... a "taça da carica", mas, na verdade, todos a querem ganhar!
O F.C. Porto saiu do campo antes do tempo e mal-disposto. O Benfica, se lá estivesse, também lutaria pela vitória e festejaria, se ganhasse (e que bem lhes saberia). E o Braga bem mal-disposto ficou, por perder a meia-final.
Ao pensar na história ainda breve de Marcel Keizer no Sporting (ou de Frederico Varandas com Marcel Keizer, dá igual) lembrei-me desta curva. Primeiro veio a desconfiança e ansiedade dos sócios com um treinador sem curriculum e dum futebol bem diferente do nosso, depois a felicidade com as "cabazadas" iniciais que terminou em Guimarães, depois um período sempre a descer até Tondela, onde entrámos em depressão profunda.
Veio uma semana depois o jogo contra o Porto em casa onde tivemos que aceitar exibição e resultado, os possíveis nas circunstâncias de então. Keizer não mudou as peças mas mudou a montagem das mesmas em campo, mais controlo do jogo, menos risco.
Tivemos agora uma dupla jornada vitoriosa com as duas melhores equipas da Liga, ao que dizem, e com esse novo modelo de jogo mais realista e eficaz tornou-se possível uma primeira parte superior ao Porto e uma ponta final que garantiu os penaltis e a conquista da taça.
Os problemas estruturais estão lá e não desapareceram. Uma condição física deficiente, um plantel limitado, uma enorme falta de dinheiro para o reforçar, uma ingenuidade nos lances divididos que se traduzem em montes de cartões e castigos. Mas temos agora uma estrutura de futebol profissional substancialmente reforçada, com presidente, treinadores e jogadores empenhados e solidários, todos a puxar para o mesmo lado, sem vedetismos nem primas-donas malcriadas.
Cabe aos sócios estarem à altura do que se passou em campo, mostrarem eles a tal "atitude" que dalgum modo tem faltado em Alvalade e fora dele esta época, a atitude de Sportinguistas de "O mundo sabe que" e não de exigentes ressabiados, apoiando incondicionalmente a equipa nos bons e maus momentos, porque eles de facto merecem e precisam desse apoio.
Ganhámos com sorte, sim. Mas haverá campeões sem estrelinha? Creio que não. Por vezes esquecemo-nos de que futebol também é jogo. E o jogo, seja qual for, envolve sempre um componente aleatória.
Uma palavra nos define, acima de outra, nesta final arrancada a ferros ontem à noite, em Braga, frente ao FC Porto: a palavra competência. Com um plantel inferior, em quantidade e qualidade, e um dia a menos de descanso do que a equipa adversária, soubemos fazer das fraquezas força e demonstrar a milhões de portugueses que o Leão, mesmo ferido e desgastado, continua a ser temível.
Repetiu-se o sucedido há um ano, nesta competição que também ganhámos, na altura sob o comando de Jorge Jesus: empate desfeito por penáltis tanto na meia-final como na final. A partida decisiva foi então com o V. Setúbal: os portistas haviam sido eliminados na etapa anterior. Desta vez enfrentámos o próprio campeão nacional, que só conseguiu fazer o primeiro remate à nossa baliza aos 42'. A segunda parte foi de claro domínio azul e branco, culminado no golo aos 79'. A partir daí, o Sporting caiu em cima do antagonista e criou várias oportunidades para empatar. No mais improvável desses lances, aos 89', Óliver derrubou Diaby dentro da grande área. Chamado a converter o penálti, Bas Dost não vacilou.
Na roleta que se seguiu, o holandês voltou a facturar. O mesmo fizeram Bruno Fernandes e Nani. Renan, sucessor de Rui Patrício, defendeu a grande penalidade apontada por Hernâni. E fazia-se a festa de verde e branco na rubra Cidade dos Arcebispos. Pelo segundo ano consecutivo, somos campeões de Inverno.
SINAL VERDE
RENAN. Não há volta a dar: esta Taça da Liga é muito dele. Sem os três penáltis que defendeu na meia-final contra o aziado Braga, jamais teríamos reconquistado este troféu, ex-taça Lucílio. Ontem voltou a defender outro, revelando-se novamente decisivo. É certo que teve grande responsabilidade no golo que sofremos, aos 79'. Mas o balanço é largamente positivo.
RISTOVSKI. O macedónio não é um primor de técnica, está mais que visto. Ontem confirmou-se lá à frente, quando optou por atirar para a bancada quando tinha Dost e Nani isolados à sua esquerda. Mas bateu-se como um Leão contra Brahimi, um dos mais categorizados adversários. Fez um corte providencial aos 54'. Exibiu boa forma física do princípio ao fim.
COATES. Exibição irrepreensível do internacional uruguaio - e em circunstâncias muito difíceis pois viu-se privado do seu habitual parceiro no eixo da defesa, coabitando com três centrais em dois jogos decisivos. Foi o patrão do sector recuado, autor de cortes providenciais aos 17', 70', 76' e 77'. Só lhe faltou converter o penálti no fim: desperdiçou a oportunidade, como sucedera na meia-final.
