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És a nossa Fé!

Reflexões sobre o Sporting (13)

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 Autor convidado: David Gorjão

 

 Voto por gestão desportiva ou voto por gestão financeira?

 

Durante este período eleitoral levantou-se, muito por culpa da candidatura do José Maria Ricciardi, a ideia de que o Sporting Clube de Portugal estará com gravíssimos problemas financeiros, que apenas o próprio, devido à sua vasta carreira profissional na área financeira, poderá solucionar.

Será mesmo assim, ou será uma falácia de campanha, por parte do candidato José Maria Ricciardi?

Será sobre esta questão que os sócios terão de refletir no dia 8 de setembro de 2018, quando preencherem o boletim de voto.

 

Na minha opinião pessoal, não quero acreditar que seja assim tão grave, a situação financeira do nosso clube. Sem dúvida que é uma área muito importante de qualquer empresa, bem como de qualquer clube de futebol e no Sporting Clube de Portugal não será diferente.

Se fosse assim tão grave poderia a Comissão de Gestão contratar jogadores neste momento? Não me parece. Desta forma, insurge-se outra questão, que deverá pesar na reflexão dos sócios do SCP, ou seja, a gestão desportiva do clube.

O Sporting Clube de Portugal não ganha um título de futebol há 16 anos. Será necessário refletir sobre as razões de tal absentismo de títulos. Todos os sócios!

 

Eu já fiz a minha reflexão. Acredito que precisamos de pessoas novas, com novas ideias, que construam uma estrutura de futebol profissional com pessoas válidas, que conheçam bem a “nossa casa”, que conheçam bem a realidade do futebol português.

A nossa margem de erro é mínima. Não devemos errar, pelo que devemos escolher um Presidente que nos lidere à glória, que viva e respire futebol, mas que saiba construir uma equipa capaz de gerir esta tão grande instituição, que é o Sporting Clube de Portugal, a nossa grande paixão.

Acima de tudo, é importante que no dia 8 de setembro todos os sócios venham exercer o seu direito, pois o Sporting Clube de Portugal precisa de todos

 

DAVID GORJÃO

Sócio n.º 75.470-0

Impressões do debate

 

Ricciardi

O melhor - Retomou o discurso do iminente caos financeiro do Sporting, embora confundindo o V. Guimarães com o Braga quando aludiu à falta de pagamento pela aquisição de Raphinha.

O pior - O banqueiro que assegura querer «pacificar o futebol português» diz uma coisa mas mostra outra: em registo Victor Espadinha, terminou o debate aos gritos contra o seu opositor, impedindo-o de falar.

 

Varandas

O melhor - Garantiu ter aprendido lições de liderança na escola de oficiais do Exército, questionando se Ricciardi terá feito o serviço militar, tema que enfureceu o oponente por motivos difíceis de descortinar.

O pior - Comparar-se com Bill Gates ou Mark Zuckerberg é - convenhamos - manifestamente exagerado.

 

Debate Ricciardi-Varandas: algumas frases

Frederico Varandas:

  • «Nós ontem jogámos só com três titulares da época passada. Isto faz muita diferença. Mas a equipa esteve junta, unida, coesa. E saiu com um resultado positivo.»
  • «Tem de haver uma comunicação forte, mas cirúrgica. Discordo da figura de um director de comunicação com demasiada presença, com demasiada exposição, quase no patamar de um director desportivo, de um treinador, de um jogador até.»
  • «É muito importante que, através da comunicação, o Sporting Clube de Portugal contribua para a valorização da indústria do futebol.»
  • «O nosso clube tem de se abrir mais à comunicação social.»
  • «Os miúdos têm de ver os jogadores do Sporting. O jogador de futebol não pode estar enfiado numa redoma, ser um bicho, quase um extraterrestre. Chega num autocarro, entra para um estádio, joga, vai embora, não fala nem contacta.»
  • «Eu defendo relações institucionais com todos os clubes, mas esses clubes têm de jogar com as mesmas regras que nós, pela verdade desportiva.»
  • «Isto não é um debate, é uma entrevista. Com um entrevistador e um segundo entrevistador, que percebe pouco do assunto mas questiona-me. Porque não discute o programa. Há um candidato que discute o programa e há outro candidato que comenta o meu programa. É um comentador de programa, que agarra sempre o mesmo assunto: a liderança, a idade... é sempre a mesma lengalenga.»
  • «Há pessoas que chegam demasiado cedo a determinados lugares e há outras que chegam demasiado tarde.»
  • «Não sei se o doutor Ricciardi fez o serviço militar, não sei se fez.»
  • «Andei numa escola de oficiais do Exército, onde liderar é um dos pilares. Porque estamos treinados para liderar homens em paz e em guerra, coisa que já me aconteceu. Como militar tenho louvores e condecorações por servir o País, coisa que o doutor Ricciardi nunca saberá o que é.»
  • «O doutor Ricciardi fala dos assuntos com completo desconhecimento.»
  • «Não precisamos de investidores na óptica de capital. Precisamos de investidores na óptica do financiamento.»
  • «O doutor Ricciardi não percebe que a solução financeira do Sporting Clube de Portugal passa por aumentar as receitas. E para aumentar as receitas é preciso perceber de futebol. Se o Sporting tivesse boa gestão desportiva nas últimas duas épocas, não precisávamos de doutores Ricciardis nenhuns.»
  • «Preocupa-me que um candidato como este possa ter hipótese de ser presidente do Sporting.»
  • «O doutor Ricciardi desce baixo, baixo, baixo...»

 

José Maria Ricciardi:

  • «José Peseiro tem feito um trabalho muito meritório nestas três jornadas.»
  • «Vimos para pacificar o futebol nacional.»
  • «É altura de transformarmos a Primeira Liga portuguesa naquilo que vemos noutras ligas. (...) Com a minha presidência não haverá mais estas cenas lamentáveis de ataques aos órgãos de comunicação social. Haverá respeito, dignidade, e isso nunca porá em causa a defesa dos superiores interesses do Sporting Clube de Portugal.»
  • «Um dos pontos mais fracos do Sporting é a falta de coesão.»
  • «O doutor Frederico Varandas não tem qualquer capacidade para ser presidente do Sporting Clube de Portugal. Nem sabe ler organigramas.»
  • «O doutor Frederico Varandas quer ser uma espécie de presidente-treinador. Ainda não percebeu que o presidente não é presidente-treinador nem presidente-adepto.»
  • «[Varandas está] cada vez mais parecido com o doutor Bruno de Carvalho. Tirou o curso de treinador, aliás à semelhança de Bruno de Carvalho, que também tirou um curso de treinador. Depois deu os resultados que deu.»
  • «O senhor entra permanentemente a ofender e a insultar as pessoas pela sua vida pessoal. Eu não entro. O senhor cinja-se a discutir os assuntos do Sporting e seja um homenzinho, que pelos vistos não é.»
  • «O doutor Varandas é caricato e só diz banalidades. Espero que os sócios tenham o bom senso de não o elegerem, senão o Sporting acaba.»
  • «O doutor Varandas tem um recorde no Sporting absolutamente fantástico: um tetra do Benfica, um sétimo lugar do Sporting e um campeonato do Porto.»
  • «É um novo Bruno de Carvalho com um curso de Medicina. Pensa exactamente da mesma maneira que ele.»
  • «Não estamos aqui a discutir a tropa. Estamos a discutir quem tem capacidades de liderança.»
  • «Se nada se fizer, o Sporting em Novembro não terá dinheiro para honrar os compromissos de tesouraria do clube.»
  • «Tenho pouca paciência para debater consigo. Você só diz asneiras.»
  • «Bruno Varandas! Você é o Bruno de Carvalho encapotado!»

O frente-a-frente realizou-se esta noite, na Sporting TV

Pódio: Salin, Nani, Battaglia, Coates

Por curiosidade, aqui fica a soma das classificações atribuídas à actuação dos nossos jogadores no Benfica-Sporting pelos três diários desportivos:

 

Salin: 20 

Nani: 18

Battaglia: 16

Coates: 16

Raphinha: 15

Montero: 15

Acuña: 15

André Pinto: 15

Petrovic: 12

Bruno Fernandes: 12

Jefferson: 12

Ristovski: 11

Bruno Gaspar: 1

 

Os três jornais elegeram Salin como melhor jogador em campo.

