».

Quando as coisas não estão a funcionar, Amorim, mantendo o sistema táctico, mas trocando jogadores e alterando posições, ao mesmo tempo que coloca o tal ponta de lança que ocupa o espaço, parece de alguma forma também apostar na tal indisciplina táctica como forma de desmontar bloqueios e marcações, e fazer com que o talento dos jogadores resolva os problemas que o modelo de jogo definido não consegue resolver.

Nestes três últimos jogos, não há dúvida que a fórmula da tal indisciplina táctica funcionou. Foram um empate e duas vitórias conseguidas nos últimos minutos das partidas, sinal que os jogadores estão com ele e acreditam na mensagem que lhes é passada. Nunca é de mais lembrar que muitos desses jogadores são jovens nados e criados em Alcochete, não são Alans nem Bryans Ruizes (que me perdoe o Bryan pela companhia), vindos de longe e pagos a peso de ouro.

No entanto, cada vez mais se nota que os adversários estudam a forma de jogar do Sporting, sabem como anular as suas dinâmicas e falta a tal via alternativa ou a "táctica do martelo", ou seja, ter a capacidade de num remate de longe, na sequência dum canto, dum livre frontal ou lateral, num lançamento de bola lateral, pôr a bola lá dentro e assim, meio do nada, dar uma martelada forte na moral do adversário. Pelo contrário, as tais marteladas temos sofrido nós: logo com o Lask levámos uma e ainda ontem, num desvio de classe do gilista, que deixou Adán sem reacção, levámos outra que nos ia custando a derrota. Sem resolver esta questão nas duas áreas, marcar assim e não sofrer assim, não podemos ter grandes veleidades. 

Para isso, além do treino específico que Palhinha, Coates, Feddal e Neto terão de fazer,  bem como os especialistas do remate de meia distância, há uma coisa que me parece essencial: entrarmos em campo com um ponta de lança.

E como Acosta, Jardel, Liedson, Slimani ou Bas Dost não podem, já cá não estão, então temos de entrar em campo com... Sporar. 

SL

Pódio: P. Gonçalves, Sporar, Bragança

Por curiosidade, aqui fica a soma das classificações atribuídas à actuação dos nossos jogadores no Sporting-Gil Vicente pelos três diários desportivos:

 

Pedro Gonçalves: 18

Sporar: 17

Daniel Bragança: 16

Tiago Tomás: 16

Nuno Santos: 16

Nuno Mendes: 14

Adán: 13

Palhinha: 13

Porro: 12

Coates: 12

Feddal: 12

Neto: 11

Matheus Nunes: 11

Jovane: 11

Gonçalo Inácio: 6

 

O Jogo e A Bola elegeram  Sporar  como melhor em campo. O Record optou por Pedro Gonçalves.

Emoções

Ver um jogo de futebol do Sporting cansa. Alguém poderá perguntar se também jogamos. Sim, jogamos, vivemos o jogo com uma intensidade e ansiedade de tal ordem, que chegamos ao fim de rastos. É uma concentração de tal forma tão forte, que estamos a " ver " e a sentir como estivessemos dentro das quatro linhas. As reposições de bola do Adán causam por vezes arrepios, os passes de Neto na queima fazem-nos franzir o sobrolho, as biqueiradas sem nexo do Coates tentando colocar a bola nos alas, dá-nos vontade de lhe chamar um grande palavrão. Quando Nuno Mendes tem a bola, a nossa perna esquerda parece que quer acompanhar aquele bocadinho que falta, para o cruzamento chegar em condições ; quando Feddal salta antes de tempo, abanamos a cabeça e dizemos "anjinho". A bola chega a Pedro Gonçalves, a esperança e a força que fazemos para que a coisa corra bem no passe ou no remate alivia um pouco o stress. Esquecia-me do Jovane, pudera parece que já não contamos muito com ele. A bola chega a Nuno Santos, vá lá avança, vai para cima do defesa, o nosso corpo inclina-se para ajudar no drible; Maheus passa ali ao lado, com aquele rosto de pau frio, demasiado frio para o meu gosto. Até que enfim, a bola chega ao Palhinha, autoritário, sentimos o nosso sofá mais confortável, descansamos um pouco. Perguntam vocês, e o Porro? Porra que o homem corre muito, mas ontem cansou-se mais depressa do que eu. Já eu pedia a todos os santinhos para entrar o Sporar e fazia-o, porque acreditava que ele capaz de tirar a rolha, quando Amorim fez-me a vontade e com ele lá foi o Bragança, um TT e um Inácio que nos ajudou cá atrás depois ...de 96 minutos a sofrer. Sabem uma coisa? Fui-me deitar cansado, mas contente. Estamos em segundo, mais perto do primeiro, do que o terceiro de nós. É o nosso SPORTING!!!!

