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És a nossa Fé!

Os jarretas (18)

 

- Então continuamos em segundo, apenas a um ponto do líder, quando já passou um terço do campeonato. A isto é que eu chamo uma boa notícia!

- Mas ainda estás iludido?

- Iludido? Estou é convicto de que podemos ser campeões. Depois de mais uma vitória fora, desta vez contra o Guimarães...

- Tens de aprender a ver futebol: aquilo foi um jogo muito fraco, que só valeu pela vitória.

- Mas...

- Então tu não reparaste que o Montero voltou a não ser servido nem uma só vez? Assim não pode marcar.

- Vejo-te preocupado com o jejum do Montero.

- Não me preocupa nada o jejum do Montero: estou muito mais preocupado com o jejum do Wolfswinkel, que ainda só marcou um golo no Norwich. Aliás, continuo a achar que a contratação do colombiano foi uma lotaria. Preocupa-me é que o nosso ataque continuado praticamente não tenha existido contra o Porto e o Benfica. E agora, contra o Guimarães, passou-se o mesmo.

- Continuas pessimista, pelo que vejo.

- Tenho saudades de alguns jogadores que deixaram o Sporting.

- Quem?

- O Miguel Lopes, por exemplo. Continuo a pensar que estamos muito longe de ter melhorado o lado esquerdo da defesa. Dava-nos muito jeito o Miguel Lopes. E também sinto falta do Joãozinho.
- Miguel Lopes?! Mas ele não aguenta jogar 90 minutos. E o Joãozinho já nem na equipa principal do Braga joga. Só podes estar a gozar... O Jefferson é muito superior, como lateral esquerdo. Como é que continuas a elogiar a mediocridade paga a peso de ouro?

- E como é que tu continuas a elogiar cegamente os jogadores que o Bruno trouxe? Fazes isso só para denegrires a direcção anterior! Olha o nosso meio-campo, que parece cada vez mais curto. Acredita em mim: ainda vamos sentir muita falta da experiência do Schaars. E já nem me apetece falar do Labyad, que está a pagar o preço da sua irreverência.

- Está mas é a pagar o preço da sua irrelevância. O que trouxe ele ao Sporting?

- Com um treinador competente como o professor Jesualdo Ferreira logo verias se o Labyad não renderia. Esse foi o maior disparate do Bruno: ter trocado de treinador. Nenhum clube troca de treinador quando está bem servido.

- Mas o Braga, com o Jesualdo, andou a perder durante cinco jornadas consecutivas e teve o pior arranque de campeonato do século! O Braga está já oito pontos atrás do Sporting...

- Que interessa isso? O Jesualdo tem estrela de campeão. Aliás já foi campeão.

- Foi campeão no Porto. No Sporting não evitou que a equipa tivesse ficado em sétimo lugar, a pior classificação de sempre, e faltasse pela segunda vez na sua história às competições europeias.

- A culpa não foi dele. Na época passada tivemos azar: houve muitas bolas a bater no poste.

- O nosso azar foi as bolas nem sequer chegarem perto do poste, quanto mais entrarem... Mas porque não gostas tu do Leonardo Jardim?

- Falta-lhe qualquer coisa de relevante no currículo.

- O quê?

- Ter cheirado o balneário do FC Porto. Sem esse marco no currículo, para mim, nenhum treinador serve.

Faz hoje um ano

 

"No Sporting, não sei se o inferno são os outros ou se os demónios se instalaram em Alvalade e teimam em não sair. Na semana passada e pela primeira vez desde que me lembro, fomos afastados da Liga Europa ainda na fase de grupos. Do campeonato é bom nem falarmos. Não ganhamos um título nacional há uma década. Nos últimos anos, se formos a ver bem, mudámos de treinador. Várias vezes. Mudámos de Presidente. De estratégia. De jogadores. Investimos muito. Vendemos activos. E, mesmo assim, as vitórias tendem em não aparecer." Palavras escritas, com notável desassombro, pelo Francisco Mota Ferreira no jornal do nosso clube e reproduzidas aqui a 30 de Novembro de 2012. Palavras que reflectiam bem a atmosfera reinante no Sporting faz agora precisamente um ano.

Queríamos vislumbrar sinais de esperança. Mas estes sinais ou eram demasiado ténues ou inexistentes. O próprio treinador da nossa equipa, contratado menos de dois meses antes, já começava a ser abertamente contestado nas bancadas de Alvalade: Vercauteren não parecia ter o dom de convencer sócios e adeptos.