ANDRÉ PINTO. Uma das melhores exibições de sempre do central ex-Braga vestido de verde e branco. Na primeira parte, vulgarizou e neutralizou Marega, sem nunca se atemorizar perante o avançado portista. O azar bateu-lhe à porta logo a abrir o segundo tempo, precisamente num choque com Marega: fracturou o nariz e ainda quis jogar em esforço, mas saiu aos 53'.
GUDELJ. Talvez a melhor actuação do sérvio desde que chegou a Alvalade. Competia-lhe aplicar um tampão às ofensivas portistas pelo corredor central. E assim fez, revelando também competência nas dobras aos laterais e na recuperação de bolas. Não está isento de culpas no golo adversário, mas merece nota positiva. Sacrificado aos 83' por motivos tácticos.
WENDEL. Chegou há um ano ao Sporting, mas permaneceu proscrito durante vários meses. Afinal é um jogador talentoso, que está a ganhar lugar cativo no onze titular do Sporting - uma das maiores conquistas de Keizer como técnico. Jogando como médio-ala, no corredor esquerdo, foi essencial na ligação dos sectores e na posse de bola, revelando disciplina táctica e bom domínio técnico.
BRUNO FERNANDES. Muito vigiado, com um raio de acção bastante mais limitado do que é habitual, levou a melhor em sucessivos duelos com Herrera. Quase marcou, de livre directo, no último lance da primeira parte. Passe prodigioso a isolar Raphinha à beira do apito final. Chamado a converter uma grande penalidade, na hora da verdade, cumpriu com brilhantismo. E sem surpresa para ninguém.
NANI. A "casa das máquinas" esteve a cargo do capitão leonino, que fez valer a sua experiência em campo quando era necessário estancar as torrentes de energia portista. Hábil leitor do jogo, sem se atemorizar perante Militão, ajudou a fechar o nosso corredor esquerdo, reforçando o bloco defensivo. Fez um centro fabuloso para Bas (81') e foi competente também a marcar o penálti final.
BAS DOST. Em dois momentos decisivos, cumpriu - tornando-se no improvável homem do jogo. Chamado a converter o penálti após os 90', foi frio e eficaz, metendo-a lá dentro. E redobrou a dose, atirando-a para as malhas da baliza a abrir a ronda final de grandes penalidades. Pressionou muito à frente, ganhou lances aéreos. Podia ter marcado aos 81', mas assim a final teria sido menos emocionante.
PETROVIC. Com Mathieu ausente e André Pinto lesionado logo a abrir a segunda parte, revelou-se uma das mais graves lacunas do nosso plantel: falta-nos um quarto central. Aos 53' o médio defensivo sérvio avançou do banco e fez parceria com Coates. Missão bem sucedida: foi intransponível, mesmo após ter fracturado o nariz num choque (também ele, tal como André).
SINAL AMARELO
ACUÑA. Desta vez não brilhou, tendo pela frente as investidas de Corona, embora fosse o mesmo argentino combativo a que já habituou os adeptos. Por vezes é mesmo combativo em excesso: amarelado aos 35', e com a sua natural propensão para discutir com os árbitros, acabou por não regressar ao relvado após o intervalo. Keizer fez bem: o seguro morreu de velho.
RAPHINHA. Ainda não retomou o melhor nível desde que veio de lesão, revelando algum défice de eficácia nos metros finais do terreno: bem servido por Bruno, que o isolou aos 90'+5, desperdiçou essa soberana oportunidade de sentenciar a final antes do apito. Mas completou com eficácia a missão de Ristovski nas manobras defensivas do nosso corredor direito.
JEFFERSON. Esteve em campo durante toda a segunda parte - o período mais complicado para o Sporting, após o nosso notável desempenho colectivo nos 45 minutos iniciais. Foi comedido nas acções ofensivas, certamente por ordem do treinador, e ajudou a fechar o flanco. Ia estragando tudo com um recuo de bola disparatado aos 88', salvo in extremis por um companheiro.
DIABY. Com o Sporting a perder, a cerca de um quarto de hora do fim, Keizer arriscou - e fez muito bem. Saiu Gudelj, entrou Diaby para refrescar o nosso ataque, já muito desgastado. O maliano pouco mais fez do que correr sem bola, ampliando as linhas de passe. Mas teve sorte: numa dessas incursões, já dentro da área portista, foi derrubado à margem das regras. Tudo mudaria a partir daí.
Sporting 1 - FC Porto 1 (3-1 no desempate por grandes penalidades)
Taça da Liga - Final
26 de Janeiro de 2019
Renan Ribeiro (3,5)
Desta vez só defendeu um pénalti, mas a sua aura de especialista contribuiu para que Éder Militão e Felipe falhassem o alvo, pelo que é justo chamar-lhe herói da revalidação do título de vencedor da Taça da Liga, nas pisadas de Rui Patrício, também sujeito a desempate por grandes penalidades na meias-finais e final da edição anterior. Foi a melhor forma de o brasileiro se redimir pelo golo do FC Porto, nascido de uma defesa incompleta e atrapalhada para a frente. Poucas vezes posto à prova, apesar do enorme domínio dos adversários na segunda parte, ainda fez uma defesa magnífica a um cabeceamento de Felipe.
