Grande Guitta
Bis de Guitta, vitória na Luz: Sporting adianta-se na final
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Bis de Guitta, vitória na Luz: Sporting adianta-se na final
O pior podia sempre acontecer naquela montanha-russa em que se transformara a recta final do mandato de Bruno de Carvalho.
O dia 1 de Junho de 2018 foi bem a prova disso. Quando ficámos a saber que Rui Patrício tinha rescindido unilateralmente o contrato que o ligava ao nosso clube. Pondo fim a uma relação de 18 anos com o Sporting.
Numa longa carta que fez chegar à administração da SAD leonina, o capitão da equipa principal do Sporting - e titular da selecção nacional campeã da Europa - afirmou-se alvo de «violência psicológica e física». Sublinhando: «Vivi momentos de puro terror, sem que a Sporting SAD tenha revelado qualquer preocupação - que, naquelas circunstâncias, lhe era manifesta e especialmente exigível - com a segurança dos seus atletas profissionais de futebol, deixados à mercê de um grupo violento de membros da claque.»
Mais um excerto:
«A postura física do Presidente, principalmente em relação a mim, foi sempre de enorme agressividade reiterando, várias vezes, que eu e o William Carvalho é que organizávamos a revolta dos outros, para podermos sair do clube.
Inúmeras vezes, dirigindo-se a mim aos berros afirmou: “Pensas que estás a falar com quem?”
E sempre que eu tentava referir que o que se devia discutir era o ataque do Presidente ao grupo de trabalho, este reafirmava que os seus posts não tinham nada de mal.
Chegando mesmo a afirmar: “Vocês são uns meninos mimados, eu sou o Presidente, eu faço o que quiser e escrevo o que quiser, onde quiser".»
Ao fim da tarde, ficámos a saber que também Daniel Podence entregara uma carta à administração da SAD comunicando a decisão de se desvincular do clube com efeitos imediatos.
Foi também o dia em que os membros remanescentes do Conselho Directivo (CD), cerrando fileiras com Bruno de Carvalho, afirmaram não reconhecer a nova Comissão de Fiscalização nomeada pelo presidente da Mesa da Assembleia Geral, Jaime Marta Soares.
Naquilo que logo classifiquei como «golpada», o CD anunciava a destituição da Mesa da Assembleia Geral, anulava a convocatória de uma assembleia geral extraordinária para 23 de Junho feita por Jaime Soares e comunicava à nação leonina o aparecimento de uma alegada Comissão Transitória da Mesa liderada pela advogada Elsa Tiago Judas e uma Comissão de Fiscalização alternativa encabeçada pelo ex-dirigente Subtil de Sousa.
Numa infeliz entrevista dada à estampa no jornal i, o recém-nomeado porta-voz de Bruno de Carvalho, Fernando Correia, decidiu insultar jogadores e adeptos: «Um jogador, quando acaba o jogo, vai-se embora cheio de dinheiro. O pateta do adepto é que continua a discutir.»
Não é fácil resumir o que aqui se publicou nesse dia alucinante.
Fica uma resenha, necessariamente breve.
Escreveu o Pedro Bello Moraes:
«Patrício foi alvo de tiro com tocha em Alvalade e o presidente, nada disse. Patrício foi agredido na garagem do nosso estádio e o presidente, nada disse. Patrício foi acusado pelo presidente de ter sido co-responsável pelo ataque à Academia. Para o presidente, Rui Patrício é um "menino mimado." E tantas agressões, mais.»
Escreveu o Duarte Fonseca:
«A esta hora as instalações do clube, futuras trincheiras, já devem estar provisionadas sete camas, uma despensa repleta de enlatados, uma arca com carne e peixe em salga, garrafões de água e outros bens essenciais para que os assaltantes barricados se mantenham vivos durante as negociações entre os sequestradores do Conselho Directivo e os verdadeiros donos do clube.»
Escreveu o Pedro Azevedo:
«Há por aí algum sportinguista que, não querendo que Bruno de Carvalho fique, não esteja satisfeito com rescisões de jogadores? Há por aí alguém que tenha acordado com uma tristeza incontida em detrimento de uma alegria contida? Que sinta que o Sporting está a ser colocado em segundo plano por tudo e por todos?»
