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És a nossa Fé!

Rescaldo do jogo de hoje

Gostei

 

De ver as estrelas do Benfica sem brilho em Alvalade. O Sporting dominou indiscutivelmente a primeira parte, teve mais posse de bola (55%) e rematou o dobro da equipa adversária ao longo de todo o encontro.

 

De Montero. Outro golo: vai no quinto, em três jogos. Aos 88' quase voltou a marcar, desta vez de livre: Artur salvou um golo certo. O colombiano destaca-se já como uma das grandes figuras deste campeonato.

 

De André Martins. Grande jogo, grande exibição, grande assistência para o golo de Montero em lance de bola corrida, aos 10'. Excelente demonstração de futebol colectivo: foi o momento do jogo.

 

Da comparação com o dérbi da época passada. Que diferença em relação ao jogo de 10 de Dezembro de 2012, em que fomos humilhados (1-3) no nosso próprio estádio.

 

De ver como Cardozo se tornou inofensivo em nove meses. Nem parecia o mesmo jogador que em Dezembro marcou três golos em Alvalade.

 

De Wilson Eduardo. Recebeu uma ovação ao sair de campo, para dar lugar a Dier. Ovação merecida para um dos maiores talentos revelados esta época na equipa principal do Sporting.

 

De Jefferson. O lateral esquerdo confirma-se como um dos grandes reforços do Sporting. Em missão defensiva, secou Salvio. Em missão ofensiva, manteve o Benfica sempre intranquilo. Muito concentrado, está sempre em jogo. E sabe marcar livres, o que é outra mais-valia para a equipa.

 

De Rui Patrício. Duas grandes defesas voltaram a confirmar a categoria do melhor guarda-redes português.

 

De Rojo. Mesmo lesionado, com o braço esquerdo ao peito, pediu para reentrar em campo mesmo à beira do fim do jogo. Um gesto à leão.

 

Que o Sporting terminasse o jogo com dois pontas-de-lança. Um sinal claro de que esta equipa treinada por Leonardo Jardim não receia ninguém.

 

Da assistência. Mais de 46 mil espectadores (foram 35 mil no Sporting-Benfica da época passada). Números que dizem muito sobre o bom momento que o clube vive, sob a liderança de Bruno de Carvalho.

 

Das claques. Espectacular coreografia nas bancadas de Alvalade.

 

Deste arranque de época. Dez golos nos primeiros três jogos: seria difícil começar tão bem.

 

 

Não gostei

 

Do resultado. Todos queríamos a vitória. Um empate, seja contra que equipa for, já nos sabe a pouco.

 

Da entrada tardia de Capel. Substituiu Carrillo aos 74' e não tardou a dar maior dinâmica à equipa leonina com os seus estonteantes raides pelo corredor direito que puseram a defesa encarnada em sentido.

 

Do Maxi Pereira. Outro jogo medíocre do defesa do SLB, especialista em jogo violento. Devia ter sido expulso ainda na primeira parte, por entrada contra Jefferson.

 

Do árbitro. Hugo Miguel, classificado em 25º lugar na época passada, não esteve à altura de um encontro desta grandeza e desta responsabilidade. O dérbi merecia um juiz melhor.

 

Leitura complementar: o que escrevi aqui sobre o anterior Sporting-Benfica.

A duas horas do jogo!

Precisamente a duas horas de se iniciar mais um derby lisboeta é hora de serenamente olhar-se para este jogo e dizer: que ganhe o melhor mas que o melhor seja o Sporting.

 

É por demais sabido a ilógica do futebol. Quantas equipas por esse mundo fora julgam ter ganho ou perdido os jogos sem os terem jogado? Só porque se julgam melhores ou piores que o adversário. Todavia o futebol está recheado de exemplos que contrariam a tal lógica futebolística.

 

Hoje em Alvalade o Sporting tem uma hipótese soberana de mais uma vez estragar as contas a alguns adeptos adversários que julgam já tudo ter ganho. O início deste campeonato, se bem que ainda no adro, mostrou um Sporting assaz diferente. Para melhor!

 

Todavia o adversário de hoje tem outrossim uma palavra a dizer durante os 90 minutos. Deste modo devemos esperar um pouco de tudo no jogo de hoje: bom e mau futebol, emoção a rodos e quiçá incerteza no resultado.

 

Espero e desejo que, a haver uma equipa vencedora, seja a da casa.

 

E que o árbitro não se arme em “capelista” e se mostre à altura dos acontecimentos!

