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És a nossa Fé!

Se fossem garotos de 11 anos, que nome meteriam na camisola?

Apesar de tudo, há uma diferença entre ser o último dos primeiros ou ser o primeiro dos últimos. A preocupação número um da direção do SCP deve ser manter o estatuto de clube grande. A venda de BF ao Manchester United por aqueles valores demonstra que esse objetivo estratégico é no mínimo intuído – e isso deve ser motivo de regozijo. Estamos no caminho certo porque esta parece ser uma venda que é uma venda, não uma venda que implica importar e pagar este ou aquele que está China ou na equipa B.
Achar que seremos sempre um “clube grande” só porque temos muitos adeptos é uma ideia forte, mas não serve como segurança, muito menos para sempre. Muita gente – inclusive eu – também achava que apesar de tudo, teríamos sempre a formação e olhem no que deu: neste momento temos um plantel sem qualquer craque e sem qualquer miúdo da formação que nos entusiasme como outros no passado. Se fossem garotos de 11 anos, que nome meteriam na camisola?
Culpar o Varandas ou culpar o Bruno – ou até culpar o Godinho e o Sousa Cintra - é inútil.
A venda de Bruno Fernandes e o inerente alívio de tesouraria devem servir para virar a página e desenhar um novo plano estratégico cujo título sugiro que seja:
“Daqui a dois anos, e se fossem garotos de 11 anos, que nome escolheriam na camisola de entre estes três ou quatro que temos no plantel”?  

Um clube sem rumo

Texto do leitor JCP

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O presidente Varandas prometeu união na campanha eleitoral, aliás foi o que mais promessas fez. Todas foram para o cano abaixo.

Dizia que iria reverter as rescisões, que iria unir os sportinguistas, que seguiria as coisas boas de Bruno de Carvalho e o resultado tem sido bola em tudo... O Sporting neste momento é um clube sem rumo.

Eu votei em Bruno de Carvalho nas três eleições, perdi a sua confiança quando convocou a celebre assembleia para nada e no fim desta assembleia em vez de um discurso de união, foi desenterrar machados de guerra: Roquette, Marco Silva e outros. Por essa altura disse "basta" a Bruno de Carvalho, cheguei à conclusão que à medida que os sócios lhe davam confiança ele esquecia-se do SCP e passava a falar no seu nome e a partir dessa data foram erros atrás de erros. Foi destituído devido ao excesso de egocentrismo. Por outras palavras, enlouqueceu. E tinha que ser posto na rua.

Votei a favor da sua destituição.

 

No entretanto, Varandas teve um discurso que prometia. Disse que continuaria com as coisas boas de Bruno de Carvalho e evitaria as más, ganhou a minha simpatia.

Votei em Varandas.

 

Infelizmente, vejo que faz precisamente o inverso do que prometeu. Olho para Varandas e só vejo o lado mau de Bruno de Carvalho.

Ganhou dois títulos sem saber como e não os partilhou com a direcção de Sousa Cintra, que cometeu erros mas ajudou a ganhar dois títulos e conseguiu trazer de volta o melhor jogador português da actualidade.

Varandas, em vez de unir, só tem desunido.


1. Todas as grandes equipas precisam de claques. Em todas as claques há gente boa e gente má: drogados, delinquentes, traficantes e até assassinos (SLB).


2. Por vezes leio: a mama acabou-se, fim dos dinheiros para as claques... Errado. Nos dias de hoje ninguém trabalha de borla. Conhecem alguém que cola cartazes da campanhas políticas de borla? Isso já não existe... tudo é pago, muito ou pouco, mas de borla ninguém faz nada nos dias de hoje.


3. Esperam pelas claques nos campos adversários faça chuva ou sol a gritar pelo nome do clube com as despesas todas do seu bolso? Mentira, isso já não existe. Todas as claques têm apoios, directos ou indirectos, para fazerem barulho e alavancar o nome da sua equipa e propangadear o nome do seu clube.


