Nos 20 destaques feitos pelo Sapo em Junho para assinalar os dez blogues mais comentados nesta plataforma ao longo do mês, És a Nossa Fé recebeu 20 menções. Fazendo assim o pleno, uma vez mais.
Além disso, figurámos 13 vezes no pódio dos mais comentados - com cinco "medalhas de ouro" e oito de "prata".
Recorde-se que os textos publicados ao fim de semana são agregados aos de sexta-feira para este efeito, o que leva o número de destaques a ser inferior ao número de dias.
Com um total de 954 comentários nestes postais. Da autoria do Pedro Oliveira, do Edmundo Gonçalves, do Luís Lisboa, do António de Almeida e de mim próprio.
Fica o agradecimento a quem nos dá a honra de visitar e comentar. E, naturalmente, também aos responsáveis do Sapo por esta iniciativa.
Não consigo compreender a razão, pela qual um jornal como o Expresso, cirurgicamante, no dia da Assembleia Geral do Sporting, traz uma entrevista com aquele que deixou a pior imagem de sempre como presidente do nosso clube. Será que não entendem de uma vez por todas, que as pessoas passam e os clubes ficam!! Esse semanário vem desenterrar situações que já deviam estar " fechadas" para sempre e que a pior coisa que se pode fazer é dar protagonismo a alguém que lança veneno e ódio em todas as direções, que mais parece um doente a precisar de tratamento urgente. Agora o Expresso, enveredar por este tipo de entrevistas, só me leva a duas conclusões: ou precisa de pagar algum favor a Bruno de Carvalho e concede-lhe esta entrevista ou necessita de "polémicas" para aumentar tiragens.
O Pedro Correia traz aqui alguns excertos da última entrevista de Bruno de Carvalho ao Expresso, onde é mais que visível o estado de degradação da personagem que há um par de anos era o presidente incontestado do Sporting Clube de Portugal e que agora vive sem emprego, com obrigação de apresentação diária na esquadra do bairro, numa casa que colocou no mercado, com três divórcios mais ou menos litigiosos, vários processos na justiça em curso, alguns que poderão vir a descobrir cofres escondidos, diz ele que já integra a lista dos terroristas dos EUA. Do que não fala é doutras dependências, quem quiser acreditar que toda aquela alucinação e ausência em momentos críticos se deveu à preocupação com a filha que acredite. Na próxima semana teremos a AG que mais que provavelmente o irá expulsar de sócio, os 69/31 de ontem deverão ser ampliados, e a verdade é que vai ser o "enterro do morto", depois da assembleia de Junho do ano passado. Ele "morreu" para o Sporting.
Mas, "enterrado" o Bruno, o brunismo continua bem vivo no Sporting e até vai capitalizar o "enterro".
Mas afinal o que é o brunismo?
Da forma como eu o vejo, o brunismo consiste numa reacção orgânica e geracional ao progressivo definhar do Sporting no plano financeiro e desportivo sob a liderança dos delfins de José Roquette, que conseguiram dois títulos no futebol e estiveram à beira de mais dois e de uma taça europeia, mas que foram sendo cada vez piores, culminando na liderança absolutamente desastrosa de Godinho Lopes.
Posso identificar algumas ideias base no brunismo (aqui limito-me a reproduzir o que vejo escrito por aqueles que se reclamam dessa área), naquilo que pretende para o clube:
1. Uma atitude de guerra sem quartel com os rivais, Benfica e Porto.
2. Uma atitude de combate nas esferas do mundo do futebol e das modalidades.
3. Uma cultura de exigência extrema no que respeita às equipas e atletas.
4. Uma política de comunicação agressiva e a marcar a agenda.
5. Uma gestão financeira expansiva, procurando optimizar sponsorização e patrocínios.
6. Uma política de compras directas a procurar a posse plena dos atletas de forma a gerar os maiores lucros em posteriores vendas.
