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És a nossa Fé!

Nove jornadas, quatro líderes

É quase uma quimera, mas os sonhos não deixam de ser perseguidos mesmo quando parecem impossíveis. É precisamente quando parecem ser impossíveis que mais os perseguimos com tenacidade e convicção.

Que sonho, neste caso? O da reconquista do título que nos foge desde 2002. A verdade é que, decorrido um quarto do campeonato 2019/2020, a prova já teve quatro comandantes. Indiciando assim que pode ser uma das mais competitivas de sempre. E, como anota o Pedro Oliveira aqui um pouco mais abaixo, ainda nos falta jogar com duas das cinco equipas que nos vão acompanhando nos seis primeiros postos: Benfica e FC Porto. Após termos defrontado com sucesso duas das outras (Braga e V.Guimarães, ambas em Alvalade) e tropeçado na terceira (Famalicão, também em casa).

Vendo hoje a classificação, ninguém diria: o nosso Sporting já esteve no topo da tabela. Foi precisamente à terceira jornada que subimos ao primeiro lugar, ainda com Marcel Keizer no comando da equipa técnica. Após empatarmos com o Marítimo fora (1-1, o mesmo resultado obtido pelo FCP ontem à noite), vencermos o Braga em casa (2-1) e derrotarmos o Portimonense fora (3-1).

A partir daí, o sonho virou pesadelo. Poderá, nesta dialéctica que só o futebol permite, o pesadelo por sua vez dar lugar novamente ao sonho?

Quem quiser, faça o favor de pronunciar-se.

 

Recordo, jornada a jornada, as equipas que foram liderando este instável e tão imprevisível campeonato:

Jornada 1 - Benfica

Jornada 2 - Benfica

Jornada 3 - Sporting

Jornada 4 - Famalicão

Jornada 5 - Famalicão

Jornada 6 - Famalicão

Jornada 7 - Famalicão

Jornada 8 - FC Porto

Jornada 9 - Benfica

A voz do leitor

«Os últimos anos não têm sido fáceis e no pós-Alcochete muitos de nós tememos pelo futuro do Sporting como o conhecemos. Mas o clube deu a volta, e fizemos em 2018/19, nas várias modalidades, e também no futebol, uma época que não deslustra na história do Sporting CP.»

 

Luís Ferreira, neste texto do José da Xã

Reguardando os chiffres, 8

chifres1.jpgEle ainda ficou muito tempo acordado, de olhos abertos, e o mais engraçado é que foi a sua companheira que desatou num ressono regular, de tal modo que ele riu sozinho, silenciosamente

Esta semana como todas as outras acabou no sábado, sexta (sexto dia) sábado (último dia) domingo (primeiro dia) segunda (segundo dia) e por aí adiante.

Hoje é o quarto dia da semana, duma jornada que acabou no segundo dia (o Benfica do Minho [Braga] vs. Benfica dos Açores [Santa Clara].

Hoje é, também, o primeiro dia de uma nova jornada.

Detesto isto.

Detesto a linha da morte ou "deadline" em português jornalístico (não sei como é que o Pedro Correia e o Leonardo Ralha, suportam os gritos do tipógrafo com a pinça na mão a compor os tipos móveis que mais tarde serão um jornal), enfim.

Eu é que me meti nela, comprometi-me a escrever um texto (um post) sobre cada jornada, cá vai, então; (eu sei que não se acaba um período com ponto e vírgula mas vejam isto como um candidato a prémio Leya)

A análise da jornada oito passa por aqui:

Os dois candidatos ao título avançaram para a dianteira, lado a lado, e veremos agora qual deles será o primeiro a quebrar e a dar vantagem ao opositor. Não há que dar graças a Deus, Deus está habituado a proteger os vencedores, os mais fortes, os mais dotados. 

Como?

Os mais dotados?

Dotados de quê?

Bem...

O Sporting venceu, sem espinhas, o Vitória Sport Clube.

No final da jornada oito está a um e a dois.

A um ponto (se vencer os jogos que faltam com Benfica, Porto) e a dois pontos e dois golos (tem de vencer o Famalicão, em Famalicão, por dois golos de diferença).

Não dependemos só de nós para sermos campeões, dependemos, quase, de nós. 

Temos é que ser dotados...