4. Resolve-se o diferendo com as claques com uma liderança forte, coisa que o Sporting não tem. Aliás, estamos sem liderança, não temos direcção. Ou acham que Varandas, Beto e Hugo Viana fazem uma liderança forte? Já dizia Camões: liderança fraca torna fraco um povo forte. É o que temos no Sporting. Somos o segundo clube português em adeptos, mas ninguem nos respeita: árbitros, Liga, comunicação social...


Todos os grandes clubes precisam de claques, mas sem uma liderança forte vai tudo por água abaixo.

Não sou a favor de destituições por tudo e por nada, mas é mais que óbvio que Varandas não é líder. O SCP precisa de um líder, precisamos de uma liderança forte. Quem se segue? Não sei, mas necessitamos urgentemente de alguém com pulso. Caso contrário, vamos cair. Com os outros a rirem.

 

Texto do nosso leitor JCP, publicado originalmente aqui.

2019/2020: os marcadores dos nossos golos

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Bruno Fernandes 15 (Braga, Rio Ave, Boavista, PSV, Rio Ave, Aves, Lask Linz, Paços de Ferreira, Rosenborg, PSV, PSV, Gil Vicente, Santa Clara, V. Setúbal, V. Setúbal)

Luiz Phellype 9 (Portimonense, Rio Ave, Lask Linz, Paços de Ferreira, PSV, Moreirense, Santa Clara, Santa Clara, Portimonense)

Vietto 5 (Famalicão, Belenenses SAD, Belenenses SAD, Gil Vicente, Portimonense)

Coates 3 (Marítimo, V. Guimarães, Rosenborg)

Raphinha 2 (Portimonense, Portimonense)

Wendel 2 (Braga, Gil Vicente)

Bolasie 2 (Rosenborg, Santa Clara)

Acuña 2 (V. Guimarães, FC Porto)

Mathieu 2 (PSV, Braga)

Pedro Mendes 1 (PSV)

Jesé 1 (V. Guimarães)

Rafael Camacho 1 (Portimonense)

Plata 1 (Portimonense)

Borja 1 (Marítimo)

João Meira 1 (defesa do V. Setúbal, autogolo)

A voz do leitor

«Não interessa discutir se a culpa é do Varandas ou da JuveLeo… interessa é defendermos o Sporting, e não se defende com silêncios ensurdecedores como o que vimos na primeira parte [do Sporting-Marítimo, segunda-feira]. Todos devemos baixar o nosso ego, porque estamos a falar do Sporting, e neste caso de um Sporting muito fraco a jogar em Alvalade.»

 

Schmeichel, neste meu postal

Pódio: Bruno Fernandes, Borja, Jovane

Por curiosidade, aqui fica a soma das classificações atribuídas à actuação dos nossos jogadores no Sporting-Marítimo pelos três diários desportivos:

 

Bruno Fernandes: 17

Borja: 17

Jovane: 15

Luís Maximiano: 15

Neto: 15

Wendel: 15

Plata: 14

Camacho: 14

Ristovski: 14

Idrissa Doumbia: 13

Sporar: 13

Coates: 13

Jesé: 9

Luiz Phellype: 6

 

O Jogo e A Bola elegeram  Bruno Fernandes  como melhor em campo. O Record optou por  Borja.

Bruno (2)

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Enquanto Hilário brilhava, Damas reinava e Yazalde já muito marcava, Quino deu-nos a maravilhosa e intemporal Mafalda. Haverá gente incapaz de perceber que Quino está acima de Messi ou Maradona. Pois há de tudo neste mundo, e infelizmente esse "tudo" muito se nota no "Universo Sporting". Mas há quem tenha crescido com ela. Tenho que crer que cada vez menos estes vão aos estádios.

Bruno Fernandes transfere-se para o Manchester United. Ao mesmo tempo Daniel Podence transfere-se para o Wolverhampton. Imensos protestam com o pouco dinheiro (!) que Fernandes custou. E também com o que Podence não fez o clube lucrar. Num país de nível de vida baixíssimo comparado com os seus vizinhos, onde se ganha mal e se pagam imensos impostos, coisa que qualquer emigrante sabe - até porque a maioria deles não são futebolistas muito bem pagos - é isso que desperta os ânimos, a discussão sobre a "economia" do futebol, do clube. Sobre o dinheiro do qual, pouco ou muito, os ululantes não verão um cêntimo. E do qual os seus filhos ou netos nada aproveitarão, em actividades formativas ou apenas prazerosas. E de novo soam os alarves gritando a imoralidade, a traição dos jogadores que, um dia, com todo o direito moral rescindiram os contratos com uma entidade patronal que não assegurava a sua segurança. 

