Os nossos jogadores (18): Carlos Mané
Alguns futebolistas nascem para lançar pânico entre os defesas. E não necessariamente no instante antes de desviarem a bola para as redes, dando uso à cabeça, ou ao pé 'que tinham mais à mão'. Quando se é um extremo capaz de causar esse tipo de pânico, os laterais começam a tremer longe da baliza, logo no instante em que alguém se lembra de fazer o passe para quem os irá desinquietar dentro de instantes, valendo-se de rapidez e habilidade para os reduzir a versões de carne e osso dos pinos usados nos treinos.
Carlos Mané já provou pertencer a tão especial casta de futebolista, como os antecessores Bruma, Nani, Cristiano Ronaldo ou Ricardo Quaresma. De todos estes, o jovem que Leonardo Jardim tem feito debutar na equipa principal parece sobretudo uma versão de Bruma com melhor coordenação de movimentos e capacidade de luta, mesmo quando em confronto com defesas que têm mais um palmo de altura do que o franzino luso-guineense.
Falta-lhe ainda descobrir o caminho terrestre para a baliza adversária e a confiança para apostar no um-contra-um à entrada da grande área. Quando isso acontecer, Carlos Mané será a flecha do futuro, capaz de provocar explosões de alegria nas bancadas.