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És a nossa Fé!

Era o que faltava

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Estádio de São Miguel

 

Enfim, quase sete meses depois, boas notícias para o futebol. O próximo jogo Santa Clara-Gil Vicente, do campeonato nacional, e os desafios Portugal-Espanha e Portugal-Suécia, da equipa das quinas no âmbito da Liga das Nações, já poderão contar com público nas bancadas. Por enquanto ainda em versão muito restrita: mil espectadores permitidos no estádio açoriano, e números que oscilam entre 2500 e 5000 mil assistentes nos desafios da selecção, ambos a realizar no estádio José Alvalade. 

O futebol deixa de ser um dos últimos redutos interditos à normalidade possível nestes tempos ainda marcados pela pandemia. Entre múltiplas contradições das autoridades políticas e sanitárias, que foram andando aos ziguezagues nesta matéria, autorizando numas situações (provas hípicas e do desporto motorizado) o que proibiam noutras (quase todas as modalidades, além do futebol). Como não deixei de denunciar aqui.

Ainda há cinco dias escrevi isto: «Não gostei nada de esperar 61 dias pelo regresso do futebol leonino aos jogos oficiais. E menos ainda que este tardio início da temporada tenha ocorrido sem público, à porta fechada, com os sócios banidos do estádio. Quando touradas, circos, comícios, celebrações políticas e religiosas, espectáculos teatrais, sessões de cinema, provas hípicas, corridas de automóveis, shows humorísticos e festarolas diversas já podem contar com público. O futebol - que gera tantas receitas fiscais para o Estado e cria pelo menos 80 mil postos de trabalho directos e indirectos em Portugal - continua a ser tratado como inaceitável filho de um deus menor.»

 

São passos positivos, mas ainda tímidos. Exigem novo protocolo entre a Liga de Clubes e a Direcção-Geral da Saúde para vencer as últimas reticências deste organismo, eivado de preconceitos contra o público que costuma acompanhar ao vivo os jogos de futebol. Não faz o menor sentido que a DGS autorize à Federação o que tem negado à Liga, como se confirma pela luz verde emitida pelas autoridades sanitárias aos jogos da chamada "equipa de todos nós". Nem ninguém perceberá que nos desafios tutelados pela Liga se permita apenas nos Açores - a pretexto da autonomia regional - o que se recusa numa prova desportiva de âmbito nacional, onde as condições de igualdade competitiva são uma exigência irrecusável.

Aberto o precedente insular, não resta opção: também os estádios do continente devem admitir adeptos, em circunstâncias similares. Era o que faltava tolerar-se um cenário alternativo: apenas o estádio de São Miguel, onde joga o Santa Clara, contar com o aplauso e o incentivo do seu público. Como já tenho visto tanta coisa desprovida de sentido e lógica no futebol português, aqui fica desde já o meu alerta.

 

Leitura complementar:

Chutado para canto (3 de Setembro)

De disparate em disparate (10 de Setembro)

 

Os nossos avançados vistos à lupa

Texto de Luís Barros

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Creio que Rúben Amorim ainda não definiu em rigor qual o sistema a utilizar na frente de ataque. Com a entrada de dois alas virtuosos e com qualidade em centrar, não entendo então a rejeição em optar por atacantes com capacidade de jogo de cabeça. Realmente, se a opção for unicamente jogar em passes curtos e com a bola junto à relva então não necessitamos de todo de mais ninguém, mesmo que a míngua de golos continue, como tem acontecido até agora.

Na minha opinião, os atacantes que estão neste momento no plantel mostram muitas dificuldades em furar defesas altas e que joguem de forma compacta.

Senão vejamos:

- Tiago Tomás, jogador de qualidade mas ainda em crescimento, como ele próprio disse, consegue fazer os três lugares da frente, embora eu também veja nele um segunto ponta-de-lança, adaptável a um sistema 3x5x2. Franzino, tem alguma dificuldade no choque com defesas mais altos e robustos.

