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És a nossa Fé!

As lapas e os barões alapados

Não fosse a silly season do Sporting all over the damn year e a gente até dava de barato as notícias das dívidas, como refere o Pedro Correia mais abaixo, que serão carvão mais ou menos intenso quanto maiores são as verbas supostamente em dívida e de quanto menos importantes no panorama futebolístico são os reclamantes e a que já vamos estando habituados. Nisto da bola quer-me parecer que todos devem a todos, o que define muito bem o quão inflacionado e irrealista é o panorama a nível global. Nada contra os empresários, os poucos que são sérios, mas eles são os enormes culpados por um mais que anunciado declíneo do futebol, pelo menos fora dos big five, como o conhecemos. O fosso que vai sendo cavado está na iminência de tornar todos os outros em pouco mais que meros fornecedores de matéria-prima para o circo dos ricos.

E a propósito de empresários e pagamentos ou falta deles, ressuscito o pagamento a Jorge Mendes de uma verba considerável num negócio que envolveu Rui Patrício e a renovação do contrato, bem como a compra da totalidade do passe. Entendeu e bem o Sporting liderado por Bruno de Carvalho na altura, que não seria devido a JM qualquer verba. O Sporting liderado por Frederico Varandas entendeu reverter esta situação e pagou cerca de 4M€ se a memória não me falha, por uma percentagem dos direitos económicos do jogador. Teve outro entendimento, com o qual estou em desacordo, mas adiante, responderá pelos seus erros de gestão cedo ou tarde. O que me espanta é que pouco tempo depois e na minha opinião com a mesma razão que assistiu à decisão do seu antecessor, decidiu não pagar à Sampdória uma mais-valia pela transferência do jogador Bruno Fernandes para Manchester. A questão aqui é, se me permitem a interpretação, que há uma clara dualidade de critérios (se paga a um terá que pagar ao outro, ou não paga a ambos, os motivos são semelhantes), que só se pode interpretar como uma dependência gritante dos bons(?) ofícios do super-agente, que pelo que temos visto tem retribuido a contento, com a colocação de verdadeiros craques nas nossas tropas, vulgo os Jesés coxos, marrecos e pernetas que por cá têm arribado e vão sorvendo os muitos milhões que Frederico Varandas se gaba de ter conseguido em vendas (e conseguiu, de forma tosca, mas já lá vamos), depauperando os cofres da SAD e do clube, como accionista maioritário da sociedade.

Já dizia um ex-primeiro-ministro que dívida não é para ser paga ( estranho conceito, este ), mas entre o deve e o haver a coisa deve andar equilibrada. Haverá eventualmente, num exercício de especulação apenas, uma falta de acerto de compromissos em que me parece que esta rapaziada que dirige(?) o clube parece ser barra. Jovem turco não é quem quer, é quem pode e sabe...

E vamos lá ao título do post então, com a notícia da venda (carvão? preparação dos sócios para o inevitável?) de Palhinha, com o Braga (grrrrrrrr!!!) a levar neste caso mais alguns milhões, num negócio surreal (algo a ver com o negócio Amorim?). Desculpem o meu péssimo francês, mas isto é mesmo sem vaselina... O título, dizia eu: Perante uma época desastrosa, com a quebra de todos os recordes negativos, menos o do sétimo lugar na classificação (grande desiderato!), uma conta de gerência aterradora (dizem eles, não eu que não entendo nada de finanças), depois da venda dos melhores activos desportivos e da preparação da venda dos poucos anéis que restam (ande umas linhas para trás), depois da contratação de nulidades e um fantasma onde gastaram grosso modo 150M€, entre custos de passes e vencimentos, com a contratação de um treinador sem a qualificação necessária, o segundo depois de Silas, que não ganhou a nenhum dos adversários directos e cujo passe custou a verba estratorférica de, custos totais, mais de 20M€ (indemnização ao... Braga! Vencimentos, equipa técnica), etc. etc. esta gente, liderada por um suposto representante dos associados, mas que em primeira instância representará outros interesses (onde raio já se viu um dirigente de um clube ser representante de um grupo interessado na compra da sua SAD?), que não cumpre descaradamente os estatutos, numa posição ditatorial (onde é que eu já ouvi falar em coreano em relação a dirigentes do Sporting?) que insiste em não dar a palavra aos sócios, utilizando um estratagema rasca de adiamento da AG para aprovação do orçamento, que será chumbado e onde haverá um expressivo voto de repúdio à gestão Varandas/Alves, para as calendas, denota um comportamento digno de...lapa! Para quem não conhece, a lapa é um molusco gastrópode marinho que vive nas zonas intermareais, tipo nem é do molhado, nem é do seco, aproveita o melhor de ambos. Caracterizam-se por se fixarem (alaparem) de forma resistente à rocha onde crescem, vivem e morrem, alimentando-se do que outros produzem, sem qualquer esforço próprio. Mamam à pála, em bom português.

