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És a nossa Fé!

Rumo ao Mundial (4)

 

 

PEPE

Chegou a jogar uns dias em Alvalade à experiência até alguém chegar à conclusão de que não servia para o Sporting, devolvendo-o ao Marítimo. Dali viera Képler Laveran Lima Ferreira (Pepe), nordestino nascido em Maceió - estado brasileiro de Alagoas - há 31 anos e naturalizado português desde 2007. Certos decisores no mundo do futebol padecem irremediavelmente de vistas curtas...

Enquanto uns não querem, estão outros à espera. Neste caso aproveitou o FC Porto, onde Pepe se sagrou duas vezes campeão e venceu uma Taça de Portugal e uma supertaça. E, desde 2007, aproveitou o Real Madrid. Também com bons resultados: este luso-brasileiro é titular indiscutível do plantel comandado por Ancelotti. Já foi médio defensivo, hoje actua no eixo da defesa, não só no clube madrileno (onde joga ao lado de Sergio Ramos) mas também na selecção portuguesa (onde vem formando uma eficaz parceria com Bruno Alves).

Pepe é um defesa veloz, atento, interventivo, que joga por antecipação cortando linhas de passe aos atacantes adversários e sabe colocar a bola na faixa intermédia do terreno, dando início ao processo ofensivo. Desempenha da melhor forma as missões que lhe são confiadas, como ficou bem patente na meia-final da Liga dos Campeões frente ao Bayern de Munique. É um baluarte no sector recuado, onde os desafios começam a ser ganhos. No jogo de ontem, em Munique, secou Thomas Müller, um dos mais temíveis atacantes germânicos. A defesa do Real revelou-se intransponível.

É duro em campo. Mas também vibrante a entoar A Portuguesa nos relvados, antes dos grandes confrontos da selecção, onde se estreou há sete anos (e também marca, como sucedeu nos Europeus de 2008 e 2012). Bem precisamos de um Pepe assim no Mundial, onde será titular indiscutível. Müller e os colegas já sabem o que os espera.

O macaco Adriano está indignado

O macaco Adriano está indignado. Não, esperem, está indignadíssimo! Isso sim: indignadíssimo. O macaco Adriano só pensa em saltar para o pescoço do Platini e estrafegá-lo. Parece que o ex-jogador da Juventus quer usar o seu poder na UEFA para tramar o Benfica na secretaria. Sim, eu também estou indignado. Eu prefiro que o Benfica seja roubado dentro de campo. À vista de todos.

Guardiola, onde andas?

Ficou mais que demonstrado que Franck Ribéry nunca poderá ser considerado um sério candidato sério ao título de melhor do mundo. Se futebolisticamente continua a uma distância abrupta de Messi e Ronaldo (e de mais uns quantos), em termos de personalidade e carácter está a anos-luz de distância do que se espera de uma personalidade com essa visibilidade. Não passa de um bruta montes francês que sabe dar uns pontapés na bola.

 

Ficou também demonstrado que enquanto Guardiola continuar a ceder às pressões dos seus dirigentes e público o Bayern não vai chegar ao patamar que todos esperavam aquando da sua contratação para treinador. Enquanto jogar com Mandzukic quando a sua real intenção é jogar com Muller ou Pizarro nessa posição (por isso a contratação de Lewandowski), enquanto jogar com Schweinsteiger ou Kroos só porque são alemães (não que não tenham qualidade, mas no sistema e nas posições que Guardiola pretende deles, Martínez é muito mais útil, não falo de Thiago porque está lesionado), enquanto tiver uma dupla de centrais com Boateng e Dante (Martínez também é muito melhor central que qualquer um destes), enquanto Robben continuar a preferir ter um jogo próprio consubstanciado em puxar para dentro e rematar em arco em vez de jogar para a equipa, este Bayern não passará daquilo que tem sido até hoje: uma grande equipa, é certo, capaz de ganhar muitos jogos mas sem alcançar o deslumbre e a perfeição táctica das equipas de Guardiola. Até quando Guardiola aguentará não ser fiel às suas ideias?

 

P.s. É uma pena não poder ver Xabi Alonso a jogar na final...

