Este domingo, pelas 18 horas, realiza-se o Arouca-Sporting, com arbitragem de Luís Godinho. Numa terra de excelentes paisagens, excelente gastronomia e péssimos dirigentes desportivos.
Quais são os vossos prognósticos para esta partida?
"Alimpa-te" a este guardanapo e vê se tens um pouco de vergonha cara.
"Bacelar Gouveia, ex-presidente do Conselho Fiscal do Sporting, acredita que as recentes decisões do Conselho de Disciplina (CD) da Federação Portuguesa de Futebol (FPF) contra Bruno de Carvalho têm "mão vermelha e bem vísivel".
O constitucionalista é directo e claro nas insinuações que faz à interferência do Benfica nos órgãos da justiça desportiva, acusando o emblema da Luz, nesta matéria, de um domínio "escandaloso".
"O Benfica tem vindo a dominar de forma escandalosa a opinião pública e chega aos órgãos da justiça desportiva. Percebe-se que há sempre uma mão, bem visível e vermelha que está a abusar do seu poder. Pode até fazer o seu jogo dentro das regras mas não pode utilizar vias ilegítimas para exercer o seu domínio", dispara Bacelar Gouveia, em entrevista a Bola Branca, apontando a mira à "poderosíssima máquina de propaganda" do eterno rival da Segunda Circular.
Mas mais: mesmo sem envolver o nome do Benfica nesta premissa, Bacelar Gouveia traça um diagnóstico altamente negativo das cúpulas do poder no futebol português.
"As pessoas que estão no futebol e que querem fazer uma estratégia ilegítima não são amadoras. O futebol português, ao mais alto nível, está entregue a pessoas muito ardilosas, profissionais e com muita 'manha'. Os órgãos que devem ser independentes, por vezes, podem sentir-se condicionados", prossegue.
Conselho de Disciplina debaixo de fogo. "De juristas têm pouco"
As declarações do antigo dirigente leonino, que não integrou a lista de recandidatura do reconduzido presidente do Sporting, surgem dois dias depois do pesado castigo de 113 dias aplicado pelo CD da FPF a Bruno de Carvalho e poucas horas depois de o órgão presidido por José Manuel Meirim ter aberto novo processo disciplinar ao líder verde e branco, devido a violação das condições da suspensão a que está submetido.
Neste aspecto, Bacelar Gouveia é duro nas críticas dirigidas ao CD, recomendando até um reavivar de teoria básica de Direito aos dirigentes daquele órgão.
"Penso que há uma grande falta de bom senso e falta de cultura jurídica das pessoas que estão na justiça desportiva. De juristas têm pouco e estão a precisar um curso de reciclagem de Introdução ao Direito e do que é a Constituição e o respeito das liberdades fundamentais", remata, rotulando de "manifestamente disparatadas, exageradas e desproporcionadas" as deliberações que visam a proibição de qualquer declaração pública da parte do presidente dos leões.
"Isso é limitar o direito à liberdade de expressão, que é algo de elementar. Admito que possa haver castigos do ponto de vista desportivo e algumas restrições mas nunca chegando a esse extremo. Essa decisão não tem qualquer adequação com o que se pretende com a medida. Se a medida é punir algo que o presidente do Sporting fez de errado, não é preciso chegar a este exagero", aponta.
Recurso para os tribunais civis? "Justiça pode reparar violação grosseira da Constituição"
Ora, a propósito de alegadas limitações ao direito à liberdade de expressão, Bruno de Carvalho reagiu a toda a escala, já depois de ter ficado a saber que enfrenta novo processo disciplinar. O presidente do Sporting não admite que a sua acção verbal, enquanto dirigente, possa ser limitada, prometendo ir até às últimas consequências e, caso seja necessário, interpor recurso junto do Tribunal Europeu.
Bacelar Gouveia compreende a frustração de Bruno de Carvalho, aceita-a e, sobretudo, apoia-a, suportado na Constituição, recordando que as decisões da justiça desportiva, em casos devidamente comprovados, podem ser alvo de anulação por parte do poder judicial civil.
"A questão é saber se se trata de algo estritamente desportivo. Se se verificar que o que está em causa são os direitos fundamentais dos cidadãos, a justiça desportiva não pode nunca ficar imune ao poder judicial do Estado, que pode reparar uma violação grosseira da Constituição", completa."
Chamaram Bacelar Gouveia, que ontem tinha dado ao JN uma excelente entrevista, pensando que por ter feito uma ou outra crítica teriam ali outro croquette e saiu-lhes o tiro pela culatra. Lá vai a Renascença chamar o gajo dos ralis outra vez...
