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És a nossa Fé!

Os nossos comentadores merecem ser citados

«William Carvalho! Um Enorme Jogador! Depois de ver o jogo na TV em modo normal, vi novamente mas, desta vez, só a olhar para o William... é inacreditável a forma como joga agora: cabeça levantada, bola colada ao pé e não perde, recupera inúmeras bolas e, pelo seu elevado sentido posicional, anula muitas jogadas do adversário antes de este as esboçar.»

Sérgio Nunes, neste meu texto

a nossa champions

Nunca tive muita paciência para a fase de grupos da Champions. Ou se é tubarão e a passagem acaba por estar quase garantida, ou tudo pode acontecer. E não tenho paciência, porque há um fingimento geral em relação a isso.
Vejamos. Distracções, penalties duvidosos, livres directos, bolas na trave, jogadores inspirados que fazem a exibição de uma vida, tudo entra em campo nesta altura e acaba por nivelar a coisa, mais do que se suponha, entre não tubarões. Neste sentido, as equipas portuguesas (não sendo tubarões), precisam de sorte e de a saber procurar. Desde logo no sorteio, em seguida na ordenação das jornadas e na sua ligação à jornada doméstica e à forma e adaptação dos reforços. Com tudo isto no tabuleiro, pronto para ir ao forno, irritam-me os comentadores, adeptos e teóricos que acham que se pode concluir muita coisa acerca da equipa. Porque todos fingem que a Champions é importante na vida dos clubes portugueses, como fingem que as equipas dos nossos grupos são do melhor que há. Não é, como JJ já disse várias vezes e não são. O Besiktas por exemplo é uma péssima equipa, como é o Légia, ou o Brugge. O Leicester nada tem a ver com o Real ou o Dortmund e mesmo o Napoles está a dois mil quilómetros de ser um colosso.
No fim do dia, o que interessa mesmo é ganhar a liga nacional e ir para o Marquês (ou avenida dos Aliados). Todos o sabem, do segurança que está na cancela da Academia ao presidente, mas todos alinham nesta coisa mais ou menos parola de que os clubes portugueses têm pergaminhos na Champions. Não têm. O que acontece é que em alguns anos têm mais sorte que outros e vão passando a fase de grupos até serem comidos por um tubarão. É ir ver o sorteio do Porto que ganhou a  final do Mónaco e aquela sorte do golo do Costinha em Manchester ter sido validado.
Para que me percebam melhor, o apuramento é fundamental por causa da massa e da visibilidade que dá aos atletas (para os vender), os pontos são precisos pela massa extra, mas a partir de determinada altura é cerrar os dentes e acender velinhas para não levar uma coça que fará os adeptos dos outros clubes gozarem com o nosso. É pensar pequeno? Eu chamo-lhe damage control e gestão das expectativas, porque muito do nosso futebol se joga fora de campo. Ou no campo, sem ter a ver com o jogo em si. Rui Vitória deixa André Horta a titular (e tira Sálvio) e faz subir Carrillo porque a ideia é mostrá-los no mercado. Adrian Lopez joga porque pode ser que faça um golo que lhe suba a cotação. É também isto a nossa Champions.
Eu acho que não estou sozinho neste encarar de Champions como algo exógeno aos objectivos da época. Acho que se nota nos nossos jogadores (dos três grandes). Pressente-se que eles sabem que não terão nenhuma hipótese de vencer aquela competição e se entregam à sorte do jogo. Se marcarem primeiro, tanto melhor. Se não o empate serve. A derrota? Se não for por muitos, também está bem… Viu-se no pós-jogo de Madrid, mas também no pós-Besiktas, um conjunto de bons rapazes muito bem pagos, mas que de equipa e sistema de jogo nada têm. Se o Real é de facto bom, embora só tenha jogado minimamente nos últimos 10 minutos, pintarem o Besiktas como grande equipa já é gozar. Mesmo o Leicester, enfim…
Curiosamente Gelson ou Gonçalo Guedes (como Renato o ano passado) pareceram ter outra atitude, mais esfomeada. A ver vamos…

A minha costela Jota Jota

Na jornada europeia, no post lançado pelo Francisco Vasconcelos, finalmente alguém acertou na linha avançada por... Raúl José.

Provavelmente será uma mente mais aberta e menos complexa que a de Jota Jota e se atendermos a que quem acertou teve que levar com ambos durante seis longos e horrorosos anos, terá sido normal ter vindo dali o primeiro "vencedor" do desafio.

Ora, Sábado há mais, em Guimarães, um jogo que não será nada fácil a ver pelo histórico recente. 18,15 horas no Afonso Henriques (se ainda não mudou de nome...).

Faites vos jeux.

O Djaló peruano em Nápoles *

José Nunes, Antena 1: «Aquilo que Carrillo mostrou foi zero. E pior que isso foi a postura dele em campo: muito má, não mostrando nem vontade nem dinamismo. Foi um erro de casting total, absoluto. Um fiasco. Opção estranha de Rui Vitória.»