Faz hoje um ano

 

O futebol profissional, comandado por Jorge Jesus, falhara. Mas a época desportiva, ao nível das modalidades ditas amadoras, foi de sucesso para o Sporting, como bem indicava a lista que aqui publiquei a 26 de Agosto de 2017.

Destaque para os seguintes títulos alcançados pelo nosso clube na temporada 2016/2017:

- Campeão nacional de andebol;

- Campeão nacional de futsal; 

- Campeão nacional de futebol feminino nos escalões sénior e júnior;

- Campeão nacional de futebol masculino nos escalões júnior e juvenil;

- Campeão nacional de natação;

- Campeão nacional de judo;

- Campeão nacional de marcha; 

- Campeão nacional de ténis de mesa;

- Campeão nacional de tiro;

- Campeão nacional de bilhar.

Provas evidentes - entre tantas outras - do indesmentível ecletismo leonino.

Tudo ao molho e FÉ em Deus - As bruxas de Salin

Se o futebol é o ópio do povo, um derby em casa das "papoilas saltitantes" é o expoente máximo do género. Nesse transe, quem se deslocou ontem à Luz teve a alucinação de que a baliza do Sporting estava encantada, pois Salin e as suas bruxas da fortuna foram adiando o golo do Benfica até ao limite do coeficiente de medo do treinador leonino, o qual, com mão nula e péZERO nas substituições, acabou por desfazer o feitiço. 

 

De facto, com a entrada de Petrovic (e concomitante saída de Bruno Fernandes), Peseiro pretendeu construir uma torre de Babel, dando o toque a rebate que conduziu ao aquartelamento da equipa leonina no seu próprio meio campo. A partir daí, só houve uma equipa em campo. 

 

O jogo até começou de forma auspiciosa, com José Peseiro a prescindir do mal amado duplo-pivô e Batman, sozinho, a conseguir dar conta do recado, vigiando as movimentações de Gedson. Pelo meio, ainda tinha tempo para petiscar um(a) Pizzi. Marcus "Muttley" Acuña, numa posição interior, assegurava ligação e sarcasticamente colocava a bola no chão, já previamente limpa na batalha das "máquinas voadoras" do centro do terreno e Bruno Fernandes procurava fazer a diferença. Nas alas, Raphinha dava velocidade e Nani alardeava classe. Montero, isolado na frente, procurava manter-se de pé, tentando spbreviver, nem sempre com sucesso, às sucessivas infrações de Ruben Dias. Os centrais, Coates e André Pinto (que substituiu o lesionado Mathieu), pareciam concentrados e os laterais, mais contidos, negavam a profundidade ao adversário.

 

Com Salin a negar tudo, o Sporting foi ganhando confiança e crescendo no jogo. No entanto, faltava sempre uma melhor definição no último passe. Bruno Fernandes, irreconhecível, definia sempre mal, como foi o caso da última jogada da primeira parte quando, com um mau passe, desperdiçou uma jogada de ataque em que a superioridade da equipa leonina era de três para um. 

 

A toada manteve-se na segunda parte. O Benfica, mais incisivo, era mais perigoso, mas Salin, uma e outra vez, ia adiando o inevitável. Até que Bruno Fernandes, num centro raso da direita do seu ataque, encontrou Montero na área e Ruben Dias aplicou-lhe uma chave de pernas. A precisar de reforçar o seu ecletismo, com um golpe de judo excepcionalmente não ignorado pelo olhar de Luís Godinho, a equipa encarnada dava aos seu adversário a possibilidade de se adiantar no marcador. Sem Bas Dost em campo, para surpresa de muitos, foi Nani (e não Bruno Fernandes) chamado a marcar a penalidade e não perdoou.

 

A partir daí, só deu Benfica. Peseiro trocou Bruno por Petrovic e iniciou a marcha-atrás. Mais tarde, ainda viria a chamar Bruno Gaspar, mandando Raphinha para o banho, para além da inócua substituição de Montero por Castaignos. Depois de muita pressão, Jefferson abriu uma auto-estrada pela esquerda da nossa defesa que permitiu a Rafa centrar à vontade. Os nossos centrais esperaram no meio a entrada de Seferovic, mas Ristovski não fechou bem por dentro (aspecto onde Piccini era muito forte) e, num vôo apardalado de costas, deu azo à entrada do jovem João Félix, que não falhou. Golo do Benfica e vitória da Formação ... do Benfica. 