Este país, por vezes, é uma anedota pegada. O castigo a Bruno de Carvalho por dar a sua opinião sobre arbitragens e quem nomeia os árbitros é do mais ridículo que existe. Neste país quem dá a sua opinião está condenado. Logo. Este país é de quem vive na sombra, nos segredos e intrigas. Quem vive a conseguir nomeações e bons contactos nos lugares chave. Liberdade de opinião e expressão? Culpado. Dizer as verdades? É logo considerado um louco. Assim vai o futebol.
Vinte e cinco de Abril de mil novecentos e setenta e seis.
Precisamente dois anos após a Revolução, o trabalho dos deputados à Assembléia Constituinte deu um fruto que é hoje o pilar da democracia em que vivemos, com mais ou menos justiça, mas isso não vem ao caso.
Este edifício jurídico veio tornar justa a relação entre o Estado e os cidadãos e estes entre si próprios, coisa que até essa altura, por via da Constituição de 1933, não existia.
De todas as alterações que esta nova Constituição trouxe, todas elas importantes sem dúvida, a que provavelmente mais talhou fundo no sentimento dos portugueses foi a consignada no Artigo 37.º, que consagra a liberdade de expressão e informação e que por ser curto, faço questão de reproduzir:
1. Todos têm o direito de exprimir e divulgar livremente o seu pensamento pela palavra, pela imagem ou por qualquer outro meio, bem como o direito de informar, de se informar e de ser informados, sem impedimentos nem discriminações.
2. O exercício destes direitos não pode ser impedido ou limitado por qualquer tipo ou forma de censura.
3. As infracções cometidas no exercício destes direitos ficam submetidas aos princípios gerais de direito criminal ou do ilícito de mera ordenação social, sendo a sua apreciação respectivamente da competência dos tribunais judiciais ou de entidade administrativa independente, nos termos da lei.
4. A todas as pessoas, singulares ou colectivas, é assegurado, em condições de igualdade e eficácia, o direito de resposta e de rectificação, bem como o direito a indemnização pelos danos sofridos.
Não tolero que gente que à boleia dum regime que se quer igual para todos, pelo menos ao nível do tratamento perante a justiça, se arvore o direito de, com preocupantes laivos de saudosismo, pretender fazer tábua rasa do documento que deve nortear a sua actuação, mais não fosse por dever de formação. A actuação pidesca de um detentor de um cargo num órgão de uma qualquer federação desportiva ou outra, deve ser criteriosamente escrutinada à luz do número dois do artigo supra. Que o citado no parágrafo anterior tem fortes resquícios de defesa despudorada da defunta de 1933 que faleceu, não de velhice, mas por vontade do País, é notório nas atitudes e decisões que vai tomando, desde logo aceitando, como jurista que é, fazer parte de um colectivo que se rege por regulamentos que violam claramente a ordem constitucional vigente. Fosse o citado imparcial, justo e profissionalmente competente, não estivesse ele eivado de sentimentos bafientos de saudosismo e de uma profunda vaidade e talvez até de um possível ressabiamento por ter andado anos a fio a mendigar o lugarzinho que acabou por conseguir, e seria de sua própria iniciativa chamar a atenção dos clubes para a ilegalidade constitucional que são alguns dos regulamentos porque se regem. Não, não foi isso que fez, não é isso que fará. A um proto-ditador dá sempre jeito apanhar um combóio que tem por destino a estação que lhe convém.
Para quem ainda tivesse dúvidas, o vídeo-árbitro no recente França-Espanha dissipou-as de vez: sem perda de tempo, a verdade desportiva foi recolocada. Um golo ilegal da selecção francesa, que falsearia o resultado, acabou por ser anulado. E um golo espanhol, inicialmente invalidado, mereceu afinal luz verde. No fim, os espanhóis venceram 2-0.
O recurso à tecnologia, em dois momentos cruciais desta partida, permitiu à equipa de arbitragem recolocar as decisões no plano correcto. Griezmann, ao marcar o golo francês, estava em fora de jogo. E Deulofeu não estava deslocado num lance de golo espanhol inicialmente invalidado pelo árbitro auxiliar. Assim se comprovou aquilo que alguns inconformados – com destaque para o presidente do Sporting – há muito vêm sustentando na praça pública: é fundamental pôr os dispositivos tecnológicos ao serviço da transparência no futebol.