Moribunda vai a razão, quando sub-remunerados vêm gritar para a internet que mais ou menos (que interessa isso!) 60 milhões de euros para exportar uma licença desportiva de um futebolista é pouco dinheiro. Moribunda e imbecilizada, e não me venham com a divina "oferta e procura". Imbecilizada razão pois os impropérios vêm de gente de um país que exporta 800 milhões de euros anuais de vinho, cerca de 900 milhões de cortiça, ou 18000 milhões na metalomecânica. E a esta aberrante disparidade nada dizem, nada tugem, nada mugem.

A bola é importante? É, diverte-nos. Mas é tétrica. Pois faz-nos ouvir esta "claque". Absurda.

Bruno

Não gostei que tivesse rescindido e quando voltou, demorei a voltar a habituar-me a admira-lo. Mesmo imaginando o horror que viveu e, que agora vai sendo comprovado diariamente na Ajuda. 32 golos num ano terão ajudado. Mas a forma como jogava, com garra, foi o que me voltou a por do lado dele. Ontem provou ter amado a camisola

Fiquei feliz com a contratação de Bruno Fernandes naquele verão. Via-o como uma versão mais jovem de Adrien Silva. Pensei que fosse titular, construísse jogo e marcasse uns golitos. Nunca pensei que durante dois anos e meio se tonar-se no melhor jogador e marcador da equipa. Marcou 63 golos, venceu três trofeus e tornou-se no médio do futebol europeu com mais golos marcados numa só época.

Sai para a melhor liga do mundo para um clube, que como o Sporting, já viveu melhores dias. Mas estará na liga dos seus sonhos e melhor rodeado. Matic não é Roy Keane mas também não é Doumbia. Etc. E se lhe der na gana, o United desencanta 300 milhões e vira o jogo.

Mas agora interessa-me mais a sorte do Sporting. Com Bruno Fernandes, melhor jogador, as exibições já eram sofríveis. Sem ele, serão piores. E sem Phellype, o patinho feio, mas segundo melhor marcador, também. Em três dias, o Sporting perdeu 24 golos. Percebo que a lesão de LP29 não estivesse nos planos e que o Sporting ande a correr atrás de Taremi ou Oliveira, falados ontem e hoje como possibilidades. Não entusiasmam (o português menos do que o iraniano) mas têm pontos positivos – experiência e golos. Mas quem nasceu para Oliveira, não chega a Fernandes.

Percebo menos bem, que é como quem diz, parece-me escandaloso, que não chegue imediatamente um médio de qualidade, que já deveria ter, a esta altura um contrato à frente dos olhos. Claro que não pegaria de estaca numa equipa tão instável, mas poderia já começar a preparar-se. Robertone ou De La Cruz, do futebol argentino, por exemplo, seriam agora bem-vindos e dariam um sinal positivo. Mostrar por inação que Bruno não será substituído, é perigoso. E repete o erro do dossier Bas Dost, substituído por…Jesé ou seja, por ninguém.

Percebo ainda melhor que o resto do plantel, mal construído, não seja retificado neste mercado. Chegou Sporar e foi inscrito Pedro Mendes, que nem parece contar muito. Fala-se no regresso de Geraldes, que nunca me convenceu. Nem ao AEK. Nem ao Colónia. E fala-se agora num avançado. E um central? E um lateral melhor do que o Borja para que Acuña possa subir? E um bom médio defensivo? E um criador de jogo? O mercado fecha amanhã e nada parece estar a acontecer.

Wendel e Vietto vão ter mais hipótese/necessidade de ser protagonistas no centro? Sim, claro. Isso será suficiente para que o Sporting suba de qualidade ou pelo menos não cai a pique? Wishful thinking. Talvez amanhã ainda tenhamos "sorte" com emprestados que encontremos num qualquer ponto de reciclagem.