 

Empate lisonjeiro para o Sporting, mas muito importante numa fase em que se procura recuperar a confiança. Nas nossas cores, Salin (magnífico), Coates e Battaglia foram os melhores. À terceira jornada, continuamos imbatíveis. E lideramos o campeonato. O caminho faz-se caminhando.

 

Tenor "Tudo ao molho...": Romain Salin (extraordinário!!!)

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Reflexões sobre o SCP (primeiro balanço)

 

A ver passar os campeonatos. De João Gil.

 

Recuperar a alma leonina. De Luís Barros.

 

Mecanismos de consulta aos sócios. De Sol Carvalho.

 

Aposta inequívoca na formação. De Luís Cunha Miranda.

 

Cartilha para a formação da Academia do Sporting. De António Cruz.

 

Clube deve ser reconstruído por todos. De Ricardo Andrade.

 

As modalidades, o seu "prejuízo" e o "jornalixo". De Francisco Manuel Figueiredo.

 

Do Marketing 1.0 para o Marketing 4.0. De Martim Bustorff.

 

Elogios despropositados a Bruno de Carvalho. De Eduardo Gradiz.

 

Sem rótulos nem preconceitos. De Luís Ferreira.

 

Gestão desportiva fracassada. De Jorge Santos.

 

Poder mandar e saber mandar. De Luís Morais.

 

Acima das expectativas, regressando à normalidade.

São cada vez menos, felizmente para bem do Sporting, as vozes que em tom de lamuria ainda expressam profecias antecipando iminentes desgraças, maus resultados, destruição do clube e outras parvoíces. Sabemos de onde vêm, o que querem, por isso avancemos a caravana e deixemos os cães a ladrar. Percebo que os candidatos à presidência, por estratégia eleitoral, criticassem a ida de Sousa Cintra para a tribuna presidencial do Estádio da Luz. A mim deu-me gozo, em primeiro lugar porque o presidente do rival anunciou em momento solene, que iria cometer uma loucura e o melhor que conseguiu foi fazer as pazes com Pacheco, um dos  protagonistas do Verão quente de 1993 e ainda teve que receber Sousa Cintra como convidado de honra. Para cúmulo, ao contrário do que muitos esperavam, infelizmente alguns dos nossos também o desejavam, o Sporting não saiu derrotado do derby, esteve a vencer e apenas uma falha de marcação de Jefferson, seguida de erro posicional de Ristovski, permitiram ao todo poderoso e super favorito Benfica não sair derrotado em casa.

As notícias da morte das ambições do Sporting à conquista do presente campeonato eram manifestamente exageradas. Afastado o problema que era o anterior presidente, infelizmente ainda não nos livrámos de tal praga, a comissão de gestão e SAD têm feito um esforço para recuperar a normalidade de que o clube necessita, apesar dos constantes ataques de que são alvo. Primeiro criticaram a saída de F. Geraldes, Gauld, Palhinha, agora a não utilização regular de Wendel e Matheus Pereira. Esquecem que Bruno Fernandes é superior a qualquer um, Battaglia já era titular ou frequentemente utilizado na época passada, quando o presidente e treinador eram outros. E chegou Nemanja Gudelj, Sturaro há-de chegar lá mais para a frente, o campeonato é longo e precisaremos reforçar e refrescar a equipa, para evitarmos o desgaste que alguns jogadores acusaram a época passada. Isto de chamar traidores e preferir começar do zero pode ser muito bonito, romântico até, mas eu prefiro um Sporting competitivo, mas realista a idealismos extremos, que não levam a parte alguma, como é prova disso o Belenenses. Para fazer a vontade a alguns teríamos que jogar com 8 médios e 4 extremos. É fácil dizer que A ou B devem jogar, sem dizer quem deve sair do onze. Não sou entusiasta de Peseiro, mas é o nosso treinador, deixem-no trabalhar e para já os resultados alcançados estão acima das expectativas.