Eu, nas minhas passeatas durante as marés baixas, desalapo algumas que preparo na chapa, com um sumo de lima, alho, picante e manteiga. Estas eu, com alguma argúcia e sentido de antecipação, consigo desalapar.

As que se alaparam ao poder no Sporting eu sozinho não consigo, mas terá que haver uma grande maré que convença muita gente a molhar o cu para desalapar estes incompetentes que, saindo do Sporting, dificilmente terão rocha que os acolha. Sob pena de não haver mais Sporting.

Subitamente no verão passado

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Foi assim que terminou o processo Cashball, que esteve para o ataque a Alcochete e para o desvario final de Bruno de Carvalho como o atentado a Carlos Lacerda esteve para o Manifesto dos Generais e para o suicídio de Getúlio Vargas. Desta vez ninguém morreu, felizmente, e Bas Dost foi o único a sofrer ferimentos, ainda que os prejuízos para o Sporting decorrentes disto ameacem ser incalculáveis.

Quem tiver curiosidade sobre o que aconteceu entre o atentado a Carlos Lacerda e o suicídio de Getúlio Vargas pode ler o belíssimo romance "Agosto", de Rubem Fonseca. Já o Cashball foi criado por um ficcionista muito menos capacitado, mas com um "agente literário" tão bom ou tão influente que ainda assim logrou a suspensão da descrença de alguns daqueles que ouviram o seu relato de uma rede de resultados combinados no futebol e no andebol em benefício do Sporting.

Mais do que uma narrativa bem articulada que ajudou a arrasar o meu clube e a colocá-lo nas mãos de quem se tem servido dele, o Cashball fica para mim como uma nódoa no trajecto profissional. Embora ainda hoje queira acreditar que aqueles que propagaram as vergonhosas invenções de um desqualificado mal-aventurado o fizeram sem conhecimento de estarem a validar invenções desprovidas de ligação à realidade (um dos supostos "corrompidos" pelo Sporting fez algumas das melhores defesas que já vi um guarda-redes fazer no jogo em que supostamente recebeu para deixar entrar golos), a minha incapacidade de travar o comboio desgovernado que me apareceu pela frente ainda hoje me custa.

Devo ao Cashball e ao que se passou naqueles meses de 2018 a abrupta necessidade de encontrar um novo rumo para a minha vida profissional, e ainda por cima para melhor. Espero que um dia também o Sporting possa dizer o mesmo, mas temo que esse dia não esteja para breve.

Mário Moniz Pereira

 

Faz hoje quatro anos que faleceu Mário Moniz Pereira, figura maior do Sporting, do desporto mundial e da cultura portuguesa.

O Pedro Correia deixa aqui um texto sobre dívidas, porém há uma dívida que o Sporting terá de cumprir: a construção da Academia Olímpica Mário Moniz Pereira, para o Atletismo e outras modalidades do clube, ditas amadoras.

A memória deste vulto exige-o.

O súbito "surto de dívidas"

Há épocas recorrentes nos órgãos de comunicação social. Há a "época dos fogos", a época balnear, a época dos "surtos de gripe", a época dos assaltos (esta, em regra, coincidente com o defeso futebolístico, que instala um súbito vazio em várias redacções). 

Existe também, sobretudo na imprensa desportiva, a época do "surto de dívidas". Os mais incautos e distraídos poderão supor que se trata de algo inédito, nunca ocorrido antes, absolutamente em estreia, e que só envolve o Sporting. Como se todos os clubes não devessem a outros clubes quantias de maior ou menor dimensão neste mercado sempre flutuante das movimentações de jogadores, com ou sem crise pandémica.

É tempo de sossegar tão boas almas. Os "surtos de dívidas" estampados nas manchetes dos jornais funcionam à semelhança das "vagas de assaltos" destinadas a preencher vazios informativos: são cíclicos, recorrentes e motivados por indignações muito selectivas. Hoje visam esta administração da SAD leonina, mas já visaram gerências anteriores.

Seguem-se alguns exemplos, enumerados sem grande esforço de memória.

 

26 de Abril de 2016:

Doyen acusa o Sporting de lhe dever 15 milhões de euros, acrescidos de juros, relativos à transferência de Rojo para o Manchester United e da rescisão do contrato com Labyad.

 

19 de Maio de 2017:

Tribunal Arbitral do Desporto, na Suíça, executa parte da dívida do Sporting à Doyen, avaliada em 17 milhões de euros, penhorando 2,5 milhões de receitas leoninas nas competições europeias.

