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És a nossa Fé!

Faz hoje um ano

 

«Enquanto o Sporting se afundava à conta de Godinho Lopes, os caríssimos benfiquistas vangloriavam-se das três frentes do Benfica. Não percebo porquê, mas desde ontem que deixei de ouvir falar das três frentes do Benfica. Na verdade, o Benfica mantém-se em três frentes: frente ao Colombo, frente à Segunda Circular e frente às bombas da gasolina. São três frentes, não são?» Assim escrevia o Adelino Cunha, com a sua ironia cáustica, a 27 de Maio de 2013. A culminar uma época que para o Benfica parecia ser de sonho mas se tornou de pesadelo.

 

No Sporting, a notícia do dia era a convocação de André Martins para a selecção nacional. Uma notícia que todos saudámos, com um entusiasmo bem compreensível.

Com tranquilidade

A frase que celebrizou Paulo Bento vai celebrizar a gestão de Bruno de Carvalho: as coisas vão-se fazendo «com tranquilidade». Todo o difícil parece fácil. Todo o fácil respira trabalho e luta. Os que saem são respeitados. Os que entram, incentivados. Só falta regressarmos à tranquilidade dos «três pontos de cada vez».

Elas na história do Sporting (2): Eulália Mendes

 

 

 

Outra extraordinária atleta do Sporting nos anos 60 e princípio dos 70 foi Eulália Mendes. Tal como Lídia Faria, a quem dediquei o primeiro número desta série, a sua carreira, sempre com desempenhos de altíssima qualidade, estendeu-se por um vasto conjunto de especialidades, exibindo uma especial distinção nas provas de velocidade, 400 e 800 metros e no salto em comprimento. Eulália Mendes consagrou-se, ao longo dos anos e por muitas vezes, como campeã de Portugal e recordista nacional dos 4x100 m, 200m, 400m, 800m, salto em comprimento e pentatlo, tendo, entre outros magníficos resultados, sido a primeira atleta portuguesa a correr os 400 metros em menos de um minuto e feito parte da primeira equipa portuguesa, uma selecção nacional da distância integralmente composta por atletas do Sporting, a correr os 4x100 metros em menos de 50 segundos. Eulália Mendes foi também a primeira atleta portuguesa a correr os 800 metros em menos de 2m 30s e integrou as equipas do Sporting que, entre os anos de 1969 e 1972, ganharam os quatro primeiros campeonatos de Portugal dos 4x400 metros, tendo, igualmente, feito parte da primeira equipa do clube que, em 1972, ganhou o campeonato nacional de corta-mato. Muitas outras menções de grandes resultados seriam possíveis, podendo, quem estiver interessado em conhecer melhor esta nossa brilhante atleta, começar a sua busca, por exemplo, no WikiSporting, a cujos autores agradeço, desde já, os dados de que me socorri para a elaboração deste pequeno texto.

 

Eulália Mendes 1

 

Eulália Mendes, que, suspeito, será hoje um nome praticamente desconhecido da maioria dos sportinguistas, é largamente merecedora da fuga ao esquecimento. Ficarei contente se a muito simples homenagem que agora lhe presto puder contribuir para que alguns, pelo menos, a recordem ou passem a conhecê-la. Eu era muito novo na altura em que esta enorme atleta espalhou tão liberalmente vitórias e recordes sobre as pistas do nosso país, mas lembro-me bem da maneira como as suas aptidões e os seus triunfos me encheram de orgulho e de como ajudaram a construir um Sporting com a grandeza que hoje conhecemos. Obrigado, Eulália Mendes.

 

Ficheiro:Eulália Mendes 2.jpg

Balanço (14)

 

O que dissemos aqui, durante a temporada, sobre MONTERO:

 

- Eu: «O colombiano já tinha marcado dois, já tinha sido brindado com aplausos merecidos. Podia fazer de conta que tentava mais um golo. Mas para Montero fazer de conta não era opção: ele ambicionava outro - o terceiro golo, o mais requintado do ponto de vista técnico, o que lhe garantiu uma ovação ainda maior.» (21 de Agosto)

- Paulo Ferreira: «Fredy Montero é um Matador, não frio e calculista ao estilo dos estereótipos germânicos e nórdicos, mas um Matador com arte, com alma, com salero e com “ganas”.» (14 de Novembro)

- Paulo Gorjão: «É evidente, por esta altura, que ter no plantel Montero e Slimani é um luxo indiscutível para todos os sportinguistas.» (25 de Novembro)

- José da Xã: «Fredy Montero mostrou ser ponta de lança e tem lugar na futura equipa do Sporting.» (11 de Maio)

Faz hoje um ano

 

Ainda no Canadá, Bruno de Carvalho respondia a Filipe Nobre Guedes. Com estas palavras, nada meigas: "As pessoas têm muito a necessidade de dar nas vistas e de dar entrevistas. Muitas delas, como é o caso de Nobre Guedes, faziam um trabalho melhor quer para o Sporting, quer para elas próprias, que era estarem caladas."

