Cristiano Ronaldo marcou mais três golos pela selecção nacional. O primeiro, num magnífico pontapé de bicicleta, é uma obra de arte.
Com ele em campo, parece sempre tudo mais fácil. Foi dos pés dele que começou a nascer a goleada desta noite: a equipa das quinas, jogando no estádio do Bessa, derrotou as Ilhas Faroé por 5-1.
Uma vez mais, CR7 supera um recorde pessoal: desta vez ultrapassando a marca estabelecida por Pelé - o melhor futebolista de todos os tempos, único a sagrar-se campeão mundial em três décadas diferentes: 50, 60 e 70.
Com os três de hoje, Ronaldo leva já 78 golos marcados. Mais um que o astro brasileiro. Está agora a seis do maior marcador europeu de sempre a nível de selecções: o lendário goleador húngaro Puskas.
Mas esta goleada teve outro grande protagonista: o nosso William Carvalho, numa das suas melhores exibições de sempre ao serviço da selecção. Marcou um golo (de cabeça) e fez assistência para outro. Em excelente forma.
Com esta vitória Portugal dá mais um passo importante rumo ao Mundial de 2018 que vai disputar-se na Rússia. A próxima etapa será já no domingo, frente à Hungria.
ADENDA: A selecção nacional entrou hoje em campo com sete jogadores formados no Sporting.
Vou ser claro sobre aquilo que penso do vídeo-arbitro:
Se os árbitros tivessem com o Sporting a postura que sempre tiveram, em alturas diferentes, com os clubes nossos rivais, eu não queria o VAR para nada.
A imagem, que publicamos em rigoroso exclusivo, documenta o preciso instante em que o presidente do Conselho de Indisciplina da FPF, imitando o gesto de Pôncio Pilatos, decidia não decidir se no flagrante e manifesto acto de violência praticado pelo jogador Eliseu "ocorreu, ou não, uma violação intolerável das Leis do Jogo".
A sujidade no futebol português continua. Mas ao menos aquelas mãos ficaram lavadinhas.
De acordo com o jornal O Jogo, "A Federação Inglesa (FA) puniu esta quarta-feira Aleksandar Mitrovic com três jogos de suspensão devido a conduta violenta num lance com Manuel Lanzini, no encontro entre o Newcastle e o West Ham, da terceira jornada da Premier League. O avançado dos "magpies" não foi alvo de ação disciplinar do árbitro durante o jogo em questão, mas a consulta de imagens televisivas permitiu ao órgão federativo punir o internacional sérvio."
Em Portugal, isto valeu um pedido de desculpas do Conselho de Disciplina da Federação:
Apesar das imagens, da opinião pública e, sobretudo, do Conselho de Arbitragem da Federação que considerou que Eliseu devia ter sido expulso no jogo contra o Belenenses, com vermelho direto.
Como fica demonstrado à saciedade, o VAR não chega. Parece que o próximo instrumento a ser introduzido no nosso futebol não é muito moderno, diria até que é um clássico: a vassoura. É preciso uma valente varridela na promiscuidade do dirigismo, que varra de vez, não para debaixo do tapete mas diretamente para o lixo, uns quantos que fazem da mentira desportiva vida. Pela verdade desportiva, a luta continua.
Eu vou lhe dar uma pala, você vai ter que aprender.
A tonga da mironga do kabuletê.
Você que lê e não sabe, você que reza e não crê.
Você que entra e não cabe, você vai ter que viver,
na tonga da mironga do kabuletê."
Com esta canção, Vinícius de Moraes e Toquinho, em plena ditadura (lá no Brasil como cá), afrontavam os militares sem que eles tivessem consciência. Estávamos em 1970...
Agora em democracia, quebrando o politicamente correcto e reportando-me ao panorama futebolistico, pisco o olho aos nossos Leitores. Está aqui tudo, ou não? Em 2017...
«Em 1981/82, com Malcolm Allison, o Sporting faz a sua quinta dbradinha; começou mal com um empate em casa com o Belenenses (2x2), não houve assobios e saímos de Alvalade com esta ideia: "Se jogarmos sempre assim vamos ser campeões." Naquele tempo os adeptos eram mais optimistas. Julgo que esta época, com William ou sem William, temos condições para ganhar o campeonato.»
A dúvida que está na cabeça dos sportinguistas é se William e Adrien ainda vestirão de verde e branco a 1 de setembro. Não que a equipa não tenha funcionado sem eles. Este ano, ao contrário dos últimos, há quem os renda. Mas Battaglia nunca será um William e Fernandes, atrás de Dost, tem rendido mais. Mas perder dois jogadores desta qualidade, de uma assentada, será sempre um duro golpe.