 

25 de Março de 2018:

Braga reclama junto do Sporting cerca de um milhão de euros alegadamente em falta, quantia correspondente à segunda parcela pela transferência de Battaglia.

 

27 de Março de 2018:

Racing Avellaneda pondera apresentar queixa contra o Sporting na FIFA por falha no pagamento da última prestação relativo à venda de Acuña, estando em causa 1,65 milhões de euros

 

5 de Agosto de 2018:

V. Guimarães ameaça formalizar queixa contra o Sporting na FIFA por falta de pagamento de uma prestação relativa à transferência de Raphinha no valor de 2,5 milhões de euros.

 

Curvas e contracurvas

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Dos títulos da imprensa, só no dia de ontem:

 

«Bragança com lugar garantido» (Record)

«Bruno Tavares bate à porta de Amorim» (Record)

«Diaby volta à lista do Antuérpia» (Record)

«Eduardo tem mercado espanhol» (A Bola)

«Feddal treme, mas está de pé» (O Jogo)

«Gauleses e ingleses para Doumbia» (A Bola)

«Geraldes tem guia de marcha» (Record)

«Ingleses fazem cerco a Jovane» (Record)

«Leão pede 18 milhões por Camacho» (A Bola)

«Miguel Luís será emprestado» (Record)

«Rodrigo Fernandes está de saída» (Record)

«Rosier afastado após confrontar Amorim» (O Jogo)

«Wolfsburgo pensa na aquisição de Ristovski» (A Bola)

 

(em actualização)

Globalmente, o ano foi medíocre

Texto de Orlando Marinho

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A presidência do Sporting, vista por um crente, devia ser uma espécie de sacerdócio onde nos colocamos ao serviço do Clube. Sei bem que muitos defendem que João Rocha ou Sousa Cintra foram os melhores presidentes que tivemos, mas eu digo: por isso estamos onde estamos. Um entendeu que o Paulo Futre devia sair para rodar, o outro entendeu demitir Bobby Robson. Das duas uma, ou choramos ou bebemos para esquecer.

O mais estranho é que temos no seio do clube gente que trabalha com resultados unanimemente reconhecidos, invejados e por isso não poucas vezes ficamos desfalcados de alguns elementos. O que acontece então na equipa principal? A única explicação que me ocorre, e corrijam-me se não virem como eu, é por pura vaidade de quem é eleito e que vai para o poder apenas com a ambição de mandar, nem que seja mal.

Vão para o poder como sendo o Santo Graal da vida deles.


Para quem vê de fora, o trabalho nem parece muito complicado: é não estragar o que foi feito nas camadas jovens, colocar os jovens a rodar, os que devem rodar, outros devem entrar logo e contratar jogadores para as posições que a formação não tenha produzido valores suficiente bons para ocupar os lugares, e já está.

Precisa também de criar uns degraus de vencimentos justos, porque afinal estamos a falar de profissionais, para premiar o desempenho. Falta ainda ser capaz de lidar com empresários que têm o poder para meter a cabeça em água aos jogadores, aliciando-os com valores com muitos zeros.

 

Havia outras competências que [um presidente] devia ter, como a união de todos os Sportinguistas à volta do Clube, a capacidade de intervir na Liga para tornar o campeonato muito mais competitivo e consequentemente mais apelativo. Exigir uma distribuição de receitas por desempenho na Liga, relacionadas com o número de espectadores nos estádios. Exigir um Conselho de Disciplina real. Obrigar os clubes a entregar garantias bancárias para que os jogadores recebam mesmo os valores acordados até ao final da época para evitar o que aconteceu no Aves este ano e também para impedir que os clubes lutem com diferentes armas.

Relativamente ao presidente actual, globalmente o ano foi medíocre e apenas gostei da contratação do Rúben Amorim e gostei muito de ver o início da construção de uma equipa de futebol no verdadeiro sentido da palavra.

Espero que não venha nenhum iluminado e mude tudo de novo.

 

Texto do leitor Orlando Marinho, publicado originalmente aqui.

A voz do leitor

«Não ponho em questão a qualidade de Palhinha nem a de Doumbia. Ainda que admitindo que o primeiro é igual ao segundo, Doumbia tem maior potencial de valorização que Palhinha. Um jogador africano, internacional pelo seu país, que vai aparecer com regularidade nas melhores competições mundiais pela sua selecção, tem seguramente melhor montra que Palhinha, que aos 25 anos terá muita dificuldade para ser internacional por Portugal. Nessa perspectiva entendo a contratação de Doumbia.»