 

Pinto da Costa, que já andava calado há algum tempo, decidiu romper o silêncio lançando uma provocação ao nosso clube.

"O Sporting deve estar muito satisfeito com o valor que conseguimos pelo João Moutinho, a não ser que consigam vender melhor que nós. Conseguimos que uma maçã podre, em vez de ser comprada por 11 milhões de euros, fosse vendida por 25 milhões", afirmou o presidente do FCP.

Moutinho fora vendido ao Mónaco por 25 milhões de euros, dos quais 4,75 milhões eram destinados ao Sporting (3,5 pela mais valia acima de 11 milhões de euros e 1,187 pelos mecanismos de solidariedade FIFA, a ser suportados pelo Mónaco), mas todos esperávamos um encaixe financeiro maior. Pinto da Costa procurou também desvalorizar o nosso plantel: "Só um jogador do Sporting tem qualidade para jogar no FC Porto, que é o Rui Patrício. Mas não interessa porque temos os dois melhores guarda-redes de Portugal."

Bruno deu-lhe o troco: "Fruta não é connosco. O Sporting não conhece muito de frutas, mas há uma coisa que temos a certeza absoluta: não somos bananas."

 

Entretanto, prosseguia o pesadelo do Benfica: nesse dia 26 de Maio de 2013, os encarnados perdiam a final da Taça de Portugal para o V. Guimarães.

Com natural fair play, aqui saudámos os conquistadores da Taça.

"A semana à Peseiro acaba de ser promovida a quinzena à Jasus", ironizou a Zélia Pinheiro. Falando - posso dizê-lo - por todos nós.

Uma equipa fantástica

Custa perder um campeonato por 1 ponto. Um mísero ponto!!!

Infelizmente, assim aconteceu ao Sporting, depois de ter terminado em 1.º a fase regular.

Na fase final do campeonato nacional de andebol, o Sporting hipotecou nos jogos em casa, frente a Porto e Benfica, um título que só dependia de si e que seria mais do que merecido (e a derrota em Braga frente ao ABC também não ajudou). Importa, por outro lado, lamentar a oferta do Benfica, no último segundo, no jogo em casa frente ao Porto.

Fica a lição para futuro e para todas as equipas sportinguistas das mais diversas modalidades: até ao último apito da última jornada do campeonato nada está garantido. 

Apesar do sabor amargo de termos perdido o campeonato, e só por isso a época da equipa de andebol não é nota 10 mas 9, há que fazer o elogio público de uma época sensacional de uma equipa que, vendo-se forçada a baixar substancialmente o seu orçamento, conseguiu ganhar a Supertaça e Taça de Portugal, fazer uma carreira sensacional na Taça EHF, como nunca antes outra equipa portuguesa fez, e no campeonato bateu-se pelo 1.º lugar até ao fim.

Frederico Santos é, na minha opinião, o candidato natural, e mais do que legítimo, a vencer o Prémio Stromp para treinador do ano. Está a fazer um magnífico trabalho no andebol do Sporting, e para o ano não tenho dúvidas de que conseguirá, finalmente, conquistar o campeonato nacional.

Balanço (13)

 

O que dissemos aqui, durante a temporada, sobre CARRILLO:

 

- Filipe Arede Nunes: «De Carrillo queria apenas que aplicasse sempre a sua técnica e velocidade estonteante e se deixasse de rodriguinhos e afins. Alguém tem de lhe explicar que depois de fintar um jogador não é preciso, na mesma jogada, voltar a fintá-lo.» (7 de Outubro)

- Francisco Melo: «Carrillo, na ausência de Capel, assumiu o lugar no 11, dando boa conta de si (ainda que com alguma intermitência).» (22 de Outubro)

- Diogo Agostinho: «Está na hora de Carrillo. Está na hora de nos pôr a sonhar. Está na hora de partir os defesas laterais, sentá-los, levantar a cabeça e pôr a bola redondinha no nosso Montero.» (13 de Novembro)

- Duarte Fonseca: «Carrillo está a um pequeno passo de estabilizar num patamar acima do que tem demonstrado (para depois subir outro).» (3 de Março)

Faz hoje um ano

 

Em visita ao Canadá, Bruno de Carvalho deixava claro: "Não vamos prometer títulos, vamos prometer muito trabalho e muita vontade de servir o clube." Os sócios entendiam: ao presidente pedia-se realismo e bom senso, nada mais.