Estou em crer que William sai e Adrien fica. William, três anos mais jovem do que Adrien, deve ir para França. O Mónaco é campeão, fez boa figura na Champions e depois de tantas vendas milionárias está a comprar. Depois de Jovetic ou Keita Baldé, William pode ser o senhor que segue. E pagar 35 milhões a pronto não é coisa que preocupe os monegascos que, aposto, o vendem daqui a um ano, com lucro. Battaglia está a fazer bom início de época mas é necessário ir ao mercado contratar um substituto. E o tempo urge. Walace (Hamburgo) foi um nome falado e seria uma bela contratação. Petrovic está melhor mas nunca será um craque e Palhinha precisa é de sair para jogar com regularidade. A saída de William e o encaixe respetivo permitiriam ir às compras e ficar ainda com um bom troco. Acredito que Jesus ainda pense num central mais experiente do que Tobias (ainda por cima Pinto anda com queda para as lesões) e sabe-se que pensa numa opção de ataque. Gabriel Barbosa era boa opção, apesar da tenra idade. Melhor ainda seria um “clone” de Dost, para abrir aquelas chatas defesas de equipas portuguesas mais pequenas. Veremos o que tem Jesus em mente e o que se consegue fazer até amanhã.
Já Adrien acredito que fique. Primeiro, penso que quererá jogar numa equipa de nomeada e não troca o Sporting por um WBA. Em segundo, e esta será a principal razão, o mercado não parece estar disposto a dar 30 milhões por um jogador que nunca (passou uns meses em Israel) deixou Portugal. Mesmo que conte com a vitória num Campeonato da Europa e inúmeros jogos nas competições europeias.
Casos espinhosos são Douglas, Schelotto, Marvin (pode ir para o Watford), Heldon e sobretudo Bryan. Douglas tem ordenado altíssimo e não parece estar muito interessado em baixa-lo; Schelotto não quer ir para um clube qualquer e já terá recusado o Alavés e Bryan quer manter-se na Europa. Teremos uma miniequipa de luxo a treinar à parte na Academia enquanto lhe pagamos vários milhões por mês?
Por fim, há jovens como Tobias, Palhinha e Dala que precisam de jogar e deveriam ser emprestados.
Prognósticos, houve muitos. Mas prognósticos certos apenas dois: só os nossos estimados leitores J. Ramose SportingSempre anteciparam aqui a vitória tangencial do Sporting em Alvalade frente ao Estoril.
Aplicado o critério do desempate, o triunfo cabe esta semana cabe a J. Ramos, pois mencionou também Gelson Martins como marcador de um dos golos. Boa pontaria a dobrar.
A decisão ontem conhecida do conselho de disciplina em não castigar Eliseu adequa-se. Foi esta época disponibilizada mais uma ferramenta para auxiliar a equipa de arbitragem a tomar as melhores decisões em casos específicos. Assim, como as imagens plenamente demonstram, Eliseu teve uma entrada violenta sobre um jogador do Belenenses. Tanto o árbitro principal, junto do lance, como o árbitro que analisava as imagens da inequívoca agressão, decidiram que naquele caso nada de anormal se havia passado. Aliás, a jogada prosseguiu com um lançamento lateral a favor do Benfica. Este caso onde uma tão evidente agressão é branqueada por uma equipa de 5 juízes prova de forma clara que há árbitros em Portugal que se sentem condicionados em tomar decisões que penalizem o Benfica. É incompreensível para todos que aquela entrada não fosse de imediato sancionada, seja pelo árbitro principal, fosse com intervenção do árbitro que tinha acesso às imagens das diversas câmaras. Os detractores do VAR, curiosamente na sua maioria adeptos e dirigentes do Benfica, exultam com esta decisão, não vendo o óbvio: Não foi o sistema do vídeo-árbitro, que eles tanto contestam e abominam, que falhou. Quem falhou de forma escandalosa foi quem estava a analisar as imagens e quem no campo não foi capaz de “ver” aquela agressão. Este condicionalismo em decidir contra o Benfica, que afecta a grande maioria dos juízes no activo, vai esta época, com a ajuda do VAR, ser ainda mais evidente. E o problema, um de muitos, do futebol português está aqui, nesta vantagem significativa que aquele clube tem em relação a todos os outros.
Vasco Santos, o árbitro que esteve em Vila do Conde a analisar as imagens em directo, foi um dos árbitros referidos nos e-mails divulgados.
«Hoje [domingo] existiu uma grande diferença: não começou um ciclo que levaria o Sporting a perder 6 a 10 pontos logo no início do campeonato, o que, como se sabe é a maneira mais utilizada para retirar o clube da luta pelo título nos últimos anos. Só espero não estar a agoirar...»
José Manuel Meirim, presidente do Conselho de Disciplina (CD) da Federação Portuguesa de Futebol, acaba de reconhecer a inutilidade da função para que foi investido.
O árbitro Rui Costa, em vez de apitar, preferiu assobiar para o lado. E agora o CD vem dizer que não pode corrigir o erro grosseiro cometido pelo juiz do Benfica-Belenenses, perpetuando assim a impunidade do jogador faltoso ao recusar "sobrepor-se" à actuação negligente ou incompetente do senhor Costa e do seu "juízo qualificado", que afinal serve apenas para desqualificar ainda mais o nosso futebol.