 

Leão de Quiosque, neste texto do leitor Balakov-Oceano

Pódio

Como sabem, o Pedro Correia tráz aqui jornada a jornada a soma das classificações atribuídas à actuação dos nossos jogadores pelos três diários desportivos, que eu acompanho fazendo as contas agregadas.

Já com algum atraso, partilho aqui convosco o agregado final deste campeonato.

Pontuação Total:

1 Coates 402
2 Wendel 389
3 Acuña 344
4 Vietto 336
5 Max 328
6 Bruno Fernandes 280
7 Mathieu 274
8 Doumbia 262
9 Borja 256
10 Ristovski 255
11 Plata 242
12 Jovane 236
13 Sporar 220
14 Luiz Phellype 202
15 Camacho 201
16 Bolasie 190
17 Battaglia 183
18 Neto 174
19 Eduardo 171
20 Renan 163
21 Jesé 135
22 Matheus Nunes 132
23 Nuno Mendes 128
24 Quaresma 111
25 Rosier 97
26 Francisco Geraldes 94
27 Ilori 93
28 Raphinha 60
29 Tiago Tomás 53
30 Thierry 48
31 Joelson 42
32 Pedro Mendes 37
33 Miguel Luis 26
34 Rodrigo Fernandes 19
35 Diaby 11
36 Bas Dost 9

Desempenho Médio:

1 Bruno Fernandes 16,5
2 Jovane 15,7
3 Raphinha 15,0
4 Renan 14,8
5 Mathieu 14,4
6 Acuña 14,3
7 Max 14,3
8 Nuno Mendes 14,2
9 Vietto 14,0
10 Wendel 13,9
11 Quaresma 13,9
12 Coates 13,9
13 Sporar 13,8
14 Bolasie 13,6
15 Matheus Nunes 13,2
16 Miguel Luis 13,0
17 Ristovski 12,8
18 Plata 12,7
19 Luiz Phellype 12,6
20 Neto 12,4
21 Battaglia 12,2
22 Rosier 12,1
23 Thierry 12,0
24 Doumbia 11,9
25 Francisco Geraldes 11,8
26 Borja 11,6
27 Ilori 11,6
28 Eduardo 11,4
29 Jesé 11,3
30 Camacho 11,2
31 Diaby 11,0
32 Tiago Tomás 10,6
33 Joelson 10,5
34 Rodrigo Fernandes 9,5
35 Pedro Mendes 9,3
36 Bas Dost 9,0

Melhores em campo (Num. jornadas):

1 B.Fernandes 9
2 Jovane 4
3 Vietto 4
4 Max 4
5 Plata 3
6 Acuna 3
7 Sporar 2
8 Nuno Mendes 2
9 Mathieu 2
10 Bolasie 2
11 Tiago Tomás 1
12 Coates 1
13 Ristovski 1
14 Raphinha 1
15 Wendel 1
16 Renan 1
17 Eduardo 1
18 Borja 1
19 Neto 1


Os números são estes, salvo qualquer erro de contagem. 

E olhando para estes números, parece-me que nalguns casos não damos o devido valor a quem demonstra com números a sua qualidade ao serviço do Sporting. Por exemplo, Coates, Wendel, Acuña e Vietto.

E honra a Rúben Amorim que conseguiu colocar Max (4x), Jovane (4x), Plata (3x), Nuno Mendes (2x) e Tiago Tomás (1x) na lista dos melhores em campo. E é isso que penso que temos de valorizar. Quanto poderão valer estes cinco ? Com Plata à cabeça ?

O MVP do Sporting neste campeonato, o jogador que mais rendeu de princípio ao fim do campeonato, excluindo os que entretanto sairam e os que acabaram a carreira, para mim foi:

Seba Coates

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Os meus parabéns, Seba. Que continues por muito tempo ao serviço do Sporting.

SL

 

O prémio pela extraordinária época

Em Outubro de 2019 levantou grande celeuma uma proposta de um significativo aumento da remuneração dos administradores da SAD do Sporting. 

Na altura foram os próprios accionistas da SAD que escreveram ao presidente da mesa da assembleia da SAD a questionar a oportunidade daquele aumento. A proposta não foi retirada e foi mesmo aprovada pela maioria dos accionistas da SAD. Salgado Zenha na altura, vendo toda a controvérsia que existiu, veio logo informar que embora aprovado este grande aumento das remunerações da administração, tinham decidido suspender por uma época estes aumentos.

Pois bem, a época terminou e não havendo qualquer outra novidade, a partir deste mês de Julho a administração da SAD foi recompensada, e bem recompensada, por esta extraordinária época.