Podence

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Pois, malvado Varandas que vendeu o Bruno barato, o dinheiro que o Sporting perde, etc. e tal. Entretanto, no mesmo dia, sai Podence lá da Grécia onde Jorge Mendes o acoitara no pós-Alcochete. E vai para Inglaterra. Se tivesse havido um sem-Alcochete a valorização deste jogador e da sua licença profissional teria ocorrido em Alvalade. O dinheiro que o clube perdeu ...

Enfim, mas malvado Varandas, que vendeu o Bruno barato.

E agora Sporting?

Mantive até ontem uma vã esperança que Bruno Fernandes ficasse até final da época. Tal não aconteceu e partir de agora as minhas preocupações, no que respeita à nossa equipa de futebol, quase quintuplicaram, tomando em consideração o que (não) vi na passada segunda-feira contra a portentosa equipa do Marítimo.

O futebol da nossa equipa não é pobre, pura e simplesmente não existe. Ponto.

Não tomem esta minha derradeira frase como uma crítica, mas tão-somente como a constatação de um facto evidente. Tão evidente que até dói!

O médio Bruno Fernandes, que em boa hora Bruno de Carvalho resgatou de Itália, foi um diamante brilhante incrustado num anel de pechisbeque. Pelos pés dele passaram das melhores jogadas e fez dos melhores golos que eu já alguma vez vi… (Então aquele golo o ano passado na meia final da taça em Alvalade contra o Benfica, ficou-me na minha única retina!!!).

Dizer que ainda temos equipa para lutar por qualquer coisa é o mesmo que assumir que não há corrupção e tráfico de influências no futebol luso. Só acredita quem quiser.

Lamento profundamente que Bruno Fernandes saia do Sporting. Mas a vida de jogador é fugaz e não condeno a sua saída. Desejo-lhe muita sorte e que se lembre que neste clube ficará para sempre recordado como um dos nossos!

Agora vamos lá tristemente lutar para não ficar abaixo de sétimo!

Letais

Andaram ano e meio a chamar-lhe de tudo em tascas e botecos. De rato e traidor para baixo. Agora urram porque o capitão leonino não foi suficientemente "rentabilizado" na transferência para Manchester.

São os mesmos de sempre: letais ao Sporting.

Meio Felix

 

 

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Já vários colegas disseram o melhor sobre Bruno Fernandes em posts atrás e a minha opinião não é divergente, portanto, adiante!

Bruno Fernandes tem a difícil tarefa de fazer jogar o "Naitede", que se eclipsou depois de Mourinho (já não estaria bem, pois venceu "apenas" a Liga Europa) e tem encostados uns rapazes que juntos valem quase a dívida do Sporting. Não será fácil, mas as características que o para sempre nosso Bruno Fernandes demonstrou dentro e fora de campo no Sporting, provavelmente terão tido uma enorme quota-parte na decisão dos de Manchester em vir buscá-lo no Inverno, sabendo que provavelmente depois do Europeu a carteira ficaria bem mais leve se o quisessem levar.

Vejo, leio, sinto um conformismo preocupante com esta saída quanto a mim apressada do melhor jogador do plantel e do campeonato português. Uns com a justificação estapafúrdia de que se poderia lesionar e estar a transferência comprometida (não está um jogador de futebol sujeito, a cada dia da sua actividade desportiva, a lesionar-se?), outros porque não se poderia perder uma "batelada" que virá servir para forrar os cofres da SAD, pelo que dizem tão depauperados.

Nada garante que Bruno Fernandes faça um Europeu de sonho, até se pode lesionar (lá está, cruzes canhoto, vade retro), mas a perspectiva é a de que seja peça nuclear do onze de Fernando Santos e como tal deverá valorizar-se (a propósito, não vi nos "objectivos" nada referente à selecção).