- Sporar, jogador com fraco jogo aéreo e pouca mobilidade e rapidez, facilmente anulado por uma dupla de centrais. As suas características adaptam-se mais a um sistema clássico de 4x4x2, jogando em demarcação no limite do fora-de-jogo.

- Luiz Phellype é neste momento uma incógnita. Fisicamente o mais robusto da linha de ataque, mostra algumas deficiências técnicas e limitação na mobilidade. Embora sendo um jogador de área, a sua capacidade de finalização é limitada, nomeadamente no jogo de cabeça.

- Vietto é um jogador sem características goleadoras, mostrando mais capacidade de distribuidor de jogo muito ao estilo de um "10". Fisicamente pouco dotado, é demasiado caro para aquilo que produz em campo. Para o seu lugar temos jogadores de características semelhantes, mais jovens e, principalmente, mais baratos, como Bragança ou Pote.

- Jovane Cabral é um jogador com características mais adaptadas a extremo. Mais um jogador sem jogo aéreo, inconstante nas suas exibições e que por diversas demonstra problemas físicos.

- Pedro Marques, um pouco à margem dos restantes, é um jogador com características do Tiago Tomás, jogando à frente nas várias posições mas com limitações no jogo aéreo.

 

Hoje as equipas devem estar preparadas para se adaptarem a vários sistemas. Embora Amorim seja adepto do 3x4x3, muito ao estilo holandês, não deve ficar refém só desse sistema, porque, e principalmente nas competições nacionais, 90% das equipas jogam de forma compacta e à defesa.

Com a saída de Bas Dost e Bruno Fernandes, perdemos uma capacidade única de jogo aéreo e de jogo exterior. Sempre tomando em conta as contingências financeiras, é fundamental dotar a equipa com um jogador que consiga aglutinar essas duas mais-valias, o que é, digamos extremamente difícil.

Daí surge uma das minhas escolhas, João Klauss, jogador possante ao estilo de Slimani, de remate fácil com ambos os pés mas tecnicamente evoluído e com bom jogo de cabeça, aliado a grande mobilidade na frente de ataque. Este é o tipo de jogador que, julgo, encaixaria bem no sistema de Amorim, fosse um 3x4x3, um 3x5x2 ou um 5x3x2.

 

Texto do leitor Luís Barros, publicado originalmente aqui.

A voz do leitor

«O futebol é um jogo simples e quando ganhamos ainda fica mais fácil perceber que afinal o jogo se resume a uma bola dentro da baliza. O Sporting entra bem no campeonato, com uma equipa jovem que, não estando afinada, mostra querer dizer aos adeptos que é preciso começar para acreditar que é possível, contra a improbabilidade, e a esperança é apenas o sonho que não quer morrer no último reduto.»

 

Tiago Oliveira, neste meu texto

De saudades me vesti...

Sei que tenho andado um tanto afastado destas lides de escrita sobre o Sporting. Todavia gosto muito de futebol, andebol, hóquei, atletismo e tudo o seja desporto e que essencialmente envolva o Sporting. Gosto muito pouco das outras coisas e que ultimamente têm sido a maioria....

Vai daí afastei-me um pouco. Porém hoje... 

... estive em Alvalade, no estádio do Sporting onde existe nas suas instalações, como todos sabem, uma clínica privada. E foi ao passar por aquele que percebi do que tenho actualmente muitas, mas muitas saudades. Assim, estou saudoso:

- de ir “à bola”;

- de comer aquele hambúrguer com ovo e beber uma imperial (ou mais);

- de sentir o pulsar de um clube através dos seus adeptos;

- dos pregões dos vendedores de cachecóis e bonés;

- de subir aquelas escadas e sentar-me no meu lugar e ver aquele estádio e o seu relvado;

- de cantar a plenos pulmões “O mundo sabe que…”;

- de gritar “goooooooooooooooooooolo” até ficar rouco;

- de abraçar o meu filho nos festejos;

- de barafustar contra tudo e todos;

- daquele nervoso miudinho do final de um jogo electrizante;

- do incentivo das claques que nunca se calam;

- de vencer um jogo por margem alargada;

- de sair do estádio a comentar o bom resultado;

- de comer aquele pão quente com chouriço que alguém vende na rua;

- de chegar a casa à pressa para rever os golos na televisão.