7. Uma política de vendas que lute até ao último cêntimo pelo valor do atleta.
8. Uma política de aproximação aos sócios com preços para ter sempre o estádio e pavilhão cheios.
9. Uma política de aproximação às claques, como vanguarda do espírito do clube, contratualizando e facilitando todo um conjunto de questões.
10. Uma política de guerra não declarada mas sem quartel aos poderes históricos constituidos dentro do clube, Conselhos Leoninos, Cinquentenários, Stromps, etc.
Podemos questionar se, à luz destes princípios, o Bruno foi um bom brunista. Também podemos questionar se o Bruno quis ou ainda quer que o brunismo morra com ele, porque em todas as suas intervenções tem vindo a desqualificar os mais prováveis sucessores, como Carlos Vieira, e a mostrar-se orgulhosamente só.
Mas, do que não tenho dúvidas, é que os brunistas estão cada vez mais cientes que Bruno nunca mais, e que na falta de sucessor vão canalizar toda a sua energia para ser oposição ao "traidor" e "golpista" Varandas.
E se calhar vai ser mais difícil os brunistas encontrarem um novo Bruno “Live fast, die young and have a good-looking corpse!” do que Varandas ter o tempo suficiente para que a reestruturação abrangente que está a efectuar e a equipa competente que encontrou produza frutos, um Sporting a ganhar no estádio e no pavilhão, umas finanças equilibradas e a tal estabilidade tão ansiada no clube.
Entretanto vamos tendo uma oposição bastante minoritária mas ruidosa, nas redes sociais, no estádio e no pavilhão, mas por favor tenham vergonha e deixem de fazer as tristes e patéticas figuras que fizeram ontem no belo pavilhão João Rocha.
Excertos da longa entrevista concedida à edição de ontem do semanário Expresso pelo antigo presidente do Sporting Bruno de Carvalho.
«São absolutamente absurdas as apresentações diárias que tenho de fazer há quase um ano na esquadra da residência.»
«Quando me chega a informação de que Cândida Vilar e Godinho Lopes são grandes amigos, cada vez mais acredito que em Portugal já nada me espanta.»
«Ou a procuradora Cândida Vilar tem uma agenda, coisa [em que eu não quero acreditar, porque seria demasiado grave, ou tem um distúrbio.»
«Toda a acusação sobre mim é absolutamente martelada.»
«Temo que [a 6 de Julho] seja mais uma assembleia geral anti-estatutária e ilegal.»
«Têm medo que eu me possa voltar a candidatar e ganhar.»
«Estes senhores tiraram-me a possibilidade de trabalhar.»
«Eu tenho vivido daquilo que eram as minhas poupanças e chegou a um ponto [em] que acabou.»
«Eu tenho três filhas para sustentar.»
«As pessoas não me dão emprego.»
«Se nós fôssemos para eleições eu ganhava.»
«Há um vídeo com o Varandas a rir-se no balneário [em Alcochete] após o ataque. Se houvesse uma imagem minha a rir-me, estava já preso em Guantánamo.»
«Toda a gente sabe o que diziam: que eu era uma força da natureza, uma inteligência e uma perspicácia acima da média.»
«[Sou] um ser humano que na altura em que precisou da equipa e dos adeptos do Sporting todos viraram as costas.»
«Só José Sócrates foi atacado assim. Com uma diferença: José Sócrates foi atacado massivamente, mas depois do pder. E não chegou aos calcanhares daquilo que eu sofri.»
Uma entrevista em que o sucessor de Godinho Lopes, fiel ao seu estilo, dispara em todas as direcções - ferindo, nomeadamente, a honorabilidade de figuras da magistratura portuguesa. E sacode a água do capote em matéria de responsabilidades: não sabia, ninguém o informava. Foi assim em Alcochete, foi assim no conflito entre jogadores e adeptos no Funchal. As culpas - como de costume - eram sempre de quem escolheu para trabalhar com ele. De Jaime Marta Soares a André Geraldes, de Frederico Varandas a Jorge Jesus.
A cabala, a cabala. O mundo inteiro conspirando contra o menino birrento.