Assim, no meio de todas as notícias sobre incumprimentos com terceiros, que arrastam o bom nome do nosso clube para a lama, a administração da SAD vai a partir deste mês ter as suas contas mais compostas, premiando deste modo a excelente gestão que foi feita ao longo desta extraordinária época. 

É este o Sporting que hoje temos. É esta direcção que está na frente dos destinos do nosso clube. Que aceita este aumento salarial depois de uma das piores épocas de que há memória.

 

 

Fernando Fernandes e os outros Fernandes

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Ia escrever sobre Fernando Fernandes, campeão e treinador de campeões, uma pessoa que tive o gosto de conhecer, com quem tive a alacridade de privar, boa pessoa, duma simplicidade cativante que nos mostra que para ser campeão na vida não é necessário ser campeão na arrogância.

Entretanto surgiu esta "notícia" sem contraditório; «Bruno Fernandes não presta para quase nada, só para marcar penáltis» (isto pronuncia-se como? sempre disse: pénalti!; é pénalti, filho da *uta, tás comprado ou quê?, será que que tenho de começar a injuriar os árbitros à "Cascais"; pe-nál-ti, rico, seu possidónio, não tá-se mêmo a ver qe foi pe-nál-ti? de todo! c'o rror!, possidóooonio!").

"O Bruno (...) provou ser um grande marcador de penáltis" / "O Gedson é um miúdo fantástico com muita qualidade".

(as frases do parágrafo acima são de José Mourinho sobre Bruno Fernandes e Gedson Fernandes, p.31, Record de 2020.07.29)

Não vou fazer juízos de valor, supostamente, foi uma pessoa com carteira de jornalista que recolheu esta informação e a publicou; eu que não sou jornalista teria perguntado ao "melhor treinador do mundo":

- Acredita que Gedson Fernandes é melhor jogador de futebol que Bruno Fernandes? Acredita que foi mais determinante a presença de Gedson no Tottenham que a presença de Bruno Fernandes no United?

(só perguntava isto porque o Tottenham de Mourinho e Gedson foi eliminado da "champions" por uma equipa austríaca e o Manchester United de Bruno Fernandes classificou-se para a "champions" sem espinhas).

Só acredito em seis jogadores

Texto de João Rafael

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Há um ditado que diz: "Quando o macaco não sabe dançar, diz que o chão está torto." Assenta que nem uma luva. Isto é um desastre. Não duvido do sportinguismo de Frederico Varandas, como não duvidava do sportinguismo de Bruno de Carvalho: do que tenho sérias dúvidas (cada vez menores...) é que se trate de um indivíduo competente; ele e os que o acompanham, porque isto de ter sido jogador profissional pouco conta para a importante função de director desportivo.

Assim por alto, deixo as estatísticas, relativas a esta época, dos reforços que se anunciam: Pedro Porro, 15 jogos no Valladolid; Feddal, 18 jogos no Bétis; Jason, 25 jogos no Getafe, com um golo e quatro assistências. Veredicto: mais entulho.

De caras, Paulinho, Ricardo Horta e Galeno eram titulares no Sporting, o mesmo acontecendo com André Horta, Fransérgio e Palhinha. Isto é gravíssimo. Onde está o critério nas contratações? Qual é o perfil? Ninguém percebeu. Há algum jogador contratado por esta direcção que tenha tido um efeito positivo no plantel?

Quanto à saída de Acuña, parece lógica. Na esquerda, o puto Mendes dá-lhe 20 a 0. E para jogar numa linha de três está à vista o desastre: Rúben Dias ganha de cabeça e golo do Esferovite.

Antunes, experiente e de borla, para suplente não é mau.

 

Não queria ser muito pessimista, mas apenas acredito em Max, Coates, Quaresma, Mendes, Matheus e (talvez) Jovane.

Plata fez um jogo que nem nas escolinhas. A continuar assim recebe o rótulo de jogador banal.

Ristovski nem merece comentários; Ilori idem; Camacho tem de dar corda aos sapatos; Wendel precisa de intensidade; Sporar, de mais genica.

Mas não conseguimos ir buscar ninguém ao Barcelona B ou ao Castilla? O Braga foi buscar Abel Ruiz, que me parece um belo jogador (um negócio nebuloso, ligado à transferência do Trincão). Era a altura de promover o regresso de Adrien, João Mário e Paulo Oliveira.

Palhinha, se não houver negócio, tem de ficar. Bragança e Gelson Dala têm direito a uma oportunidade!

 

Texto do leitor João Rafael, publicado originalmente aqui.