E, finalmente, tenho muitas saudades de ver o Sporting novamente Campeão.

Faltas e Amarelos

Sporting: 1 Jogo - 12 Faltas  - 6 Amarelos

Benfica: 2 Jogos - 21 Faltas - 4 Amarelos

Porto: 2 Jogos - 36 Faltas - 1 Amarelo

É assim que se inclinam campos. É assim que há equipas que podem sempre apresentar o seu melhor onze em todos os jogos e o Sporting, daqui a meia duzia de jogos, já vai ter jogadores titulares impedidos de jogar por acumulação de amarelos. É desta forma que durante um jogo se corta o ritmo atacante de uma equipa, se impede que uma equipa domine o seu adversário.

Vamos aqui acompanhar, jornada a jornada, esta "classificação", com a garantia que quando Benfica ou Porto já não necessitarem deste aditivo, começam a carregar nos cartões, de modo a que no final da época pareça tudo equiparado.

 

Ponta-de-lança: quais as vossas sugestões?

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Falta uma semana para o fecho do mercado de transferências. O Sporting, aparentemente, continua a necessitar de um reforço: um avançado posicional, de pé quente e com faro de golo. Um verdadeiro ponta-de-lança, enfim.

Venho fazer-vos um desafio: sugiram nomes que dentro das possibilidades financeiras do nosso clube possam ainda integrar o plantel leonino nesta posição de que ainda estamos carecidos. Talvez uma dessas sugestões acabe por tornar-se realidade.

 

Agradeço ao leitor Luís Barros, que tomou a iniciativa de me propor este repto. E passou ele próprio da teoria à prática. Fazendo as sugestões que passo a reproduzir:

João Klauss - nacionalidade: Brasil/Alemanha - 23 anos - 1,90 m - clube actual: TSG 1899 Hoffenheim - transfermarkt: 2,00 M€
https://youtu.be/PrndTn5JEOE

Petar Musa - nacionalidade: Croácia - 22 anos - 1,90 m - clube actual: Slavia de Praga - transfermarkt: 1,50 M€
https://youtu.be/zx8iPpYgpiM

Jean-Pierre Nsamé - nacionalidade: Camarões/França - 27 anos - 1,88 m - clube actual: Young Boys - transfermarkt: 7,00 M€
https://youtu.be/-O4M1iC7oqQ

 

São as propostas dele. E as vossas?

A voz do leitor

«Estamos em quinto lugar com metade dos jogos realizados, podendo matematicamente chegar ao primeiro lugar. Levámos um amarelo por cada 2 (DUAS) faltas, o SLB por cada 5,25 e o FCP por cada 36. Começa bem! Com tantas baixas, o caminho só pode melhorar quando recuperarmos todos os "covidados". Há, no entanto, que pôr estas arbitragens em sentido, senão não vale a pena, já nos chegam as dificuldades internas.»

 

Carlos Correia, neste meu texto

Uma equipa competente

Ontem em Paços de Ferreira vimos uma equipa do Sporting que, embora atravessando as maiores dificuldades em termos de disponibilidade do plantel, treinador incluido, para treinar e jogar, entrou em campo lançada ao ataque para resolver o jogo bem depressa. Assim deverá ser sempre: contra as equipas pequenas o tempo joga sempre a desfavor.

Mais uma vez a falta dum artilheiro fez-se sentir. Se contra os escoceses foi Jovane, agora foi Tiago Tomás que esteve particularmente desastrado em frente à baliza adversária e foi preciso o apitador de serviço, no intervalo da sinfonia de amarelos com que brindou o Sporting, descortinar um penálti pelo facto de Tanque ter levado com uma bolada no braço, para nos adiantarmos no marcador. Valha a verdade que pelo menos estava de frente para a bola: em Portugal já vimos muitas vezes coisas semelhantes e em Inglaterra a coisa foi ainda bem pior, com o nosso Eric Dier, de costas para o adversário, a levar também com a bola no braço, o Mourinho a perder dois pontos nos descontos e o treinador adversário a dizer que "é um total disparate... isto tem de acabar". Isto é a lei da "bola na mão" ou a interpretação da mesma feita pelos árbitros. 