"Parece que com Godinho Lopes – ou com outros dos do género dele que temos tido nos últimos anos – as bolas passam sempre ao lado, e nem é um pouco ao lado, é muito ao lado, com algumas a saírem mesmo pela linha lateral", observava por sua vez o António Manuel Venda. E o Natal ainda vinha a quase um mês de distância...

Prémios Stromp 2013 - Dirigente do ano

Com menos de 1 ano de dirigismo, Bruno de Carvalho arrecada o Prémio Stromp 2013 da categoria.

Apesar do excelente começo de mandato do Presidente do Sporting, com a diferença do dia para a noite face aos seus últimos antecessores, parece-me prematura a atribuição deste prémio.

Não porque duvide da competência de Bruno de Carvalho para as funções, mas porque considero que deveria haver um critério especialmente exigente na atribuição deste prémio (e de todos os outros). Por exemplo, 1 ano completo de dirigismo.

Atribuir-se o Prémio Stromp de dirigente do ano a quem tem poucos meses dessas funções - agora com Bruno de Carvalho, no passado com Godinho Lopes - está nos antípodas da cultura de exigência (tal como a entendo) que se pretende para o Clube.

Se 2013 foi um annus horribilis na história do Sporting, os Prémios Stromp deveriam ter a mesma coragem dos prémios Rugidos de Leão e não premiar ninguém do futebol este ano.

Faz hoje um ano

 

Aumentavam os rumores sobre a iminente transferência do nosso único ponta-de-lança, Ricky von Wolfswinkel, para um clube estrangeiro durante o chamado "mercado de Inverno". Como é costume, em ocasiões deste género, as opiniões dividiam-se. Entre aqueles que apontavam o holandês como um dos nossos melhores avançados dos últimos anos e os que diziam, em jeito de desabafo, como o nosso leitor Jorge Alves Jorge: "Eu pago a passagem apenas com uma condição, é só de ida."

Também naquele dia 29 de Novembro de 2012 ficávamos a saber que Ricardo Sá Pinto, despedido no início de Outubro pelo presidente Godinho Lopes, abdicara de receber o ano de salário a que tinha direito por contrato. "Numa altura em que o dia-a-dia do Sporting é marcado quase exclusivamente por factos negativos, notícias como esta, apesar de não surpreenderem, fazem muito bem à alma. Que os adeptos não tenham memória curta: Sá Pinto é e será sempre dos nossos. E merecerá sempre a nossa maior consideração", reagia assim o Tiago Loureiro, num texto significativamente intitulado "Coração de Leão".

E se Ricky podia estar prestes a fazer as malas, não tardavam sugestões para o seu lugar. O Leonardo Ralha deixava esta: o regresso de João Tomás, assumido adepto leonino. Para marcar golos e dar "uma alegria a um sportinguista" .

A nossa memória

"Lembrar é fácil para quem tem memória. Esquecer é difícil para quem tem coração."

William Shakespeare

 

 

A história do Sporting jamais seria a mesma sem ele. 

  

Fez parte dos celebérrimos Cinco Violinos com Travassos, Vasques, Albano e Jesus Correia. 

  

Ainda há pouco tempo foi muito referido por um dos candidatos derrotados à Direcção do Sporting ser seu parente. 

  

Foi, quiçá, o melhor avançado que vestiu a camisola do Sporting. Em 393 jogos marcou 635 golos.

  

Pela selecção nacional fez 20 partidas, onde marcou 14 golos.

 

Chamava-se Fernando Peyroteo e morreu faz hoje precisamente 35 anos.

Os nossos comentadores merecem ser citados

«Há doze meses éramos enxovalhados, ridicularizados e uns até já ansiavam ser chamados de 'terceiro novo Grande' do futebol português, algo que não correu lá muito bem ao último que fez questão de se autoproclamar como tal (o Boavista, recorde-se...), em detrimento do Sporting, ali a correr pelas ruas da amargura, a lutar no meio da tabela.»

Pedro Miguel, neste meu texto

Os nossos jogadores (17): Ricardo Esgaio

 

Já quanto a Welder (…) os leões não devem ir ao mercado para colmatar (…)uma vez que para a posição de lateral direito, além de Cédric Soares e Peris há Esgaio in A Bola de 2013-11-27, p. 19

 

Ricardo Sousa Esgaio nasceu na Nazaré a 16 de Maio de 1993 mas a luta de Ricardo não é em ondas gigantes de água salgada, é em campos verdes, sem prancha, com bola.