Ristovski (3,0)
Encontrou o irrequieto Brahimi e o pendular Alex Telles pela frente, o que em nada contribuiu para a sua participação no esforço ofensivo. Numa das raras ocasiões em que o fez decidiu mal, optando por um remate torto à entrada da área quando poderia ter servido Bas Dost, que estava em posição frontal e livre de cobertura. Restou-lhe fazer um jogo de grande sacrifício, sempre incansável e sem medo do contacto físico, até à maior vitória de um macedónio desde os tempos de Alexandre.
Coates (4,0)
Quis o destino e a chuteira direita que fosse o único sportinguista a falhar no desempate por grandes penalidades. Como diria um ex-dirigente do clube, seria chato se o melhor jogador em campo ficasse ligado à derrota por causa disso. Felizmente não sucedeu essa gritante injustiça para o uruguaio, desta vez sem Mathieu ao lado, que foi vendo colegas de eixo defensivo caírem ao relvado com o nariz a sangrar enquanto fazia mais cortes nas jogadas prometedoras do FC Porto do que Mário Centeno tem feito nas despesas sociais.
André Pinto (3,5)
Mal o jogo tinha começado e já estava a fazer um excelente corte ao cruzamento de Corona, livre como um pássaro na ala direita. Serviu de mote para uma primeira parte de grande nível, na qual contribuiu para ultrapassar o sufoco inicial e lançar a equipa para o domínio improvável com que o Sporting chegou ao intervalo. Mas estava escrito que seria uma final azarada para o central português: antes do intervalo viu um amarelo (questionável) ao carregar Marega e depois da reentrada em campo fracturou o nariz numa disputa de bola com o mesmo avançado. Ainda tentou manter-se no relvado, com duas compressas ensopadas de sangue em cada uma das narinas, mas viu-se forçado a sair.
Acuña (2,0)
Tudo indica que a final da Taça da Liga foi o último jogo do internacional argentino pelo Sporting, e o mínimo que se poderá dizer é que terá sido uma despedida inglória. Tremendamente ineficaz a conter as incursões de Corona, também não muito mais eficaz a fazer cruzamentos para a grande área portista, e claramente no modo “rebelde sem causa” que atrai cartões amarelos, Acuña foi substituído ao intervalo. Se for mesmo para o Zenit deixará saudades por muitos outros jogos que não este.
Gudelj (3,0)
Depois de numerosas exibições a puxar para o fraco, eis que deu um ar da sua graça e lidou com os líderes da Liga NOS da mesma forma que um seu conterrâneo lida com donos de restaurantes manhosos noutro programa da grelha da TVI. Sem ter feito uma exibição isenta de erros - tanto deixou que Felipe cabeceasse para a melhor defesa de Renan como fez uma tentativa ridícula de remate à entrada da grande área -, empenhou-se em não deixar que os outros vencessem pela primeira vez a Taça da Liga com o tipo de determinação que os sérvios costumam reservar para os croatas, bósnios ou kosovares. Saiu após o golo de Fernando, quando Marcel Keizer apostou tudo no ataque, mas deixou a sua marca.
Wendel (3,0)
Destacou-se a sair com bola para o meio-campo adversário, sem qualquer medo de apostar no um contra um ou no um contra dois. A qualidade intrínseca do jovem brasileiro acabou por sair afectada do desgaste acumulado na segunda parte, ao ponto de controlar mal um belíssimo passe de Nani para dentro da área portista, e não fossem as circunstâncias particulares do jogo poderia muito bem ter dado lugar à entrada de Miguel Luís.
Bruno Fernandes (3,5)
Merecia que Raphinha tivesse aproveitado melhor o passe de qualidade sobrenatural com que, pouco antes do apito final, fez algo à defesa portista que deveria tê-lo forçado a casar com ela. Apenas um dos toques de génio com que demonstrou estar a regressar à melhor forma, e que permitem ao Sporting viver acima das suas possibilidades. Já no último lance da primeira parte o deixara bem claro, na cobrança de um livre directo que saiu a centímetros do poste. Melhor esteve no desempate por grandes penalidades, demonstrando uma eficácia e frieza tais que o guarda-redes do FC Porto podia ter aproveitado para ler os clássicos naqueles segundos que passou a decidir para onde se lançaria.
Nani (3,5)
Ergueu o primeiro troféu desde o segundo regresso a Alvalade e contribuiu bastante para esse desfecho. Pertenceu-lhe o primeiro remate do Sporting, muito forte mas também bastante ao lado, aproveitando uma assistência de... Bas Dost, procurou sempre entregar a bola melhor do que a recebeu e voltou a procurar servir os colegas. Até redescobriu alguma velocidade nas pernas no lance em que respondeu ao golo portista com um cruzamento a que Bas Dost não conseguiu corresponder da melhor forma.