Alguns velhos do Restelo criticam a medida, considerando que retira “emoção” e “dinâmica” ao futebol. Que retire desde logo credibilidade ao desporto-rei parece ser pormenor de somenos para essas aves agoirentas, sempre prontas a contestar qualquer inovação. Quanto à dinâmica, estamos conversados: como sabemos, há jogos do campeonato português (lembremos o recente FC Porto-V. Setúbal, com um quarto de hora de paragem) em que os jogadores passam grande parte do tempo estendidos no relvado, simulando lesões para fazer escoar o tempo. Este mau teatro pode suscitar emoção, admito. Mas de teor negativo.
Ferramenta que não tardará a tornar-se indispensável nos estádios, o vídeo-árbitro é aplicado em três tipos de lances: golos (apurando-se se houve alguma infracção), penáltis (para desfazer dúvidas sobre a justiça do chamado “castigo máximo) e cartões vermelhos (permitindo detectar erros de identidade dos visados nestas medidas punitivas).
Deixou de ser possível a falta de sintonia entre a constante melhoria dos factores técnicos, tácticos e físicos no futebol moderno e algumas regras desta modalidade, que ficaram ancoradas num passado cada vez mais remoto, sem a indispensável adaptação aos novos tempos.
Diminuir o erro humano na avaliação de situações cruciais do jogo é absolutamente prioritário. E se noutras modalidades – basquetebol, râguebi, ténis – o vídeo-árbitro funciona, sem afectar a qualidade do espectáculo, nada permite concluir que o mesmo não possa ocorrer também no futebol. Partindo sempre do princípio de que a verdade é um valor supremo em qualquer desporto. Contra todas as formas de aldrabice, que – elas sim – adulteram o espectáculo e afastam os adeptos.
«Partindo do princípio que Galileu Galilei estava errado e com ele o heliocentrismo, podemos discutir quem ocupa o centro do universo. A terra, LFV, Jorge Mendes, a Gestifute? Podemos discutir tudo isso, só que Galileu estava certo. Este pequeno pormenor torna inútil toda a discussão posterior. Tal como a ida de Jesus para o Besiktas.»
Por hipótese académica, vamos imaginar que na empossada Comissão Arbitral existia um nomeado que na sua página de facebook tinha a seguinte frase: "Sou do Sporting e isso me envaidece..." Pior, era imaginar que no dia seguinte à tomada de posse da Comissão Arbitral, o presidente do clube rival era castigado.
Lógico que isto seria uma coincidência mas...
Na verdade isto não é ficção, como seria de esperar o membro supra mencionado não é adepto do SCP.
«Quem está fragilizado não é Bruno de Carvalho, é o Sporting na primeira liga. Andámos com a direcção no bate-boca com os comentadores do Benfica em vez de termos feito o que fez o Porto quando ficámos para trás depois do jogo na Luz: fechar as escotilhas, mergulhar dentro das próprias fraquezas, corrigi-las e reemergir mais fortes.»
Caro consócio, antes de mais a minha solidariedade pela ameaça à sua integridade física e pela agressão verbal e intimidatória de que foi alvo no estádio alugado pela federação portuguesa de futebol para a realização do jogo de qualificação para o Mundial, no passado Sábado, 25.
Se graves eram já os acontecimentos, eles são tão mais graves porquanto o caro consócio exerce, por legítima vontade dos demais associados do Sporting Clube de Portugal, o honroso cargo de Presidente da Mesa da Assembleia Geral.
Sendo públicas as agressões de que foi alvo, terá cada um de nós, sócios e por extensão cidadãos, o dever de as denunciar às autoridades, se estas não tiverem agido em conformidade com a legislação em vigor e que é a de informar as autoridades judiciais acerca de acontecimentos tão graves e lesivos da sua integridade física e moral, que nos atingem a todos, que o caro PMAG representa e que são mais de 150.000.
Vivendo num país onde a impunidade impera infelizmente, e nomeadamente no que ao futebol e demais desportos diz respeito, o meu conselho, meu caro consócio, é que estando muito dentro do prazo legalmente concedido, exerça o seu direito de ofendido e proceda a queixa-crime contra os energúmenos que tão cobarde e insidiosamente o ofenderam. Eles estão claramente identificados.
Não se trata de ser queixinhas, caro Marta Soares. Sabemos que irá dar em nada, mas é um elementar exercício de cidadania.
Não faz o menor sentido haver um clube desportivo em Portugal autorizado pela Liga a transmitir e difundir em exclusivo as imagens dos jogos que realiza em casa. Isto possibilita que este clube seleccione as imagens que muito bem entenda para servirem de base à discussão dos lances mais polémicos.
Este escândalo, inaceitával a vários títulos, vai repetir-se já este sábado, com a exibição televisiva do decisivo jogo Benfica-FC Porto no canal do clube encarnado, sem recurso a outros meios de transmissão.