O golo, a lesão de Jovane poucos minutos depois e o teatro constante dos jogadores do Paços acabaram por desconcentrar o Sporting. Tiago Tomás foi egoísta e estragou uma jogada de golo. Chegámos ao intervalo com a vantagem mínima. O intervalo fez bem à equipa e passámos a controlar o adversário sem grandes problemas, ganhando tranquilamente. Adán, que esteve muito bem a desfazer dois centros do Paços e a colocar a bola à distância, não teve um remate enquadrado para defender.

Se a equipa valeu pelo todo, com Coates "el patron" imperial, os dois alas, Porro e Nuno Mendes, estiveram particularmente bem. Matheus Nunes é aquele jogador de que muitos não gostam, mas luta que se farta, varia jogo com qualidade, tem sido o carregador do piano que Wendel toca naquele meio-campo.

Bragança dá gosto ver jogar. Com Palhinha, Matheus Nunes, Wendel e também Pote temos um meio-campo com muitas soluções, sendo que Wendel se assume como titular indiscutível.

No ataque Amorim tem procurado tirar o melhor partido do plantel disponível e fisicamente capaz. Esta ideia de alinhar com três avançados móveis bem perto uns dos outros está a dar frutos, retirando referências e baralhando marcações às equipas adversárias, mas não chega para o que aí vem. Embora reconhecendo o esforço de Sporar, falta mesmo alguém que do pouco faça golos.

 

PS: Entretanto parece que se confirma que Ristovski é uma carta fora do baralho de Amorim. Depois de Plata, ontem foi Nuno Mendes que substituiu Porro na ala direita. A Bola fala na possível promoção de Bruno Gaspar. Já que ninguém pega num jogador que custou 5M€...

SL

Pódio: Wendel, Coates, Porro

Por curiosidade, aqui fica a soma das classificações atribuídas à actuação dos nossos jogadores no Paços de Ferreira-Sporting pelos três diários desportivos:

 

Wendel: 18

Coates: 18

Porro: 18

Nuno Mendes: 17

Tiago Tomás: 16

Feddal: 16

Jovane: 15

Adán: 15

Neto: 15

Vietto: 14

Daniel Bragança: 13

Nuno Santos: 13

Matheus Nunes: 13

Antunes: 6

Sporar: 6

 

O Jogo e A Bola elegeram  Wendel  como melhor em campo. O Record optou por  Nuno Mendes.

Rescaldo do jogo de ontem

Gostei

 

De começar o campeonato com uma vitória. Três pontos conquistados, num estádio sempre difícil: triunfo claro e sem margem para discussão do Sporting frente ao Paços de Ferreira, na Mata Real, por 2-0. Mais expressivo do que o suado 2-1 que lá conseguimos na época anterior, num onze que ainda integrava Bruno Fernandes, Mathieu e Acuña.

 

Da nossa organização defensiva. As equipas começam a construir-se de trás para a frente. É o que tem vindo a acontecer neste Sporting 2020/2021. Sem esquecer que a manobra defensiva, para ter sucesso, deve iniciar-se na zona mais adiantada do relvado. Os números confirmam que estamos no bom caminho: dois jogos oficiais disputados com apenas três dias de diferença, nenhum golo sofrido e apenas uma defesa do guardião Adán (no desafio anterior, em Alvalade, frente ao Aberdeen). Já quer dizer alguma coisa.