Raphinha (3,0)
Apresentou a velocidade como cartão de visita, o que lhe poderia ter valido um golo caricato, visto que a bola embateu violentamente no seu corpo ao acercar-se de um alívio fora de tempo do guarda-redes portista. Também na segunda parte, servido por... Bas Dost, foi placado por Felipe quando tinha condições para isolar-se frente ao guarda-redes. Pena a falta de eficácia nos instantes decisivos, como aquele em que permitiu a defesa que impediu a consumação da reviravolta leonina sem necessidade da “lotaria dos pénaltis”, ainda que seja aquele tipo de lotaria em que são onze contra onze e no final o Sporting ganha.
Bas Dost (3,5)
Muito mais interventivo do que nos últimos jogos, o holandês aproveitou o mau momento de Pepe e Felipe para ganhar bolas no contra-ataque e assistir Nani e Raphinha em jogadas perigosas. Pouco solicitado pelos colegas no seu “core business”, não hesitou em ajudar a defesa nos momentos de maior domínio do FC Porto e também não ficou longe de conseguir empatar logo após o deslize de Renan. Redimiu-se com a calma glaciar com que cobrou o pénalti que caiu do céu, repetindo a proeza, com menos força, direcção e estilo, no arranque da série que valeu a Taça da Liga ao Sporting.
Jefferson (2,5)
Lançado após o intervalo para o lugar de Acuña, o lateral-esquerdo brasileiro não teve tarefa fácil no um contra um com Marega, com quem trocou empurrões e palavras nada meigas (naquela que foi a maior brecha da noite no “fair play” até Sérgio Conceição ordenar à equipa que recolhesse aos balneários antes da entrega da Taça ao Sporting, e um dos seus adjuntos ter recorrido à medalha de finalista como arma de arremesso contra um adepto leonino). Mas aguentou a pressão e quase merecia ser feliz num cruzamento que lhe saiu mal ao ponto de forçar Vaná a uma defesa apertada para canto.
Petrovic (4,0)
Entrou para o lugar de André Pinto quando o central fracturou o nariz e... fracturou também ele o nariz, apressando-se a pedir uma camisola nova para substituir aquela que ficara da cor das duas equipas que não chegaram à final da Taça da Liga. Assim se manteve em campo, adaptado a central e com o nariz adaptado a uma batata, tal como provavelmente se manteria caso lhe tivessem amputado um dedo ou uma mão. E a verdade é que se portou muito bem, sendo o menos culpado no golo do FC Porto e demonstrando absoluta coragem física nos muitos lances em que fez valer o físico para afastar o perigo da sua baliza. Ainda conseguiu ver um amarelo por uma falta que não cometeu.
Diaby (2,5)
Entrou na hora do desespero e teve o mérito de estar no sítio certo à hora certa, sendo carregado dentro da grande área por Oliver Torres sem que o árbitro João Pinheiro, a meia-dúzia de metros de distância, reparasse nisso até ser chamado à atenção pelos dois videoárbitros. O resto é história.
Marcel Keizer (4,0)
A sua equipa tinha menos 24 horas de descanso nas pernas e, por muito que isso custe, mais do que 24 milhões de euros de diferença de valor de mercado. Promoveu o regresso de Bas Dost, substituiu Mathieu por André Pinto e viu os seus jogadores darem a volta aos primeiros minutos de domínio do FC Porto. Pouco demorou até o Sporting controlar as operações, num daqueles jogos muito divididos e pouco espectaculares que costumam suceder quando as duas melhores equipas portuguesas se encontram, mas depois da bonança veio a tempestade da segunda parte. Tinha gasto a primeira substituição ao intervalo, impedindo Acuña de se despedir deixando a equipa com dez, e gastou a segunda logo a seguir, trocando o ensanguentado André Pinto por um Petrovic que logo deixou também de ser senhor do seu nariz. A única substituição táctica a que teve direito ocorreu no final do jogo, trocando Gudelj por Diaby, e bastou para escrever direito por linhas tortas. Um título ao serviço do Sporting já ninguém tira ao holandês.
A minha fé era que, se fôssemos a penaltis, a situação descrita neste texto de há um ano se repetisse. E repetiu tal e qual. Tal como há um ano dei os parabéns a Jesus, este ano dou-os a Keizer - por darem confiança aos jogadores. E dou-os também ao Nani e ao Bas Dost, que desta vez não falharam (em dose dupla para o Dost, que também não falhou no momento mais importante do jogo). E ao Coates, que voltou a falhar o penalti mas nem por isso deixou de ser provavelmente o melhor jogador da "final four". E ao Renan. E a toda a equipa.
O Sporting tem toda a sorte na forma como ganha o penalti no fim do jogo (tem tanto de desnecessário como de indiscutível). Mas teve todo o azar com o André Pinto. O facto é que ganhou e ganhou bem. Há seis meses isto não parecia possível.