2019/2020: os marcadores dos nossos golos

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Bruno Fernandes 7 (Braga, Rio Ave, Boavista, PSV, Rio Ave, Aves, Lask Linz)

Luiz Phellype 3 (Portimonense, Rio Ave, Lask Linz)

Raphinha 2 (Portimonense, Portimonense)

Coates 2 (Marítimo, V. Guimarães)

Wendel 1 (Braga)

Vietto 1 (Famalicão)

Pedro Mendes 1 (PSV)

Bolasie 1 (Rosenborg)

Jesé 1 (V. Guimarães)

Acuña 1 (V. Guimarães)

Isto sim é o diagnóstico do ano

Leio hoje no meu jornal habitual que Silas "rapidamente identificou a principal lacuna no plantel", prioridade essa "já transmitida a Administração da SAD": um avançado "com envergadura física, com posicionamento mais fixo... e sobretudo "que sirva de principal referência para os cruzamentos tanto dos extremos como dos laterais". No fundo, um verdadeiro número 9.

Este nosso treinador tem tanto de inteligente como de educado. Podia simplesmente ter feito como a JuveLeo e chegado ao pé do Hugo Viana e dizer: "Quero o Bas Dost de volta e amanhã,  c..."

SL

Boa decisão

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... Que só peca por não ter sido tomada há um ano. Há um potencial extraordinário nos sub23 e nos juniores, que não pode ser desperdiçado. E, já agora, que não se esqueçam os jogadores com alto potencial que estão emprestados - Bragança, Ivanildo, etc.

A voz do leitor

«Todos os dias há comentários dessa gente de nobres intuitos, falsos tolerantes e apaziguadores, que a única coisa que quer é prolongar e fomentar o caos, porque vive e come dele. O Sporting todos os dias se põe a jeito e essa é uma dificuldade que tem de saber ultrapassar. Ajudava ter gente à frente do clube e da SAD que percebesse da poda, mas temos o que temos e nesta luta de moralização são estes que estão e que temos de apoiar. Esta medida é um imperativo de normalização da vida do Sporting. Aplaudo-a, convictamente e sem interpretações.»

 

João Gil, neste meu postal

Vão ter de falar

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Terão de pronunciar-se. O Presidente da República e o presidente da Assembleia da República e o secretário de Estado do Desporto, tão lestos a comentar outros assuntos, não podem enfiar as cabecinhas dentro da areia.
O mesmo vale para o presidente da Liga, Pedro Proença, e para o presidente da Federação Portuguesa de Futebol, Fernando Gomes.
E não há por aí uma Autoridade para a Prevenção e o Combate da Violência no Desporto? Pois ela também: nada de assobiar para o lado. Exigimos que se pronuncie, sem demora.

 

Não há neste momento condições para se realizar uma assembleia geral do Sporting em condições de segurança e de elementar respeito pela liberdade de expressão. E têm sido recorrentes as agressões verbais e até físicas que ameaçam a segurança de espectadores de recintos desportivos - como vem sucedendo, infelizmente, no Estádio José Alvalade e no Pavilhão João Rocha.
É uma questão muito séria, que interpela os poderes públicos portugueses - designadamente o poder político e as autoridades federativas. Estas entidades não podem permanecer em silêncio.

Os melhores prognósticos

Retomámos as vitórias em casa para o campeonato, mais de dois anos depois. E em boa hora isso aconteceu, contra uma equipa que se encontrava à nossa frente na tabela classificativa e foi ultrapassada pelo Sporting.

A pontaria esteve também acertada aqui no blogue, onde não faltou quem previsse o 3-1 final. Aconteceu com três comentadores: Horst Neumann, Leão de Queluz e Leão do Fundão.

Aplicado o critério de desempate, a vitória final nesta ronda cabe a um duo: Horst Neumann e Leão do Fundão. Ambos mencionaram Acuña como marcador de um dos golos. E assim foi.

Armas e viscondes assinalados: Três minutos à Sporting permitiram subir ao quarto

Sporting 3 - Vitória de Guimarães 1

Liga NOS – 8.ª Jornada

27 de Outubro de 2019

 

Renan Ribeiro (2,5)

A falta de pontaria dos avançados vimaranenses, que desde o primeiro lance se encarregaram de atirar bolas para fora quando estavam em condições de fazer melhor, foi uma constante num jogo em que o guarda-redes brasileiro teve pouco para fazer e mesmo assim encaixou mais um golo.