Faz hoje um ano

 

Continuávamos a fazer contas: ainda haveria possibilidade de atingirmos um lugar na classificação que nos permitisse aceder às competições europeias? Precisávamos, desde logo, de vencer os três jogos que ainda faltava disputar. Mas teríamos também de esperar que os nossos adversários directos tropeçassem. O Estoril, por exemplo, teria de perder contra o Benfica.

Bastaria tal hipótese para torcermos por uma vitória dos nossos mais velhos rivais?

Alguns sportinguistas não conseguiam chegar tão longe.

O Adelino Cunha, por exemplo, escreveu isto nesse dia 30 de Abril de 2013:

«Querer que os limpinhos ganhem para serem campeões? Não, não me podem pedir isso. Não me podem pedir que vá contra a minha natureza. O meu anti-benfiquismo tem décadas de solidez. É um processo de aprendizagem que demora o seu tempo. Não levem a mal, mas eu sou um orgulhoso anti-benfiquista. Isto dá trabalho, sabem. Não me peçam para desejar que estes gajos ganhem para darmos um passo em frente na classificação. Deus sabe que não me pode pedir mais isso e como Deus sabe que não me pode pedir isso: na próxima jornada não estou cá.»

O "génio" nada é sem muito esforço

 

Muito à portuguesa, fala-se quase sempre do "génio" de Cristiano Ronaldo. Mas quase nunca se fala da sua exemplar entrega ao treino. E no entanto essa é a principal razão do seu sucesso. Porque podemos detectar vestígios de "génio" num Ricardo Quaresma, por exemplo. Mas sem muito treino diário, sem muito esforço, sem dedicação total a um objectivo, nenhum "génio" chega longe. Nem o melhor do mundo, como Cristiano Ronaldo é.

 

Texto reeditado, a propósito do Bayern de Munique-Real Madrid desta noite: vitória madridista por 4-0, com dois golos de Ronaldo, que estabeleceu novo recorde pessoal: é o maior artilheiro de sempre numa só edição da prova máxima do futebol europeu, com 16 golos já marcados em sete partidas desta Liga dos Campeões.

Rumo ao Mundial (3)

 

 

FÁBIO COENTRÃO

Vê-lo fazer aquela assistência perfeita para os pés de Benzema, no lance em alta rotação que originou o golo da vitória do Real Madrid no jogo da primeira mão da meia-final da Liga dos Campeões frente ao Bayern de Munique deu-nos a certeza de que não é preciso procurar nem inventar: o lateral esquerdo madridista que nesta terceira época ao serviço dos merengues roubou titularidade a Marcelo tem lugar cativo na selecção nacional. Paulo Bento pode contar com ele para o Mundial do Brasil.

Aos 26 anos, Fábio Coentrão está em plena forma: parece antecipar por sistema os lances adversários. Voltou a demonstrar isso mesmo esta noite, no épico desafio da segunda mão, em que o Real Madrid cilindrou a poderosa equipa bávara por quatro golos sem resposta. Fez marcação cerrada a Robben no seu flanco, inutilizando todo o engenho e toda a arte do holandês, forçado-o a deslocar-se para a faixa central do terreno.

MIssão cumprida sem nunca se desposicionar ou desconcentrar. E com uma qualidade técnica irrepreensível.

O ex-lateral do Benfica, há três épocas em Madrid, tem dois méritos acrescidos: faz bem todo o corredor esquerdo, podendo jogar a médio-ala, e combina de forma exemplar com Cristiano Ronaldo, como aliás ficou patente na jogada que antecedeu aquele golo de Benzema, toda construída pelo duo português.

Estreou-se na selecção nacional em Novembro de 2009. Meses depois brilhava na África do Sul, onde foi considerado o melhor na sua posição numa votação organizada pelo influente jornal francês L'Équipe. Uma proeza que é bem capaz de repetir no Brasil. Contamos com isso.

Quem quer ser milionário?

Cá estamos quase a entrar na pior fase da época. Acabam-se os jogos semanais e centram-se as atenções no que mais houver. Vão ser compras, vendas, empréstimos, enfim um ror de acções que apenas vão ser semi-interrompidas por uns quantos jogos da selecção em terras de Vera Cruz.