Chegou ao nosso Sporting na época de 2004/2005, foi campeão nacional de iniciados (juniores C) em 2007/2008 e de juniores (juniores A) em 2011/2012, conquistou, também, como juvenil (juniores B) o campeonato regional de Lisboa em 2008/2009. Já esta época, venceu a Taça de Honra da Associação de Futebol de Lisboa.

Como futebolista compararia Ricardo Esgaio com Dani Alves.

A mesma altura, 1,73 m, o mesmo signo força e terra (Dani nasceu a 6 de Maio), a mesma vontade de vencer. Tal como o brasileiro do Barcelona, Ricardo sente-se à vontade em todo o corredor direito, muito concentrado a defender, utiliza a velocidade e a técnica que possui para ir algumas vezes até à linha de fundo de onde “saca” cruzamentos que são meio golo, noutras vezes opta por procurar zonas mais centrais onde se encarrega de finalizar (trifinalizar, às vezes) utilizando, preferencialmente, o pé direito.

Recordo um jogo que vi em Belém (frente ao Atlético). Esgaio tinha acabado de fazer 19 anos e dava os primeiros passos na equipa principal, o que não impediu de ser ele a corrigir posicionamentos e a dar indicações a colegas, nomeadamente a Diego Rubio.

Por tudo o que já nos deu mas, principalmente, pelo muito que nos pode dar, Ricardo Esgaio, o miúdo da Nazaré, nove épocas de leão ao peito e titulado em todos os escalões de formação, foi a minha escolha para Os nossos jogadores.

Faz hoje um ano

 

Fazia sentido manter no plantel um Labyad ou um Viola, jogadores que pesavam na folha salarial sem resultados desportivos, quando podíamos jogar com um Wilson Eduardo ou um Betinho, oriundos da nossa formação?

A pergunta, feita aqui naquele dia 28 de Novembro de 2012, justificava-se atendendo à então recente promoção de Eric Dier ao escalão principal, por decisão do treinador Vercauteren. Justificava-se sobretudo pela necessidade de mexer profundamente na equipa-base, que ia coleccionando derrotas.

"A culpa disto não é dos árbitros. É de nós próprios. Porque os dirigentes acabam sempre por ser o espelho de quem os escolhe", escrevia eu nesse dia, a propósito de tudo isto.

Já o Adelino Cunha optava pela via da ironia. Escrevendo isto: "Se o Sporting está tecnicamente falido, se a liderança do Sporting perdeu capacidade para gerar resultados, se as referências do Sporting estão cada vez mais depreciadas, desculpem a pergunta, por que não uma intervenção externa? Será que o Sporting pode pedir um resgate à UEFA? Assinar um Memorando, comprar e vender jogadores seguindo as indicações dos investidores, implementar medidas de racionalidade económica, enfim, essas tretas todas que oferecem equilíbrio, previsibilidade, fiabilidade e resultados (tudo coisas que não temos). É esse o destino do Sporting?"

Os clamorosos erros de gestão, convém acentuar, não haviam começado com Godinho Lopes. Basta lembrar o caso de Danny: sem utilização no Sporting, foi vendido em 2005 por menos de dois milhões ao Dinamo de Moscovo, que depois o revendeu ao Zenit por 30 milhões, estabelecendo novo recorde de transferências no futebol russo. Ou o de Pongolle: comprado por 6,5 milhões de euros em 2010, saiu de Alvalade dois anos depois a custo zero. Mas já do tempo dele foi a contratação de Bojinov: adquirido por 2,8 milhões, acabou emprestado ao Verona e ao Vicenza. E a de Elias, a mais cara de sempre no futebol leonino: 8,85 milhões de euros. Com o destino que sabemos: cedido por empréstimo ao Flamengo.

Lamentáveis exemplos, ontem como hoje.

Estatísticas que nos fazem sorrir (ainda mais)

"Há muitos anos que o Sporting não tirava tanto partido dos lances de bola parada, designadamente cantos. Em Guimarães chegou à vitória por essa via, o que acontece pela quarta vez nesta Liga."