 

De Coates. Incansável na posição de libero, em que comanda o sector mais recuado, o nosso capitão insiste em marcar presença nas bolas paradas ofensivas e até consegue marcar em lance corrido, como desta vez aconteceu, ao sentenciar a vitória com um remate certeiro, aos 63', às redes do Paços. Foi o nosso segundo golo, pondo fim às dúvidas sobre o desfecho da partida. Voto nele como melhor em campo.

 

De Nuno Mendes. É um caso muito sério de talento, energia e disponibilidade criativa posta ao serviço da equipa. Com apenas 18 anos, assenta-lhe como uma luva a função de titular da ala esquerda neste sistema táctico, cabendo-lhe a pesada responsabilidade de suceder a Acuña nesta posição. Teve intervenção directa no segundo golo e fez uma sucessão de excelentes cruzamentos. O primeiro, logo aos 2', foi a régua e esquadro para Tiago Tomás, que desperdiçou a oportunidade isolado perante o guarda-redes. A partir dos 79', com a entrada de Antunes, fixou-se na ala direita, onde continuou a dar boa conta do recado.

 

De Wendel. Nem sempre se dá por ele, mas é um elemento pendular no onze do Sporting. Pauta o ritmo e o modo do ataque com a sua visão de jogo e a sua inegável capacidade técnica: com a  bola nos pés, é talvez o melhor elemento do plantel leonino. Isto permite-lhe pausar e acelerar o jogo, adequando-o às prioridades tácticas da equipa, e fazer variações de flanco com uma capacidade de passe muito acima da média. Desempenho positivo, uma vez mais.

 

De Daniel Bragança. O jovem médio entrou aos 65', rendendo Vietto, e posicionou-se no eixo do trio de avançados, contribuindo para a eficácia ofensiva da equipa, que nunca cessou de pressionar a saída de bola do Paços. Grande pormenor aos 75', deixando pregado ao chão um adversário com o seu virtuosismo técnico. Merecia uma ovação das bancadas, que continuam lamentavelmente vazias por incompreensível discriminação da Direcção-Geral da Saúde contra o futebol.

 

Dos reforços. Dos que jogaram hoje de início, todos aprovados. Adán muito seguro na baliza, com bons reflexos e competente a jogar com os pés. Porro, dono e senhor do corredor direito, confirmando a excelente impressão que já causara no jogo contra o Aberdeen. Feddal fazendo boa parceria com Coates - o que até ficou confirmado no lance do segundo golo. Nota positiva também para Nuno Santos, que entrou aos 31', substituindo o lesionado Jovane.

 

Do nosso jogo colectivo. A equipa joga mais ligada, mais organizada e até com mais alegria do que na época anterior. Exemplo disto é o lance do nosso segundo golo: Nuno Santos toca para Tiago Tomás junto à linha direita, o jovem avançado dribla um adversário e cruza em arco para o segundo poste, com a bola a ser aliviada em esforço e a sobrar para Nuno Mendes, que mesmo de pé direito a devolve à área, onde Feddal a recolhe e assiste de cabeça para Coates, que se liberta de marcação e a mete lá dentro. Este lance ilustra a magia do futebol como desporto colectivo.

 

Da contínua aposta em jovens. Média de idades do conjunto leonino neste jogo: 24 anos. Com seis jogadores sub-23 no onze titular: Porro, Nuno Mendes, Matheus Nunes, Wendel, Jovane e Tiago Tomás. Três deles oriundos da nossa formação. E ainda contámos com um quarto elemento da Academia de Alcochete: Daniel Bragança.

 

 

Não gostei
 

 

Da ausência de Rúben Amorim. O técnico leonino, diagnosticado com Covid-19, mantém-se de quarentena, afastado fisicamente da equipa. Um obstáculo que já deve ser superado na próxima jornada da Liga, a 4 de Outubro, quando nos deslocarmos a Portimão.

 

Do curto intervalo entre o jogo anterior e este. Decorreram apenas 69 horas entre o fim da partida em Alvalade frente ao Aberdeen, na passada quinta-feira, e o apito inicial deste Paços de Ferreira-Sporting. Sem sequer serem cumpridas as 72 horas recomendadas nos manuais para atenuar os índices de fadiga física. E segue-se outro desafio, já na quinta-feira: vamos receber o Lask Linz na campanha de pré-qualificação para a Liga Europa.

