Faleceu hoje Fernando Mendes, glória do Sporting, clube que representou entre 1953 e 1968. Fez 225 jogos e venceu a Taça das Taças, três campeonatos e uma Taça de Portugal. Como treinador, orientou os júniores e ainda a equipa principal em 13 ocasiões (6 vitórias).
Entre os jogadores portugueses que estarão presentes no Campeonato da Europa a disputar em França figurarão com toda a probabilidade estes, formados na nossa academia: Cristiano Ronaldo, Nani, Rui Patrício, Quaresma, Adrien, João Mário, William Carvalho e João Moutinho. E talvez Miguel Veloso.
Na selecção olímpica temos Tiago Ilori e Ricardo Esgaio, também formados em Alcochete. E na selecção de sub-21 figuram Carlos Mané, Rúben Semedo, Tobias Figueiredo, Gelson Martins, Iuri Medeiros e Bruma - todos com a marca de qualidade do Sporting.
Continuamos a ser, de longe, o maior viveiro de talentos do futebol português.
Mesmo apesar do horário escolhido deixar bastante a desejar (que sentido faz um jogo destes a uma segunda às 21H00?), parece que os 3000 bilhetes que foram ontem colocados à venda, em Alvalade, para o jogo da próxima jornada no Estádio do Restelo, já esgotaram.
A venda de bilhetes, que nesta fase apenas se destina aos sócios com Gamebox, prosseguirá hoje, sendo que, neste momento, só estão disponíveis bilhetes a 20€. Caso os ingressos não esgotem, a venda será alargada, a partir de amanhã, aos restantes sócios.
Vamos esgotar o resto dos bilhetes e cobrir o azul do Restelo de verde. Vamos encher os cofres do adversário de forma legal. Vamos apoiar a equipa e conquistar mais uma vitória na luta pelo merecido 19º Campeonato.
Rai's parta o monte de terra que nunca mais dali sai!
Fontes bem informadas dizem-me que o Barreiro acha que aquilo será o plinto para a estátua do Bruno, mas eu cá acho que o Barreiro deve andar a ouvir mal. E a ver. E a ser visto. Mal visto...
O jornal A Bola de 2016.03.30 define assim (p.6) a actuação do rapaz das rastas: "Foi carraça".
Confesso que durante o jogo não me lembrava de nenhum incómodo (e a carraça é um animal que incomoda bastante) causado por Renato Sanches (RS).
Munido do comando da televisão e dum bloco de notas visionei, novamente, toda a segunda parte do jogo para ver a carraça em acção.
O que vão ler a seguir é o relato exaustivo de todas as vezes que RS tocou na bola e das "brilhantes" decisões que tomou.
46', Fonte procura uma linha de passe e RS esconde-se atrás de Fellaini.
48'41'', RS recolhe uma bola de André Gomes após um alívio defensivo de Pepe, comenta-se "Portugal muito bem" como que a celebrar a primeira vez que a coqueluche toca na bola, após quase quatro minutos em campo, retomando, recolhe de André Gomes, dá de primeira para Guerreiro; Guerreiro para André Gomes que tenta colocar em Danilo, a bola toca ainda na cabeça de RS (48'52) e vai mesmo para o médio defensivo ex-Marítimo.
Ronaldo para Renato (49'10'') que deixa de primeira para Cédric.
49'53'', recebe a bola de Cédric que tenta iniciar um ataque e atrasa-a para Fonte.
50'37'', mais um passe atrasado desta vez para Danilo.
57'34'', falta não assinalada sobre Nani, alívio atabalhoado dos belgas para o nosso meio campo, a bola cai no local onde está RS, na televisão comenta-se "um bom trabalho de RS" e o que faz o Maradona da Musgueira? Um passe longo para Nani ou para Ronaldo? Parte para cima dos belgas com a bola controlada, finta meia equipa e marca golo? Infelizmente não faz nada disso... passa a bola a Fellaini (talvez devido a alguma identificação capilar).
61'36'', se tiverem curiosidade revejam a jogada que originará o golo belga, desde o início, tendo especial atenção ao posicionamento, melhor ao desposicionamento de RS. O médio sai à maluca a uma bola no meio campo, não toca na bola, não faz falta, nem recupera a posição à frente da defesa... bola metida para a esquerda do ataque belga, a forma com RS aborda aquele lance acaba por desposicionar o lado direito da defesa portuguesa (Cédric e Bernardo Silva)... bola mais para a esquerda ainda, depois a clássica corrida para a linha de fundo, cruzamento e golo belga, o golo dos manos Lukaku.