 

Jorge Baptista, SIC Notícias: «Carrillo foi um jogador inerte. Perdeu muita bola dividida, não conseguiu ganhar velocidade, não deu profundidade à ala do Benfica, não criou qualquer tipo de desequilíbrio. Quase um jogador a menos. Se as unidades não funcionam o colectivo vai ao ar.»

 

* O Benfica bateu-se bem no estádio de San Paolo, apontando dois golos e sofrendo apenas quatro frente ao Nápoles, que nunca tinha marcado tanto num só jogo da Liga dos Campeões

Pódio: Adrien, William, Bryan, Bas Dost

Por curiosidade, aqui fica a soma das classificações atribuídas à actuação dos nossos jogadores no Sporting-Legia de Varsóvia pelos três diários desportivos:

 

Adrien: 19

William Carvalho: 18

Bryan Ruiz: 17

Bas Dost: 17

Rúben Semedo: 17

Gelson Martins: 16

Bruno César: 14

Coates: 14

Jefferson: 14

Rui Patrício: 14

João Pereira: 13

Campbell: 11

Markovic: 11

Petrovic: 1

 

A Bola elegeu Adrien como melhor sportinguista em campo. O Record optou por William Carvalho. O Jogo escolheu Bas Dost.

Um apelo que também é um conselho

A todos os sportinguistas que nunca tiveram oportunidade de ver William Carvalho ao vivo, façam-no!

Caso contrário vão perder a oportunidade de ver ao vivo o melhor médio defensivo que já jogou no Sporting.

E é difícil prever quando tempo passará até aparecer um novo jogador com tamanha qualidade naquela posição.

Só têm até final da época!

 

P.s. Ao mesmo tempo apreciem a classe de um senhor chamado Bryan Ruiz, porque também não vai ser fácil ver igual.

90 minutos!

Ganhar é sempre uma maravilha mas, apesar de saber que o mister disse que tínhamos feito um jogo pragmático, o jogo dura 90 minutos. A segunda parte deste jogo foi miserável. Agora espero que no próximo sábado, em Guimarães, nos apresentemos com mais intensidade e ambição do que contra o Rio Ave!

Os nossos jogadores, um a um

Depois da excelente exibição de há duas semanas frente ao Real Madrid, desbaratada com dois golos sofridos nos últimos cinco minutos, um jogo de características muito diferentes, o desta noite frente ao Legia de Varsóvia. Jogámos o suficiente para garantir a vitória, que nos permite continuar a sonhar com a passagem à fase seguinte da prova. Bastou meia-hora de aceleração contínua, com jogo objectivo e rectilíneo, para cumprirmos a missão e seguirmos em frente. Longe do brilhantismo conseguido no Santiago Bernabéu, certamente. Mas não me importo de trocar esse brilhantismo pelo triunfo hoje alcançado. Com William, Adrien, Gelson e Bas Dost novamente em evidência.

Facto que merece destaque: foi a primeira vitória de uma equipa portuguesa nesta temporada na Liga dos Campeões.

 

............................................................................

 

 

RUI PATRÍCIO (6). Defesa aparatosa de cabeça fora da área logo aos 6'. Com segurança e convicção, dando o mote ao seu desempenho durante o resto da partida.

JOÃO PEREIRA (6). Esteve no seu melhor durante o primeiro tempo em contínuas tabelinhas com Gelson. Tirou o pé do acelerador na segunda parte. E abriu o seu corredor aos polacos no minuto 70, felizmente sem consequências.

COATES (7). Exímio a desfazer lances ofensivos da equipa adversária, sempre com a autoridade tranquila que o caracteriza. Quase marcou aos 40' com um soberbo cabeceamento, bem defendido pelo guardião adversário.

RÚBEN SEMEDO (7). Bons cortes ao longo da partida (5', 49' e 52'), contribuindo para a robustez defensiva do Sporting. Foi apenas a sua segunda actuação na Champions. Ninguém diria, a avaliar pela qualidade do seu jogo.

JEFFERSON (6). Jesus parece apostado em recuperá-lo como titular. O brasileiro retribui com voluntarismo e esforço, embora sem esconder algum nervosismo. Tentou o golo aos 22' mas a bola saiu um pouco acima da baliza.

WILLIAM CARVALHO (7). Assegura a cobertura defensiva do nosso meio-campo, num raio de acção muito largo. É o rei das recuperações e ninguém consegue roubar-lhe a bola. Excelente a definir o jogo, uma vez mais.

ADRIEN (7). O capitão inventou a jogada que deu origem ao nosso segundo golo graças à intensidade que põe em cada lance. Recuperou a bola e passou-a muito bem colocada a Bas Dost, que lhe deu a melhor sequência.

BRUNO CÉSAR (5). Vários pontos abaixo da recente prestação no Bernabéu, em que foi um dos heróis leoninos. Marcou bem os cantos, incluindo o que deu origem ao primeiro golo. Tentou o remate de longe, sem sucesso.

