15. Empates e despedidas
"Soa a hora da partida
Quando se parte sem querer
São adeus de despedida
Se é só partir ou morrer
E o lenço a dizer adeus
Por mim que o não sei dizer"
A equipa A joga fora de casa, depois de muitos jogos a sofrer golos, consegue organizar o processo defensivo, blinda a baliza, não sofre golos. Pratica um futebol com mais posse de bola e mais ataques, procura o golo, consegue um golo limpo mas que é anulado pelo árbitro para marcar um penalty que afinal não foi penalty.
Confusos?
A equipa B joga em casa com o décimo quinto classificado. Um clube que tem de fazer longas viagens de avião cada vez que joga fora. A última vez fora a Barcelos e perdeu. Um clube que em 14 jogos marcou 8 golos (média inferior a 0.6 golos por jogo). Esse clube irá marcar dois golos em casa do sexto classificado e arrancar um saboroso empate.
Ora bem após esta jornada 15 o treinador do clube A, que parecia estar a embalar para uma defesa sólida e para um triunfo robusto no próximo jogo em casa, está de abalada.
E quem foi contratado?
O treinador do clube B que vem de um humilhante empate em casa e em 15 jogos tem, apenas, 6 vitórias (o Sporting tem 12).
Vamos ter esperança.
Não nos resta mais nada.
"E vivemos de mais nada
Se é que mais nada é viver
Julgamos ser madrugada
Somos noite sem saber
E lá ficamos no cais
Do outro lado do rio
A darmos de nós, sinais
Com as mãos cheias de frio
Um clube a fugir de nós
Sem nós fugirmos também
E o eco da nossa voz
Soa a medo e a ninguém".
