Até morrer woooohhhooo, Sporting allez!
Como toda a gente, tenho poucas razões para gostar do Sporting ou de outro clube qualquer: ao contrário do que nos querem impingir alguns betinhos pseudo-intelectuais, o verdadeiro amor a um clube pouco deve à razão, tão pouco se fundamenta em preconceitos heráldicos ou cromáticos e menos ainda se inspira atributos técnico-tácticos. A motivação dum adepto saudável é exclusivamente do foro emocional, deve-se mais a inexplicáveis paixões do que a nobres sentimentos: o que seria da competição e dos estádios de futebol sem uma distribuição mais ou menos equitativa de fortes doses de dor de cotovelo entre os rivais?
Entramos então no campo da metafísica. Desse ponto de vista a minha adesão ao Sporting está ligada a uma estética familiar: descendente de gerações de resistentes derrotados, sempre do lado errado (?) da história, desde cedo senti forte atracção pelos que correm em recuperação, pelos pequenos de alma grande, inconformados lutadores, dos Davides contra os Golias, enfim, pelo anti-herói. Com estes genes nunca eu seria republicano, do Benfica, maçom ou socialista, nem fã do Real de Madrid, do Manchester, da Williams ou da Ferrari, por muito charme que ela tenha. Porque “as coisas como devem ser”, na realidade nunca foram as mais populares. Enfim, só não sou do Belenenses porque não sou masoquista... e porque o meu tio Manel cuidou de me levar a Alvalade quando eu era pequeno. Um hábito de pura higiene mental que mantenho regular nestes dias, apesar de tudo sempre cheio de ganas e cachecol verde e branco ao pescoço, algures na bancada B30.
Imagem dos tempos em que era
fácil montar uma equipa...