Não existem jogos fáceis, o Porto provou isso mesmo ontem, caso alguém o tivesse esquecido, pelo que é importante encaramos o próximo jogo com a máxima seriedade e conquistar os três pontos. Depois, o mercado estará fechado, será uma oportunidade para integrar reforços e recuperar algum do atraso com que partimos para a pré-época. Uma nova direcção terá sido eleita, os sportinguistas poderão estar confiantes e os adversários contar que estamos na luta. Força Sporting!

Pós-Luz

1. O Beto quis ir ao Mundial e por isso baldou-se do banco, lá para a Turquia. O JJ, que tem a mania de jogadores velhos e estrangeiros, se calhar sabe-se bem porquê, foi buscar o Salin (quem?), suplente num qualquer francês, que jogara num do Funchal. O tipo serve mesmo é para intérprete do Doumbia ...

 

2. Somos os campeões da formação: o jovem Mané está um pouco verde, mas ainda explodirá, depois dos empréstimos; tal como o jovem Chaby, e o jovem Domingos Duarte, e jovem Geraldes, e o jovem Palhinha, e o jovem Matheus, e mais alguns jovens de que se me escapam agora os nomes, que a memória já não me é o que foi, que já não vou para jovem. O jogador maduro que marcou o golo do Carnide, confirmei na entrevista-lampejo, é imberbe. Fará depilação por laser?

3. Peseiro não presta, é um "pé-frio" (mais estúpido do que um católico supersticioso, dois mil anos de uma igreja a lutar contra as crendices criancices, só mesmo um ateu supersticioso. E pior que ambos vem um agnóstico, pateta incapaz de decidir se acredita ou não em Deus(es) mas pronto a crer em maus-olhados). E com um Peseiro azarado, ainda para mais depois do Brunogate, isto vai ser uma desgraça. 4. O Ristovski distribui mais fruta do todas as lojas chinesas juntas. Entradas a destempo, má postura no salto, temperamento balcânico talvez. Em suma, não tem técnica de defesa. Gastou-se milhões de euros (amendoins na gramagem actual) num lateral-direito, mais um Bruno. Será ainda jovem, a precisar de ser emprestado para amadurecer? 5. Nani é um grande jogador.

Rescaldo do jogo de ontem

Gostei

 

Do empate alcançado na Luz. O resultado foi o mesmo que na época passada (1-1), mas a exibição foi superior. Isto apesar de só contarmos, no onze titular, com quatro jogadores que defrontaram fora de casa o Benfica no campeonato 2017/2018: Coates, Battaglia, Acuña e Bruno Fernandes. Três dos titulares de ontem eram suplentes há um ano: Salin, Ristovski e André Pinto. Estamos na frente, neste momento com vantagem directa sobre os encarnados, e mais um ponto do que o FC Porto, que esta noite foi vergado no Dragão (2-3) contra o V. Guimarães.

 

De Salin. De longe o melhor em campo nesta sua estreia em clássicos do futebol português. Actuação superlativa do guarda-redes francês, que assinou seguramente uma das mais conseguidas exibições da sua carreira. Valeu-nos o ponto alcançado na Luz, seguramente, com enormes defesas aos 6' (a cabeceamento de Rúben Dias), aos 20' (novamente R. Dias), aos 21' (Cervi), aos 52' (Pizzi), 70', 72' e 90'+6. Não restam dúvidas: agarrou a titularidade.

 

De Nani. Um verdadeiro capitão em campo. Comandando o nosso ataque organizado, muito envolvido no jogo, evidenciando notável maturidade técnica e táctica. Evidenciou-se logo aos 6', com um cruzamento que quase proporcionou golo a Montero. Também participou na manobra defensiva, sem nunca se poupar a esforços. E cobrou de forma exemplar a grande penalidade, aos 64', sem se atemorizar com as vaias no estádio: foi a primeira vez que marcou ao Benfica na sua carreira, que já vai longa. Leva três golos já marcados em dois jogos.

 

De Battaglia.  Um autêntico carregador de piano, que tomou muito bem conta de toda a zona que lhe estava confiada enquanto médio de contenção: por ele raras vezes os adversários passaram e praticamente anulou Gedson, suposta nova estrela encarnada. Não se limitou a conter o caudal ofensivo do SLB: aos 34', fez um dos melhores passes longos do desafio, em fase de construção ofensiva, ao colocar a bola em Raphinha a mais de 30 metros de distância. Um passe que merecia melhor desfecho.