GELSON MARTINS (7).  Outra exibição soberba, embora sem atingir o brilho da sua recente prestação em Madrid. Excelentes arranques pela ala direita, aos 11' e 41'. Podia ter marcado aos 18': à boca da baliza, rematou à barra.

BRYAN RUIZ (6).  Positivo: reconciliou-se com o golo, ao apontar o nosso primeiro, no minuto 28, na sequência de um canto. Negativo: embrulhou-se demasiadas vezes com a bola, complicando o que é simples.

BAS DOST (7). Início de época de sonho para o artilheiro holandês que veio substituir Slimani. Tem quatro golos marcados na Liga, hoje estreou-se a marcar na Champions, iam decorridos 37'. Estava feito o resultado.

MARKOVIC (4). Substituiu Bruno César aos 67'. Está claramente abaixo de forma: abusa do individualismo e continua incapaz de sincronizar os seus movimentos com os da equipa. Correr muito não basta.

CAMPBELL (5). Entrou aos 77', substituindo um fatigado Gelson Martins. Ajudou a segurar o lateral esquerdo polaco, que estava a subir demasiado no terreno.

PETROVIC (-). Substituiu Bryan Ruiz aos 87'. Estreia na temporada oficial do Sporting após exibições pouco auspiciosas na pré-época. Contribuiu para equilibrar e reforçar o nosso meio-campo, segurando a bola.

Rescaldo do jogo de hoje

Gostei

 

Do nosso regresso à Liga dos Campeões em casa. Vinte e dois meses depois Alvalade voltou a ser palco de um jogo da Champions. Em boa hora.

 

Da vitória sem discussão. Dois a zero frente ao Legia de Varsóvia, campeão polaco. Dois golos de Bryan Ruiz e Bas Dost, ainda na primeira parte, arrumaram o assunto. Missão cumprida.

 

Do nosso meio-campo. Foi um luxo observá-lo durante cerca de meia hora, entre os 15 minutos da primeira parte e o intervalo. Contínuas trocas de bola, tabelinhas, desmarcações, mudanças de flanco, variações de velocidade, posse quase permanente de bola. Um autêntico carrocel que deixou os polacos com a cabeça à roda.

 

De ver a nossa baliza invicta. Depois de sete golos sofridos em três jogos, soube bem não ter sofrido nenhum nesta partida.

 

De Bas Dost. O internacional holandês soma e segue: cinco jogos, cinco golos. Voltou a facturar: foi o seu primeiro golo na Champions de leão ao peito.

 

De William Carvalho. Outra exibição notável do nosso n.º 14, que funcionou como tampão do caudal ofensivo polaco, inviabilizando as jogadas da equipa adversária pelo eixo central. O campeão europeu confirma-se como um dos pilares do onze titular leonino.

 

De Gelson Martins. Já tinha partido os rins a Marcelo no Santiago Bernabéu, repetiu a graça frente ao lateral esquerdo polaco. Sobretudo na primeira parte, em que inventou vários lances que desbarataram a estratégia defensiva adversária. Pelo que fez nesse período merece ser considerado o melhor em campo.

 

De Adrien. Incansável, novamente. Um poço de energia. Contribuição preciosa para o lance do segundo golo, em que fez assistência para Bas Dost.

 

Da estreia oficial de Petrovic. O internacional sérvio jogou alguns minutos para reforçar a consistência do nosso meio-campo defensivo, ajudando a segurar o resultado.

 

Que não tivesse havido poupanças. Jogou o nosso melhor onze titular, sem ficar ninguém de fora a pensar no desafio de sábado em Guimarães. A Liga dos Campeões é para ser levada a sério.

 

De Raul José. Esteve bem nas substituições. E também esteve bem no banco, com uma atitude serena, sem procurar imitar os inimitáveis jogos histriónicos de Jorge Jesus.

 

Do "12.º jogador". Os adeptos voltaram a comparecer em peso: 40.094 esta noite nas bancadas de Alvalade. Décimo jogo consecutivo em casa com mais de 40 mil lugares preenchidos.

 

 

Não gostei

 

Dos golos falhados. Mais uma vez desperdiçámos a hipótese de terminar um jogo com goleada. Pelo menos duas grandes perdidas: a primeira por Gelson, a um metro da baliza;  a segunda por Coates, de cabeça, levando o guarda-redes polaco a fazer a defesa da noite.

 

De um certo adormecimento na segunda parte. A nossa equipa tirou demasiado cedo o pé do acelerador e limitou-se a gerir a vantagem quando a vitória estava longe de garantida.

 

De um penálti poupado aos polacos. Decorria o minuto 53 quando um defesa do Legia desviou com o braço a trajectória da bola rematada por Bas Dost. Grande penalidade que o árbitro inglês deixou passar.

 

Da ausência de Jesus. O treinador principal do Sporting, expulso no jogo de Madrid, assistiu à partida algures no estádio, longe do banco. Não havia necessidade: Jorge Jesus deve contar as suas explosões de fúria junto à linha para evitar a repetição destas medidas disciplinares.

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