Jogámos esta noite contra o FC Porto com oito novos titulares em relação à final disputada há um ano: Renan, Ristovski, André Pinto, Acuña, Gudelj, Wendel, Nani e Raphinha. E desta vez nem tínhamos o Nelson a dar instruções atrás da baliza.
Estou cá longe, vi o jogo no computador (à Inácio), que está frio e não me apeteceu sair para ir ao "Ponto de Encontro", o sítio patrício aqui vizinho onde me fiz cliente habitual. Por isso conheço a equipa pior do que vós, aí, que vedes os jogos no ecrã gigante do José de Alvalade ou noutros ecrãs mais alargados. Ainda assim retiro ensinamentos que partilho na esperança que os sigam:
1 - O próximo tipo (sportinguista, está bem de ver) que assobie o Nani, alguém que lhe dê um calduço e o vizinho que lhe afinfe um carolo.
2 - O próximo tipo (sportinguista, está bem de ver) que resmungue com o Petrovic, alguém que lhe dê um carolo e o vizinho que lhe afinfe um calduço.
3 - Alguém que encontre um russo e o convença a contratar o Acuña, seja lá porque preço for: o homem será bom de bola mas não bate bem da bola.
4 - O VAR é como o Toyota, veio para ficar. Os que não o querem que vão para abaixo de Braga.
5 - O apocalipse já foi. Agora será sempre para melhor.
Eu já havia respondido a um inquérito do Pedro Correia sobre o que pensávamos sobre este troféu, que apesar de o considerar (ao troféu, claro está) menor, o Sporting deve entrar em campo sempre para ganhar.
E hoje, apesar das vicissitudes, de um dia a menos de descanso que o adversário, da notória diferença de qualidade nalguns sectores, Marcel Keizer colocou em campo a equipa com uma postura bem diferente daquela com que recebeu os portistas há pouco mais de quinze dias em Alvalade e o que é verdade é que a primeira parte foi dos nossos rapazes.
Fruto do que se foi dizendo sobre arbitragem durante a semana, hoje qualquer sopro foi falta (chegou-se quase às quarenta, um exagero) e qualquer falta deu amarelo e a nossa ala esquerda ficou enfeitada antes do intervalo, o que levou Keizer a uma jogada tão de risco, como de prevenção. Gabo-lhe a coragem de ter tirado Acuña, que estava a fazer um óptimo jogo mas amarelado (e sabe-se como ele ferve em pouca água) e trocá-lo por Jefferson que, sabemos, está longe do seu melhor. Essa troca, ou talvez uma melhor atitude do adversário, trouxe um recuar de linhas que foi sufocando os nossos até ao lance do golo do Porto, onde o herói da meia-final se tornou vilão e deu um daqueles frangos apenas reservados aos grandes guarda-redes. Vá que o VAR, que o Sporting sempre pugnou para que fosse uma realidade, fez o seu trabalho e disse ao árbitro que o lance que se passou a 1, 98m do seu nariz era penálti claro e um pouco para castigar a atitude então tomada pelo Porto, de queimar o tempo restante, Bas Dost, que falhara a marcação de um penálti na meia-final, não tremeu e "fez a pelota beijá o véu da noiva". E foi por um bocadinho assim que Raphinha não marcou o segundo e nos dava a alegria de não só ganhar no tempo de jogo, mas de não ter que sofrer a marcação dos penáltis.
E pronto, Renan, Dost, Nani redimiram-se, o guarda-redes do frango e os outros dos falhanços da meia-final e o caneco foi conquistado.
Para remate final, assim a jeito de penálti também, nem o mais fanático apostador colocaria um cêntimo na utilização de Petrovic a central e de que ele até cumpriria com nota positiva a tarefa. Foi claro que, apesar dos altos e baixos das exibições, a equipa está unida e isso é muito bom. E por último, como a hipocrisia foi sorte que não me bafejou, felizmente, se se critica quando se perde, deve elogiar-se quando se ganha e portanto deixo aqui o meu louvor ao presidente pelo título conquistado, que sendo dos jogadores, obviamente, é também dele.
Gostei muito de ver o Sporting entronizado como campeão de Inverno e o nosso grande capitão, Nani, erguer a Taça da Liga no estádio do Braga, mostrando aos adeptos - ali, em todo o País e nas comunidades portuguesas no estrangeiro - o primeiro troféu conquistado na era Varandas e na era Keizer, o primeiro troféu do futebol português em 2019. Um troféu alcançado em circunstâncias duríssimas (perante um forte FC Porto que dispôs de mais um dia de descanso) na sequência da vitoriosa meia-final frente ao Braga. Depois de afastarmos a equipa braguista, hoje batemo-nos com brio e galhardia perante um valoroso adversário, que vendeu cara a derrota e só foi derrubado nas grandes penalidades finais. Pela segunda vez na mesma semana, a grande força mental da nossa equipa veio à superfície: fomos superiores na hora do tira-teimas. E revalidámos o título: duas Taças da Liga em anos consecutivos.
