Cinco meses depois
O nosso pontapé de saída ocorreu em 1 de Janeiro. Cinco meses depois, e no momento em que escrevo, temos registadas 122.248 visitas. Balanço positivo, pois.
Saltar para: Posts [1], Pesquisa [2]
O nosso pontapé de saída ocorreu em 1 de Janeiro. Cinco meses depois, e no momento em que escrevo, temos registadas 122.248 visitas. Balanço positivo, pois.
Golo de André Martins mantém a esperança para a Selecção Sub-21. Mai nada!
« Nunca posso dizer que não e se isso acontecer, não será nada do outro mundo. Seria numa fase em que já teria atingido tudo o que necessito...Terminar a carreira no Sporting, onde me formei, não seria mau ».
- Nani -
Observação: Nani em entrevista à RTP, quando questionado sobre o seu desejo de acabar a carreira no Sporting. É improvável que aconteça, no entanto, não deixa de ser gratificante verificar os sentimentos de alguns jogadores que não se esqueceram onde e por quem foram formados para o futebol e, em certa medida, para a vida também.
Se Ruben Micael se lesionasse, quem deveria ser o jogador a substituí-lo no lote de convocados portugueses para o Europeu de futebol?
Em Portugal está tudo tão distorcido que até a verdade parece inverosímil. Mesmo quando exibe um módico de evidência.
Reza a lenda que no Europeu de 2000 o treinador batia à porta da cabine antes dos jogos a perguntar se a linha já estava feita. A maior parte dos jogadores tinha uma carreira internacional, pelo que a querela Lisboa-Porto perdia sentido face aos superiores interesses do protagonismo em palco internacional.
Ao fêquêpê, acolitado pelas altas, médias e sobretudo muito baixas instâncias da FPF, este relaxamento era de todo inconveniente, pelo que em 2002 fomos à Coreia sob os auspícios do sr. Pinto da Costa, por interposta pessoa do sr. Oliveira Irmão, onde nem o abundante fornecimento de cabeças de alho disseminadas pelos cantos da cabine de modo a garantir a abstenção dos maus espíritos, logrou evitar a humilhação.
Com estas lições muito bem aprendidas, o sr. Scolari ou ia na conversa dos maus-olhados ou retomava o espírito de 2000: todo o poder aos jogadores, comigo a mandar neles. Foi o que fez, no que libertou imensa raiva e espuma dos donos do luso-ludopédico, bem acolitados pelos habituais patetas úteis. Os resultados, objetivos, tangíveis e patentes, foram os que se sabem e só espero que alguém consiga melhor tabela.
Claro que em Portugal há o costume peripatético de tanto opinar que mesmo sobre o que é irrefutável se derrama opinião. Ficámos em 2º em 2004? Ah, que poderíamos ter ficado em 1º; ah e se o Nuno Gomes tivesse entrado contra a França em 2006 íamos à final; ah e se a minha avó tivesse rodas seria um Ferrari.
Quem viu tudo isto com olhos de ver e sem óculos azuis às pintinhas encarnadas, ficará desconsolado com as recentes declarações do sr. Scolari – são uma perfeita banalidade, um autêntico truísmo.
Mónica Sintra
A subscrição é anónima e gera, no máximo, um e-mail por dia.