Como transformar uma vitória em derrota
Mais uma vitória do Sporting. A sétima consecutiva, em casa, nas competições europeias.
Elogio da crítica? Seria esperar de mais.
A título de exemplo, fixemos o que disse Joaquim Rita há poucos minutos na SIC Notícias:
«Em termos estratégicos o Sporting não encontrou as melhores opções.»
«O Sporting tinha a obrigação de saber de cor as qualidades desta equipa [Metalist].»
«O Sporting tinha a obrigação de reagir muito melhor tendo em consideração as características do adversário.»
«Com um guarda-redes normal o Sporting teria perdido este jogo.»
«O Sporting cometeu um erro que lhe pode ter valido a eliminatória.»
«O Sporting tem que jogar de maneira diferente.»
«O Sporting, para passar, lá [Ucrânia] tem que marcar...»
Palavras ditas com ar tristonho, abatido mesmo.
Quem tivesse acabado de sintonizar o canal naquele preciso instante julgaria de imediato, ao escutar o veterano analista do esférico tão incapaz sequer de esboçar um elogiozinho à equipa da casa, que o Sporting acabara de ser derrotado, talvez até por larga margem, neste confronto dos quartos-de-final da Liga Europa.
Nada disso.
É apenas Joaquim Rita no seu melhor. Para ele, o Sporting perde sempre. Mesmo quando ganha.