Backspace

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A tecla mais pressionada na última noite, principalmente depois do golo de Pedro Gonçalves.

Um bom dia a todos os que amam realmente o Sporting e ficam felizes com o seu sucesso. Aos outros, abaixo uma lista dos melhores teclados:

  • Razer Pro Type
  • Filco Ninja Majestouch-2
  • Logitech Craft
  • PFU Happy Hacking Professional 2 (HHKB2)
  • Apple Magic Keyboard
  • Unicomp Classic 104
  • Das Keyboard Prime 13
  • Logitech K780

É aproveitar que a Black Friday está aí à porta.

Rescaldo do jogo de ontem

Gostei

 

De ver o Sporting somar mais três pontos no campeonato. A vitória foi difícil, mas foi nossa. Derrotámos o Gil Vicente em Alvalade por 3-1 num jogo em que só marcámos o primeiro golo aos 82'. Até ao apito final, 14 minutos depois, surgiram mais dois. O triunfo mais expressivo da nossa equipa até agora na Liga 2020/2021. Nesta partida, a turma de Barcelos sofreu mais golos do que nas quatro jornadas anteriores.

 

De Sporar. Merece ser designado como melhor em campo. Porque soube fazer a diferença desde que entrou, aos 61': arrastou marcações, abriu linhas de passe, movimentou-se bem dentro da área - e pôs fim ao seu prolongado jejum de golos, acorrendo ao segundo poste para a meter lá dentro. E teve ainda uma intervenção decisiva no segundo, ao temporizar e endossar a bola a Daniel Bragança, autor da assistência para Tiago Tomás. Terá reconquistado a titularidade que vira fugir-lhe desde o início da temporada.

 

Da forma como o técnico mexeu na equipa. Vendo-se a perder, na sequência de um livre directo aos 52' (que acabou por ser a única oportunidade do Gil Vicente em todo o jogo), Rúben Amorim não perdeu tempo nas substituições: mandou sair Neto e Matheus Nunes, trocando-os por Tiago Tomás e Sporar. Dez minutos depois, aos 71', substituiu Porro por Daniel Bragança. Aos 86', trocou Jovane por Gonçalo Inácio. Alterações que foram decisivas para virar o jogo, transformando o 0-1 no 3-1 final.

 

Daqueles dois preciosos minutos. Aos 82', o avançado esloveno marcou. Aos 84', ainda estávamos a festejar o golo anterior, Tiago Tomás ampliou a vantagem - correspondendo da melhor maneira a um belo passe vertical de Daniel Bragança a solicitar-lhe a deslocação, ludibriando o guardião adversário com um toque subtil que alterou a trajectória da bola. Consumava-se a reviravolta.

 

De Nuno Santos. Muito batalhador, foi sempre um dos jogadores mais inconformados na primeira parte, período em que o Sporting mal conseguiu ultrapassar a teia defensiva urdida pelos de Barcelos. Com as alterações efectuadas no segundo tempo, Amorim pediu-lhe que recuasse junto ao flanco esquerdo, transitando de extremo para médio-ala. Mas foi então que o ex-rioavista mais sobressaiu, com duas assistências para golo - o primeiro e o terceiro. Consolidando assim a sua influência no onze titular leonino.

 

De Pedro Gonçalves. Soma e segue: já tem três golos marcados na Liga, onde é o melhor artilheiro da nossa equipa. O terceiro foi o último desta noite, apontado mesmo ao cair do pano, num disparo fulminante após entrega de Nuno Santos. E foi dele o cruzamento bem calibrado que esteve na origem do golo inicial. Balanço positivo numa partida em que teve fraco desempenho na primeira parte, aliás à semelhança de todos os seus colegas.

