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Seria cruel eu dizer que estava à espera de uma derrota para escrever isto, mas sim, estava. Estava à espera de uma derrota e essa derrota foi ontem. Não gostei nada do despedimento do Domingos Paciência naquelas circunstâncias nebulosas. Não gostei dos argumentos visíveis e, acima de tudo, dos argumentos invisíveis que foram usados pelos dirigentes do meu clube para justificar o que me pareceu injustificável. Vamos falar claro: houve argumentos invisíveis. Em linguagem simples, achei aquela narrativa uma falta de nível e eu sou daqueles que não apoia pessoas individualmente: apoio ideias e apoio princípios. Aguentei calado. Aguentei calado porque o Sporting está acima das circunstâncias e o Sporting não é apenas um clube: o Sporting é uma parte de mim. A certa altura deixei-me convencer que Ricardo Sá Pinto iria ser também ele vítima dessas circunstâncias: acabaria a época sem glória, refém do seu sportinguismo, a liderar uma equipa que se arrastaria pelos relvados, tendo como único triunfo cumprir a herança de Domingos no Jamor. Eu estava à espera de uma derrota para escrever isto: enganei-me sobre o Sá Pinto. Não peço desculpa, mas escrevo que ele já fez mais pelo Sporting nestes meses e nestas condições do que eu julgava que fosse capaz. Passei a ter uma dívida para com ele, uma dívida emotiva: voltei a sentir tudo o que os sportinguistas sentem em Alvalade. Sá Pinto está a fazer muito pelo Sporting. O Sporting está motivado nas vitórias e está motivado nas derrotas. Temos bases para construir uma boa equipa, temos um treinador moderno e com um rumo e temos adeptos para as vitórias e para as gloriosas derrotas. Sá Pinto está a fazer muito pelo Sporting e eu achava que ele não seria capaz. Como é nas derrotas que melhor se percebe a natureza dos homens, eu escrevo só mais isto: conta comigo, Ricardo. Conta comigo para atacar o Benfica como um rolo-compressor. Conta comigo para denunciar o projecto mafioso que permitiu ao Porto tomar conta do futebol em Portugal. Conta comigo para pressionar os árbitros fracos e incompetentes. Conta comigo para gritar por ti em Alvalade. Eu estava à espera de uma derrota para escrever isto: o Ricardo Sá Pinto foi melhor treinador do eu que fui adepto. Eu duvidei dele. Ele nunca duvidou do Sporting.
Ok, ontem perdemos. Tivemos azar. Os golos aos 45 minutos e aos 88 dos bascos deitaram as nossas esperanças por terra. Mas gostei do jogo. E, embora até ao primeiro golo da equipa de Bilbao parecesse que estávamos a defender o empate, a garra que colocámos no jogo, as oportunidades perdidas e tudo o resto mostraram que os jogadores do Sporting estiveram em grande nível.
E a prova que o Sporting está a lutar em cada desafio como se fosse o último da vida foi dada à chegada da equipa a Lisboa. A recepção em Alvalade aos nossos heróis às 3 da matina, a euforia vivida até parecia que o Sporting estava na final. Não estava. Não está. Mas tivemos dignidade e honra na derrota como a teríamos na vitória. E só uma grande Equipa e grandes adeptos sabem agir assim. E isso enche-me de orgulho.
Nota Final: Tendo em conta as equipas que vão jogar em Bucareste, digo-vos com toda a sinceridade que serei do Atlético de Bilbao desde pequenino.
Rita Ferro Rodrigues
O sportinguismo é um lindo estado de espírito, sobretudo quando ganha, mas também quando perde - razão pela qual não vou falar da cotovelada na cara do Schaars na jogada do primeiro golo do Bilbau. No Jamor é para ganhar - e eu lá estarei.
Barcelona; Madrid; Bilbau; Bucareste ...
Já tratei de tudo ...
Até ao Mónaco, Bucareste é um apeadeiro.
A assembleia geral de ontem aprovou o plano de reorganização do grupo Sporting e de criação de condições para a entrada de investidores no SAD, sem que o Sporting perca o controle da mesma. Um momento muito importante para o clube.
O Sporting não é, em nada, inferior à equipa do Athletic Bilbao. Esse é o primeiro pensamento que deve passar pela cabeça dos jogadores e dos adeptos que vão estar amanhã em bom número no San Mamés. Espero que a equipa entre confiante das suas capacidades e que o árbitro não atrapalhe, mesmo sabendo que os bascos irão criar contrariedades. É natural, querem estar na final da Liga Europa em Bucareste tanto quanto nós próprios queremos. Acredito que o Ricardo Sá Pinto sabe o que vai fazer amanhã. Com Capel, Matías (terá recuperado?), Wolfswinkel, Patrício e companhia. Vamos a eles Sporting!
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