 

Rosier (2,0)

Tentou integrar-se no ataque, servindo Bruno Fernandes para a primeira ocasião de golo do Sporting, mas também conseguiu a proeza de fazer com que um remate (supostamente) à baliza se perdesse pela linha lateral. Permissivo na hora de defender, o que contribuiu para o golo do Vitória, o francês está longe de ser um garante de serenidade.

 

Coates (3,5)

Impediu que a equipa voltasse a entrar num labirinto ao selar o resultado final com a recarga oportuna ao seu próprio remate de cabeça. Mas também cortou bons cruzamentos, desarmou adversários que procuravam isolar-se e tentou sair com a bola controlada quando não encontrava a quem entregá-la. Parece totalmente recuperado do Setembro do descontentamento de todos os sportinguistas.

 

Mathieu (3,0)

Tratou de evitar veleidades a uma das equipas mais perigosas da Liga  com a mestria que os anos apuraram e sem deixar de ter velocidade de execução que deveria estar a ser ensinada a aprendizes mais talentosos do que Tiago Ilori.

 

Acuña (3,5)

A forma como finalizou o lance do 2-0, ludibriando o guarda-redes Miguel Silva, foi a conclusão perfeita de um lance de contra-ataque iniciado com um oportuno corte de cabeça em que a garra do argentino faz com que pareça meio metro mais alto. Mais perfeita seria a noite não fossem os indícios de regresso da atitude quezilenta que lhe pode trazer grandes dissabores.

 

Idrissa Doumbia (2,0)

Se ao menino e ao borracho põe sempre Deus a mão por baixo, o que dizer de quem coleccionou perdas de bola comprometedoras sem que disso resultasse danos para a sua equipa? Suficientemente jovem e esforçado para melhorar, Idrissa ainda não pode ser o trinco titular de uma equipa com ambições de vencer títulos.

 

Eduardo (1,5)

Titular devido ao afastamento temporário de Wendel, demasiado interessado no lado errado da noite, desperdiçou a oportunidade concedida. Tirando a desmarcação de Bruno Fernandes para o lance em que Artur Soares Dias demorou minutos a não ver uma carga do guarda-redes (verdade seja dita, haveria falta de Acuña no início do lance), o médio brasileiro decidiu quase sempre mal. Saiu tarde e a más horas para dar lugar a um dos “made in Alcochete” em que o Sporting deve apostar para um plantel em que as contratações sejam cirúrgicas e de grande impacto.

 

Bruno Fernandes (3,0)

Uma série tão grande de jogos em que não factura e não é o melhor em campo tem o seu quê de alarmante, embora o melhor médio crónico do futebol jogado em Portugal tenha levado, além do olho negro do lance em que Soares Dias resolveu não ver grande penalidade, recordações de um toque de calcanhar que poderia dar um golo artístico se não tivesse saído à figura. E, entre outros momentos em que procurou ajudar a equipa, o arranque do contra-ataque que permitiu inaugurar o marcador.

 

Bolasie (2,5)

Tão encantado pela sua célebre finta quanto uma determinada figura mitológica pelo reflexo na água, o franco-congolês perdeu quase sempre o melhor “timing” para soltar a bola. E não foi isento de cruzamentos tão maus quanto os do semicompatriota Rosier.

 

Vietto (3,5)

Voltou a assumir-se como o homem do jogo, servindo Jesé Rodríguez e Acuña para os dois primeiros golos leoninos. Veloz e com tanta visão de jogo quanto destreza com os pés, o argentino descomplicou aquilo que se afigurava difícil, faltando-lhe apenas oportunidade para tentar a sorte nos remates de longe.

 

Jesé Rodríguez (3,0)

Colocado a ponta de lança móvel, aquela posição que o actual presidente do Sporting acredita ser sua, estava a exasperar colegas e adeptos com falhas no domínio de bola e até absoluto alheamento em jogadas de ataque até que recebeu a bola de Vietto no limite do fora de jogo e, podendo devolver a bola ao argentino, resolveu fintar o guarda-redes vimaranense só com o poder da mente. Resultou bem ao ponto de quebrar o enguiço que o impedia de se estrear a marcar de leão ao peito e a alegria redentora embalou-o para uma exibição no limiar do decente.