A crer nos nossos diários desportivos é bem possível que fiquemos apenas com um ou dois jogadores no plantel principal. Mais do mesmo afinal. Vamos ter ofertas mirabolantes dos novos tubarões financeiros que por acaso também são proprietários de clubes de futebol.  A UEFA irá mostrar espanto e repulsa por tão grandes cifras despendidas por alguns magnatas, mas no fim estende placidamente a mão e aguarda pelo seu imenso retorno financeiro.

Os clubes aferroam-se a fundos que lhes dão garantia de ilusão de grande liquidez e força negocial. Caminha assim o futebol, os clubes, para o ocaso. São empresas cotadas, que respondem não com resultados desportivos mas sim com balancetes positivos, cash-flow aceitável e mais uma quantidade de expressões, todas elas indecifráveis num campo da bola.

Ao mesmo tempo iremos assistir a golpadas, avanços e recuos em “negociações de passes”, recusas em aceitar condições impostas, declarações intempestivas nos jornais e rádios e por fim acordos selados com fotos de cortesia e desejos de tudo de bom, amigos para sempre. Os nossos diários desportivos encavalitam-se no tempo para serem os primeiros a dar a boa (ou má) nova. Vamos ouvir falar de negócios da china ou das arábias. E também da Rússia o novo-rico entretanto chegado.

Como sempre, este ano mais ainda, do outro lado da 2ª Circular irá nascer uma equipa que ofuscará a mais cintilante constelação. Lá para cima assistiremos a uma prolongada noite de facas longas, sem sabermos ainda quem será o novo capataz.

As ratazanas têm neste período o seu eldorado. Estarão a esfregar as mãos à espreita de qualquer sinal, ténue que seja. Aligeiram listas de entradas e saídas e agora alguns até já sabem trabalhar em excel, fazem as suas tabelas dinâmicas e mudando um campo ou outro, adequam o resultado às calinadas escritas.

Entretanto nos campos a bola irá correr, os balancetes para aqui não são chamados e pouco contam. São onze de um lado que correm, fintam, chutam, centram, cabeceiam e conseguindo, marcam golo. 

Faz hoje um ano

 

Fazíamos contas, com algum nervosismo, aguardando os tropeções dos adversários mais directos do Sporting naquele campeonato: Rio Ave, Estoril e Marítimo. E sucediam coisas muito estranhas: vários de nós torcemos pela vitória benfiquista na Madeira que nos abria algumas perspectivas de atingirmos um lugar de acesso à Liga Europa.

Seguíamos em oitavo, empatados com o Rio Ave. Mas em desvantagem comparativa com o clube de Vila do Conde, que nos derrotara em dois confrontos. Sem dependermos de nós, restava-nos aguardar eventuais tropeções dos nossos principais antagonistas. À nossa frente seguiam Benfica, Porto, Braga, Paços de Ferreira, Estoril e V. Guimarães (este já com presença assegurada nas competições europeias por ser finalista da Taça de Portugal). Logo atrás, Marítimo e Nacional.

 

Festejava-se ainda, naquele dia 29 de Abril de 2013, o triunfo tangencial em casa contra o Nacional. Um dos mais satisfeitos era o João Távora. E tinha um motivo acrescido para isso: tratou-se do baptismo do seu filho mais novo num jogo ao vivo em Alvalade.

"Destaco a capacidade de reacção da equipa à contrariedade que desde que o árbitro não interfira demasiado vem sendo uma marca dos últimos jogos; e o jovem Bruma que com rapidez e técnica apurada parece confirmar tratar-se de mais uma revelação da academia de Alcochete. Espera-se que com o tempo e maturidade o rendimento deste jovem talento se revele mais constante ao longo do jogo. Assim como da equipa no seu todo, que carece de mais estabilidade emocional. Mas para já o importante é que voltámos a poder sorrir em Alvalade. Eu que o diga, um pai babado."

Palavras que ficaram registadas aqui. Para pai e filho um dia mais tarde recordarem.