Gostei da emoção que marcou do princípio ao fim esta final. Um verdadeiro clássico, muito disputado no terreno, com dois fortes dispositivos tácticos enfrentados em campo e um inegável espírito colectivo que animou o onze leonino, apontado à partida como menos favorito por quase todos os especialistas do comentário futebolístico cá do burgo. No momento da verdade, contrariando estas pitonisas, fomos superiores. Bas Dost - homem do jogo - converteu com muita competência dois penáltis com poucos minutos de intervalo: um ao cair do pano, que nos transportou para a decisão após o apito final, e o outro a abrir a ronda das grandes penalidades que ditaram o vencedor do troféu. Renan, que defendera três penáltis na meia-final contra o Braga, bloqueou hoje mais uma, convertendo-se numa figura imprescindível do onze titular leonino. Bruno Fernandes e Nani, dois dos jogadores mais categorizados do actual futebol português, cumpriram também a sua obrigação na marca dos onze metros. Um prémio justo para eles - e também para os milhares de adeptos que compareceram na Pedreira em incentivo permanente aos profissionais deste nosso grande clube.
Gostei pouco de ver, por estes dias, que alguns adeptos e simpatizantes do Sporting continuam a chamar "taça da carica" ou "Taça Lucílio" a esta competição, que nos dois últimos anos teve a nossa marca vitoriosa e nos merece novamente o título de campeões de Inverno, consagrado pela própria Liga de Clubes. Não faz o menor sentido, na era do vídeo-árbitro e numa altura em que a Taça da Liga passou enfim a mobilizar as atenções dos desportistas de todo o País, haver entre nós quem se apresse a desvalorizar este troféu.
Não gostei da excessiva superioridade territorial que concedemos ao FC Porto durante 25 minutos da segunda parte em que permanecemos demasiado acantonados no nosso meio-campo defensivo. Foi nessa fase da partida que sofremos o golo solitário, aos 79', em consequência da forte pressão portista. Mas soubemos reagir muito bem à adversidade. E o treinador reagiu da melhor forma, não baixando os braços: mandou sair o médio defensivo, Gudelj, trocando-o pelo extremo Diaby. Seis minutos depois, a ousadia do técnico foi recompensada: o jovem maliano deu profundidade ao nosso ataque, acabando por ser derrubado em falta na grande área azul e branca: por indicação do vídeo-árbitro, João Pinheiro apontou para a marca de penálti. Era o momento decisivo da final, que nos abria o caminho do troféu com a grande penalidade convertida por Bas Dost aos 90'+2. Também não gostei da substituição forçada de André Pinto, por lesão, aos 53': o defesa, que estava a ser um dos nossos melhores em campo, lesionou-se num choque com Marega e acabou por ceder o lugar a Petrovic, que funcionou até ao fim como central improvisado, dando boa conta do recado.
Não gostei nada da falta de desportivismo da equipa do FC Porto - incluindo aqui o técnico Sérgio Conceição - que abandonou o estádio antes da entrega do troféu ao Sporting, sem retribuir a "guarda de honra" que pouco antes os nossos jogadores haviam dedicado no relvado aos adversários, finalistas vencidos. Precisamente ao contrário do que o Sporting fez em Maio, no Jamor, ao perder a Taça de Portugal para o Aves: a desilusão era imensa, mas nenhum dos nossos então arredou pé. Como diria Nani, noutro contexto, quem não sabe perder também não sabe ganhar.
Sempre desvalorizei a Taça da Liga (frequentemente utilizei expressões como troféu da carica, coisa, ou taça Lucílio Baptista) e não será agora, no rescaldo da vitória do meu clube, que irei mudar de opinião. Defendi que deveríamos ter aproveitado a oportunidade para rodar jogadores, evitando lesões ou castigos e possibilitando minutos a jogadores menos utilizados. Obviamente que fiquei satisfeito com a vitória, mas oxalá possa vencer os próximos dois jogos para o campeonato, principalmente o próximo em casa diante do rival da 2ª circular, derby que nos últimos anos não tem sorrido às nossas cores.
Quanto ao jogo de hoje, algumas breves considerações, boa primeira parte do Sporting, mas a etapa complementar foi toda do nosso adversário. Os golos foram oferecidos, primeiro o nosso guarda-redes deu um frango, depois já no tempo de compensação, Oliver Torres teve uma paragem cerebral e cometeu uma grande penalidade, tão evidente quanto desnecessária. Por último uma palavra sobre os reforços, o F.C.Porto utilizou pelo 6º jogo Fernando Andrade, que marcou pela 3ª vez e mesmo o recém entrado no plantel, Manafá, estava preparado para entrar quando chegaram à vantagem, tendo Sérgio Conceição abortado a substituição. No Sporting apenas Luíz Phellype sentou no banco, tendo até ao momento sido utilizado poucos minutos. Os restantes reforços de Janeiro ainda não calçaram em qualquer competição. É sabido que o nosso plantel é curto, desgastando até ao limite os melhores jogadores, preparem-se para mais um penoso final de época, com os jogadores fatigados.