 

Da nossa formação. Voltou a fazer a diferença, como esteve à vista no golo que nos deu três pontos, articulado entre Daniel Bragança e Tiago Tomás - dois dos seis jogadores formados na Academia de Alcochete que ontem actuaram em Alvalade.

 

Do resultado. Muito melhor do que a exibição perante um adversário que pusera o FC Porto em sentido na jornada anterior e que defendeu sempre com os onze jogadores atrás da linha da bola. Só no quarto de hora final, apostando na velocidade e na antecipação, fomos claramente dominantes.

 

De ver um Sporting superior ao da época passada. No Liga anterior, à quinta jornada, só tínhamos amealhado oito pontos. Agora somamos 13, tendo já defrontado o FC Porto e disputado mais jogos fora do que em casa. 

 

Do balanço até ao momento. Quatro vitórias, um empate. Continuamos invictos, com apenas quatro golos sofridos. Estamos a escassos dois pontos do Benfica, com mais três do que o FCP e quatro acima do Braga. Isolados na segunda posição do campeonato.

 

 

Não gostei
 

 

Da hora do jogo. Este Sporting-Gil Vicente, correspondente à primeira jornada do campeonato, acabou por decorrer mais de um mês após a data inicialmente prevista. O apertado calendário das competições futebolísticas não permitiu alternativa a esta quarta-feira, dia em que se disputaram desafios da Champions, forçando a partida a começar às 21.45 e a terminar quase à meia-noite. Mesmo sem público no estádio, é um horário impróprio - sobretudo a meio de uma semana de trabalho.

 

Da falta de um ponta-de-lança. Amorim até tinha três no banco (Sporar, o jovem Tiago Tomás e Pedro Marques, que vem actuando na equipa B e já justificava a convocatória, apesar de não ter chegado a calçar nesta partida), mas preferiu apostar de novo num onze sem avançado posicional. Porro, Pedro Gonçalves e Nuno Santos desperdiçavam cruzamentos sem haver nenhuma figura de referência na grande área. Esta carência só foi suprida quase a meio do segundo tempo com a entrada de Sporar. Como obteve sucesso talvez ajude o técnico a mudar de ideias.

 

De Jovane. Amorim voltou a confiar nele como avançado-centro, deixando Sporar no banco. Mas o luso-caboverdiano não parece talhado para esta posição em que o técnico insiste em colocá-lo. Passou ao lado do jogo: falhando passes, chegando atrasado a um cruzamento perfeito de Porro aos 30' em que bastaria encostar o pé e perdendo sucessivos lances de bola dividida. Saiu só aos 86', demasiado tarde para tão fraca prestação.

 

De Coates. Preso de movimentos, lento, duro de rins, o capitão leonino atravessa um mau momento. O golo do Gil Vicente resulta de uma falha posicional: é ele quem coloca Mineiro em jogo, repetindo um erro já cometido frente ao FC Porto. Abusou do pontapé sem nexo para a frente, despejando bolas que eram recebidas pelo guardião adversário. Crise de confiança? Se for o caso, esperemos que passe depressa.

 

Do árbitro. Chama-se André Narciso e apitou pela primeira vez um jogo com a participação de um clube grande. Esteve mal: aos 36 segundos(!) já amarelava Palhinha numa disputa de bola a meio-campo sem qualquer intensidade especial. Aos 6' e aos 12' viu um dos seus assistentes assinalar fora-de-jogo a Pedro Gonçalves e a Nuno Santos quando as imagens confirmam que estavam ambos em posição legal. Aos 64', mostrou o amarelo a Feddal num lance em que o marroquino nem tocou no adversário. Aos 68', amarelou Sporar por suposta "simulação" impossível de provar. Má estreia, portanto.  

A voz do leitor

«O treinador devia ter adaptado o esquema aos jogadores e não os jogadores ao esquema. Tão pouco os nossos jovens da formação estão formatados para jogar com uma linha de três defesas. Veja-se o caso do Ajax: o esquema é o mesmo dos escolinhas até aos seniores e os jogadores quando sobem sabem exactamente qual o seu papel no terreno de jogo.»

 

João Rafael, neste texto do Luís Lisboa

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