 

Também pode ler-se aqui

Prognósticos antes do jogo

Vamos então lá saber, caros leitores e caros colegas de blogue, quais são os vossos palpites para o grande dérbi lisboeta do próximo sábado, dia 31.

O Sporting ganha ao Benfica? E por quantos?

Os vossos prognósticos ficarão recolhidos a partir de agora nesta caixa de comentários. Juntando-se aos que já foram expressos neste blogue antes dos desafios contra o Arouca e a Académica, ambos de boa memória para todos nós.

Os jarretas (10)

 

- Parece que o caso Bruma está em vias de solução. Pelo menos a comissão arbitral decidiu a favor do nosso clube.

- Andas muito optimista. Afinal o Sporting ganhou o quê com essa decisão? Se calhar ainda foi mas é prejudicado... Onde está o Bruma? Já o viste a jogar outra vez? Já foi vendido a outro clube e o Sporting foi devidamente compensado?

- Mas o Bruno de Carvalho acabou por ter uma vitória...
- Estás louco? Alguma vez isto foi uma vitória do Bruno? Foi ele que arranjou o problema com o Bruma. Chamavam incompetente ao Godinho Lopes mas ele já tinha chegado a acordo com os representantes do jogador para lhe renovarem o contrato. O que fez o Bruno? Renovou o contrato do Bruma? Não! O contrato que agora foi reconhecido como válido pela comissão foi celebrado por ele? Não! Então onde é que tu vês aqui uma vitória do Bruno?!

- Mas...

- Nem mas nem meio mas. Não te esqueças que foi o Bruno que levou o clube a passar pela humilhação de ter de se sujeitar a uma decisão da comissão arbitral. Só porque se recusou a dialogar com os empresários do Bruma.

- Ele diz que está contra os poderes excessivos dos empresários...

- Isso é uma irresponsabilidade! O futebol não vive sem empresários. Ele vai ter de se entender com eles e não fazer-lhes guerra.
- O advogado do Bruma diz que ele recusa jogar pela equipa B...

- E faz muito bem em recusar! O único problema do advogado foi não se ter dobrado à vontade do Bruno. Ele e o Cátio Baldé sabem melhor do que ninguém o que é melhor para o Bruma.

- É uma questão de disciplina...

- Mas qual disciplina, qual equipa B! Quem andou a investir na série B brasileira foi o Bruno, que trouxe de lá camionetas de pernas-de-pau.

- Não podes negar que a grande maioria dos sportinguistas está com ele.

- Duvido que seja a grande maioria. Mas mesmo que fosse isso só se devia à sorte que a equipa tem tido. Tudo vai mudar quando começarem as derrotas. E podes ter a certeza que hão-de chegar.

- Chegar? Quem?

- As derrotas. Hão-de ser muitas, tenho a certeza. Quem ri melhor é quem ri no fim. Ainda hás-de ver o Bruno reatar relações com o Porto e pedir ajuda ao Pinto da Costa, implorando-lhe para nos devolver o Izmailov a custo zero.

- E ele?

- Ele vai-se rir, claro.

- E tu?

- Eu faço como o Pinto da Costa. Rio também.

Acne juvenil

Há merdas que não percebo, sinceramente. Por exemplo: calçar saltos altos para berrar garotices. Eu esperava pela primeira derrota. Ou esperava que o Bruma assinasse pelo Porto. Eu esperava que a banca cortasse o crédito ao Sporting. Ou esperava que o treinador fosse despedido. Eu esperava ter alguma coisa para dizer antes de abrir a boca.

Mais um derby

Tenho muitos amigos que exibem uma especial repugnância pelo benfica, levando-os mesmo a declararem-se anti-benfiquistas. Não consigo entender essa atitude. Ora, sendo este benfica, inegavelmente, o clube de futebol com mais acólitos, na realidade só me é dado contactá-lo ao vivo quando vem a Alvalade jogar com o Sporting. No resto tenho-o na conta de uma curiosidade intrigante, com os seus rituais bigodes hirsutos e os seus garrafões, e o seu ethos ancien régime, tão bem descrito por um famoso prosélito da seita: "o  benfica é um clube fino e popular ao mesmo tempo." Hoje, que Portugal integra o grupo de sociedades maioritariamente formadas pela classe média, já ninguém usa o termo "fino" para designar a caduca nobreza, nem se revê nesta divisão entre fidalgos e populaça - a não ser um benfiquista. Mas nada disto tem grande importância, a não ser para eles, pelo que não é de molde a suscitar aversão. É deixá-los lá com as suas teimas e manias, se isso lhes dá conforto.