 

De Vietto. O argentino teve bons apontamentos ocasionais, mas foi o que esteve menos em evidência na nossa frente atacante: o melhor que fez foi um passe de calcanhar para Tiago Tomás aos 38'. Continua mal adaptado ao sistema táctico de Rúben Amorim - à semelhança do que sucede com Sporar, que ontem só entrou aos 79' (substituindo TT). E parece estar longe da melhor condição física: aos 65', visivelmente esgotado, foi rendido por Daniel Bragança.

 

Da lesão de Jovane. O luso-caboverdiano saiu aos 31', com muitas queixas musculares, agarrado a uma coxa. Já depois de ter marcado o nosso primeiro golo, convertendo da melhor maneira um penálti, logo aos 23'. Esperemos que não seja nada de grave. Este Sporting precisa de um Jovane na melhor forma.

 

Do árbitro Fábio Veríssimo. Típico apitador à portuguesa. Interrompeu o jogo a todo o momento e demonstrou uma chocante dualidade de critérios, aliás bem expressa nas estatísticas: os jogadores do Paços cometeram 18 faltas e só viram dois cartões, enquanto os do Sporting, com apenas 12 faltas, foram brindados com seis amarelos. Entre eles, um a Adán por "retardar" a reposição de bola (aos 48') e outro a Porro por falta inexistente. Estes árbitros que teimam em dar nas vistas pelos piores motivos deviam ver muitos jogos do campeonato inglês. Para aprenderem como e quando devem apitar.

O que importa hoje

Mais logo, com uma semana de atraso em relação aos rivais provocada por imposições sanitárias em contexto de crise pandémica, a equipa principal do Sporting inicia a prestação no campeonato de futebol 2020/2021. 

É isso que me interessa hoje. Como sempre fiz e sempre faço, em dias de jogo, nada mais me concentra a atenção senão isto: o apoio inequívoco à equipa. Uma espécie de lema que sigo sem quebras há quase nove anos.

O Sporting depois de Varandas

Os sócios do Sporting rejeitaram ontem de forma clara - claríssima - o relatório e contas e o orçamento da direcção de Frederico Varandas:

https://www.record.pt/futebol/futebol-nacional/liga-nos/sporting/detalhe/socios-do-sporting-chumbam-relatorio-e-contas-e-orcamento-por-larga-maioria?ref=HP_DestaquesPrincipais

Rejeitaram depois de umas semanas de intensa propaganda, com "notíciazinhas" diárias sobre o "naming" da Academia e até de campos de futebol dentro da mesma. Ouvimos a palavra "formação" centenas e centenas de vezes - como se a aposta nos jovens fosse novidade para o Sporting Clube de Portugal. Para o dia da votação a direcção guardou um "rebuçado": a contratação de um jogador do Portimonense (atente-se ao pormenor, "roubado ao Braga"):

https://www.record.pt/futebol/futebol-nacional/liga-nos/sporting/detalhe/tabata-o-novo-bruno-de-alvalade-que-o-sporting-roubou-ao-sp-braga?ref=Sporting_DestaquesPrincipais 

A afluência às urnas foi impressionante, tendo em conta que estamos em tempo de pandemia e de desânimo no Clube. 

Não há outra leitura a fazer de que o resultado da votação demonstra o descontentamento da larga maioria dos sócios com a direcção de Varandas, a sua falta de metas, de ideias e de resultados. 

No final da desastrosa época de futebol do ano passado, promovi um inquérito on-line - certamente falível - mas que já mostrava o descontentamento enorme com a falta de resultados do Clube: 

 https://sporting.blogs.sapo.pt/inquerito-mais-de-90-a-favor-de-5673337

Se a gente que se alapou à direcção do Sporting tivesse um pingo de honra, ter-se-ia já demitido a esta hora e convocado eleições. Já o devia ter feito antes, como aqui escrevi em Julho, para dar tempo à realização de eleições e preparação de uma nova época por outra direcção: 

https://sporting.blogs.sapo.pt/dr-varandas-se-e-um-homem-convoque-5668054

Virão agora os alapados dizer que é preciso estabilidade. Mas incompetência diária é o garante de instabilidade futura. 