"É esta a atitude. Não prometer mais nada do que trabalho e luta. Não alimentar esperanças vãs de títulos e conquistas, pois não há base para isso", comentou aqui o Alexandre Poço nesse dia 25 de Maio de 2013.

Fartos de promessas infundadas andávamos todos nós.

 

Os mesmos de sempre continuavam entretanto a lançar maus augúrios sob a nova fase da vida leonina.

Um deles, Filipe Nobre Guedes, chegou ao ponto de considerar o Sporting um clube sem salvação.

"Já se sabia que o Sporting estava numa situação difícil. Agora tem de se gerir aquilo. Os bancos estão a ajudar mas sabíamos que os próximos tempos não eram fáceis. Se o Sporting tem salvação? Não, neste ritmo não tem nenhuma salvação mas isto é a minha opinião e cada um tem a sua. O problema do Sporting é a falta de receitas (...) O que estão a fazer é reduzir os custos mas o Sporting precisa de aumentar as receitas para ter mais lucros."

Assim falava, em entrevista à Antena 1, aquele que durante seis anos foi responsável financeiro do clube.

Representante de um período que tinha ficado para trás.

Real Madrid: vontade indómita

 

O sortilégio do futebol ficou hoje bem patente na final da Liga dos Campeões que trouxe largas dezenas de milhares de espanhóis a Lisboa.

Num fragmento de segundo todos os sonhos se tornam possíveis.

Num fragmento de segundo todos os sonhos começam a ruir.

 

Que o digam os colchoneros: num jogo que estava a ser muito táctico, com as equipas a medirem-se e as defesas a imperar sobre as frentes atacantes, ganharam vantagem aos 36' graças a um erro infantil de Iker Casillas, que muitos consideram o melhor guarda-redes do mundo. Pode sê-lo entre os postes, mas a verdade é que causa calafrios aos colegas do Real Madrid cada vez que abandona o seu reduto. Três passos que já não pôde recuperar, nem sequer correndo o risco de quebrar os rins, puseram o Atlético em vantagem. Nem o autor do golo, Godín, parecia acreditar neste inesperado brinde oferecido pelo guardião rival.

 

Que o digam os merengues: quando o sonho de alcançarem a décima taça referente à equipa campeã da Europa parecia já uma miragem, no terceiro minuto de prolongamento do desafio da Luz, que perdiam por 0-1, surgiu um lance de inconformismo e raiva protagonizado por um defesa apostado em sagrar-se o melhor entre os melhores. Sergio Ramos, que numa enérgica cabeçada, elevando-se acima de qualquer outro, ressuscitou a sua equipa e culminou assim uma temporada digna de figurar em qualquer antologia do futebol.

 

Era o empate. Seguia-se o prolongamento. Que se inicia já com o Atlético derrotado. Do ponto de vista anímico - aí nessa zona recôndita de qualquer de nós onde começam a ser desenhados todos os triunfos e todos os fracassos. No futebol como na vida.

Houve mais três golos nessa meia hora suplementar. De Bale, Marcelo (outro defesa) e Cristiano Ronaldo - para júbilo dos portugueses, incluindo aqueles que, preferindo em abstracto a vitória dos colchoneros, por um dia se tornaram adeptos merengues em tributo ao compatriota formado pelo Sporting que por mérito próprio se sagrou o melhor do mundo. Golos destinados a desfazer qualquer dúvida que restasse quanto à supremacia da equipa orientada por Carlo Ancelotti. Que venceu a partida quando mexeu na equipa, acentuando a pressão atacante.

 

E no entanto tudo poderia ter terminado de forma bem diferente. Se o Atlético contivesse aquele ímpeto durante mais um minuto. E se Ramos não tivesse ousado lutar, ousado vencer.

Campeão antes de o ser. Por muito querer.

 

Uma vitória da tenacidade. Uma vitória da vontade indómita. Um hino à eterna magia do futebol.

Balanço (12)

 

O que dissemos aqui, durante a temporada, sobre CAPEL:

 

- Eduardo Hilário: «Diego Capel é o eterno lutador com "garra de leão", fazendo-me recordar a devoção de Ricardo Sá Pinto.» (26 de Julho)

- João Paulo Palha: «É um jogador hábil, embora não excepcional deste ponto de vista, é muito rápido, a pensar e a executar, imprimindo normalmente grande rapidez aos ataques, cruza muito bem e, sobretudo, exibe um atributo que bem pode ser considerado uma sua marca distintiva, ele nunca desiste.» (7 de Novembro)

- Eu: «Gostei dos raides de Capel. Grande velocidade, grande visão de jogo. Muito mais eficaz do que Carrillo no corredor esquerdo, inventando linhas de passe para os colegas do eixo central.» (8 de Dezembro)

- Francisco Melo: «A dedicação de Capel e a sua entrega ao Sporting constituíram, durante largo tempo, o único estímulo de milhares de jovens adeptos para se manterem sportinguistas, e não passarem a torcer por outros clubes.» (9 de Maio)

Faz hoje um ano

 

Ficávamos a saber que o plano de reestruturação financeira do Sporting previa um reforço de capital: mais 38 milhões de euros nos cofres do clube. Essa era a boa notícia. A má notícia de 24 de Maio de 2013 era a transferência de João Moutinho do FCP para o Mónaco num pacote com preço abaixo do esperado que incluía a saída de James Rodríguez para o mesmo clube (apenas 25 milhões supostamente fixados para o primeiro e 45 milhões para o segundo).