Para terminar, referir que Frederico Varandas precisou de 5 meses para conquistar o seu 1º troféu. Falta um para alcançar o total que o lunático em boa hora destituído conseguiu em 5 anos.
Inacreditável. Pelo menos para mim, que ainda me estou a recompor, esta vitória foi mesmo inacreditável, contra uma equipa superior, com mais um dia de descanso, estando em claro deficit físico, com amarelos e lesões em catadupa, em que o único deslize defensivo deu golo, e mesmo assim, entrou Diaby e com ele o empate e Renan fez o resto. Inacreditável.
Uma vitória tremendamente saborosa, para o presidente, Frederico Varandas que demonstrou que não é preciso ser alucinado e malcriado para conduzir o clube às vitórias, para Keizer e a sua equipa técnica, que conseguiu montar uma equipa competitiva e competente a defender e a atacar dentro das limitações existentes, e para os jogadores, alguns deles que tinham passado pela triste situação da final da Taça de Portugal e por aquela vergonha que se passou nas escadarias do Jamor, protagonizada pelos arruaceiros das claques. Os mesmos do jogo contra o Loures, os mesmos que merecem o distanciamento dos jogadores que se regista em Alvalade, os mesmos que têm os amigos na prisão por assaltarem a própria casa.
Está tudo bem? Nem por sombras, mas depois do que foi a pré-época e de todas as dificuldades ocorridas, nota-se trabalho, nota-se evolução, nota-se confiança, estamos no bom caminho, e... Ganhámos !!!
Que seja o início dum novo período na vida do Sporting. Ganhando ou perdendo, unidos à volta do clube, dos órgãos sociais, da estrutura técnica e dos nossos grandes jogadores, os nossos ídolos.
Quatro meses após ter sido eleito presidente, Frederico Varandas vê o futebol profissional do Sporting conquistar o primeiro troféu: a Taça da Liga, numa desgastante e emotiva final com o FC Porto.
Quer dizer que o Sporting, depois do Bruno, de Alcochete, das rescisões, do Marta Soares, da Judas, do Cintra, do Sinisa e do Peseiro, a jogar com o Petrovic e o Jefferson, ganhou um troféu ao Porto e a lampionagem A e B nem sequer chegou à final? Ahahahahah... Hmm... Ahahahahaha!
Há um ano, a 26 de Janeiro de 2018, Bruno de Carvalho recebia críticas por ter festejado euforicamente a vitória contra o FC Porto, por penáltis, na meia-final da Taça da Liga realizada em Braga.
O JPT pronunciou-se sobre o tema. Assim: «Pior ainda é a parvoíce que Saraiva faz em relação ao treinador do Porto: Jorge Jesus e Sérgio Conceição, ou porque são amigos ou porque lhes interessou estrategicamente, vêm tendo uma muito boa onda entre ambos, mais de prezar no ambiente patético que grassa no mundo da bola, uma pandemia de patetas avençados a bolçarem inanidades. Que Saraiva venha, em absoluto contra-ciclo, mandar bocas imbecis ao treinador do Porto é inadmissível. Do treinador do Porto falará, quanto muito e se assim entender, o treinador do Sporting - excepto se aquele começar a desatinar com o clube, o que não tem sido, notoriamente, o caso.
Outro foco de polémica: o treinador de guarda-redes do Sporting foi apanhado a dar instruções a Rui Patrício, atrás da nossa baliza, no momento da marcação dos penáltis: a verdade é que o internacional português defendeu duas grandes penalidades, o que acabaria por ser fatal para o FC Porto.
Face à controvérsia, o José da Xã reagiu com estas palavras: «Parece-me um tanto absurdo que o Porto venha agora queixar-se da presença - talvez indevida, assumo - de Nelson Pereira, o treinador de guarda-redes do Sporting, atrás da baliza onde os penáltis foram marcados. Eu percebo que quem perde - ou, neste caso, foi eliminado - pretenda arranjar desculpas para a coisa que correu menos bem. Curiosamente o Brahimi até rematou à trave e o Casillas também defendeu dois remates. Terá sido tudo culpa de Nelson?»
A verdade é que estávamos em contagem decrescente para a final, que nos garantia a conquista de mais um troféu - o primeiro desde a Supertaça, em Agosto de 2015.
«Estamos à beira de ganhar mais um título. Como diz o slogan, de ser o Campeão de Inverno. É com títulos que nos engrandecemos. Quantos mais títulos conquistarmos maiores ficamos. Todos os títulos contam. Todos devem ser celebrados. Estamos na final. Estamos a um jogo de ganhar mais um troféu», observou o Pedro Bello Moraes, exprimindo o que muitos sentíamos.
Enquanto se aguardava essa final, que viria a disputar-se no dia seguinte, escutavam-se as mais diversas palavras de apreensão nas hostes leoninas. O que me levou a escrever estas linhas: «O Sporting é um clube extraordinário. Tem adeptos que sofrem quando a equipa perde e tem adeptos que sofrem quando a equipa ganha.»