No capítulo das confissões, destaco uma: Bruno de Carvalho - acusado de 98 crimes no processo relativo ao assalto a Alcochete - confessa que vive sem trabalhar. Há mais de um ano que não desenvolve qualquer actividade remunerada.
O que escrevemos aqui, durante a temporada, sobre BORJA:
- Eu: «Gostei pouco da prestação do colombiano Borja, reforço de Inverno para a nossa lateral esquerda, em estreia absoluta de verde e branco no onze titular escalado por Keizer para este desafio. Naturalmente sem rotinas defensivas, teve responsabilidades directas nos dois golos encarnados.» (7 de Fevereiro)
- Francisco Vasconcelos: «Borja, que achei que poderia ter problemas de adaptação ao ritmo e posicionamento, tem sido uma bela surpresa.» (8 de Março)
- Leonardo Ralha: «Não conseguiu oferecer uma ocasião de golo a um adversário logo no primeiro minuto de jogo. Limitou-se a perder a bola pela linha lateral, permitindo aos adeptos um alívio que mostrou ser exagerado. Andou pelo relvado a manietar jogadas prometedoras, a atrapalhar Acuña e a demonstrar aos mais novos como não se cabeceia.» (19 de Maio)
- José Navarro de Andrade: «Bruno Gaspar, Borja e André Pinto (este depois da atitude miserável no jogo contra o benfas): a porta da rua é serventia da casa - são maus demais.» (28 de Maio)
- Luís Lisboa: «Tem andado muito limitado por lesões e descontinuidades de titularidade. Vamos ver como se comporta na selecção da Colômbia. Nesse acredito.» (6 de Junho)
Nesse dia 30 de Junho de 2018, a SAD leonina, liderada transitoriamente por Sousa Cintra, divulgava junto da comunicação social que iria apresentar José Peseiro como novo treinador do Sporting.
Primeiras reacções aqui no blogue:
«Se for ele, não vou renovar a minha box. Não estou para ir ver jogos de um treinador... quase!», escreveu o José da Xã.
«Que melhor forma nos dizerem que escusamos de ter fé na nova época?», escreveu o Francisco Chaveiro Reis.
No És a Nossa Fé, chegávamos ao fim de Junho com 340.388 visualizações registadas ao longo desse mês. Prova inequívoca - mais uma - da crescente influência e popularidade do nosso blogue no universo sportinguista.
«Salin saiu do Sporting numa altura em que era querido em França, abrindo espaço à ascensão de outros guarda-redes formados em Alvalade. Um guarda-redes que passa pelo Sporting com boas razões para se orgulhar de ter feito parte do clube. E o Sporting, reciprocamente, bem pode agradecer também à serenidade e estabilidade de Salin a transição sem ondas na baliza da equipa, após o caos.»
O orçamento e o plano de actividades do Sporting para a temporada 2019/2020 foram esta tarde aprovados, por larga maioria, na assembleia geral convocada para o efeito, nos termos estatutários. Com 69% dos votos a favor e 31% contra.
Confortado com mais esta expressiva prova de confiança dos sócios na reunião magna realizada no Pavilhão João Rocha, Frederico Varandas reúne todas as condições para continuar a exercer o mandato que os sportinguistas lhe outorgaram a 8 de Setembro de 2018. O caminho faz-se caminhando.