Record, 26 de Novembro

 

"O quarto golo de Slimani em 149 minutos de jogo, contra o V. Guimarães (após Alba, Marítimo e Benfica), elevou-o à condição de avançado com melhor aproveitamento nos plantéis da Liga. Habitual suplente, o argelino precisa de pouco mais de 37 minutos para facturar. Segue-se Montero, que gastou ligeiramente acima de 91 minutos para concretizar cada um dos seus 12 tentos. Seguem-se Cardozo, do Benfica (marca em intervalos de 107'), Derley, do Marítimo (117'), e Jackson Martinez, do FC Porto (130')."

idem

Faz hoje um ano

 

Como se não bastasse o Sporting marcar poucos golos em campo, ainda tínhamos comentadores com cachecol verde e branco a marcar golos na própria baliza. Comentadores como Rui Oliveira e Costa, com declarações impensáveis. Como esta, destinada a fazer de conta que quase tudo ia bem no capítulo desportivo: "Estou preocupado com a situação financeira do Sporting. A sustentabilidade e a viabilidade futura do clube, isso é que me preocupa. No que diz respeito ao futebol estou preocupado, mas menos. Gosto de ver bom futebol, mas para isso vejo o Barcelona." Ou esta, que procurava neutralizar as críticas ao técnico belga: "Nenhum treinador faria melhor."

Ou ainda esta, que indignou o Luís de Aguiar Fernandes: "Vencer o Benfica pode salvar a época." Como se um jogo, fosse qual fosse, pudesse disfarçar o pesadelo então em curso. O próprio presidente Godinho Lopes não deixou de dar réplica ao membro do Conselho Leonino que tinha púlpito semanal na RTPi: "O Sporting é muito maior do que uma vitória sobre o Benfica."

Assim andava o nosso clube em 27 de Novembro de 2012. Numa demonstração de que os tempos iam difíceis, Godinho Lopes era alvo de protestos durante uma deslocação a Silves. E de Itália vinha a novidade: Luís Figo mostrava disponibilidade para se candidatar à presidência em Alvalade.

No rescaldo do empate da véspera com o modestíssimo Moreirense, a imprensa desportiva era unânime em apontar Eric Dier - marcador de um golo - como o melhor em campo. O que me levou a escrever estas linhas sobre o jovem nascido em Inglaterra e formado na nossa academia: "[Dier] jogou ontem com a força, a nobreza e a garra de um leão embravecido. A fazer corar de vergonha alguns dos seus colegas, muito mais bem pagos, que se arrastavam uma vez mais em campo como se aguardassem o fim de um suplício de 90 minutos. Sem respeito pelo público, sem respeito pelos sócios, sem respeito pela camisola que deviam ter orgulho de envergar."

O Sporting registava já, nessa altura, o pior arranque de sempre no campeonato. Ia em décimo lugar à décima jornada. A 15 pontos dos líderes, FCP e SLB. E em igualdade pontual com Nacional e Setúbal.

O resto da 1ª volta sem passadeira verde estendida pelos relvados (revisto II)

É só uma brincadeira, pouco mais, mas farto de ouvir leões e não leões a afirmar que o Sporting tem um resto de segunda volta mais fácil, que já fez os jogos mais complicados, fui ver o calendário e resolvi tomar por boa a classificação no final da 10ª jornada.

Se somarmos a classificação dos adversários que temos pela frente e compararmos igual conta para os 5 primeiros podemos ter uma aproximação falível, mas interessante, sobre o valor dos futuros adversários, à do luz que mostraram valer no atual campeonato. E a que valores chegamos?

A estes:

 

Jornada Sporting Fora/Casa Posição   Benfica Fora/Casa Posição
11   P.Ferreira Casa 15   Rio Ave Fora 8
12   Gil Vicente Fora 5   Arouca Casa  16
13   Belenenses Casa 13   Olhanense Fora 14
14   Nacional Casa  6   Setúbal Fora 10
15   Estoril Fora   4   Porto Casa 1
               
  Soma   43       49

 

Jornada  Porto  Fora/Casa Posição
11   Academica Fora 16
12   Braga Casa  9
13   Rio Ave Fora 8
14   Olhanense Casa  14
15   Benfica Fora  3
       
      50

 

E ainda estes:

Jornada Estoril Fora/Casa Posição   Gil Vicente Fora/Casa Posição
11   Guimarães Casa  7   Belenenses Fora  13
12   P.Ferreira Fora 15   Sporting Casa 2
13   Gil Vicente Casa  5   Estoril Fora  4
14   Belenenses Fora 13   Arouca Casa  16
15   Sporting Casa  2   Nacional Fora  6
               
      42       41

 

Se estes indicadores valerem de alguma coisa, o Sporting tem dois jogos fora com os dois adversários melhor classificados em termos globais dos que ainda temos por enfrentar (o 4º e o 5º classificados) e três em casa (um deles com o 6º classificado). O Sporting é dos três primeiros o que tem a tarefa mais difícil até à 15ª jornada. No conjunto, recorda-se, jogará contra o 4º, 5º e 6º classificados.