 

Borja (2,5)

Entrou para segurar o resultado, fazendo Acuña avançar para extremo, e há que reconhecer que não esteve nada mal nas missões defensivas.

 

Luiz Phellype (2,0)

Não estava na sua noite, perdendo muitos duelos com a defesa vimaranense, que contou com a complacência do árbitro para o travar por qualquer meio necessário.

 

Rodrigo Fernandes (2,0)

Menos de dez minutos em campo para a estreia do adolescente que é uma das grandes esperanças do futuro do meio-campo leonino – ou, melhor dizendo, sê-lo-ia  não fosse ter contrato válido apenas até ao final da época e ser agenciado por Jorge Mendes. Não tremeu e destacou-se pelo bom posicionamento numa altura em que o adversário ainda sonhava virar o jogo.

 

Silas (3,0)

Forçado a fazer alterações devido à indisciplina de Wendel e ao aparente cansaço de Luiz Phellype, viu a equipa voltar a demonstrar escassez de encadeamento. Valeram-lhe aqueles três minutos à Sporting em que brotou do relvado uma vantagem de dois golos que não espelhava minimamente a diferença entre as duas equipas. Também foi mais acertado do que tem sido hábito nas substituições, embora seja legítimo questionar quando é que Gonzalo Plata e Matheus Nunes, dois potenciais craques dos quadros do Sporting, terão a possibilidade de provar que são opções válidas para as respectivas posições em campo. Chegado ao quarto lugar da Liga NOS, ainda distante dos líderes FC Porto e Benfica e do ex-líder Famalicão, seguem-se testes importantes para apurar os limites da recuperação.

Coragem contra as claques (2)

1

«Frederico Varandas, honra lhe seja feita, decidiu declarar guerra a este fenómeno [claques] no Sporting. Mas esta é uma guerra que não deve ser só dele nem do Sporting. Este é o momento de quem tem algum poder deixar de assobiar para o lado. Olhar, de preferência com olhos de ver, para um fenómeno preocupante e perceber que é agora... ou depois pode ser demasiado tarde.

Há, também, outra possibilidade. A de serem os adeptos normais a colocarem as claques no seu devido lugar. Como ontem [domingo] à noite aconteceu em Alvalade: quando os cânticos à exaustão repetidos nas últimas semanas se fizeram ouvir, a resposta foi um coro de assobios que quase os abafou.»

Ricardo Quaresma (A Bola, 28 de Outubro)

 

2

«Concordo totalmente [com o presidente do Sporting]. Esta questão das claques do futebol é uma vergonha. E neste momento há que dizer que o presidente do Sporting, Frederico Varandas, teve uma actuação correctíssima, honesta, corajosa, digna. Ele agiu com coragem e agiu com princípios. Foi dizer: vamos pôr ordem nas claques, rescindir protocolos, limitar mordomias, impor regras, acabar com benesses. Muito bem.

Isto até lhe pode custar, de hoje para amanhã, a liderança. Mas ele agiu com coragem, com princípios. Ao contrário de presidentes de outros clubes, que fazem vista grossa.

Este problema não é sobretudo de futebol ou de desporto. É um problema de segurança das pessoas que vão aos estádios e é um problema de autoridade do Estado. Porque as claques são um verdadeiro estado dentro do Estado. Não respeitam nada nem respeitam ninguém.»

Luís Marques Mendes (SIC, 27 de Outubro)

Pódio: Vietto, Acuña Mathieu

Por curiosidade, aqui fica a soma das classificações atribuídas à actuação dos nossos jogadores no Sporting- V. Guimarães pelos três diários desportivos:

 

Vietto: 19

Acuña: 18

Mathieu: 18

Coates: 17

Jesé: 16

Bruno Fernandes: 15

Renan: 15

Eduardo: 14

Bolasie: 14

Idrissa Doumbia: 13

Rosier: 11

Borja: 12

Luiz Phellype: 11

Rodrigo Fernandes: 6

 

Os três jornais elegeram Vietto como melhor sportinguista em campo.

Match Point (parte 2)

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E o Mr. Murphy tirou folga. Mesmo com grande dificuldade e baixa nota artística, a bola... passou a rede.