65', ressalto de bola na defesa, RS atrapalha-se sem saber o que fazer e sofre falta de Witsel, talvez o grande momento de RS durante todo o jogo, sofreu uma falta (um puxão de camisola) no meio campo defensivo... daqui a uns anos quando recordar este jogo RS vai dizer: "dizem que não joguei nada mas não é verdade, houve uma jogada em que eu saía como uma seta em direcção à baliza dos belgas e o Witsel teve de me travar em falta se não era um golo certo".
65'45',' recupera uma bola chutada à toa por um belga para impedir um lançamento lateral, deixa para Cédric.
69'10'', recebe a bola de Quaresma e passa para o lado a Danilo.
70', a única corrida que RS faz com bola, combina com Bernardo Silva e atira a bola, disparatadamente, pela linha de fundo quase junto à bandeirola de canto, atenção, aquilo não foi um remate nem um passe, foi uma "coisa" que lhe saiu na altura.
73', Fernando Santos apercebe-se (só agora?) que Portugal joga com menos um, RS não ataca nem defende, anda para ali, tira André Gomes, coloca William Carvalho a jogar ao lado de Danilo e deve ter dito a RS aquilo que os treinadores dizem a um jogador quando já não têm mais substituições e esse jogador está inferiorizado fisicamente: "joga ali mais à frente, tenta não atrapalhar os nossos jogadores e tenta correr atrás dos outros para ver se os atrapalhas."
78'03'', excelente passe de William para RS que se encontra no grande círculo, com Éder a desmarcar-se, deixa-se antecipar por um belga, ainda assim consegue mais uma vez tocar a bola para trás, para Danilo; perde-se uma potencial jogada de golo, não se riam, uma combinação atacante entre RS e Éder.
78'30'', William Carvalho tenta uma combinação atacante com RS mas este não estava para ali virado e não provoca nenhum movimento de ruptura, nem nenhum desequilíbrio, dá um toque de primeira para William como quem diz: "corre tu que eu tenho jogo com o Braga na sexta-feira e não estou para me cansar".
80', RS perde a bola, provocando na sequência da jogada uma situação de golo para a Bélgica.
87', António Tadeia diz o óbvio: "Renato fez um jogo tímido, muito diferente daquilo que costuma fazer no Benfica, pode ter tido ali algum receio de destapar, de deixar os adversários fugirem, então não terá arriscado tanto naquilo que é o seu ponto forte, a forma como acelera o jogo de meio campo"; "parece-me mais equilibrado, mais preocupado", diz o narrador da RTP 1, continua Tadeia: "mas ao mesmo tempo também mais preocupado com os equilíbrios defensivos mas incapaz de criar equilíbrios ofensivos". Equilíbrios? mas aquilo era um número de circo ou um jogo de futebol?
90'30'', o Maradona da Musgueira vai tocar pela última vez na bola e vai fechar com chave de ouro a sua actuação... recebe mais uma vez a bola de William, corre três passos com ela, faz um compasso de espera e atrasa para Danny; já vi muitas vezes este tipo de jogada, no rugby.
Exibição de João Mário no Portugal-Bulgária avaliada pelo jornal A Bola (26 de Março):
«Tentou a sorte, de fora da área, num disparo que ressaltou em Aleksandrov e deu canto. Nunca acertou um passe de rotura, nunca desequilibrou...»
Nota 4
Exibição de João Mário no Portugal-Bélgica avaliada pelo jornal A Bola (30 de Março):
«João Mário tem muitos poderes, mas não foi feliz com a Bulgária. Ontem, porém, mostrou que já não é principiante nesta selecção e vincou bem, entre estrelas, que não gatinha e não anda, já corre e há que contar com ele, não para o Euro, mas para ser titular no Euro. Começou à direita, mas foi à esquerda que logo aos 10 minutos disparou forte para defesa de Courtois. Não satisfeito, voltou a surgir em zona de finalização, mas não tocou a bola como queria e perdeu o tempo de contornar Courtois. Egoísmo não faz parte do seu vocabulário e assumiu papel de assistente, oferecendo o 2-0 a Ronaldo. Tentou fazer o mesmo aos 43', com cruzamento perfeito para André Gomes, mas o companheiro atirou por cima.»
Parece que se comemora este ano (ao que consta, hoje mesmo, segundo escutei na rádio logo pela manhã) o 75.º aniversário da conquista do primeiro campeonato nacional de futebol pelo nosso Clube.
Teria a sua piada repetir o feito nesta data redonda.
Rapazes, vamos a isso!
Nós gostamos das contas certinhas:
-Primeiro campeonato nacional foi ganho em 1940/41.
-Primeiro campeonato de Portugal foi ganho em 1922/23.
Selecções irmanadas em Leiria naquilo que foi muito mais do que um jogo de futebol: foi um exemplar gesto de civismo. Com jogadores portugueses alternados com os da Bélgica enquanto se escutavam os hinos nacionais, momentos antes deste amigável que devia ter ocorrido em Bruxelas mas acabou por ser transferido para cá devido ao brutal atentado da passada terça-feira.