A voz do leitor

«Foi muito caro, este treinador? Sem dúvida, mas trouxe organização ao nosso futebol. E ideias. A continuar assim até pode vir a ser “barato”, o tempo o dirá. Como a maioria, eu não o conhecia como treinador, mas chegou e tem vindo a adaptar com sucesso os jogadores à sua ideia de futebol. Não gosto de treinadores que dizem necessitar de seis meses para pôr a equipa a jogar, ou que precisam de comprar 20 jogadores por época... estes treinadores saem caríssimos. Ainda é cedo, mas se vierem três ou quatro verdadeiros reforços, a próxima época pode vir a ser muito interessante.»

 

António 1969, neste texto do Luís Lisboa

2019/2020: os marcadores dos nossos golos

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Bruno Fernandes 15 (Braga, Rio Ave, Boavista, PSV, Rio Ave, Aves, Lask Linz, Paços de Ferreira, Rosenborg, PSV, PSV, Gil Vicente, Santa Clara, V. Setúbal, V. Setúbal)

Luiz Phellype 9 (Portimonense, Rio Ave, Lask Linz, Paços de Ferreira, PSV, Moreirense, Santa Clara, Santa Clara, Portimonense)

Vietto 8 (Famalicão, Belenenses SAD, Belenenses SAD, Gil Vicente, Portimonense, Basaksehir, Basaksehir, Aves)

Sporar 7 (Basaksehir, Boavista, Aves, V. Guimarães, V. Guimarães, Tondela, Benfica)

Coates 6 (Marítimo, V. Guimarães, Rosenborg, Basaksehir, Famalicão, Belenenses SAD)

Jovane 6 (Rio Ave, Paços de Ferreira, Tondela, Belenenses SAD, Belenenses SAD, Santa Clara)

Mathieu 3 (PSV, Braga, Portimonense)

Wendel 3 (Braga, Gil Vicente, Gil Vicente)

Plata 3 (Portimonense, Boavista, Gil Vicente)

Raphinha 2 (Portimonense, Portimonense)

Bolasie 2 (Rosenborg, Santa Clara)

Acuña 2 (V. Guimarães, FC Porto)

Pedro Mendes 1 (PSV)

Jesé 1 (V. Guimarães)

Rafael Camacho 1 (Portimonense)

Borja 1 (Marítimo)

João Meira 1 (defesa do V. Setúbal, autogolo)

Jadson 1 (defesa do Portimonense, autogolo)

Sporting TV e Jornal Sporting - Propaganda ou representatividade e escrutínio?

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Imagens: retiradas da internet

O tema órgãos de comunicação social do Clube tem merecido interesse em grande parte por haver algum consenso em torno da ideia de que… são órgãos de comunicação social ao serviço das suas Direcções. O Clube é dos sócios, os órgãos de comunicação social do Clube servem para informar os sócios, dizem-nos, mas no momento de prestar contas aos sócios, são preteridos a favor de meios de comunicação de abrangência nacional. Foi o que aconteceu ainda ontem.

Os sócios organizam iniciativas, mobilizam-se em torno da discussão sobre a realidade do Clube, mas os órgãos de comunicação do Clube não fazem qualquer menção à sua existência. Ter-se-ão esquecido os promotores de avisar atempadamente?

No dia de ontem, insurgi-me já que me vi obrigada a comprar um jornal desportivo para conhecer a reflexão do presidente do Sporting Clube de Portugal sobre a época futebolística que terminou. Para além de sócia, assino o Jornal Sporting. Fará sentido ser obrigada a comprar outro Jornal para este fim?

Expectar que o Jornal Sporting fosse o palco para a finalidade acima descrita, é demasiado desfasado da realidade? Exigência estapafúrdia?

O que fazer se no passado recente como actualmente os sócios não beneficiam das potencialidades disponibilizadas pelos seus órgãos de comunicação social?

Como é que se autonomizam Jornal Sporting, Sporting TV e perfis das redes sociais do Sporting Clube de Portugal, dos órgãos sociais em exercício? Poderão ser voz da maioria dos sócios e não da minoria que constitui ‘sócios eleitos para órgãos sociais'? Poderão ou deverão?

O teor do comentário (não assinado) a que dei destaque ontem e que foi remetido por e-mail - pelo seu autor - para o Jornal Sporting, fica aquém da exigência mínima para figurar nas páginas do nosso jornal? Não se socorre de palavras (várias) escritas em maiúsculas ao longo do texto, é certo, nem precisa, já que a qualidade do seu conteúdo faz-se ouvir loud and clear (acrescentaria ainda os comentários do consócio André sobre o tema ‘Renumeração’).

Perdoem-me… o anglicismo.

Propaganda ou representatividade e escrutínio?