Deve ser posto fim a esta situação de excepção, que concede ao Benfica um estatuto privilegiado de que mais nenhum outro clube nacional usufrui. Em nome da transparência competitiva e pelo combate sem tréguas à mentira no futebol português. Espero que este seja um dos temas a abordar na entrevista que Bruno de Carvalho vai conceder esta noite à TVI.
À quinta internacionalização, Gelson Martins desfez as dúvidas dos mais incautos: merece ser titular da equipa das quinas na Taça das Confederações. Brilhante trabalho de construção nos dois golos da selecção, incluindo uma fabulosa assistência de trivela para o de Cristiano Ronaldo - estreia absoluta do melhor futebolista do mundo a marcar como jogador sénior na sua ilha natal.
Que contraste entre o desempenho de Gelson contra a Suécia e a péssima actuação de uns quantos, que só viajaram à Madeira para fazer número e não mereciam sequer ter pisado o relvado. Como diria o Octávio Machado, vocês sabem muito bem de quem eu estou a falar...
«Acho que a SAD leonina, daqui até ao fim do campeonato e nos jogos em Alvalade, devia cobrar metade do preço dos bilhetes. Não preciso de fazer um desenho a explicar, tenho a certeza.»
«A posição (de cócoras) do SLB neste folhetim "eu faço birra e não vou ao estádio" mostra muito mais sobre o SLB do que qualquer outra das entidades envolvidas. Só demonstra o desprezo que sempre tiveram para com a nossa selecção, como se viu durante o Europeu, onde passaram horas a menosprezar o trabalho e o feito. Fruto da inveja que sentem por não conseguirem dar um jogador de jeito à selecção.»
A direcção do Benfica decidiu usar o jogo de Portugal contra a Hungria para condicionar ainda mais o árbitro, e a sua escolha, para o clássico a disputar no mesmo estádio e que, embora não decisivo, será importante para o desfecho da liga.
Começou pela recusa em se fazer representar na gala promovida pela federação, onde foram distinguidos alguns jogadores pelo seu desempenho na selecção e no sábado, dia do jogo contra a Hungria, energúmenos pertencentes a claques não legalizadas, mas muito bem organizadas, a insultar e a agredir ou a tentar, é a mesma coisa, adeptos e dirigentes de clubes adversários. O objectivo é óbvio: pressionar a federação de todas as maneiras possíveis, condicionar todos os envolvidos, para que o colinho continue até Maio e que possa celebrar, finalmente e ao fim de mais de 100 anos de história, o seu primeiro tetra. Só assim poderão, pensam, esconder o descalabro da actual gestão, das vendas e compras por valores inexplicáveis, comissões estrambólicas que esvaziam os cofres, estranhos acordos com clubes desconhecidos por onde circulam jogadores comprados, que por vezes nem à bola sabem jogar. Se até Janeiro/Fevereiro tudo estava sob controlo, arbitragens amigas, jogos calmos e descansados, adversários anestesiados, com dirigentes sem espinha e inteiramente dedicados à causa encarnada, jornalistas afectos ao clube, prontos a utilizar a sua posição para orientar a opinião generalizada, com direcções de jornais empenhados em tudo fazer para levar o Benfica tranquilamente ao tetra, inenarráveis programas diários sobre futebol com paineleiros que inventam, condicionam, mentem, traçam estratégias conjuntas, sempre com o mesmo guião. A comiseração capciosa é o prato diário destes supostos independentes paineleiros, prontos para todo o serviço. Os actuais dirigentes na sua finita sabedoria julgaram que chegava controlar a opinião publicada. Esqueceram-se, por talvez ser essa a sua escola e a ela não quererem ser equiparados, da forma como actua a velha guarda, que trouxe até hoje a podridão que é o futebol português. Num último estertor os antigos régulos tentam suster o poder que ainda julgam deter, confiando que um campeonato ganho lhes devolva o poder que há muito só eles ainda acreditam que possuem.
É isto o futebol português, temos uma selva onde tudo é permitido. Infelizmente temos na comunidade de jornalistas “desportivos” quem pertença a esta selva e que nela se enxurda com prazer. Os outros jornalistas olham para este mundo, e porventura bem, optam por desviar o olhar e ignorar o mais que evidente lodaçal. A horda de apoiantes exulta. Hoje no fórum da TSF lá estavam eles exaltados com todas as injustiças que lhes fazem. A eles o maior clube do mundo e arredores “não somos 6 milhões, se contarem bem somos no mínimo 7.5 milhões.” Depois desta desliguei e lá ficaram eles a chafurdar.