Posto isto e esquecendo o "casual outsider", o Famalicão, estamos na posição da época passada, atrás dos rivais e à frente dos candidatos ao 3.º posto. Na Liga Europa também, em 2.º lugar no grupo, com grandes hipóteses de passar à fase seguinte, mas a Taça de Portugal já foi e a Taça da Liga está no ir também.

Fazendo um balanço aos reforços da era Varandas/H.Viana, o único que se tem revelado de classe superior chama-se Vietto. Depois vêm uns utilitários a roçar a mediania: Rosier, Doumbia, Quaresma, Borja, Bolasie, Neto, Luiz Phellype, uma jovem promessa que precisa de enquadramento táctico, Plata,  um ex-craque em recuperação (Jesé) e alguns casos enigmáticos: Ilori, Camacho e Fernando, que convinha alguém explicar. Com as saídas de Gudelj, Bas Dost e Raphinha e com tão pouca quantidade de qualidade, torna-se complicado competir com Benfica e Porto. Estamos bem mais perto de Guimarães e Braga no que ao plantel diz respeito.

Silas está a fazer pela vida, a equipa está lentamente a melhorar a sua produção, mas parece-me que é a equipa técnica (incluindo o "team manager") mais fraca que o Sporting tem desde há muito tempo (não contando com os treinadores transitórios, considerando apenas Keizer, Peseiro, Jesus, Marco Silva, Leonardo Jardim, Jesualdo Ferreira) e que ainda se deu ao luxo de dispensar os serviços do treinador de guarda-redes mais qualificado da Liga, Nelson Pereira, com resultados (negativos) já visíveis em Renan. Foi sem dúvida uma jogada de alto risco do presidente.

Agora vamos ter três jogos consecutivos fora de casa com equipas menores que poderão consolidar a melhoria da qualidade de jogo desta equipa, e possibilitar-lhe outra capacidade e ambição.

Sobre o mercado de inverno, se calhar começar por manter Acuña e Wendel e exportar Hugo Viana para um mercado a seu gosto não era mal pensado.

SL

Comentadores afectos ao Sporting? Não me parece...

Os comentadores afectos a Sporting sempre foram independentes da direção e, muitos deles, até com sonhos de poder. Isto acaba por ser um sinal do quão democrático é o nosso Clube mas também acaba por invarialmente se tornar um problema quando as agendas ultrapassam os interesses do Sporting. É que quando a bola entra, reduz-se a contestação e a probabilidade de outro subir ao poder.

O mais recente comentador afecto ao Sporting na rádio/tv é Bruno de Carvalho. O programa onde comenta chama-se "Comentário com Assinatura" e passa na Rádio Estádio às 12h30 de sexta-feira. Ainda tive esperança que quisesse ser útil ao Clube mas rapidamente me desiludi. Na última emissão, durante uma hora, Bruno de Carvalho conseguiu falar mal de:

- Jorge Jesus (só é bom no primeiro ano)
- Varandas (não disse o que sabia sobre 15/16, suspende protocolo com os goa, envia beijinhos, não respeita os mais velhos [JL é mais velha que ele], não tem raízes africanas, quer continuar a ser presidente)
- Antiga equipa técnica de JJ (é por causa deles que JJ só é bom no primeiro ano)
- Sousa Cintra e Torres Pereira (por voltarem a activar o protocolo com os GOA)
- Pessoas que não pesquisam
- Pessoas que são ignorantes e fazem por ser
- Pessoas que são desonestas intelectualmente
- Rui Santos (colega de profissão, por chamar doutor coragem, desprovido de inteligência e decência)
- João Sampaio (não perdoa os GOA por o ter atacado, e ao seu pai, com ovos)
- Miguel Cal (por dizer que era preciso repensar a política das claques)


- Miguel Afonso (diz que o seu carro foi apedrejado) - premiado com um cargo nas modalidades
- Pedro Marques (Tantun)
- Pedro Luciano Silveira - Ala casuals (audio whatsapp, premiado com esports quando na realidade já lá estava)
(todos ligados às manifestações que pediam a queda do antigo-CD)


- Cândida Vilar (grita no tribunal)


- Pessoas que não perceberam a piada do Belfodil
- Pessoas que não percebem a palavra "putativo"