 

Da organização leonina. Entrámos em campo sem temor, de forma desenvolta e com o onze compacto e bem organizado. Podíamos ter marcado logo aos 6' (por Montero) e aos 10' (num disparo de Acuña que quase rasou o poste). Com Raphinha no onze inicial, procurando esticar o jogo, nem sempre com sucesso.

 

Do árbitro Luís Godinho.  É preciso coragem para assinalar uma grande penalidade no estádio da Luz - e ainda por cima favorável ao Sporting, concorrente directo da equipa da casa. O juiz da partida teve esse desassombro, ao apitar para a marca de penálti, aos 61', por indiscutível derrube de Montero por Rúben Dias. Outros, no lugar dele, teriam feito vista grossa.

 

Do nosso desempenho até agora. Três jogos, dois dos quais disputados fora, com duas vitórias e um empate (na Luz). Seis golos marcados, três sofridos. Em igualdade pontual com SLB e com um ponto mais do que o FCP. Contrariando todos os profetas da desgraça, que tinham vaticinado cataclismos para este nosso arranque de campeonato já sem a dupla Carvalho-Jesus. Ultrapassámos esta fase muito complicada sem derrotas. Agora segue-se o Feirense em Alvalade, a 1 de Setembro.

 

 

Não gostei

 

Das lesões de Bas Dost e Mathieu. Dois elementos nucleares do onze titular leonino não puderam alinhar neste dérbi por impedimento físico. O holandês, na sequência de um problema muscular que já vinha da semana anterior. O francês sentiu-se incapacitado na véspera do jogo. Mas tiveram substitutos à altura. Montero, embora ainda com défice enquanto artilheiro, ocupou bem o espaço habitualmente confiado ao nosso homem-golo: foi ele a arrancar o penálti que nos permitiu o golo. André Pinto, pelo seu lado, também não comprometeu, fazendo boa parceria com Coates no eixo da defesa.

 

Das falhas de marcação nas bolas paradas defensivas. Anulámos o Benfica na maior parte do tempo, mas alguma desatenção poder-nos-ia ter saído cara nestes lances específicos. Um aspecto a rever em jornadas futuras.

 

Do golo sofrido. Só aos 86' o Benfica conseguiu empatar, com um golo de cabeça de João Félix, num lance corrido com responsabilidades para Jefferson, incapaz de anular a acção ofensiva de Rafa, autor do centro, e para Ristovski, que falhou a marcação directa: o ex-júnior benfiquista pôde cabecear sem hipóteses para defesa de Salin.

 

De Bruno Fernandes. Já tinha sido uma sombra de si próprio no jogo anterior, frente ao V. Setúbal. Voltou a revelar fraco rendimento pela segunda partida consecutiva, sem a influência a que nos habituou noutros desafios. Abandonou o campo aos 79', trocado por Petrovic. Para ele, voltou a ser dia não.

 

Da ausência de Jovane.  O jovem caboverdiano esteve muito bem nas duas jornadas iniciais, conseguindo desequilíbrios e revelando-se fundamental para virar os jogos. Merecia que Peseiro tivesse confiado nele também para actuar na Luz.

 

Dos petardos que rebentaram junto à baliza leonina. Uma vez mais, imperou a falta de desportivismo das ilegais claques lampiânicas, baptizadas de "grupos organizados de adeptos". Merecem punição exemplar.

Salin daqui que eu trato disto

Estará tudo dito quando o nosso melhor jogador foi o guarda-redes, mas também é para defender que ele lá está, direi eu. Se considerarmos que estava para zarpar, não está nada mal.

Mai'de resto até nem foi mau, atendendo a que os outros estavam cansados e a pensar nos milhões que podem amealhar na próxima semana.

Marcámos num penalti que o foi sem espinhas e muito bem marcado pelo capitão, que antes parecia apreensivo, mas talvez fosse da InácioTV.

Não jogámos grande coisa, mas não jogámos pior que nos dois primeiros jogos do campeonato, ou seja, estamos a fazer um campeonato, até agora, regular.

Já o disse, Salin foi o nosso melhor e o melhor em campo e não vejo mais ninguém que tenha que destacar, senão André Pinto, que substituiu muito bem Mathieu e Nani, pelo golo marcado. Destacarei pela negativa Bruno Fernandes, que foi um a menos e Jefferson, que permitiu o cruzamento que deu o golo do empate.