Hoje é um dia importante para a consolidação do Sporting. A partir das 14h30 temos a responsabilidade de aprovar ou chumbar o orçamento do clube. Há praticamente um mês que a seita letal anda a mobilizar-se nas redes sociais para comparecer em massa, no sentido de votar contra. Já tinham o sentido de voto decidido antes mesmo de conhecerem a proposta, apenas porque sim. Sabem perfeitamente que mesmo em caso de chumbo não irão ser retiradas consequências por aí além, apenas implicaria a elaboração de nova proposta e submete-la à votação dos sócios. Na realidade o objectivo dos brunistas é medir forças, procurando explorar algum possível descontentamento ou falha na mobilização, todos sabem que as AG destinadas a discutir e aprovar orçamentos estão longe de ser as mais participadas. O brunismo joga por estes dias a sua sobrevivência, caso percam ambas as AG desaparecem de vez, mas se conseguirem impedir que o orçamento seja aprovado e evitar que o guru acabe expulso, podem os sócios do Sporting Clube de Portugal ter a certeza que o clima de guerrilha irá aumentar exponencialmente. O que assistimos até aqui não foi nada, comparado com o que pode estar para vir. Deixo por isso o apelo aos sócios, vamos aprovar o orçamento, não é sequer necessário passar a tarde no pavilhão João Rocha, basta que os sócio que queiram manter o clube no rumo actual passem por lá a partir das 15h00. É chegar, votar e podem ir às vossas vidas, mas votem, por amor ao nosso Sporting Clube de Portugal.
Saudações leoninas.
Actualização - O orçamento foi aprovado por 69% dos votos presentes na AG. O comportamento arruaceiro dos letais terá funcionado contra os próprios, boa parte dos sócios aproveitou a oportunidade para oferecer mais uma colossal derrota à seita.
Nas últimas dez temporadas - sob as presidências de José Eduardo Bettencourt, Godinho Lopes, Bruno de Carvalho e agora com Frederico Varandas - o Sporting ficou sempre atrás do Benfica no campeonato português de futebol.
A última vez que ficámos à frente do velho rival foi na Liga 2008/09, quando o presidente leonino era Filipe Soares Franco.
Há que mudar isto: acredito que será nesta época prestes a começar.
- JPT: «É melhor do que o que o pintam mas desgosta-se no Sporting.» (8 de Janeiro)
- Eu: «É o patinho feio da equipa, fazendo arrepelar os cabelos de quem assiste ao jogo no estádio, mas desta vez teve uma actuação impecável. Veloz e concentrado a atacar, sem comprometer nas acções defensivas nem temer Marega, seu adversário directo.» (13 de Janeiro)
- Leonardo Ralha: «Passou o jogo inteiro a cruzar bolas, quase sempre em boas condições, sem que ninguém quisesse corresponder ao esforço de quem terminou só com dois colegas na linha defensiva.» (30 de Janeiro)
- Francisco Almeida Leite: «Jefferson e Bruno Gaspar não têm categoria para estar onde estão.» (3 de Fevereiro)
- José Navarro de Andrade: «A verdade é que há coisas que não mudam, como Jefferson por exemplo. Dele saberemos sempre que será infinita e consistentemente estúpido.» (21 de Fevereiro)
- Francisco Vasconcelos: «Jefferson e Bruno Gaspar são do pior que já vi com a verde e branca.» (8 de Março)
- Luís Lisboa: «Temos um conjunto de jogadores sem as condições necessárias para este novo desafio, que fracassaram ou que não conseguem manter o rendimento de outrora, pela idade, lesões ou outra coisa qualquer: Salin, Bruno Gaspar, André Pinto, Petrovic e Jefferson.» (28 de Maio)
«Não sou jurista, mas consigo ler os estatutos do Sporting Clube de Portugal. Sei que existem alterações aprovadas em data posterior, mas no site oficial do clube está publicada a versão aprovada na Assembleia-Geral de 23 de Julho de 2011. Por isso, aqui tenho uma primeira dúvida. O site do Sporting está por actualizar, mantendo informação ultrapassada no tempo? Ou as alterações aprovadas nunca entraram em vigor, não tendo por essa via produzido efeito, pela que a informação no site está correcta?»
«Assisti com atenção a três intervenções de Frederico Varandas na televisão, sendo que em duas ainda não era candidato à presidência do Sporting Clube de Portugal e na outra anunciava a sua vontade. Reconheço que gostei de todas as suas intervenções porque demonstrou elevação e personalidade, tudo o que espero do presidente do meu clube.»
