2017 em balanço (2)
TREINADOR DO ANO: JORGE JESUS
Neste terceiro ano civil ao serviço da equipa principal de futebol do Sporting Jorge Jesus foi de menos a mais. Começou mal, com a equipa afastada de todos os objectivos delineados no início da época: antes de terminar Janeiro estávamos fora da corrida ao campeonato e afastados das restantes competições. O que renovou as críticas ao treinador feitas por alturas da sua contratação, em Junho de 2015, por parte daqueles que nunca viram com bons olhos que o Sporting pudesse ter no comando da sua equipa técnica alguém recém-chegado do mais antigo rival.
Nestes 12 meses, felizmente, muita coisa mudou. A equipa apetrechou-se bem durante o defeso, contratando jogadores de inegável qualidade num processo que contou naturalmente com o dedo do treinador. Vieram Mathieu (ex-Barcelona), Fábio Coentrão (por empréstimo do Real Madrid), Acuña (titular da selecção argentina), Bruno Fernandes (oriundo da Sampdoria e capitão da nossa selecção sub-21), Doumbia (melhor marcador do campeonato suíço), Piccini (ex-Bétis), Battaglia e André Pinto (ambos ex-Braga).
Quando há ovos, as omeletes tornam-se realidade - como diria Otto Glória, nome histórico do futebol português. Esta temporada 2017/18 tem vindo a decorrer muito bem. Com o Sporting ainda em todas as frentes, disputando palmo a palmo o campeonato, em igualdade pontual com o líder FC Porto, sem derrotas nas competições internas e registando boas exibições em vários palcos. Incluindo uma vitória (3-2) frente ao Olympiacos em Atenas e um empate caseiro com a Juventus (1-1), na fase de grupos da Liga dos Campeões, e goleadas ao Steaua de Bucareste (5-1, fora) para o playoff da Liga dos Campeões, ao V. Guimarães (5-0, fora) e Chaves (5-1, em casa) para a Liga e ao União da Madeira (6-0, em casa) para a Taça CTT.
O treinador sabe muito bem puxar pelos jogadores, que respiram saúde anímica neste final de 2017. E sabe também puxar pelo público: Alvalade continua a bater recordes de audiência. «O clube devia ser um caso de estudo pelos adeptos. Há tantos anos que não ganha aqueles títulos consecutivos e parece que cada vez há mais sportinguistas», declarou no final do Sporting-FC Porto, que contou com mais de 47 mil espectadores nas bancadas.
As críticas tornaram-se residuais, agora escutam-se sobretudo aplausos: Jesus termina o ano em grande.
Treinador do ano em 2012: Domingos Paciência
Treinador do ano em 2013: Leonardo Jardim
Treinador do ano em 2014: Marco Silva
Treinador do ano em 2015: Jorge Jesus
Treinador do ano em 2016: Fernando Santos