Escreveu o JPT:
«Os apoiantes desta deriva absurda continuarão a sê-lo. Pois, com tudo isto que já aconteceu, só não vê o real quem não quer. Pois todos podem. Apenas há alguns que não querem.»
Escreveu o António de Almeida:
«Não é possível viver com um tumor, sob pena de total e irreversível degradação. A solução é extirpá-lo. Apesar de tudo há sócios que pelos vistos continuam em negação agarrados a paliativos que nada resolvem, enquanto o clube se afunda a cada dia que passa.»
Escreveu o João Goulão:
«Sinto-me refém do meu próprio clube, metido numa armadilha para a qual fui empurrado, sem ter feita feito nada para isso, da qual não me consigo desembaraçar e não encontro a chave em todo este grande chaveiro para conseguir definitavemente abrir este cadeado. Não consigo abrir, não vejo quem consiga abrir, não vejo como se vai conseguir. É de loucos...»
Escreveu o João Távora:
«Porque não posso ser mais cúmplice do processo de desmantelamento do meu clube empreendido pelo doidinho do Bruno de Carvalho coadjuvado por meia dúzia de oportunistas invertebrados, pela primeira vez em 15 anos não irei renovar os meus lugares no estádio. Aguardo com esperança o tempo de voltar para apoiar a minha equipa a recuperar o lugar que é seu por direito.»
Escreveu o Rui Cerdeira Branco:
«Um dia esta direcção irá sair, alguém são irá liderar o clube, e recomeçaremos a sarar feridas e reparar danos. É uma tragédia isso não ter começado há uns ontens, mas, como disse, partamos do princípio de que o Sporting Clube de Portugal nunca vai acabar.»
Nos 23 destaques feitos pelo Sapo em Maio para assinalar os dez blogues mais comentados nesta plataforma ao longo do mês, És a Nossa Fé recebeu 22 menções.
Mais ainda: figurámos 21 vezes no pódio dos mais comentados - com oito "medalhas de ouro", 11 de "prata" e duas de "bronze".
Recorde-se que os textos publicados ao fim de semana são agregados aos de sexta-feira para este efeito, o que leva o número de destaques a ser inferior ao número de dias.
Os 22 textos foram estes, por ordem cronológica:
Órfãos, viúvas e agora pândegos (39 comentários, segundo mais comentado do dia)
Já igualou (46 comentários, segundo mais comentado)
As gloriosas capas do jornal A Bola (4) (52 comentários, segundo mais comentado)
Prognósticos antes do jogo (56 comentários, segundo mais comentado)
Keizer e os jogadores (46 comentários, o mais comentado do dia)
Ressabiadas e letais (32 comentários, terceiro mais comentado do dia)
Quem são os três melhores? (86 comentários, o mais comentado do dia)
Prognósticos antes do jogo (60 comentários, o mais comentado do dia)
Pérolas de Joaquim Rita (38) (40 comentários, segundo mais comentado)
Eles (62 comentários, segundo mais comentado)
Tolerância zero (92 comentários, o mais comentado do dia)
Pergunta aos leitores (62 comentários, o mais comentado do dia)
Prognósticos antes do jogo (80 comentários, o mais comentado do dia)
A diferença entre o Sporting e os clubes do sistema (40 comentários, terceiro mais comentado)
Boas notícias (67 comentários, segundo mais comentado)
Políticas (22 comentários)
Prognósticos antes da Taça (106 comentários, o mais comentado do dia)
A melhor época desde 2002 (60 comentários, o mais comentado do dia)
Esta Taça também é tua, Nani (42 comentários, segundo mais comentado)
Cada vez mais ressabiadas (46 comentários, segundo mais comentado)
Está no Governo a fazer o quê? (46 comentários, segundo mais comentado)
O mesmo (52 comentários, segundo mais comentado)
Com um total de 1137 comentários nestes postais. Da autoria do António de Almeida, do Edmundo Gonçalves, do Filipe Moura, do Luciano Amaral e de mim próprio.
Fica o agradecimento a quem nos dá a honra de visitar e comentar. E, naturalmente, também aos responsáveis do Sapo por esta iniciativa.
«Neste momento existe um protocolo do VAR e um manual de instruções para contornar o VAR que vai desde apitar e levantar rapidamente a bandeirola de forma a inviabilizar o VAR, até "perder" momentaneamente o contacto com a Cidade do Futebol.»
JHC, neste texto do Edmundo Gonçalves
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