Rumo ao Mundial (2)

 

RUI PATRÍCIO

Se há posição em que existe um titular indiscutível na selecção portuguesa é a de guarda-redes. Uma aposta de Paulo Bento desde 2012 que repete a do actual seleccionador quando treinava o Sporting, lançando na equipa principal um miúdo com 18 anos e 1,88m de altura que cedo se revelou um valor seguro no plantel leonino. Corria o dia 19 de Novembro de 2006 e desde então Rui Patrício tem confirmado todas as expectativas. No plano técnico, na capacidade emocional e na maturidade competitiva.

Falta só saber quem serão os guarda-redes suplentes. Na nossa baliza, desde o primeiro minuto do Campeonato do Mundo, estará aquele que foi o segundo guardião mais jovem do Euro-2012. Que tivera uma estreia auspiciosa a defender a baliza portuguesa, entrando como suplente de Eduardo num embate que recordamos com imensa satisfação: a vitória contra a selecção espanhola recém-sagrada campeã mundial, a 17 de Novembro de 2010.

Hoje com 26 anos, está no seu apogeu de forma. Foi o melhor guarda-redes da Liga 2013/14: as suas actuações seguras valeram-nos a conquista de vários pontos. Esteve 758 minutos sem sofrer golos - correspondentes a dez jogos durante mais de dois meses, entre 9 de Novembro de 2013 e 18 de Janeiro de 2014.

São dados a reter. E que ajudam a explicar a confiança que o seleccionador continua a manifestar nele depois de ter remetido Eduardo à condição de suplente no Europeu de 2012, de tão boa memória para os portugueses.

Muitos de nós, nas bancadas de Alvalade, já lhe chamámos São Patrício. É um cognome que bem poderá ser partilhado por adeptos de todas as cores que certamente vibrarão com as suas actuações no Brasil. Não custa adivinhar.

O exemplo de Robson

Há muito, muito tempo, o Sporting recebeu, em casa, o modesto Fátima (da então 2ª divisão B), em partida a contar para os oitavos-de-final da Taça de Portugal.

Esperava-se um jogo tranquilo, onde o maior poderio da equipa leonina, que se apresentava na sua máxima força, não deixaria de confirmar a larga diferença competitiva entre as duas equipas.

No entanto, os milhares de adeptos que se deslocaram a Alvalade naquela tarde de sábado, e se preparavam para assistir a uma partida de resolução fácil, acabaram por se deparar com um Sporting displicente e pouco aplicado, que venceu o jogo (3-2) mas não convenceu nada.

Bobby Robson, que treinava então o Sporting, não esteve de modas e no final da partida obrigou os jogadores a darem umas voltas ao campo. Não esperou pela conferência de imprensa para lamentar a exibição, ou pela palestra do treino seguinte para ralhar aos jogadores. No próprio estádio, e perante os seus adeptos, fez os jogadores suarem com umas corridas, já que os 90 minutos pareciam não ter sido suficientes.

Este raspanete de Robson, pela sua peculiaridade, marcou-me, e apesar de, para grande pena minha, nunca mais o ter visto ser replicado por outro treinador do Sporting, lembro-me amiúde dele quando o Sporting faz exibições que envergonham o seu nome.

Foi o caso de ontem, na partida que opôs as equipas B de Sporting e Porto. Estar a vencer por 3-0 na 2ª parte e permitir a recuperação do adversário não se admite. Bobby Robson não deixaria passar incólume um desfecho desses.

Assim não!

Um jogador que atira a camisola do clube ao chão, ainda para mais a do Sporting, pode ficar sem punição? Foi o caso de Rúben Semedo. Já antes prevaricara e fora punido monetária e desportivamente. Depois, alegadamente, terá mudado de vida. Verdade ou não, a presente atitude parece ser mais do mesmo. Como também lamentável é o silêncio do treinador da B sobre este assunto.

Faz hoje um ano

 

O Sporting regressava às vitórias, subindo ao sétimo lugar, à condição, a três jornadas do fim. Com a mesma pontuação do Rio Ave. Uma posição que ainda nos permitia sonhar longinquamente com um lugar de acesso à Liga Europa.

Foi um triunfo muito suado, em casa, contra o Nacional. Por 2-1. Com o golo da vitória a ser marcado por Rojo já nos minutos finais.