Virão agora os alapados dizer que se não forem eles no leme, por aí virá o caos dos malvados das claques. Mas foram eles que, depois de numa primeira fase terem dado o abraço às claques, se passaram a referir a estas como "escumalha", "anormais"  e coisas afins. E, como sabemos (e vemos...), não há melhor receita para a violência do que o insulto a gente violenta.

Sobretudo, virão agora os alapados dizer que não podemos voltar ao passado. Pois não. E, felizmente, o Sporting tem imensa gente competente e disponível para ajudar o Clube. Como também aqui já disse, Pedro Azevedo tem o perfil certo para devolver o Sporting à sua grandeza:

https://sporting.blogs.sapo.pt/pedro-azevedo-um-excelente-candidato-a-5692321

Dr Varandas... endireite as costas, levante o queixo, puxe os ombros para trás e preserve a dignidade que lhe resta - demita-se. 

A voz do leitor

«Sou sócio há mais de 30 anos, com qualquer presidente (e a maior parte deles detestei), qualquer treinador (e poucos tiverem qualidade) e com quaisquer jogadores. Eu não sou sócio do presidente (não votei em Varandas), dos treinadores ou dos jogadores. Sou, com muito orgulho, sócio do Sporting Clube de Portugal!»

 

JMA, neste texto da CAL

F. Varandas cada vez mais perto do fim da linha... - IV

Desde o outono de 2019 que defendo abertamente a antecipação de eleições. Primeiro para a Primavera de 2020, falei inclusivamente em Março ou Abril, meses que o COVID19 inviabilizou, posteriormente passei a defender que as mesmas passassem para o Outono. 2020, após o encerramento do mercado de transferências. Também sugeri há vários meses, que as AG para votação do orçamento e posteriormente a do r&c seriam oportunidades para mostrar um cartão amarelo ao CD. Por via da pandemia, as duas AG ordinárias previstas foram reunidas numa só.

Porque não gosto de más companhias, mesmo que circunstanciais, evitei fazer abertamente campanha pelo chumbo dos documentos. É fácil de prever que o lunático alienado em boa hora destituído e seus fervorosos acólitos acéfalos irão procurar cavalgar o resultado das votações, mas não se iludam, uma coisa é termos assistido à amostra de cartão amarelo a F. Varandas, outra bem diferente é querer regressar ao passado troglodita.

Não chegámos a este resultado por acaso, nem por obra e graça divina, ele resulta em primeiro lugar da fragilidade da direcção eleita desde o dia da tomada de posse. A não existência de 2.ª volta, propicia a eleição de órgãos sociais com votação pouco expressiva.

A falta de empatia, ausência de comunicação, péssima gestão do futebol, culminando num horrendo 4.º lugar, levaram a que os sócios apresentassem hoje a F. Varandas a factura, onde estarão entre outras as contratações de T. Ilori, Fernando, Jesé, Bolasie, a manutenção no cargo de Hugo Viana e sucessivas fugas em frente na contratação de treinadores.

A partir de hoje, caberá a F. Varandas decidir se nada muda ou tudo muda. Não é obrigatório que se demitam ou, como defendo, antecipem eleições, mas sabem que não contam com a aprovação dos sócios. Se mantiverem teimosamente o rumo, em 2022 nem 10% dos votos provavelmente irão conseguir e acabarão por sair pela porta pequena.

Têm a palavra o presidente F. Varandas e restantes membros dos órgãos sociais. Entretanto, porque o SCP é um grande clube, com vários sócios qualificados, é natural que se vão preparando candidaturas. Não tenhamos medo do futuro.

 

Adenda - Comunicado oficial do Sporting Clube de Portugal

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