«Convido todos os comentadores a fazerem uma visita ao site www.transfermarket.pt e a tirarem ilações sobre os jogadores mais valiosos a jogarem na 1.ª Liga portuguesa. Facto concreto: entre os 25 primeiros só Bruno Fernandes, Bas Dost e Acuña são representantes do Sporting, o que demonstra bem a qualidade do nosso plantel.»
Terei sido só eu a reparar no miserável estado do relvado em Braga? Será por isso que a Liga continua a apostar naquela cidade e naquele estádio para palco privilegiado das meias-finais e da final da taça que organiza?
Nesse dia 25 de Janeiro de 2018, dissecámos aqui o jogo Sporting-FC Porto, que nos valeu a passagem à final da Taça da Liga, a disputar contra o V. Setúbal.
Escrevi eu: «A melhor oportunidade de golo, ao longo dos 90 minutos, foi nossa: Coates, muito bem servido por Fábio Coentrão, cabeceou ao poste no minuto 64. Com 0-0 no tempo regulamentar, o acesso à final decidiu-se por penáltis. Convertidos, da nossa parte, por Bas Dost, Bruno Fernandes, Mathieu e Bryan Ruiz (Coates e William Carvalho falharam). E com Rui Patrício a defender dois (parando remates de Herrera e Aboubakar), confirmando que é o melhor guarda-redes português e um dos melhores da Europa. Aos 74', já tinha feito uma defesa monumental, travando com êxito um disparo de Aboubakar: voto nele como figura deste jogo que funciona como forte tónico psicológico para a equipa.»
Escreveu o JPT: «O Sporting entrou melhor, o primeiro quarto de jogo foi superior. Depois as equipas igualaram-se. Na segunda parte o Porto foi mais: mais pujante, mais atacante e com um futebol ofensivo mais estruturado, acutilante e perigoso. Entendendo este jogo como preâmbulo para os outros três "clássicos" (chamar "clássico" a um jogo tão feio é só por tradição), na Taça de Portugal e no campeonato, bem mais importantes, é um bocado descoroçoante. A ver se isto melhora nos próximos jogos.»
Escreveu o Pedro Azevedo: «Num jogo em que as circunstâncias nos foram favoráveis, valeu o triunfo para evitar a "lapidação" de JJ na Pedreira. Quem nunca errou que atire a primeira pedra - dirá Jesus - , mas hoje [ontem] as asneiras provenientes do banco foram demais. Até a decisão de pôr William - reconhecidamente um não especialista - a marcar o quinto e sempre potencialmente decisivo penalty foi para esquecer. Além disso, o nosso jogo assemelha-se cada vez mais a uma chiclete: mastiga, mastiga, enrola, enrola, faz balão e, um destes dias, ainda explode.»
Escreveu o Duarte Fonseca: «A lotaria saiu-nos com a vitória. Porque Jesus fez de tudo para perdermos o jogo: a) Colocou em campo jogadores que nesta fase da época não aguentam mais de 30 minutos: Acuña e Piccini; b) Quando foi forçado a mexer optou, mais uma vez, por uma solução defensiva, ainda na primeira parte; c) Obrigou um dos nossos melhores jogadores da época [Bruno Fernandes] a jogar fora de posição durante mais de 45 minutos porque parece que contratámos o melhor jogador do mundo, que por acaso jogava no Rio Ave [Rúben Ribeiro], e ele tem que jogar sempre e numa posição que até nem jogava no Rio Ave; d) Passámos 75 minutos do jogo a dar charutadas para o ar, assumindo um coeficiente de cagaço igual ao do Belenenses quando joga com o Benfica; e) Colocou William a marcar um penalty.»
Escreveu o João Távora: «Claro que a vitória de ontem na semifinal da Taça Lucílio Baptista nos deve deixar satisfeitos. Mas por outro lado, o facto é que é a segunda vez que jogamos com o Futebol Clube do Porto em que não se descortina qualquer supremacia do futebol leonino (antes pelo contrário), que denota claras dificuldades na tracção dianteira. Isto deixa-me apreensivo, tendo em conta a nossa classificação no campeonato.»
«Temos que sair do buraco para onde nos estamos a atirar e olhar em frente. Apostar forte na Liga dos Campeões - imagino que mais um ano sem aceder à colecta será quase fatal - e nos jovens talentos que venham ajudar a varrer as teias de aranha dos Gudeljs e dos Gaspares - "haverá algum defesa-direito pior do que eu?", deve perguntar o bom do Bruno quando se vê ao espelho - mais dos Diabys, mais do Acuña, que deve jogar no meio em vez de andar às arrecuas e às reviravoltas a escarafunchar ao longo da linha.»
Disputámos a 24 de Janeiro de 2018 a meia-final da Taça da Liga. Passámos à final com muita dificuldade, mas levando a melhor contra o FC Porto, eliminados nas marcações de penáltis depois de persistir o empate a zero ao fim dos 90 minutos.
Um jogo marcado pelo regresso de Montero após dois anos de ausência. Um regresso muito festejado pelos sportinguistas.