O resultado é o que menos importa. Mas foi bom vencermos a selecção que figura em primeiro lugar no ranking da FIFA, com Cédric Soares e Raphael Guerreiro agarrando a titularidade face às boas exibições que ambos fizeram nas alas. E não nos limitámos a vencer: também convencemos. Com golos de Nani (a passe de André Gomes) e Cristiano Ronaldo (com assistência de João Mário).
Também gostei que Fernando Santos tivesse escalado um onze titular com sete jogadores formados na nossa academia. Uma das melhores do mundo, como ninguém ignora.
Diz que, na China, apareceu uma nuvem em forma de Renato Sanches, e que na Lapónia uma rena paralítica voltou a andar depois de ter sido tocada por Renato Sanches. Diz que em Manchester um cão vadio, tendo sabido que Renato Sanches iria para um clube local, falou e disse: "Renato Sanches é o meu mestre e o meu Senhor, e por ele serei salvo". Jorge Mendes, o grande profeta da Igreja da Sanchologia, confirmou a ocorrência de dois milagres na zona do Centro Comercial Colombo. Diz-se estar para breve a ocorrência de outros fenómenos inexplicáveis, como a equipa do Benfica aparecer a jogar futebol.
Abel Ferreira. Foi daqueles jogadores de quem podemos dizer: "cumpriu". Nunca foi um lateral virtuoso, de técnica elevada e rasgos de genialidade. Mas era um jogador que cumpria. Na minha modesta opinião, tinha uma boa noção do terreno de jogo, da sua posição, assim como uma óptima noção táctica. As equipas são feitas também de jogadores como este. E neste caso... a história dos melhores golos do Sporting.
As derrotas muitas vezes traduzem-se por fraco desempenho da equipa, por vezes erros, superioridade da outra equipa (e, em casos mais estranhos à nossa percepção Sportinguista do jogo, por condicionalismos externos.) Neste jogo, claramente o Manchester United tinha melhor equipa, tanto que foi o vencedor da competição. E a juntar à festa tinham um produto nosso na sua falange ofensiva, Cristiano Ronaldo. Portanto não há vergonha nenhuma.
Contudo este jogo tinha algo guardado, ou pelo menos algo que guardei na memória. Tinham corrido os primeiros minutos do jogo. O Sporting tentava-se adaptar às marcações, fazer o seu jogo e tentar tirar um bom resultado. Eis que aos 20 minutos da primeira parte há uma abertura na lateral-direita da equipa da casa, e Abel galga uns quantos metros a partir do meio-campo, sem freios na sua corrida, recebendo a bola vinda da esquerda, domina com o pé direito sem particamente nunca abrandar, levanta a cabeça, olha, respira e dispara um tiraço fenomenal para dentro da baliza do Manchester United. A beleza deste golo, para além da distância, é a dificuldade de colocar a bola onde ela entrou, um ângulo fechadíssimo e um efeito monumental que o esférico fez. A minha memória guardou-o, e hoje quando penso em golos lembro-me deste. Podíamos ter ampliado a vitória, o Liedson marcou um golo que o árbitro invalidou, mas mal na minha opinião. Os Reds só viraram o jogo no final, com um golaço do nosso Cristiano Ronaldo.
O futebol é isto. Ganhamos, perdemos, empatamos. Mas acima de tudo vibramos com os momentos de magia que o nosso Sporting nos proporciona. Momentos em que sonhamos. O Abel sonhou e conseguiu um golo que para mim faz parte da Arte do Golo da nossa equipa, e no local próprio: o Teatro dos Sonhos.
Houve ainda quem pensasse que tinha sido um engano. Vê-se claramente a intenção neste golo. E que grande golo foi!
Eu cá sou da opinião dele mas por outros motivos. Para o bem do clube, que o Presidente se mantenha enquanto for possível. E, a ser substituido, que seja por alguém com idêntico amor ao clube e não à sua própria carteira.
Muito sinceramente tenho bastante pena que esta triste figura não entre em Alvalade. Ele deve pensar que por lá se resolvem as coisas à maneira do clube dele, daí o medo. Medo esse que é geral nas pessoas do seu clube, daí os constantes ataques e a manipulação do jornalismo e da verdade desportiva a que temos vindo a assistir.
Mas confesso que assim até dá mais gozo...
PS: É com enorme gosto que inicio a minha colaboração com uma das referências do universo Sportinguista. Prometo escrever sobre esta paixão que partilhamos com a maior regularidade possível.
Apanhei este conjunto de cabeçalhos sobre as declarações do antigo jogador benfiquista Witsel no twitter.