Facto que merece destaque: para não desagradar ao apitador da Luz, Meirim não se importou de desautorizar a Comissão de Instrutores da Liga Portuguesa de Futebol Profissional, que defendeu a instauração de um castigo exemplar ao jogador do Benfica, e o Conselho de Arbitragem da FPF, que não teve dúvidas em considerar um erro a decisão do árbitro de não punir o lateral encarnado no decurso do jogo.
Impõe-se a pergunta: se não pode ou não quer tornar direito o que está torto, para que existe então o Conselho de Disciplina?
Para muito pouco. Ou quase nada.
Atendendo aos factos, creio ter chegado o momento de Meirim apresentar a demissão do cargo que desempenha desde Abril de 2016 e rumar a outras paragens onde possa ser mais útil à sociedade portuguesa e à comunidade desportiva enquanto qualificado jurista que me garantem ser.
Nascido na Maia, Bruno Fernandes iniciou-se nas camadas jovens do Infesta, mudando-se depois para o Boavista. Ao Bessa chegou com 10 anos e aí percorreu as diferentes etapas de Formação, com empréstimos no 1º ano de cada escalão ao Pasteleira, com quem o clube axadrezado ainda possui um acordo de cooperação.
A poucos dias de completar 18 anos, assinou pelo Novara, da Série B (2ª divisão italiana), onde chamou rapidamente a atenção dos olheiros da Udinese, mítica equipa de Zico nos anos 80.
Chegado à Série A, Bruno permaneceria 3 anos em Udine (marcando 10 golos) e mudar-se-ia posteriormente para Génova, onde representou a, outrora poderosa (Gianluca Vialli, Roberto Mancini, Lombardo, Toninho Cerezo), Sampdoria (5 golos).
Neste Verão do nosso contentamento, o Príncipe da Maia chegou finalmente ao Sporting.
A primeira pergunta que se impõe fazer é como é que foi possível este jogador ter escapado ao "scouting" dasselecções nacionais de jovens. Na realidade, só após ter ido para Itália foi chamado pela primeira vez, no caso à selecção de sub-19.
Nota-se bastante o peso da escola "azurri" no seu futebol: inteligência táctica, capacidade de passe longo típico de um "regista", remate forte e colocado digno de um "mezzapunta", a combinação destas qualidades torna a posição 10, a de "trequartista", a sua, aliando a visão e percepção do timing de desmarcação dos colegas, herdadas de um Deco ou Rui Costa, com a potência e qualidade de disparo à baliza, que lembram Carlos Manuel ou Maniche.
Evoluindo num meio-campo a três (Battaglia, Adrien, Bruno), no Sporting, assim ao estilo daquele que Mourinho construiu no Porto, com Costinha, Maniche e Deco, em que cada um joga ligeiramente adiantado em relação ao que o precede, Bruno beneficia ainda da entropia que é criada nos adversários quando o habitual 4-3-3 (sim, não me venham com tretas, 4-4-2 só houve com Téo, esse sim um "mezzapunta") se desdobra no movimento atacante num 3-5-2 , com Battaglia a recuar para central, os laterais a subirem em simultâneo, Adrien a ocupar a posição de Battaglia, os alas a meterem por dentro e, aqui reside o toque de génio táctico de Jesus, o ala de sentido contrário ao do movimento da bola a juntar-se a Bas Dost, fazendo os "2" da frente. Esta nuance permite a Bruno, que os adversários esperariam na aproximação a Dost, vagabundear sem marcação pelo terreno e daí lançar o perfume do seu futebol.
Olhando para os números, após 6 jogos, Bruno Fernandes é claramente o jogador mais influente do Sporting, tendo participado em 53% dos golos leoninos. Que assim continue, para nosso gáudio e para triunfo do belo futebol.
Acordão miserável iliba Eliseu da agressão ao jogador do Belenenses, Diogo Viana, com este estapafúrdio argumento: (José Manuel Meirim considera que) "se a um agente de arbitragem não compete avaliar atos ou omissões de agentes e aplicar as normas constantes do Regulamento Disciplinar, ao Conselho de Disciplina, por sua vez, por via de regra, não lhe cabe aplicar as leis do jogo".
Cada vez mais sinto um enorme nojo por uma certa clique que domina o futebol em Portugal e que se não forem tomadas medidas, pelo governo que é quem tem que pôr mão nisto, acabará por dar cabo dele.
Este acórdão é a prova provada da impunidade que alguns têm, porque um dia decidiram investir nos lugares de decisão, em detrimento de investir na equipa. É o elogio da vigarice, da falcatrua e da "sem-vergonhice". Meirim prestou mais uma vez um mau serviço ao futebol.
Mas afinal, questiono eu, não foi para isso que o colocaram lá?
Para todos os efeitos, hoje, 29 de Agosto, o Sporting empresta à selecção nacional 6 - (seis) jogadores - 6: Rui Patrício, William, Adrien, Bruno Fernandes, Gelson Martins e Fábio Coentrão.
«Não vejo jogos do Sporting. Não vejo. Tenho coisas mais importantes para fazer. Lá em casa ninguém vê. Um jogo da terceira divisão da Roménia tem mais interesse.»