Jesualdo Ferreira fez alinhar de início Adrien no lugar de Schaars, por opção técnica, enquanto Joãozinho jogou no eixo defensivo por impedimento físico de Eric Dier. Miguel Lopes, como lateral direito, não fez esquecer Cédric. Labyad, suplente utilizado a meio da segunda parte, voltou a decepcionar os adeptos apesar de ser o segundo elemento mais caro do plantel. Ou talvez por isso mesmo: continuou sem justificar a titularidade ou sequer a entrada como suplente. Surgindo como a imagem personificada da apatia e da resignação.

Capel foi o melhor em campo, abrindo o marcador aos 5 minutos. E Bruma também se destacou, com duas assistências para golo. Embora tivesse responsabilidade no golo do Nacional.

Mas repetiu-se neste jogo um dos problemas básicos do Sporting na Liga 2012/13: o nosso meio-campo foi inoperante, com um festival de passes falhados.

Faltava-nos ainda jogar contra Paços de Ferreira (fora), Olhanense (em casa) e Beira-Mar (fora).

 

Nesse dia 28 de Abril de 2013, a Direcção do clube revelava que Cristiano Ronaldo receberia em breve o cartão de sócio número 100 mil do Sporting. Como expoente máximo da formação leonina projectada no universo do futebol.

Rumo ao Mundial (1)

 

CRISTIANO RONALDO

Passarei a fazer aqui, a um ritmo que pretendo regular, a análise dos jogadores que a meu ver merecem comparecer no Mundial do Brasil em representação de Portugal. E não poderia começar por outro: Cristiano Ronaldo, eleito há poucos meses melhor jogador do mundo, é o mais indiscutível dos titulares da selecção portuguesa. Aos 29 anos, prepara-se para jogar o seu terceiro Campeonato do Mundo. E todos esperamos que seja ainda mais influente do que foi na sua estreia no patamar máximo do desporto-rei mundial, em 2006, quando marcou apenas dois golos (ambos de penálti, contra o Irão e a Inglaterra) num certame de boa memória para nós: ficámos em quarto lugar, o melhor de sempre após a nossa subida ao pódio no inesquecível Mundial de 1966.

Esta poderá ser a grande oportunidade da carreira do madeirense ao nível da selecção: com um currículo impressionante nas competições de clubes, Cristiano Ronaldo precisa ainda de confirmar (ainda mais) o seu talento ao serviço das cores nacionais na fase final de um Campeonato do Mundo. Ele que, não esqueçamos, foi um elemento fundamental na fase de qualificação. Marcando três dos quatro golos da nossa vitória frente à Irlanda do Norte, em Belfast, e ao repetir a dose no decisivo embate do tira-teimas na Suécia, num dos jogos mais extraordinários alguma vez realizados pela selecção portuguesa de futebol.

Contamos com ele. Queremos ver mais golos de Ronaldo. Queremos ver mais lances magistrais de Ronaldo. Queremos vê-lo prolongar no Brasil as excelentes prestações que continuam a fazer dele um ídolo indiscutível do Real Madrid. Queremos que apareça aos olhos do mundo inteiro melhor que nunca. Queremos que nos faça ter mais orgulho de Portugal.

Uma estrada cheia de obstáculos

Faltando ainda dois jogos para terminar esta época, com os dois primeiros lugares da liga decididos, podemos, e acima de tudo devemos, olhar para trás e analisar tudo o que foi feito por esta direcção até hoje.

 

Esta direcção pegou num clube falido, muito para lá do precipício para onde íamos gloriosamente já em queda livre.

Nas primeiras duas semanas de mandato, foi esta direcção confrontada com a não realização de promessas eleitorais. Havia quem exigisse nessas duas semanas que os problemas financeiros, primeiro, e desportivos, depois, ficassem resolvidos. O falhanço desta direcção, diziam, foi estrondoso. Os problemas financeiros não foram logo resolvidos, e era tão fácil resolvê-los em duas semanas, bastava que não tivesse sido eleito um garoto vindo das claques, que gostava de se sentar no banco durante os jogos, heresia suprema.