- Rogério Alves (pivot, n.º 10, não se afirma como candidato. Quer estar na sombra mas com poder, garante do Varandas, não cumpre os estatutos)
- Grupo Stromp
- Benedito (membro do grupo Stromp)
- Dias Ferreira (membro do grupo Stromp, em reflexão constante, conjuga-se com a equipa de Carlos Vieira)
- Ricciardi (membro do grupo Stromp, o advogado é Rogério Alves)
- Carlos Vieira (vê em RA o garante legal de se poder candidatar às próximas eleições, fala com Inácio e Helder Amaral)
- Pedro Baltazar (tem reuniões com Benedito e próximo de Carlos Vieira)
- Poiares Maduro (tem reuniões com Benedito e próximo de Carlos Vieira)
- Helder Amaral
- Augusto Inácio
- Luis Filipe Menezes (demonstrou em círculos privados ser candidato)
- Tomás Froes (trabalha com a FPF, genro de Carlos Barbosa da Cruz (o da Cofina) e foi braço direito de Pedro Baltazar)
- Pedro Madeira Rodrigues (ultrapassou Tomás Froes, aguarda por Froes/Pedro Baltazar/Ricciardi, é um projecto adiado)
- Godinho Lopes (fez uma lista de "saco de gatos")


- Pessoas que o contactam para ir para a SAD
- Pessoas que dizem que o contactaram para ir para a SAD
(procuradores dos 30%)


- Pessoas que cometeram irregularidades e ilegalidades nas Assembleias Gerais
- A sociedade que aceita as irregularidades e ilegalidades nas Assembleias Gerais
- 71% dos sócios

 

Tal como ele, há outros. No grande jogo dos egos, ninguém parece aparecer publicamente para defender o Sporting.

Rescaldo do jogo de ontem

Gostei

 

Da importante vitória conseguida em Alvalade frente ao V. Guimarães. A equipa minhota, que dias atrás fizera tremer o Arsenal em Londres, mostrou-se bem organizada no relvado leonino e chegou a dominar a partida durante parte do primeiro tempo, mas o Sporting impôs-se com uma vitória por 3-1 que não merece contestação. Com golos de Jesé (que foi titular e se estreou a marcar aos 29'), Acuña (aos 32', também em estreia como goleador nesta Liga) e Coates (aos 74'). Pormenor a assinalar: não ganhávamos desde 18 de Agosto no nosso estádio para competições de âmbito nacional.

 

Da exibição. Este foi, quanto a mim, o jogo em que o Sporting se mostrou mais organizado, seguro, compacto e confiante de todos quantos já disputámos na temporada 2019/2020. O primeiro jogo em que se nota claramente a influência de Silas, que venceu quatro das cinco partidas cumpridas sob o seu comando desde que chegou para substituir Leonel Pontes. Desta vez deixou de fora Wendel, apostando em Eduardo, e optou por Jesé como titular em vez de Luiz Phellype, que só entrou aos 73'. A organização defensiva funcionou e a transição ofensiva, com contra-ataques acutilantes, também produziu frutos. Pormenor a destacar: foi também o primeiro jogo em Alvalade, nesta época, em que conseguimos marcar três golos.

 

Da subida na classificação. Mercê da derrota do Famalicão, que liderava o campeonato desde a quarta jornada, reduzimos a distância para o duo da frente - Benfica e FC Porto, que levam mais sete pontos. E subimos ao quarto posto, ultrapassando precisamente o V. Guimarães e também o Tondela. Todos os triunfos são bem-vindos - e, nestes tempos turbulentos, ainda mais importantes se tornam.

 

De Mathieu. Foi, para mim, o melhor em campo. Um esteio na organização defensiva do Sporting, que conferiu equilíbrio e confiança ao conjunto. Teve uma exibição irrepreensível, cortando tudo quanto havia para cortar, impondo-se designadamente nos lances aéreos. Contabilizei acções defensivas que travaram os atacantes adversários aos 14' (dois), 35', 40', 56', 63' (dois), 76', 84' e 90'+4. Fez um soberbo passe em profundidade para Bruno Fernandes aos 16'. E é dos pés dele que começa a jogada que culmina no nosso primeiro golo.