*post escrito na sequência de comentário que levou ao repto lançado por Pedro Correia

Quarto com vista para o terceiro



Resulta evidente para mim que no próximo ano vamos lutar com o Braga pelo quarto lugar.
E não vai ser nada fácil. Braga tem ambiente mais calmo, mais estrutura, é um clube empoderado por vir a crescer e a morder os calcanhares ao terceiro grande, tem bom plantel, tem um futebol físico, paga salários muitos mais baixos, não tem a imprensa e as redes 24 horas por dia em cima, tem boas individualidades que “resolvem” e terá um treinador com ideia de jogo e conhecedor do futebol português.
Ruben Amorim parte bastantes degraus abaixo em experiência, calo, quantidade e qualidade de jogadores, organização e quantidade de pressão (no Sporting é cem mil vezes maior que no Braga, um clube sem adeptos). Além disso, as nossas Finanças coiso. 
A perspetiva para a próxima época é, pois, aterradora. Doidos a fingir que somos um grande, e com o Braga sempre a soltar o bafo para cima de nós, temos é de ter cuidado com Rio Ave, Guimarães e talvez outro clube “sensação”. Até podemos ficar em quinto, digo eu.
É culpa do Varandas? Não acho. Nem acho culpa do Bruno ou sequer do Godinho. Enfim, é obviamente culpa de todos um bocadinho, mas não acho que seja culpa de ninguém especificamente. Há décadas que estamos numa trajetória descendente e a ganhar velocidade para aterrar de vez numa espécie de limbo entre o pódium e os chatos que disputam connosco o apuramento para a Liga Europa.
A solução? Sorte. Só isto, sorte. E fazer por isso, como é evidente.
Claro que precisamos de ter bons jogadores, boa equipa, boa estrutura, essas coisas, mas no nosso caso precisamos de lutar por ter sorte. Como preparamos mal a época, ficamos sem o Luiz Phellype por lesão e ficamos tão descalços que meter um golo que fosse se tornou um acontecimento. O Braga, por exemplo, sendo competente, acabou por ter sorte no último minuto com aquele pezinho que meteu o Vinícius em jogo e deu a vitória ao Benfica.
Embora possa dar essa ideia, não estou a desconversar nem com mensagens enigmáticas. Apenas a dizer que precisamos de admitir que nos falta a sorte e estarmos preparados para a reconhecer - um dia que esta apareça.

Feito de Sporting

Nem só de qualidade vive o plantel do Sporting, mas também de sportinguismo, de jogadores que nos tenham para oferecer esforço, dedicação e devoção.

Nesse sentido, ocorrem-me os seguintes nomes que gostaria que integrassem o plantel da próxima época:

Na baliza, Beto. Jogador livre, sportinguista dos sete costados, seria o padrinho perfeito para ajudar à maturação de Max.

No meio campo, Adrien. Jogador que já manifestou publicamente vontade em voltar ao Sporting, seria novamente o capitão da equipa, a liderar aquela juventude toda.

Na frente de ataque, Ricardo Quaresma. Jogador livre, tem carinho pelo Sporting, seria o padrinho perfeito para ajudar à maturação de Plata, Rafael Camacho, eventualmente de Joelson, e de mais algum miúdo a sair da fornada da Academia.

São jogadores assim que puxam pela nossa ligação à equipa, pela sua competitividade, não os Bolasies ou Jesés desta vida. 

Para sair

Cada um de nós terá a sua opinião sobre os jogadores que devem sair do actual plantel do Sporting. Porque deixaram de ser úteis. Porque demonstraram insuperável incapacidade de adaptação. Ou porque, revelando ausência absoluta de talento, nunca deviam ter sido contratados.

 

Deixo aqui a minha lista, ordenada não por ordem de preferência mas por ordem alfabética:

Battaglia

Borja

Bruno Gaspar

Diaby

Eduardo

Idrissa Doumbia

Ilori

Luiz Phellype

Lumor

Mattheus Oliveira

Miguel Luís

Neto

Renan

Ristovski

Rosier

 

Gostaria de a comparar com as vossas.

Digam-me que jogadores devem sair. E, se quiserem, digam também quem deveria chegar.