Vem isto a propósito da badalada e verídica façanha de Frederico Varandas ter batido o record da venda de um jogador (veremos, no próximo R&C, se o valor líquido será muito próximo ou muito afastado desta verba, lembro que há uma parte que irá para os italianos da Sampdoria, mais as "comichões" da praxe...), mas não posso esquecer que nos foi dito no final de Agosto que ficaríamos sem Bas Dost, um rapaz holandês tosco que era apenas o melhor marcador da equipa e numa das épocas que por cá andou até mordeu os calcanhares a Messi para o título de melhor marcador da Europa e Raphinha, uma enorme promessa mais que confirmada, para garantir que esta época teríamos o prazer de desfrutar do futebol de um dos melhores executantes de que me lembro ter passado pelo clube, talvez superior a Balakov e a António Oliveira (que por ser portista às vezes fica esquecido), pelas características de líder dentro, mas também fora do campo.

Portanto esta venda foi na minha opinião extemporânea e sobretudo uma pulhice, uma sacanice, uma versão bem de chico-espertice. Este é mais um, dos muitos, actos de gestão danosa deste CD e não me venham com "ah! mas se se lesionasse? Ah! mas se fizesse um Europeu mau? Mais vale um pássaro na mão que dois a voar". Isso que interessa? Qual foi a promessa em Agosto? Ao DAR Bas Dost e vender Raphinha, com a desculpa esfarrapada de que seria para segurar o capitão, Varandas hipotecou a época antes mesmo de ela ter começado, já que para o lugar destes dois veio um camião de gajos com os pés trocados, alguns deles com uma relação muito distante com o objecto/objectivo (a bola e marcar golos com ela) do jogo e um "disco joker" para animar aquele forrobodó todo.

É ainda Janeiro e já há duas semanas que todos os objectivos, antes de terminada a primeira volta, estão furados. Estamos mais perto dos últimos que dos primeiros onde não chegaremos nem que eles percam uma carrada de jogos, as assistências começarão a ser o que se viu no último jogo e o que poderia ainda levar gente ao estádio, a magia de Bruno Fernandes, teve aqui o seu fim (in)esperado.

Há quem diga que saindo Bruno os outros se sentirão mais soltos e poderão finalmente mostrar as suas qualidades. Estamos a falar de quem? Para os mais distraídos e menos entendidos em flora, lembro que um cepo, no limite, só pode dar umas belas cavacas para a lareira, nunca, por impossibilidade física e celular, dar uma árvore bela e frondosa.

Para terminar, ontem vi o empresário junto do jogador numas imagens de televisão e não era Jorge Mendes. Sempre quero ver se para a Gestifute segue alguma parte deste negócio e se for será mais um acto de gestão danosa a imputar a este Conselho Directivo! Com a (se se confirmar) intermediação de Mendes, vender Bruno Fernandes por meio João Felix, é ser no mínimo incompetente!

 

Bruno Fernandes "forever"

Texto do leitor Leão de Quiosque

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A decisão de Bruno Fernandes em retirar a sua rescisão, prescindindo de qualquer verba de compensação, será historicamente um dos maiores cartões de apresentação das qualidades deste fabuloso jogador e nesse aspecto não vislumbro a mão de Sousa Cintra.

Os anos passam e os adeptos saturam com as frases feitas de amor eterno aos clubes por parte dos atletas. Quem por cá anda há mais tempo sabe que os jogadores são como nós e que o presente e o futuro das suas famílias dependem acima de tudo de bons contratos.

Bruno Fernandes é caso único de um jogador que colocou outros valores acima dos números de um contrato. Num clube tão dividido, nenhuma das partes pode apontar o que quer que seja.

É um jogador ímpar no relacionamento com colegas da equipa (incorpora tudo aquilo que deve ter um capitão), com os adversários mas também com jornalistas, com quem conseguiu sempre acrescentar conteúdo às “cartilheiras” entrevistas a que amiúde assistimos.

Do Sporting leva o reconhecimento dos adeptos e da Direcção, e leva três títulos no Clube e uma Liga das Nações. É um daqueles casos em que sentimos que, ainda assim, leva menos do que aquilo que deixou.

No contrato com o Manchester, trocava aqueles 10% de uma futura venda com a obrigação de ele vir a representar o Sporting quando arrumasse as botas.

 

Texto do nosso leitor Leão de Quiosque, publicado originalmente aqui.