 

Positivo, para além do empate em casa de um dos rivais, foi a derrota do Porto em casa. Somámos 4 pontos e estamos na frente, nada mau.

Sporting Clube de Portugal vs Sport Lisboa e Benfica

A equipa principal no ano passado era: Rui Patrício, Coentrão, Coates, Mathieu e Piccini (defesa). Neste ano, desses jogadores, apenas jogou Coates. Depois tínhamos W. Carvalho, Bruno Fernandes, Acuña, Gelson, Dost e alternava o segundo avançado.

Este ano jogamos com Bataglia, Bruno Fernandes, Raphinha, Montero e Nani. Ou seja, apenas B. Fernandes e Acuña jogaram. Na prática estivemos 86 minutos a ganhar na casa do nosso rival. Todos sabemos que o futebol é um jogo de rotinas e, face ao exposto, retirem as vossas conclusões. Eu também queria mais mas... Mesmo assim, parabéns à equipa.

 

Saudações Leoninas

SALIN!

SALIN!   SALIN!    SALIN!

O golo lampiónico teve a assinatura de Jefferson que chegou tarde e displicientmente à bola a permitir o cruzamento e de Ristovski que saltou de parafuso sem norte. Foi por aí que correu mal o que tinha que correr. Isso e Peseiro continuar sem saber fazer substituições. Fez muito bem em tirar o nulo, mas tão artístico, Bruno, que de cada bola continua a querer fazer sonetos e por isso as perde todas. Todavia ao meter o pau-de-bandeira levou o jogo todo para a boca da nossa área. Tínhamos o pássaro na mão depois daquele momento histórico em que um árbitro marca penalti ao corrécio Ruben Dias e deixámo-lo voar. Empatou-se num jogo de empatas, do mal o menos.

Derby é derby

Este ano não estarei presente, e se derby no estádio é uma nervoseira, derby sem ir ao estádio é a desorientação total. Ainda nem decidi onde o vou ver.

Que nos corra bem, para mal já basta não termos Dost e Mathieu em campo.

Vi uns vídeos de João Pinto, o Mustang capitão do hóquei da caminho da Luz, e senti o frio na barriga de fazer aquele percurso, chegar, as entradas nem sempre tranquilas, o jogo emocionante para bem e para mal, o esperar depois do final e o regresso a Alvalade. Fi-lo várias vezes e não esqueço. Derby é derby.

 

SPOOOOOOORTIIIIIIING! 

Debate Madeira-Varandas: algumas frases

Frederico Varandas:

  • «Neste momento precisamos é de apoiar José Peseiro.»
  • «O Sporting Clube de Portugal tem de passar a ser um vencedor crónico no futebol.»
  • «Em 2017 votei Bruno de Carvalho.»
  • «Relação íntima, nunca tive nem com este presidente [Carvalho] nem com o anterior. Sou uma pessoa que não mistura muito o trabalho com a vida social.»
  • «Muita gente diz que saltei do comboio. Não. Eu estava numa carruagem que se chama Sporting Clube de Portugal e senti que o comboio entrou fora de rumo, em autodestruição. Eu saltei desta carruagem e, para defender o Sporting Clube de Portugal, tentei entrar na casa das máquinas.»
  • «Considero que temos o conhecimento fundamental para criar condições para vencer, nomeadamente o título nacional.»
  • «Se houver condições, não sou a favor de acabar com os sub-23. Tem de se perceber é se há condições físicas. Agora os sub-23 de maneira alguma substituem a equipa B. (...) A competitividade da Segunda Liga é diferente: é um jogo mais difícil, mais viril, mais duro.»
  • «O banco [de suplentes] não é o lugar do presidente. Não faz sentido. Via-se antigamente, nos anos 80... Era outro estilo.»
  • «Em pleno século XXI, é incompreensível e intolerável que não haja voto sem ser em Lisboa. O Sporting Clube de Portugal deve o nome Portugal aos núcleos que estão espalhados por todo o País, mas quem decide o acto eleitoral, em cerca de 90%, é o Sporting Clube de Lisboa - e isto não é justo.»

