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O complexo de Édipo de Miguel Sousa Tavares

Lendo a crónica de Miguel Sousa Tavares n’”A Bola” de hoje, até começo por concordar com as hipóteses iniciais. Com efeito, e tal como o Daniel Oliveira também havia escrito na sexta feira no “Record”, o principal problema de Bruno Paixão é a sua extraordinária incompetência. O principal problema associado a Bruno Paixão é como é que um árbitro que já demonstrou tantas vezes, reiteradamente, a sua incompetência, continua a apitar na principal categoria ao fim de tantos anos, tendo mesmo chegado a internacional. De seguida, MST refere que os clubes não podem justificar sistematicamente os seus maus resultados com os árbitros, e que só os “erros grosseiros” de arbitragem devem ser discutidos. Até aqui aceita-se. Mas logo depois afirma que os três grandes têm sido ora beneficiados, ora prejudicados com a arbitragem, e decide dar exemplos. Os dois exemplos que dá revelam muito do tendenciosismo do autor: em ambos os casos teriam prejudicado o Porto, e beneficiado... o Sporting. Só que num deles não conta a história toda, e o outro é factualmente errado.

O primeiro envolve Bruno Paixão, no célebre Campomaiorense-FC Porto de 2000. Diz MST que os erros de Bruno Paixão custaram o título ao FC Porto, e o beneficiado foi... o Sporting. Ora o FC Porto perdeu esse jogo; mesmo que os erros de Paixão tenham custado três pontos (ou seja, no mínimo dois golos), não se pode falar em influência no campeão só com base nesse jogo, uma vez que o Sporting foi campeão nessa época com quatro pontos de avanço. (Onde se pode falar num erro que decidiu um campeonato foi no célebre golo com a mão do Paços de Ferreira em Alvalade – mais um pontinho, que teria sido obtido com a justa anulação desse golo, e o Sporting teria sido campeão em 2007.)

O outro erro de MST então nem merece mais comentários: fala nos erros de Lucílio Baptista (o tal que roubou uma Taça da Liga ao Sporting) contra o FC Porto, dando como exemplo uma final da taça, no Jamor, disputada contra Mourinho, que no final se terá queixado do árbitro. Só que quem disputou a final da taça que Mourinho perdeu, em 2004, foi o Benfica de José António Camacho. (A final de 2007/08, que opôs Sporting e FC Porto, foi arbitrada por Olegário Benquerença, que não é conhecido nem por beneficiar o Sporting nem por prejudicar o FC Porto.)

Só mesmo uma embirração muito particular com o Sporting pode justificar erros destes (fora as costumeiras atoardas). Miguel Sousa Tavares costumava ir a Alvalade com o pai em pequeno. Isto só pode ser um complexo de Édipo.

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