 

De Coates. Funcionou como complemento perfeito do internacional francês: juntos, voltaram a formar uma barreira de centrais quase intransponível (excepto no lance do golo vitoriano, aos 67'). Protagonizou cortes aos 8', 70', 85', 87' e 90'+5. E ainda foi à frente, marcar o nosso terceiro - que tranquilizou enfim os sportinguistas.

 

De Vietto. Estará encontrado o futuro substituto de Bruno Fernandes no onze titular leonino? É a impressão que o criativo argentino tem dado, de jogo para jogo. Desta vez voltou a destacar-se com uma exibição digna de todos os elogios. Basta dizer que os dois golos iniciais do Sporting são construídos por ele - no primeiro a servir Jesé com um soberbo passe de ruptura, o segundo ao introduzir-se na área com a bola dominada e colocando-a em Acuña, que não se fez rogado.

 

De Acuña. O internacional argentino começou a lateral e subiu no terreno com a entrada de Borja, a partir do minuto 68. Em qualquer das posições revelou-se incansável. Marcou o nosso segundo golo, com um primoroso recorte técnico, metendo-a ao primeiro poste. E foi ele a apontar o livre de que resultou o nosso terceiro. Muito combativo, nunca dá uma bola como perdida e jamais desiste dum confronto individual. A intensidade que coloca em cada lance constitui um excelente exemplo para todos os colegas. Se todos fossem como ele, estaríamos bem mais colocados na tabela classificativa.

 

Da aposta de Silas em Rodrigo Fernandes. Aos 88', já com o resultado em 3-1, o treinador mandou sair Eduardo Henrique e fez entrar o jovem internacional júnior, que deu os primeiros passos no futebol em Alcochete. Aos 18 anos, Rodrigo estreou-se assim na equipa principal, sob os aplausos e o forte incentivo de colegas e adeptos. Este é, sem dúvida, o bom caminho.

 

Do jogo. Partida bem disputada, com velocidade e técnica, doses elevadas de emoção e incerteza quase até ao apito final. Estes são os melhores ingredientes do futebol. E é melhor ainda quando o Sporting ganha, como agora sucedeu.

 

 

Não gostei

 
 

Uma vez mais, do horário. Num domingo em que jogaram as três maiores equipas portuguesas, facto cada vez mais raro, coube-nos novamente a fava: o Tondela-Benfica disputou-se às 15 horas, o FC Porto-Famalicão começou às 17.30 e este Sporting-V. Guimarães só teve início às 20 horas. Isto contribuiu para haver só 28.135 espectadores em Alvalade. Hoje é dia de trabalho e sobretudo para quem mora longe de Lisboa estas deslocações tardias tornam-se inviáveis para milhares de adeptos.

 

De Idrissa Doumbia. O jovem marfinense revelou-se o elemento mais fraco do meio-campo, com claras dificuldades posicionais e uma confrangedora incapacidade de construir jogo. Pior ainda: destacou-se pela negativa, com vários passes errados em zonas comprometedoras, por exemplo aos 26', 34' e 43'. Melhorou um pouco no segundo tempo mas continua a fazer muito pouco por merecer a titularidade.

 

Dos assobios a Renan. Mesmo a ganharmos 2-0, resultado que se registava ao intervalo, houve no estádio quem xingasse o guarda-redes por alegada demora em colocar a bola em jogo. Acontece que na maior parte dos casos estes protestos são injustos: o problema não está em Renan, mas nos colegas que tardam em posicionar-se no centro do terreno, dificultando a construção do processo ofensivo com a bola controlada a partir de trás.

 

Dos imbecis no topo sul. Apesar de se ter registado mais uma vitória do Sporting, os deserdados da Juventude Leonina, saudosos de tempos que já não voltam, mandaram pelo menos uma tocha incendiária para o relvado, além de insistirem em exibir lencinhos brancos e gritar impropérios ao presidente Frederico Varandas ainda antes do fim do jogo. Receberam o troco que mereciam: uma vaia imensa de quase todo o estádio. Há um divórcio cada vez maior entre os adeptos e as claques. Não custa vaticinar quem sairá a perder.

