2014
E assim acabámos o ano sem ter ganho aos da luz ou ao fêquêpê. Desiludido? Nem por sombras. Olhando para trás é impressionante o que se conquistou nos últimos cinco meses, mas olhando para a frente impressiona ainda mais o que nos falta alcançar.
Como este ano, curiosamente, os periódicos não brandiram alto e bom som o título de "campeão de Inverno", vá-se lá saber porquê, cabe ao Sporting orgulhar-se do título de campeão do fair play. Ou seja, o Sporting é, incontestavelmente, o clube mais civilizado de Portugal, aquele que não sofre de cólicas tremendas por ter o rei na barriga, nem se mancha em diarreias de fruta podre. Um Sporting que faz tudo para ganhar em campo e deixa à sorte do jogo os resultados, em vez de os confeccionar nos bastidores. Assim, fica cada vez mais exposto o banditismo das arbitragens, o favoritismo das cúpulas futebolísticas, para as quais o Sporting é um penetra, pois dá jeito que os parcos recursos dos direitos sejam partilhados apenas a dois, e a venalidade das folhas de couve "desportivas" desde há muito trespassados ao preço da uva mijona aos interesses comerciais dos agentes, dado que as vendas de papel e de publicidade não permitem a sutentabilidade do negócio.
Temos obstáculos formidáveis pela frente, mas, a continuarmos assim, 2014 pode vir a ser o princípio de qualquer coisa decente. É preciso muita paciência a qual não nos há-de faltar se em campo virmos tãos bons resultados de um esforço diário.