Entravam, apesar disso, mais 2,5 milhões no Sporting, correspondentes a 25% da suposta mais-valia conseguida, nos termos do contrato de venda inicial  Moutinho de Alvalade para  Dragão. Mas todos ficámos com a convicção de que Pinto da Costa fintou o nosso clube neste negócio.

Devíamos queixar-nos de quem?

 

 

O Tiago Loureiro tinha a resposta: «Queixem-se do senhor da foto, se quiserem [o ex-presidente José Eduardo Bettencourt]. Foi ele que vendeu o dito cujo a um rival directo que nunca nos quis (nem tem de querer) bem nenhum, por um preço inferior a outras propostas anteriores.»

Balanço (11)

 

O que dissemos aqui, durante a temporada, sobre MARCELO BOECK:

 

- Zélia Parreira: «A vontade indomável do Marcelo Boeck a empurrar a equipa para a frente.» (26 de Julho)

- Marta Spínola: «Lembro-me de gostar de Marcelo no Marítimo, no Sporting jogou poucas vezes, sofreu alguns golos, e está parado há mais de um ano. É costume jogar na taça ou equivalente, e Marcelo teve o azar de estar na época em que em Setembro já estava tudo perdido. Foi comprado, assinou por cinco anos e está parado. Eu sei, eu sei que é assim mesmo, mas sempre discordei desta titularidade incondicional dos guarda-redes, um dia é preciso entrar outro e fica tudo ó tio, ó tio que tem de jogar o suplente - que deveria ser sempre tão bom e ter tanta prática quanto possível como o primeiro.» (16 de Novembro)

- Eduardo Hilário: «Não é fácil representar o Sporting Clube de Portugal e disputar o lugar com o “monstro Rui Patrício” mas Marcelo Boeck demonstra qualidade sempre que lhe é dada a oportunidade. Para além da qualidade técnica, demonstra diariamente o que deve ser um jogador do Sporting Clube de Portugal através da sua enorme devoção e espirito de equipa.» (20 de Novembro)

Faz hoje um ano

 

«Agora vem aí o próximo campeonato. Na campanha, cada um disse o que quis, e, na votação, cada um votou como entendeu. Agora acabou: há um presidente e uma direcção eleita; não são imunes à crítica, certamente, mas têm legitimidade para mandar e não devem ser o alvo preferencial de ninguém. Falo tanto mais à vontade quanto assumi publicamente que não votei no candidato vencedor.» Palavras do António Figueira, numa espécie de ponto de ordem, sob o título "As eleições já foram".

Havia sinais positivos em Alvalade nesse dia 23 de Maio de 2013? Claro que sim. Jefferson, transferido do Estoril com um contrato por quatro anos, confirmava-se como primeiro reforço da temporada. O plano de reestruturação financeira do clube previa um aumento significativo de capital. E a direcção leonina reiterava a aposta nos valores da formação.

Faltava ainda resolver o caso Bruma, bem menos fácil do que poderia parecer.

A diferença

Acabou - a título definitivo, todos esperamos - o período em que o Sporting era conhecido por ser "cemitério de treinadores". Um período tristemente imortalizado pela expressão "Paulo Bento forever" pronunciada pelo então presidente pouco antes de despedir o actual seleccionador nacional.

Agora é diferente.

Mudou o treinador no fim da época, é certo, mas sai pelo seu pé e valorizado ao ponto de ir receber cerca de dez vezes mais no Mónaco mesmo sem ter ganho qualquer troféu em Portugal. O que diz muito do prestígio do Sporting.

Mudou o treinador no fim da época mas sai com elegância, sem guerras verbais e com um abraço ao presidente que foi mais do que uma expressão de cortesia. Leonardo Jardim sabe que deve a Bruno de Carvalho a oportunidade de concretizar esta experiência além-fronteiras, num clube aparentemente milionário, mantendo abertas as portas do clube que sempre disse ser do seu coração desde criança.

De cemitério de treinadores a trampolim para a valorização de treinadores no mercado internacional do futebol. Eis a diferença. E não é pouca.

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