 

Madeira Rodrigues:

  • «Hoje não quero falar sobre o treinador. Hoje é dia de Sporting, é dia de Peseiro, é dia de equipa. Não quero minimamente falar sobre Ranieri.»
  • «A identidade do Sporting foi-se perdendo nos últimos anos. Eu não acuso só Bruno de Carvalho.»
  • «Somos amorfos. O Sporting fica em segundo e as pessoas vão festejar o segundo lugar. Mas que raio de clube é este?»
  • «Um dos valores do Sporting é termos esta democracia interna. Temos muitas opiniões diferentes - e ainda bem. Nós não somos cordeirinhos, como nos outros clubes. Ainda bem.»
  • «Tu [Varandas] és um fantástico médico.»
  • «Estaremos mais próximos de ser campeões nacionais com a nossa equipa do que com qualquer outra.»
  • «Vou-me rodear das melhores pessoas - e pessoas que saibam muito mais do que eu.»
  • «Eu quero o Sporting de volta à equipa B. Foi um dos maiores erros - e uma das maiores vergonhas, o Sporting ter tido uma equipa a baixar de divisão.»
  • «Temos de fechar o fosso, obviamente.»

 

O frente-a-frente realizou-se esta tarde, na Sporting TV

Faz hoje um ano

 

Fiz um apelo aos sócios e adeptos para porem fim aos aberrantes coros de assobios em Alvalade enquanto soasse o hino da Liga dos Campeões.

«Vamos receber duas grandes equipas europeias [Barcelona e Juventus] na fase de grupos da Liga dos Campeões. Messi, Iniesta, Suárez, Buffon, Higuain, Dybala, Cuadrado, Piqué, Busquets, Chiellini, Khedira, Umtiti e Rafinha vão jogar em Alvalade. Perante casa cheia, seguramente. É mais que tempo, portanto, de pôr fim aos sonoros assobios ao hino da Champions no nosso estádio. A menos que os sócios e adeptos que assim se comportam preferissem que o Sporting estivesse fora da competição máxima do futebol mundial a nível de clubes», escrevi em 25 de Agosto de 2017.

 

O apelo não viria a ter efeito. Mas o optimismo era vibrante neste blogue, como ficava patente nestas palavras do Frederico Dias de Jesus: «Em cada jogo quero que os 11 Leões escolhidos dignifiquem o Clube e o Futebol de elite. Orgulhem-nos, Sportinguistas! Queremos jogar a Champions sem grupos acessívei, jogamos com "os mestres, os melhores, as grandes equipas, os campeões"! Porque somos um deles!»

Na mesma linha, escrevia o Pedro Azevedo: «Deprimido? Nada. Penso que, em vez de uma ameaça, temos aqui uma oportunidade de afirmação do Sporting, como enorme clube que é, no sentido de fazer cumprir o ancestral lema de José de Alvalade de sermos "tão grandes como os maiores da Europa". Aquilo de que vamos necessitar é de uma preparação mental específica para estes desafios.»

Baixar de calças

Os senhores estão lá provisoriamente, pronto.

Aquilo é giro para o currículo e incha o ego p'ra carai.

Nenhum deles teria hoje, por si, a possibilidade de ocupar tão alto e responsável cargo. À excepção de Sousa Cintra, todos eles andaram à boleia de outros para ocupar lugares de relevo na estrutura dirigente do Sporting, revelando a sua ínfima e banal importância eleitoral.

Recusei liminarmente as acusações de alguns, que não os consideram pessoas de bem, mas hoje vou poder esclarecer se as acusações têm ou não fundamento.

Se os elementos da comissão de gestão acederem ao convite do clube que anda a ser investigado por nos ter roubado um campeonato e outras tropelias de falta de ética desportiva, por nos ter tentado roubar um jogador e por ter tentado contratar alguns dos que rescindiram nesta crise recente, ver-me-ei obrigado a dar razão a quem os ataca e a questionar a sua idoneidade.

Sentar-se na tribuna ao lado de Vieira pode ser giro, o cattering pode ser excelente, mas é uma enorme e despudorada traição aos ideais e valores do Sporting!

 

Nota: o único candidato que se manifestou contra a ida dos elementos da CG para a tribuna do Benfica foi Frederico Varandas, que eu tenha conhecimento.

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