Mais que a bacoca tentativa de minorar uma declaração que podia e de facto é embaraçosa para o benfica, o que esta deturpação feita às referidas declarações nos mostra, é o perfeito estado de delírio da imprensa desportiva. Não há aqui qualquer objectivo de informar o leitor. Não existe qualquer intenção de reportar quaisquer declarações. O fito é apenas um: servir.
Esta pequena mas crucial alteração de uma declaração prestada por Witsel demonstra assim a total falta de respeito que este jornal oficioso do benfica tem pelos seus leitores. Por um lado, para quem não é benfiquista e ainda os lê, considera-os não seus leitores mas sim alguém a quem tem que enganar, dando informações falsas com o intuito de proteger um clube adversário, desses leitores, de uma hipotética humilhação. Preferem o servilismo à verdade.
Para os leitores que professam o lampionismo é ainda pior a falta de respeito. São considerados acéfalos por quem determina estas opções. Olham para eles apenas como receptores e não como leitores, não como pessoas que quando compram aquele jornal têm o direito a receber correctamente a informação, e os jornalistas o dever, de informar e não adulterar declarações prestadas.
«Não creio que o jogo Benfica-Braga seja o jogo com maior dificuldade do Benfica até ao fim da época. Creio que não. Creio que o resultado mais provável é uma vitória do Benfica, com maior ou menor dificuldade. (...) Em casa com o Braga não creio que seja um jogo de elevada dificuldade para o Benfica.»
O Dia Seguinte, o programa mais escandalosamente pró-Benfica da televisão portuguesa, fez desta vez a coisa sem qualquer disfarce. Durante quase meia hora, entre as 22.09 e as 22.34, ocupou-se de um só tema: Renato Sanches. Vinte e cinco minutos, quase o tempo de um telejornal.
Quando não havia uma só gota mais a extrair deste limão já tão espremido, o moderador muda enfim a agulha e vira-se para Rogério Alves, atirando-lhe esta pergunta: "Não ficou desiludido com o rendimento dos três jogadores do meio-campo do Sporting no jogo da selecção de sexta-feira em comparação com aquilo que já se viu eles serem capazes de fazer nos jogos do Sporting?»
Não vi o resto. E cada vez mais me interrogo: o que estarão os representantes do Sporting e do FCP a fazer neste programa?
Eis a imagem que encontrei este fim-de-semana numa taberna da Costa Alentejana. Ficamos a saber que o acordo ortográfico é que parou o Sporting (aqui ainda se escrevia pára) e que em tempos recentes o leão foi conduzido por... invisuais.
O facto de me rever na gestão do actual Conselho Directivo, liderado por Bruno de Carvalho, não impede que pontualmente discorde de uma ou outra decisão ou medida, ou inclusive de alguma declaração, facebookiana ou não, mais contundente.
Esse facto não me desvia a atenção do que é mais importante nesta equação: O Sporting. E é minha convicção, até pelos resultados também desportivos (que o Clube felizmente já não é só futebol), que o Sporting está no bom caminho e a ser gerido criteriosamente, com o único propósito do seu engrandecimento.
Já aqui escrevi várias vezes que há gente no Sporting com "uma agenda". Uns mais à descarada, outros mais escondidos ou envergonhados. Um dos que já aqui "acusei" de ter "uma agenda" é Rogério Alves, talvez o nosso melhor "representante" nos programas sobre futebol que pululam aí pelos vários canais de televisão. Se um dia se candidatar a presidente do Sporting (se, porque esta é apenas uma suposição minha), será um sério candidato à vitória.
Tendo todos nós, sportinguistas, o direito à ambição de ser presidente do nosso grande Clube e a ambição, pelo menos oficialmente, de o fazer cada vez maior, dá um certo jeito termos um passado de isenção e honestidade, factor primordial para que os consócios se sintam confortáveis connosco na acto de colocar a cruzinha no boletim de voto. Reconheço a Rogério Alves, que aqui, repito, aparece apenas como exemplo e de quem não tenho obviamente qualquer procuração, esse importante requisito.
Já a outros putativos candidatos que se têm andado a mostrar e a outros que alguém tem andado a apontar apenas para apalpar terreno, não lhes reconheço a credibilidade para tão alto cargo e deixo-lhes um aviso de amigo: Pensem duas vezes antes de se candidatar a presidente do Sporting, seja contra Bruno de Carvalho ou outro qualquer. Passou o vosso tempo. O Sporting não vos quer como dirigentes.
Nota de rodapé: Como este é um local livre e onde a opinião é livre, conforme pronunciei a minha opinião, permitirei que cada um formule a sua, seja ela coincidente ou não com a minha e de forma coerente abster-me-ei de responder aos comentários.