O caminho até aqui não se fez, como se costuma dizer, caminhando. Foi uma estrada cheia de obstáculos percorrida em passo muito apressado: os credores, outrora benevolentes, fizeram sentir o seu peso e o seu desgosto por nas urnas terem sido contrariados. Houve por parte de uma maioria de sócios o desplante de elevar a presidente alguém que os afrontou e desmascarou.

Ao mesmo tempo que defendia perante antigos parceiros os interesses reais do nosso Sporting, Bruno de Carvalho conseguiu, para lá da contratação de um excelente treinador e resolução de infindáveis tropelias deixadas por resolver, incutir algo há muito esquecido. A porta 10A , para quem ainda se lembra, era o local mítico por onde entravam e saiam os jogadores. Era onde os sócios e adeptos esperavam os seus ídolos. Era o local de cobrança, onde aqueles que eram aplaudidos no campo desciam à terra. Ali se via a grandeza do nosso clube. Durante anos foi-se tentando enraizar no Sporting a incapacidade natural de não almejar mais que lugares secundários, desde que se garantisse o retorno financeiro adequado. O espírito da porta 10A foi-se desvanecendo com a anuência de quem liderava o clube.

 

Um clube como o Sporting vive de vitórias, o nosso espírito tem obrigatoriamente de ser vencedor, nunca nos contentamos com um segundo lugar, o primeiro dos últimos.
Desportivamente não podemos considerar esta época como um sucesso. Não ganhámos nenhum dos troféus que disputámos. Mas foi nesta época, contra tudo o que alguns escreveram e disseram, que recuperámos o nosso lugar. Recuperámos o querer ganhar, a fome de vitórias, o respeito dos nossos rivais. Os sobas que ainda andam por aí olham para nós não com complacência e desprezo mas com receio: basta ver a forma caricata como tentam denegrir as propostas que vamos apresentando para alterar o estado do futebol em Portugal.
É uma luta que na próxima época se vai intensificar, vamos ser alvo de toda a espécie de condicionalismos por parte de quem ainda manda. Cá estaremos para a luta, é o nosso caminho.
Quem se quiser juntar que nos siga.

Faz hoje um ano

 

Novo dia de indignação aqui no blogue. Bem justificada pela nota 3,7, correspondente a bom mais, atribuída pelo "observador de árbitros" Luís Ferreira ao apitador escalado para o Benfica-Sporting que fez vista grossa a duas grandes penalidades cometidas pelos encarnados e poupou Maxi Pereira à mais que justificada expulsão.

Uma indignação que ecoava a de todos os adeptos leoninos. E que ficava bem expressa nestas palavras do treinador do Sporting, Jesualdo Ferreira proferidas a 27 de Abril de 2013: "Ninguém duvida do que vou dizer: só uma pessoa achou que foi uma boa arbitragem, o observador."

 

Escreveu o João Paulo Palha: «Paulo Paraty terá declarado, por outras palavras, que era avisado não nomear J. Capela para nenhum jogo deste fim-de -semana, para, espantemo-nos, proteger o árbitro. Extraordinário! Agora é este indivíduo que precisa de ser protegido e não o futebol que precisa de se defender dele.»

Escreveu o Tiago Cabral: «O Sporting infelizmente está nesta altura a servir de arma de arremesso entre o da fruta do norte e o do sul. É contra este estado do futebol português que temos que levantar a voz.»

Escrevi eu: «Nestas coisas convém não exagerar. Para que o escândalo não se torne demasiado evidente. E o referido "observador" exagerou - ao ponto de tornar legítimo que qualquer um questione se terá mesmo presenciado o jogo ou, em caso afirmativo, se terá assistido ao que se desenrolou no relvado da Luz em estado de meridiana lucidez. Pelo andar da carruagem, começo a interrogar-me se não valerá a pena instituir mecanismos de controlo antidopagem aos "observadores" presentes nos estádios...»

 

A Direcção do Sporting não ficou de braços cruzados: dirigiu uma reclamação à secção de classificações do Conselho de Arbitragem, o que forçava uma nova avaliação do desempenho de Capela, desta vez com base nas imagens televisivas, a cargo da Comissão de Análise e Recurso.

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{ Blogue fundado em 2012. }

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