A voz do leitor

«Já aqui alguém notou a "cena macaca" da retirada dos panos alusivos aos títulos de campeão do Sporting que limitou a visão do relvado dos espectadores sentados em toda a bancada B até perto dos 10 minutos de jogo. Incúria, desleixo são até termos simpáticos para descrever o que aconteceu. Para mim, são sinais, entre tantos outros, de dissolução institucional do clube, dissolução fomentada e acelerada por uma liderança incapaz, fraca, que nem ao respeito se é capaz de dar.»

 

J, neste meu texto

Adeus, Bruno

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Rescindiu? Sim. Também voltou, encarou, assumiu que sabia que tinha de provar o dobro. Ninguém é obrigado a gostar, eu escolhi acreditar nele e não me desiludi. Não é para todos voltar atrás, enfrentar e cumprir.
Já  estive mais mentalizada para a sua saída, já estive menos, mas confirmar que ía mesmo acontecer, ainda está a custar.
Tenho pena, tenho pena de te ver partir, pena de não te ver mais de verde e branco, de não te ver jogar. Em campo, como tu, aparece alguém de muito em muito tempo. Que tenhas deixado alguma dessa garra entre os nossos, que claramente viram em ti um amigo e um líder. Não é para todos.

Agora já está. Em frente, Sporting! 

ps: Mister, agora não tem que saber, não há Bruno para fazer equipa em volta. 

Oh Frederico, que mais “experiências” nos esperam?

2019/2020 começou com uma grande novidade para os Sportinguistas. Ainda não conhecíamos o nosso plantel, que Varandas garantiu ser "pensado" ao mais ínfimo pormenor, e já estávamos a levar com um aumento brutal no preço da Gamebox.

Esse aumento, segundo justificou um tal de Miguel Cal, que dizem que é qualquer coisa de genial porque “estagiou” numa consultora de referência, deve-se a um conjunto de “experiências” que o Sporting juntou a este “serviço”.

Todos nós, Sportinguistas, acreditámos que essas “experiências” seriam realmente interessantes, como melhorar a nossa experiência no José de Alvalade, por exemplo. De facto, não foi isso que aconteceu. As cadeiras continuam tortas e moribundas, os ecrãs gigantes estão totalmente desajustados à qualidade que se exige, o catering dos bares continua caro e com pior serviço, o speaker continua histericamente aos berros como se estivesse no karaoke da aldeia, etc. etc.

No entanto, essas não foram as piores “experiências” que Frederico Varandas guardou para nós. Experimentámos uma pré-época sem qualquer vitória. Experimentámos sofrer uma das mais humilhantes derrotas com o Benfica. Experimentámos ver alguns dos nossos melhores jogadores a saírem a preço de saldo ou a custo zero. Experimentámos a eliminação da Taça de Portugal por um clube do terceiro escalão. Experimentámos perder em casa, no mesmo mês, com os dois grandes rivais. Experimentámos acabar a primeira volta a 19 pontos da liderança. Estamos a experimentar ter o pior plantel que já vestiu a verde e branca, e que agora nem Bruno Fernandes tem.

Com tantas “experiências” que paguei, tomei uma decisão. Não faz sentido continuar a alimentar tanta incompetência. Não faz sentido continuar a suportar um presidente deslumbrado, com aparentes deficiências cognitivas, que se preocupa mais com o nó da gravata ou com o vinco na gabardine do que com os Sportinguistas.

Ou esta direção sai, ou, na próxima época, vou "experimentar" acompanhar os jogos no sofá de casa, pondo fim a uma sequência de 15 anos de Gamebox.

Matriz - parte VI

parte I

parte II

parte III

parte IV

parte V

A história que aqui vos trago?

Terá sempre um (infinito) final feliz. Por garantia conferida pela nossa matriz, que todos aceita, todos recebe, sem reserva de proveniência, ascendência ou militância. Obedece, a não outro, que ao princípio da existência. Na sua base, e espero que para sempre, Esforço. É, orgulhosamente, a base da nossa matriz.

No príncipio, foi e será sempre (espero), Esforço. Esforcemo-nos, pois, por ser ‘cal viva’ em contacto com água.