É verdade que muitos adeptos dessa agremiação desenvolveram um sectarismo que os torna incómodos em qualquer círculo civilizado. Por motivos difíceis de discernir fora da psiquiatria e da sociologia, mas bastamente explicados por estas ciências, os sequazes do clube da luz têm um pendor incontinente para o complexo de superioridade e para a mistificação, duas patologias neuróticas que ao fim do dia merecem mais compreensão do que contestação. Eles inventaram uma data de nascimento para o seu clube de modo a parecerem mais antigos, como se a idade fosse um posto ou trouxesse respeitabilidade; eles foram o melhor e mais acalentado espelho do Portugal colonial salazarista, embora imaginem ter pertencido a uma qualquer oposição à ditadura (mesmo quando tiveram um Marquês feudal como presidente ou quando bateram inapelavelmente uma Académica de luto contestatário numa final da Taça, ou quando as polícias foram complacentes, senão benignas, com uma invasão de campo num jogo contra o Belenenses, que houvera cometido a ousadia de estar a ganhar na luz); eles converteram o seu clube numa espécie de símbolo patriótico ou mesmo existencial, o que não passa de um singelo mecanismo de compensação e transferência ao alcance dos pobres de espírito, que encontraram no fulgor das camisolas vermelhas um escape para as suas tristezas cotidianas.

Visto por outro prisma, o "benfiquismo", chamemos-lhe assim, é não mais do que uma declinação da piedade religiosa. Ora se temos o dever cívico da tolerância de culto, então o dito "benfiquismo" não será mais perturbante do que o fervor dos primitivos cristãos, ou dos xiitas ou dos pentencostais texanos. Nada disto nos deve suscitar asco ou inquietação, desde que o ritual decorra livremente lá entre eles e não perturbe o nosso sossego.

O benfica é um fenómeno, se quisermos ser husserlianos, ou uma catástrofe, no sentido que lhe dá René Thom. Uma pessoa sensata não tem como justificar estados de alma em relação a tais qualidades meramente estruturais. 

Os nossos comentadores merecem ser citados

«É possível que o aparecimento da Benfica TV contribua, mais cedo ou mais tarde, para acabar com os castigos baseados em imagens televisivas. Estes são, aliás, um erro antigo: o recurso à TV sempre implicou uma injustiça, porque nem todos os jogos têm transmissão e porque nem todos são transmitidos com recurso aos mesmos meios.»

PRB, neste texto do João Paulo Palha

Tão amigos que eles agora são

Quem ontem ouvisse, unidos em rara sintonia, os representantes do Benfica e do FC Porto na SIC Notícias confessando-se surpreendidos e até preocupados com a decisão da Comissão Arbitral Paritária sobre o caso Bruma deve ter ficado esclarecido sobre a cobiça dos dois clubes ao nosso jogador.

No programa Dia Seguinte, o benfiquista Rui Gomes da Silva considerou que aquela decisão - tomada por unanimidade - "abre uma caixa de Pandora", no que foi de imediato secundado pelo portista José Guilherme Aguiar. Ambos estavam confiantes num desfecho muito diferente deste caso, apoiados naquilo a que Gomes da Silva chamou "opinião unânime das pessoas especializadas em direito desportivo" e que Guilherme Aguiar qualificou de "peritos em direito desportivo": a CAP trocou-lhes as voltas ao considerar no seu acórdão - sem possibilidade de recurso - que as normas aplicáveis neste caso não são as da FIFA nem da UEFA mas as do direito do trabalho português.

"Cada país passa a aplicar a sua legislação a todo o momento, consoante os casos", escandalizou-se o benfiquista. "Estou completamente de acordo com o Rui Gomes da Silva", secundou de imediato o portista. Deixando ambos antever os interesses inconfessados dos respectivos clube em sacar Bruma ao Sporting.

Razão acrescida para darmos os parabéns ao departamento jurídico do nosso clube pelo excelente trabalho que está a fazer.

Back to basics

O Bruma apresenta-se a Alvalade para trabalhar. O que significa regressar à casa que o acolheu desde os 13 anos. O Bruma renova o contrato: aumenta o ordenado, aumenta o tempo de duração do vínculo, aumenta a claúsula de rescisão. O Bruma volta a ganhar competitividade na equipa B e faz uma espécie de reload. O Bruma é depois reintegrado na equipa principal e o Sporting fica mais forte. Para quê complicar?

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{ Blogue fundado em 2012. }

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