2014 em balanço (6)
DESPEDIDA DO ANO: LEONARDO JARDIM
Em Maio, confirmava-se a notícia que muitos receavam: Leonardo Jardim, o treinador que Bruno de Carvalho escolheu para reabilitar o débil futebol do Sporting, após a pior temporada de sempre, deixava o clube, dando lugar a Marco Silva. Partia, após ter passado apenas uma época em Alvalade, mas com a sensação do dever cumprido: deixava a equipa em segundo lugar no campeonato, com acesso automático à Liga dos Campeões, e à frente do FC Porto. Partia deixando um plantel valioso, muito valorizado pela sua intervenção.
O treinador madeirense, que nunca escondeu a ligação afectiva ao Sporting, iniciou no Verão um percurso internacional, assinando contrato com o Mónaco. Os cofres leoninos acabaram por ganhar com esta transferência: cerca de três milhões de euros. Números inéditos na história do nosso clube: nunca a saída de um treinador rendera algo semelhante.
No principado, e apesar de ter encontrado um plantel desfalcado em relação às promessas que lhe haviam feito, sem contar com Falcão e James Rodríguez, Leonardo Jardim não virou a cara ao desafio. E tem revelado sucesso. Não só no campeonato francês, onde segue em quinto lugar, com quatro vitórias consecutivas a fechar 2014, mas também na Liga dos Campeões, onde conquistou acesso aos oitavos de final, ao contrário do que sucedeu com o Zenit e o Benfica.
Mesmo à distância, mantém a popularidade incólume entre os sportinguistas. Já perto do fim do ano, deu uma extensa entrevista ao Record em que deixou palavras de grande elegância e notório respeito pelo Sporting e o presidente que o contratou.
Enfim, um técnico muito competente que deixou saudades. E um cavalheiro, como vai havendo poucos no futebol.
Despedida do ano em 2012: Polga
Despedida do ano em 2013: Wolfswinkel