O FC Porto terá igualmente três jogos fora mas, com exceção do Benfica, tem apenas mais um adversário da primeira metade da tabela (e mesmo na dobra, o Rio Ave, atual 8º). Cenário que se repete com o Benfica.

Se considerarmos ainda Estoril e Gil Vicente, verifica-se que terão adversários teoricamente mais difíceis do que FC Porto e Benfica e apenas marginalmente mais complicados do que o Sporting, muito à custa de ainda terem de defrontar o atual segundo classificado e de terem de jogar entre si.

Seria muito bom que o Sporting conseguisse amealhar 15 pontos nos próximos cinco jogos, naturalmente. Se o fizer ficará a apenas meros quatro (4) pontos do total de pontos alcançados à 30ª jornada na época passada (já agora, os atuais 23 foram obtidos à 21ª). Mas não se iluda quem pensa que há uma passadeira verde até ao início da segunda volta.

Entretanto, vemo-nos em Alvalade!

Grande Sporting, o nosso Sporting

 

Bruno de Carvalho devolveu a esperança aos sportinguistas. Há que dizê-lo, com a naturalidade de quem se limita a reconhecer uma evidência. De tal maneira que - vejam bem a diferença - há um ano afundávamo-nos sem remissão na tabela classificativa, caindo para o décimo lugar, e agora damo-nos ao luxo de discutir qual o modelo mais eficaz para pôr a nossa equipa a marcar ainda mais golos.

Há um ano tínhamos nas nossas fileiras um só ponta-de-lança, apesar de se tratar do plantel mais caro de sempre na história do clube: bastaria uma lesão para se acenderem todos os sinais de emergência na equipa; hoje discutimos  quantos homens-golo o treinador deve fazer alinhar no onze inicial.

Há um ano, descobríamos alguns jovens da nossa formação, promovendo-os em desespero de causa à equipa principal para colmatar as lacunas das pseudo-vedetas pagas a peso de ouro para se arrastarem em campo, com salários chorudos e exibições paupérrimas; hoje os jovens oriundos da nossa academia constituem a espinha dorsal da equipa por opção deliberada dos responsáveis técnicos, algo já com reflexos ao nível da selecção nacional (basta reparar na recente entrada de William Carvalho no decisivo jogo Suécia-Portugal que nos qualificou para o Campeonato do Mundo).

Há um ano, discutia-se por toda a parte a intromissão do Braga no grupo dos chamados "três grandes" e não  faltava quem condenasse o Sporting a discutir com os bracarenses a terceira posição desse pódio simbólico; hoje, com o Braga a 11 pontos e seis lugares atrás de nós no campeonato, esse debate parece quase surreal.

 

À cultura da tolerância perante um Sporting coitadinho que se arrastava penosamente nos relvados nacionais sucedeu-se a cultura da exigência perante um Sporting que todos já apontam como candidato ao título. E, curiosamente, alguns dos que agora mais falam nisso, entre os sportinguistas, são precisamente os mesmos que num passado recente suplicavam que a equipa não fosse sequer pressionada para objectivos menos ambiciosos, como um lugar de acesso à Liga dos Campeões.

Não pode haver maior contraste entre o que o Sporting era e o que este Sporting de Bruno de Carvalho é. Este Sporting da cultura da exigência em boa hora regressada ao nosso clube.

 

Sim, há que assumir tudo: temos uma das equipas mais fortes do campeonato.

Sim, somos candidatos a qualquer título nas competições que disputamos.

Sim, o Sporting jamais deixará de ser um dos grandes, por mais candidatos que uns tantos imbecis procurem inventar para o lugar que nos cabe por mérito próprio no desporto nacional e como traço de união entre milhões de portugueses.

 

Este Sporting que sempre conhecemos. Um grande Sporting. O nosso Sporting.

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