Mais uma oportunidade perdida

Um clube sem grandes hábitos de vitória, como é infelizmente o Sporting no futebol nas últimas décadas, não pode deixar de aproveitar as falhas dos seus rivais e os momentos em que estão menos bem.
Neste século, esta época foi a terceira em que isto aconteceu, depois das de 2001 e 2005. Esses foram os campeonatos mais mal perdidos pelo Sporting de que eu me lembro. Em ambos ficámos incrivelmente em terceiro, com os nossos principais rivais enfraquecidos. Com um pouco mais de paciência, estabilidade e bom planeamento, foram dois títulos que não deveriam ter fugido ao Sporting. E o mesmo se pode dizer nesta época. O FC Porto foi um justo campeão, mas foi o campeão mais fraco dos últimos anos. A campanha europeia não engana. Poucos discordarão que aquela equipa de 2018 que Bruno de Carvalho tanto destratou levando os jogadores a rescindir teria sido tranquilamente campeã este ano. Mesmo se, naturalmente, entretanto alguns jogadores tivessem saído, desde que se tivesse mantido a equipa técnica e o núcleo duro. Convém os sportinguistas terem isto presente. Agora a realidade não foi essa, e não podemos fingir que nada sucedeu. Os acontecimentos do verão de 2018 fragilizaram muito a equipa e o clube. Talvez fosse irrealista exigir um Sporting tão competitivo como aquele de 2018. Mesmo assim, estes foram o Benfica e o FC Porto mais fracos (simultaneamente) da década. Seria exigível que o Sporting estivesse, pelo menos, ao nível destes clubes. Ter tido um Sporting tão longe daqueles dois clubes este ano é inaceitável e só revela incompetência.

É preciso agir

Texto de Pedro Sousa

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Vamos ter reforços velhos (experientes, na versão Varandas).

A qualidade, que é o que deveria ser inegociável, parece pormenor descurado.

Pouco me importa que os reforços tenham 18 ou 34 anos desde que sejam melhores que os que cá estão, reais mais-valias. Além de que a experiência não é necessariamente um exclusivo da idade.

 

Varandas assume "total responsabilidade, mas"...

Quando existe um "mas", não está a assumir nada. A culpa é das dívidas que vêm do passado (suponho que Amorim não seja uma dívida), dos investimentos que teve que fazer na academia, do ataque a Alcochete, do(s) Bruno(s), de tudo e de todos. Assume a responsabilidade, mas afinal parece não ter errado em nada.

Ficamos a saber, também, que o principal culpado desta péssima temporada é Bruno Fernandes.

 

O clube não tem dinheiro.

O clube fez 215 milhões em transferências.

Afinal em que ficamos? Quando não dá jeito, o clube não tem dinheiro e é a herança, mas investe-se mais de 50 milhões em jogadores que nada acrescentam e num treinador verdinho. Quando dá jeito, fez-se dinheiro como nunca antes... com a mesma herança.

 

Pior que a mediocridade do trabalho que foi feito até aqui é sentir que esta equipa directiva não aprendeu com os erros. As mesmas pessoas que são responsáveis pelo "desastre" 2019/2020 vão ser as mesmas que desenharão a temporada 2020/2021.

Tiveram tempo mais que suficiente para repensarem o que andam a fazer. E se não sabem mais, que entreguem a pasta do futebol a quem é competente.

Feddal, central trintão, 17 jogos, 10 amarelos e 2 vermelhos, é um exemplo daquilo que podemos esperar. Por cada saída, virá alguém pior.

Proponho o Jackson Martínez, jogador experiente, conhecedor do futebol tuga, melhor marcador e internacional colombiano para uma posição deficitária, com uma lesão crónica. Seria um reforço de excelência para a ComCorpus Clinic.

 

O Sporting sobreviverá a Varandas e a toda a sua (in)competência. Mas quanto mais tarde os sportinguista "exigirem" o término deste mandato, mais difícil será a recuperação. Por outro lado, de nada vale trocar um incapaz por outro que não consegue.

A culpa não é dos "incapazes", é nossa, que votamos sem avaliar correctamente o perfil do candidato, o programa eleitoral, o percurso profissional e as pessoas de que se rodeia, a sua competência.

 

No imediato não haverá eleições embora seja a vontade da maioria. Esta pandemia foi muito útil a esta administração, que usará todos os meios para que não seja escrutinada pelos sócios a breve trecho. É lamentável que se siga a preparação da próxima temporada desportiva ainda com esta gente. Mais uma vez, culpa nossa. O Sportinguista sempre deixou as coisas correr a ver no que dá, em vez de agir a tempo e horas.

A desilusão e a resignação que atingem o universo leonino são sintomas de que as coisas estão mal. As pessoas estão a "abandonar" o clube, pois não se revêem nesta constante guerrilha e luta pelo poder. Os notáveis não querem um Sporting forte, querem estar no Sporting. Os sócios são tratados como um rebanho amestrado e destratados quando exigem um Sporting melhor e mais forte. Esqueletos e cientistas da bola. As claques merecem o melhor acordo desde que apoiem o presidente. Se criticam, já são escumalha.

É preciso agir.

 

Texto do leitor Pedro Sousa, publicado originalmente aqui.

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