«Estes jogos de xadrez que os adeptos fazem em cada final de época seriam implacáveis para as finanças do clube e para a equipa. Todo o jogador que tenha tido uma prestação abaixo do “muito bom” tem guia de marcha do grupo. Trocam-se bons profissionais, conhecedores do clube e da realidade do nosso campeonato, por “nomes” com pinta de jogador e com tendenciosos vídeos no YouTube.»
O que escrevemos aqui, durante a temporada, sobre ILORI:
- Pedro Azevedo: «É um jogador que perde frequentemente a concentração nos jogos, mas tem algo que parece faltar aos nossos centrais: é supersónico na recuperação defensiva. Limados os pontos-fracos, um perfil assim pode permitir à equipa subir a sua zona de pressão, a partir de um bloco defensivo colocado alguns metros à frente.» (5 de Janeiro)
- Eu: «Fez parceria com Coates no eixo da defesa e revelou uma arrepiante fragilidade, culminada num autogolo que ditou a nossa derrota.» (7 de Fevereiro)
- JPT: «A porta da rua é a serventia. De Ilori. Agora será no final da época.» (7 de Fevereiro)
- Edmundo Gonçalves: «Nada tenho contra o rapaz. Toda a gente tem direito a uma segunda oportunidade e desejo que seja muito feliz no Sporting, que é sinal de que foi útil ao clube, mas o que questiono é a qualidade actual de Ilori. Convém lembrar que foi descendo até à zona de despromoção à terceira divisão inglesa e isso talvez não seja grande cartão de visita.» (30 de Janeiro)
- José Navarro de Andrade: «Um bailarino que não sabe onde se pôr ou quem marcar, como tão bem demonstrou no golo do Villareal.» (21 de Fevereiro)
- Francisco Vasconcelos: «Sendo rápido e alto, é uma boa opção, apenas tem de deixar de inventar na saída de jogo.» (8 de Março)
- Leonardo Ralha: «Entrou a meio da segunda parte, tendo tempo suficiente para contemplar o remate acrobático com que Herrera, literalmente nas suas costas, fuzilou a baliza do Sporting e fez o resultado final. Resta-lhe a compensação de que Borja elevou muito a fasquia na competição para pior reforço de Inverno desta temporada.» (19 de Maio)
- Luís Lisboa: «Não conseguiu estar à altura da missão. Foi uma aposta falhada.» (11 de Junho)
«Se o Bruno Fernandes sair, temos um plano B, preparado para atacar o mercado. Preparámo-nos, nestes últimos meses, para os vários cenários. Se o mercado quiser o Bruno Fernandes, terá de ser por um valor elevado.»
«Posso garantir aos sportinguistas que no mercado de Janeiro, neste mercado de Verão e em todos os mercados que irão acontecer enquanto estivermos aqui, nenhum eleito do Sporting receberá um cêntimo em nenhuma comissão, em nenhuma venda, em nenhuma compra de jogadores.»
«Quando se fala no Sporting, uma palavra que salta logo é formação. Não só por ser do nosso código genético, não só por ser uma opção, mas por ser uma obrigação. O Sporting, para ser sustentável, tem de apostar na formação. Não é custo: é investimento.»
«Estre grupo vai ser um misto de experiência e juventude: é assim que queremos trabalhar. Vai ser um grupo mais competitivo, mais homogéneo, onde as segundas linhas se aproximarão mais das primeiras linhas. Isto é que nos vai dar garantia de competitividade.»
«Não há uma única pessoa que vá integrar este clube que não tenha o sonho de ser campeão, mas precisamos de muita racionalidade e muita inteligência para chegar lá acima e sermos campeões.»
Frederico Varandas, ontem, em entrevista à Sporting TV
Começavam a aquecer os motores para a corrida presidencial no Sporting. Depois de Frederico Varandas, que anunciara a intenção de concorrer à liderança leonina um mês antes, a 28 de Junho de 2018 foi a vez de Fernando Tavares Pereira.
«Está-me a dar a ideia que começa a ser moda aparecer todos os dias um pseudo-candidato para tentar junto da comunicação social ganhar algum protagonismo para outros fins. Vão brincando, não juntem os ovos todos no mesmo cesto, e logo vêem a surpresa que pode aparecer no dia 8 de Setembro.»