 

Da música ensurdecedora. Algo quase tão estúpido como os gritinhos injuriosos das claques é a decisão da Direcção leonina de aumentar os decibéis do hino do Sporting até níveis ensurdecedores - e passíveis de sanções legais - na tentativa de "amortecer" os protestos. Isto não é prova de força, mas de fraqueza. E totalmente desnecessária. Porque para calar os energúmenos do topo sul, como voltou a ficar evidente, bastam os sonoros assobios dos sócios que se concentram no resto do estádio.

A javardice habitual...

A turba hooligan que parasita a bancada Sul insiste no comportamento javardo. Sinceramente já cansam, mas não pensem que vencerão pelo cansaço. Sempre que urraram os habituais insultos ao presidente, foram assobiados pela maioria do estádio, mostrando assim aos mais distraídos que os sócios podem não estar satisfeitos com o actual rumo do futebol, mas não aceitam ficar reféns do gang, que mostra azia pelo fim dos privilégios injustificáveis que ao longo dos anos foram obtendo.

Há muito que o propósito inicial das claques se encontra desvirtuado, sendo do domínio público que hoje albergam gente muito pouco recomendável e até mesmo alguns delinquentes. O Sporting Clube de Portugal tem por missão formar atletas e promover a prática desportiva, não serve para subsidiar parasitas.

Obviamente que o clube não pode proibir o direito de associação, se imbecis se juntam, devem poder fazê-lo sem problema. Mas também não tem que os favorecer. Para começar, se querem ocupar lugar no estádio, devem começar por comprar gamebox ou bilhete para o jogo a preço normal. E serem revistados à entrada de forma competente, é inadmissível que entrem tochas nos estádios como aconteceu hoje em Alvalade na bancada Sul, permitindo que meia dúzia de grunhos obrigassem as pessoas em seu redor a inalar substância tóxicas, um comportamento verdadeiramente deplorável, que gostaria que alguém me explicasse em que medida aquilo é apoio à equipa, ou que motivação transmite aos jogadores...

Coates, Coates, Coates!

Grande jogo finalmente, perante um adversário que deu muita luta e com imensa qualidade.

Para a apreciação individual cá virá o Leonardo Ralha, mas para mim o melhor em campo foi sem dúvida Vietto e Coates mereceu tanto aquele golo! Por tudo o que de bom lhe pode trazer e à equipa.

(eu disse ao Pedro Correia que acredito que Silas dará a volta a "isto". O que eu o desejo...)

Sportingggggggggggggg

Match Point

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São por demais conhecidas as dificuldades por que passa o nosso grande Sporting Clube de Portugal, com uma Direcção legitimamente eleita acossada por uma "formação espontânea" de brunistas, ricciardistas e claquistas, todos a aproveitarem um momento negro do futebol profissional (causado por uma incompetente e autista preparação da temporada e improvisão absoluta no que se seguiu) e a congeminar uma geringonça que faria o albergue espanhol de Godinho Lopes corar de vergonha. 

Estão então criadas todas as condições para que a visita do Vitória de Guimarães amanhã a Alvalade nos faça recordar o famoso filme de Woody Allen. 

E a primeira pessoa que sabe isso mesmo é Silas. As grandes ideias e ilusões cederam lugar à triste realidade das exibições deprimentes e da eliminação na competição que há pouco tínhamos ganho, o "risco na construção", a "posse da bola para controlar o jogo", o é "o futebol em que acredito e o que gostava de jogar", ao mais pragmático "não tenho tempo para treinar" e o "este jogo vai ser muito complicado".  

Sendo assim, o resultado de amanhã vai ser tremendamente importante para o resto da temporada. Irei lá estar, como mais 30 e tal mil, a torcer pela vitória do Sporting seja com o pé seja com o rabo.

A minha fé no Bruno (no Fernandes) e o prevísivel cansaço do opositor depois dum grande jogo no Emirates levam-me a acreditar que vamos passar o difícil obstáculo e que vamos (todos) poder ganhar alguma tranquilidade e confiança para o que se segue.

Vamos ver e depois falamos...

 

PS: E espero que o Mr. Murphy meta férias:

"THE TOP OF A TENNIS NET WILL ATTRACT THE BALL TOWARDS ITSELF.

This is the only explanation for a ball that meets the net that would otherwise sail over it. All the laws of motion indicate that the ball should reach the other court but the law of attraction between the net and the ball has the final word!"

SL

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