O infinito final da história que aqui vos trago? Depende não só de cada um dos que cá está, como de todos os que estarão para chegar.

O verdadeiro Sporting Clube de Portugal, é o do Johnny. O de Pedro Santana Lopes. O dos Leõezinhos EAS asiático e caucasiano. O do Senhor Felicidades. O dos sapatos Gucci, Sebago, e do chinelo de praia. O da cal. Da cal que se dilui, para absorver e assim conseguir aglomerar.

Ei-lo, na extraordinária – porque plural – A9. O verdadeiro Sporting Clube de Portugal.

Esforço, Dedicação, Devoção e Glória? Todos aceita. Todos recebe. Agrega. É a nossa argamassa.

Quiseram-nos, não circunscritos à sua realidade, económico-social e geográfica, mas mobilizados por todo o país e, sempre, com os olhos postos bem lá no alto. Ditaram, os nossos fundadores, os deveres fundamentais que se sobrepõem a qualquer direito natural, e que asseguram Glória terrena, ponte última para a eternidade.

Esforço, Dedicação, Devoção e Glória

Voltarei – sei agora – muitas vezes, à A9. Voltarei, não apenas para (tentar) estender a mão direita ao Senhor Felicidades. Voltarei de todas as vezes que precisar ou quiser sentir-me ‘cal viva’ em contacto com água. Ou, e se preferirem, arrebatada nano peça desta maravilhosa engrenagem. Desta tão grande engrenagem, que é afinal de contas, peça de uma engrenagem maior.

Interrogo-me muitas vezes como, ou por que razão, chegámos ao ponto a que chegámos. Sei que a massa de que somos feitos resiste incólume à erosão violenta de existências madrastas. Sei que o verdadeiro Amor, o nosso amor, é paciente, bondoso, tudo perdoa, tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta, nunca perece. Sei que já soubemos ser ‘cal viva’, misturada com água, quando nos sentimos perigosamente reféns. Sei que no princípio, está Esforço. E Dedicação. Devoção e Glória.

Interrogo-me muitas vezes como, ou por que razão, chegámos ao ponto a que chegámos. Nada se perde, tudo se transforma. Se calhar, transformações há que requerem o contributo da peça que somos.

Se calhar, Sabe, de que massa somos feitos. Se calhar, Sabe que somos importante peça da engrenagem maior.

Porque filhos de Amor. O de um avô pelo seu neto. Porque espelhamos a Vida tal como ela é, heterógenea. É na complementaridade dessa heterogeneidade, que a vida se cumpre. Outono, Inverno, Primavera, Verão. Porque a nossa matriz todos recebe, todos aceita, agrega. Porque nos Sabe visceralmente comprometidos com Esforço. Com Dedicação. Com Devoção. Porque Sabe - que sabemos - que no final virá a Glória, ponte última para a eternidade. Porque Sabe - que sabemos -, que nada se perde, tudo se transforma (eterna e única condição). Porque Sabe  - que sabemos -, que com Esforço, e tempo, todas as peças caem no lugar certo. Porque Sabe - que sabemos - que somos importante peça, de uma engrenagem maior. Porque Sabe, que assumimos e honramos a nossa condição de importante peça de uma engrenagem maior. Que, necessária e inevitavelmente, se transforma. Porque nos Sabe visceralmente comprometidos com a criação de uma versão melhorada de quem somos, na nossa engrenagem, e enquanto peça de uma engrenagem ainda maior. Porque Sabe que soubemos ver, desde o primeiro momento, que a riqueza, está na diversidade que não exclui, mas que se complementa. Porque Sabe que nos forjámos na sua aceitação plena, sobreposta a qualquer direito natural. Porque Sabe, que sabemos, que ao forjarmo-nos na sua aceitação plena, garantimos a nossa perpétua renovação.

Porque Sabe que somos da raça que nunca vergará.

Não sei a que credo responderá Sabe. Não me importo de desconhecer-lhe a proveniência. Sou, afinal de contas, Sportinguista.

A história que aqui vos trago? É real, acontece ainda agora e terá sempre, um final feliz. 

Fim

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