2015 em balanço (9)
GOLO DO ANO
Decorria o minuto 84 de um jogo crucial. O da final da Taça de Portugal 2015. O Sporting perdia 0-2 com o Braga. Até que Slimani, o argelino incapaz de baixar os braços, aproveitou um mau alívio da defesa bracarense para recuperar a bola fora da grande área. Dominou-a bem, deixou dois defesas adversários de rins torcidos e rematou com força suficiente e excelente colocação: a bola só parou no fundo da baliza.
Este golo de belo efeito sacudiu a espécie de torpor que parecia ter-se apoderado da nossa equipa uma hora antes. Jogávamos contra dez, os ponteiros do relógios pareciam galopar, mas Slimani acabou por demonstrar que tudo era ainda possível. E foi. O remate certeiro do nosso ponta-de-lança abriu caminho à conquista da Taça que nos fugia desde 2008. Montero, ainda antes de terminar o tempo regulamentar, estabeleceu o empate. Após um prolongamento muito sofrido vencemos na marcação de grandes penalidades.
Foi mais que um golo. Foi um símbolo. De coragem, de ousadia, da vontade inquebrantável de superar barreiras. Slimani, com aquele pontapé, congregou toda a nação sportinguista, soltando o grito do Leão.
Que ainda não se calou de então para cá.
Golo do ano em 2012: Xandão, contra o Manchester City
Golo do ano em 2013: Montero, contra a Fiorentina
Golo do ano em 2014: Nani, contra o Maribor