Mas Varandas levava mesmo inegável vantagem. A tal ponto que, no mesmo dia, surgiam apoios públicos à sua candidatura de cinco grandes glórias do Sporting: Fernando Mamede, Hilário da Conceição, Joaquim Carvalho, Júlio Rendeiro e Mário Lino.
Na sua rubrica publicada à época, sob o título "Se eu estivesse na Comissão de Gestão...", o Duarte Fonseca escrevia estas linhas:
«Diligenciaria, obviamente, nas negociações com os clubes que pretendem os atletas que rescindiram para obter retorno sobre esses activos. Mas em momento algum diligenciaria para que esses jogadores voltassem a vestir a camisola do Sporting Clube de Portugal. Nenhum deles a merece!»
Mesmo destituído, Bruno de Carvalho insistia em ser notícia. Recorrendo ao seu veículo de comunicação favorito, o Facebook, desabafou deste modo:
«Nunca quis ser um Líder populista. Um demagogo de frases feitas, que age para seu benefício e que quer levar as massas por promessas ocas mas apelativas. Pelo contrário, sempre quis ser um Líder popular, com os pés assentes na terra, com um discurso mobilizador que voltasse a devolver o orgulho e respeito a um Clube que estava adormecido, resignado e sem energia.»
«Lendo atentamente esse texto que BdC fez publicar ocorreu-me que se ele despindo a camisola de presidente do Sporting logo na primeira semana pensa deste modo, tão melhor do que quando era presidente, é melhor deixar-se estar assim mesmo. Não se vá ele destrambelhar outra vez.»
«Quanto aos aumentos das gamebox, é a vida, vou ponderar: se não achar bem, não renovo. Todos os anos saem e entram consócios e não é por isso que se deixa de ser Sportinguista. Pena não poder fazer o mesmo com electricidade, água, telecomunicações, rendas de casa ou imis. Se boa parte não renovar terá de ser encontrada uma solução e mostrar a porta de saída ao departamento de marketing. Espero que tenham razão e que as renovações sejam um sucesso. Com ou sem mim.»
Começou hoje uma nova época de futebol no Sporting, com um primeiro grupo de 22 jogadores a realizar testes médicos e os primeiros treinos, 13 jogadores da formação no grupo.
Com um outro grupo de jogadores importantes (Bruno Fernandes, Acuña, Wendel, Diaby, Coates, Plata, Dala e alguns outros) ainda envolvidos nos compromissos com as selecções nacionais, ou a competir ou a gozar férias pré-competição, alguns deles que poderão sair por ofertas difíceis de recusar, e com algumas contratações ainda a decorrer, nem todos esses jogadores integrarão o plantel no ínicio do campeonato. Alguns serão emprestados ou vendidos.
De qualquer forma, cada um terá oportunidade de justificar perante Keizer a permanência. Alguns deles, sinceramente, estão a mais do que a tempo de o conseguir, porque não basta serem da formação, terem feito uma ou outra coisa excelente aqui ou ali, terem o seu espaço no afecto dos sócios: têm mesmo de justificar competência para ombrear com os melhores do plantel e serem candidatos consistentes à titularidade. E não uma eterna promessa. Ilori, Matheus Pereira e Iuri Medeiros estão neste lote.
Além disso, e para estarem nesse grupo, alguns outros ficaram de fora da apresentação e estão na calha para sair: Viviano, André Pinto, Jefferson, Petrovic, Ryan Gauld, Mattheus Oliveira, Alan Ruiz e alguns mais. E Gudelj, pelos vistos, é carta fora do baralho.
Parece assim que o plantel vai levar uma volta considerável na linha do que aqui se foi dizendo e comentando. Mais barato, mais equilibrado, mais peso da formação. Mas, como dizia Keizer, tudo vai depender da permanência ou não dos poucos jogadores de classe extra de que dispomos.