O celebrado árbitro Carlos Xistra - convocado para o Benfica-FCP de ontem porque Jorge Sousa, putativo "segundo melhor árbitro português", voltou a lesionar-se - honrou as melhores tradições dos seus pares, deixando Jonas e Pizzi por sancionar com cartões mais que merecidos.
O caso de Jonas é particularmente escandaloso, porque abalroou ostensivamente o treinador do FC Porto na sua área técnica, numa agressão grosseira que todo o país desportivo devia condenar. Nuno Espírito Santo, há que reconhecer, não possui os dotes histriónicos do seu colega Lito Vidigal, que ao mais leve encosto se teria atirado para o chão simulando uma síncope cardíaca ou lesões gravíssimas na caixa craniana. Forçaria assim Xistra a expulsar Jonas, que ontem fazia anos. Seria uma enorme chatice.
Assim só faltou o árbitro cantar-lhe os parabéns a você e ajudá-lo a soprar a vela.
Leio na imprensa de hoje que adeptos, jogadores e dirigentes do FC Porto festejaram o empate de ontem da sua equipa na Luz.
Digam o que disserem, não me convencem: festejar empates é uma atitude própria de equipas pequenas. De resto, quando o treinador Nuno Espírito Santo deixou no banco André Silva - que vinha de marcar um golo e fazer uma assistência frente à Hungria, pela selecção nacional - num desafio desta dimensão deu logo sinal que vinha jogar para o empate.
Balanço do clássico: chegaram ao bairro de São Domingos de Benfica só a dependerem deles próprios. Saíram de lá sem essa condição e esse privilégio. E mesmo assim festejaram.
Do alto da sua competência e do estatuto de melhor do Mundo na sua profissão, Cristiano Ronaldo dos Santos Aveiro viu esta Quarta-feira, 29 de Março, ser-lhe reconhecido o mérito da dedicação a uma carreira, de ter vencido nela e de ter vencido o preconceito. O aeroporto da Madeira chama-se agora Cristiano Ronaldo.
Mais do que uma homenagem, esta decisão corajosa do Governo Regional da Madeira, é o reconhecimento por tudo o que Cristiano tem dado a um arquipélago que muito pouco lhe deu, pouco mais que o berço. Outros o acolheram, o acarinharam, o moldaram, o tornaram seu e o fizeram homem e futebolista dos melhores de todos os tempos.
Lá do alto onde por mérito próprio chegou, o estatuto de melhor permitiu-lhe com toda a frontalidade tratar os hipócritas por nome próprio. Naquele aeroporto, por breves instantes, gente houve que se ali à mão tivesse um buraco, rapidamente se escapulia por ele. Sincero e intelectualmente honesto, não se esperaria outra coisa de alguém que conviveu e aprendeu com os melhores. Àqueles que por mesquinho preconceito estiveram contra esta justa honraria, proponho um jogo simples: Desloquem-se ali ao lado, às Canárias que é o “estrangeiro” mais próximo, e perguntem o nome de um madeirense que não seja Cristiano Ronaldo.
«Não me recordo de alguma vez ter assobiado algum jogador do Sporting, por muito mau que tenha sido. E acho muito mal. Na minha óptica, se não querem apoiar a equipa, então fiquem em casa e não atrapalhem. Porque para atrapalhar já há muitos...»
Em 23 destaques feitos pelo Sapo em Março, entre segunda e sexta-feira, para assinalar os dez blogues nesses dias mais comentados nesta plataforma, És a Nossa Fé recebeu 18 menções ao longo do mês.
«Não me peçam que torça para que o Sporting não ganhe - nem que seja ao berlinde. Nunca! Nem percebo que sportinguistas, por vezes queiram que o clube C ganhe para que o clube A não seja campeão, sem cuidarem se os interesses do Sporting (classificação no Campeonato para acesso à Champions, taças que temos mais ou menos que o clube C ou A) sejam salvaguardados. Tudo isto deveria pesar no desejo dos sportinguistas.»